witch lady

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quarta-feira, 13 de março de 2019

MORNA






Não gosto daquilo que é morno,
Das palavras sibiladas entre os dentes,
Das pessoas que não dizem o que sentem.

Não gosto de espelhos com pouco aço
Que refletem falsas imagens
De rostos doentes.

Detesto as mensagens em mormaço,
Que não comunicam, só insinuam,
Deixando vago o que foi dito.

Não gosto de gargantas entupidas,
Que incham, como as dos sapos,
Enquanto sufocam seus gritos.

Sim é sim, não é não;
Este é o meu lema.
para mim,
Existem sim, o certo, o errado,
O franco, o dissimulado,
O começo, o fim.

Não me movimento como as cobras,
Que se livram das sobras de pele
Sujando o caminho de quem passa.

Prefiro ser pássaro livre,
Que voa por cima;
Eu não aceito ameaças.

Sei que nem todo mundo me aguenta,
Mas quem realmente tenta,
Me conhecerá a fundo.

Verá que eu sou mais do que dizem,
Menos do que insinuam,
E que é vasto o meu mundo.


Deixe as pedras no chão
Ao bater à porta da minha casa,
Ou então... te ponho para fora!

E se existe em mim alguma coisa
Em que podem confiar, 
É na minha palavra.





3 comentários:

  1. Definitivamente o mundo não suporta as pessoas diferenciadas ... elas incomodam ... que se dane o mundo ...

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  2. Olá Ana

    Em mundo de coisas ocultas, mornidão e dissimulações, é, de fato, difícil permanecer indiferente.

    No entanto, que não soframos por isso

    Abraço

    ResponderExcluir
  3. Gostei muito deste poema:))

    Hoje:- Caminhos da ilusão...

    Bjos
    Votos de uma óptima Quarta - Feira.

    ResponderExcluir

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