Eu erro, berro, espanto os astros,
Desfaço os laços, caio no abismo
Me despedaço, mas me refaço,
Arranco à unha a falsa tinta
Dos falsos mastros.
Viver é um passo a cada dia,
Uma alegria, um cataclismo,
Doce mormaço sobre mãos dadas
Que prenuncia um desenlace
Anunciado.
Clara passagem, amarga via,
Um triste riso de um triste rosto
Dentro de um rio, cujas correntes
Levam aonde não se iria
Se fosse escolha.
Eu erro o alvo e acerto a flecha
Naquilo mesmo que eu nem sabia,
Vejo o palhaço fazendo graça
Mas me concentro na alegoria
Sob a pintura.
Pois o que vale, pois o que fica
Depois de toda essa aventura,
É a mente leve, coração calmo,
E a sanidade que resistir
À essa loucura.
Bonito poema, Ana!
ResponderExcluir"Viver é um passo a cada dia." Que nossos passos sejam sempre firmes e significantes...
Abraço e obrigada pelo comentário nas minhas férias...
Lindo,Ana! E a vida é assim um dia acertamos, noutro erramos...bjs, tudo de bom,chica
ResponderExcluirLindo poema, bela inspiração, viver tem essas nuances, ainda bem que há a poesia!
ResponderExcluirAmei ler querida Ana!
Abraços apertados!
É um poema sentido, bem humorado, com cunho muito pessoal...
ResponderExcluirE cá vamos nós, fazendo o possível para que cada passo seja dado com segurança e da melhor maneira possível.
Parabéns pelo poema, Ana.
Abraço
~~~
Um verdadeiro balé poético! Que facilidade incrível você tem com as palavras! A vida agradece este lindo poemar!
ResponderExcluirAbraço pra ti!
Por tudo isso és poeta irmã das coisas fugidias e surfas sobre estas ondas bravias e sabes como encontrar a calmaria. Lindo Ana. Nos últimos versos toda a arte de viver e ainda ser poesia nesta selva.
ResponderExcluirBom fim de semana. Bju
Magnífico ...
ResponderExcluirConfesso, Ana, que gostei muito do seu poema!
ResponderExcluirSim, «viver é um passo a cada dia», o que interessa é ir caminhando na luz e serenidade.
Beijo, luminoso fim-de-semana.
Uau! A poeta inspira beleza,
ResponderExcluirversos e sabedoria hoje e sempre.
Beijos, Aninha querida.
Eu erro, berro, espanto os astros,
ResponderExcluirDesfaço os laços, caio no abismo
Me despedaço, mas me refaço,
Arranco à unha a falsa tinta
Dos falsos mastros."
Assim é o começo deste poema cheio de fulgor e vontade de viver… Gostei muito.
Uma boa semana.
Um beijo.
Ana,
ResponderExcluirEu particularmente gosto muito da tua maneira de escrita.
Dia desses, li você dizer que muitos não gostam "das tuas mãos pesadas"... Que está tentando mudar. Não mude... Não se pode agradar todos por todo tempo. E ainda bem que é assim, pois, eu sempre gosto de citar (nessas horas), Nelson Rodrigues, um dos meus autores favoritos:
"Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar!"
Beijos!!!
Obrigada!
ExcluirMuito obrigada! Você acaba de sinalizar uma mania que eu venho tentando eliminar da minha vida, mas que sempre acabo me sentindo culpada quando consigo: a mania de tentgar agradar mais aos outros que a mim mesma.
Abraços.
Excelente! Aliás, sempre gostei muito de tua poesia, traz verdades, mostra sinceridade. Ana, na verdade, a gente tem obrigação de agradar só uma pessoa: nós. Penso que uma vida assim vale a pena ser vivida. Também de vez em quando me pego querendo agradar, é natural, mas vi que não vale a pena. Acho que a sinceridade, o carinho sincero, a amizade verdadeira é o que podemos dar de melhor.
ResponderExcluirAplausos para o belo poema. Também assisti o vídeo acima, muito interessante.
Uma boa semana.
Eu erro, berro, espanto os astros,
Desfaço os laços, caio no abismo
Me despedaço, mas me refaço,
Arranco à unha a falsa tinta
Dos falsos mastros.