Às vezes,
Deito o olhar sobre as coisas e pessoas,
Sem nada querer,
Sem nada pensar.
Eu me sento num canto,
As mãos sobre o colo,
Olhando nos olhos sem ser vista,
Rindo um pranto.
Caminho anônima pelas calçadas
Da vida,
Fico parada nas encruzilhadas,
Os passos indecisos...
-Mas finalmente, sigo.
Há uma certa distância
Entre o que penso e o que digo,
O que penso e o que não digo,
E o que digo sem pensar.
Às vezes,
Eu me deito naquela rede
A balançar,
Para lá e para cá,
Sem sair do lugar,
Mas eu vou tão longe!
E de repente,
Surge um outro sol alquebrado
No limiar do meu horizonte
-E já nasce cansado...
E ele rola sobre o dia,
Sua luz se alternando
Entre quente e fria,
Absorvendo e emanando
Todo tipo de energia
E as transformando
Numa síntese
Da minha fotossíntese.
Às vezes,
Eu não entendo,
Noutras,
Prefiro não entender.
-E que diferença faz, no fundo,
Saber ou não saber?
Às vezes, não queremos nada e queremos tudo.
ResponderExcluirNão sabemos nada e sabemos tudo. Não vimos nada e vimos tudo.
O ser humano é muito complexo. Gostei muito do poema.
Beijinhos, A Vida De Diana.
Belíssimo como sempre e oportuno. Ando naquela sabe como? Quase sempre não querendo entender. #simplesassim
ResponderExcluirBeijão Ana ...
Eis a questão...
ResponderExcluirQue show! Adorei!!! Principalmente a parte "Há uma certa distância entre o que penso e o que digo, o que penso e o que não digo, e o que digo sem pensar.". Tão eu...
Obrigada pelo carinho com o Móbile lá na caverna.
Abraços esmagadores e feliz final de semana.
Às vezes entre nós e a tristeza há apenas a nitidez de um poema. Como este. Muito belo!
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Olá, querida Ana!
ResponderExcluirÀs vezes... embora tenhamos um pouco de retorno em alguns pontos em seu poema citado...
Eu também, às vezes, não entendo e, às vezes, procuro não entender...
Seja muito feliz e abençoada!
Bjm de paz e bem
https://espiritual-marazul.blogspot.com.br/