A chuva
Faz crescer a erva entre os caminhos
E constrói redondas poças
Que vão ficando cada vez maiores
E cada vez mais intransponíveis.
O vento se cansa
De transportar palavras fracas
Entre diferentes pares de ouvidos,
E as mensagens morrem,
Sem deixar qualquer eco.
Mas as sementes caídas
Displicentemente, das mãos distraídas,
São fertilizadas pela mesma chuva
Que faz crescer as ervas daninhas,
E o silêncio que dorme no vento
Torna-se bem mais eloquente
Do que qualquer palavra.
"...E o silêncio que dorme no vento/Torna-se bem mais eloquente/Do que qualquer palavra."
ResponderExcluirEsses versos dizem muito, pois quem lê nos meios sociais as opiniões que muitos dão sem nenhuma reflexão estão de fazer e criar separações, discriminações, guerras.
Aqui no Brasil estamos em guerra, nem sabemos ainda quando terminará?!
Muito bom te ler, pensar é algo que, nem sempre se pode dizer o que se pensa, pois não há quem possa compreender!
Abraços apertados querida Ana, tenhas um lindo domingo!
Bom dia, Ana. É mesmo assim, querida amiga. Por vezes, o vento parece cansar-se, mas a chuva sempre faz tudo revigorar-se nas profundezas de um silêncio que fala mais do que as palavras. Aplausos!
ResponderExcluirDesconheço uma poetisa mais eloquente que você Ana!
ResponderExcluirBeijão