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domingo, 17 de março de 2013

Fé em Odetinha






Todos dizem que Odetinha (Odete Vidal de Oliveira, nascida em 15 de setembro de 1930, no Rio de Janeiro) faz milagres. Também já ouvimos muitos relatos de santos milagreiros, reconhecidos (ou não) pela igreja, pois quem canoniza realmente um santo, não é a instituição católica, e sim, o povo. Muitas pessoas não acreditam em milagres, e dizem que todas essas histórias que circulam há anos pelo mundo e pela mídia não passam de embustes. 

Mas de onde vem a fé daqueles que acreditam - e daqueles que vivem - milagres?

Acho que a partir do momento em que a resposta a esta pergunta torna-se vital, perde-se o milagre; perde-se a fé. Ter fé é acreditar, e pronto. Não importa como aquilo que se pede vai acontecer, de que maneira a nossa graça será alcançada, e se pedimos com fé, pode realmente acontecer. Mas então por que não acontece sempre? Esta é uma outra pergunta cuja resposta diminui a fé, e jamais poderemos respondê-la. Mas que milagres acontecem, acontecem, e não acredito que sejam todos eles apenas coincidências ou sorte.

Mas quem foi Odetinha? Segundo a Wikipedia,





Biografia

Nascida no bairro suburbano de Madureira, Odete era filha dos portugueses Augusto Ferreira Cardoso e de Alice Vidal[2]. Mas o pai não chegaria a conhecer a filha, pois morreria de tuberculose meses antes de a filha vir ao mundo. Após o nascimento de Odete, sua mãe se casou novamente, agora com o próspero empresário do ramo de carnes Francisco Oliveira. Também português e extremamente devoto, ele se tornou pai adotivo da menina.
Odete era aluna do Colégio Sion, onde convivia com as freiras. Graças à fortuna de seu pai adotivo, a família de Odete vivia em um ambiente de extremo luxo. Mas boa parte dos recursos de Francisco Oliveira era aplicada em obras de caridade. Odete tinha tudo para se tornar apenas mais uma menina rica da alta sociedade carioca, mas herdou do pai adotivo a fé católica e logo passou a demonstrar atributos extraordinários de fé. Fazia questão de comer na mesma mesa das cozinheiras e do motorista, algo impensável no Rio de Janeiro da década de 30. Chamava as filhas dos serviçais para dormir em sua cama, e eventualmente se vestia como elas. Também costumava pedir ao motorista que estacionasse o carro da família longe da escola e percorria o resto do caminho a pé

A lenda da Menina Santa
Odetinha morreu vítima de paratifo, doença infecciosa de origem bacteriana. Foram 49 dias de sofrimento, assistido de perto pela sociedade carioca e pelos pobres que ajudava. A menina dizia: "Eu vos ofereço, ó meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas missões e pelas crianças pobres". No dia de sua morte ela declarou: "Meu Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo". Sepultada em um luxuoso jazigo perpétuo no cemitério S. João Batista a criança adquiriu fama de milagreira em meados da década de 1970, quando começaram a surgir placas de agradecimento por graças alcançadas.

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Beatificação

Em 18 de janeiro 2013, iniciou-se o processo de beatificação de Odetinha pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Seu túmulo foi aberto e seus restos mortais foram exumados e transferidos para uma urna na Basílica da Imaculada Conceição, onde a menina fez a sua primeira-comunhão.Muitos devotos foram ate lá para verem a beatificação.

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Eu acredito em milagres. Acho que existe realmente um lugar entre o 'Lá' e o 'Aqui,' onde a realidade torna-se menos densa e mais flexível. Se São Jorge, São Francisco de Assis ou Odetinha são os protagonizadores desses milagres, eu não sei dizer; mas acho que cada um deve agarrar-se àquilo no qual acredita nos momentos ruins, e ir em frente. Não há mal nenhum em tentar. E às vezes, pode mesmo acontecer aquilo que esperávamos, e caso aconteça, fiquemos em silêncio e não destruamos os caminhos tortuosos da fé através das nossas perguntas cínicas.


A CATEDRAL - Alphonsus de Guimarães


Catedral de Helsínquia - Finlândia



Entre brumas, ao longe, surge a aurora,
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu tristonho
Toda branca de sol.

E o sino canta em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"

O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma áurea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a bênção de Jesus.

E o sino clama em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"

Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a luz a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
aparece na paz do céu tristonho
Toda branca de luar.

E o sino chora em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"

O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.

E o sino chora em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsu! Pobre Alphonsus!"





Alphonsus Henrique da Costa Guimarães nasceu em 1870, em Minas Gerais. Aos 18, assiste à morte de Constança, sua noiva. O amor por Constança estará presente em toda a sua vida e obra poética. Aos 27, formado em Direito, casa-se. Anos depois, é nomeado juiz em Mariana, MG, de onde não mais sairia. Morre em 1921.


"Tem cheiro a luz, a manhã nasce." - Alphonsus de Guimarães




sábado, 16 de março de 2013

Lamento!...






Lamento  essa mal-querença
Que trazes dentro do peito.
Por que esse preconceito
Disfarçado de decência?

Passa o tempo, e leva tudo:
A carne, o sangue, as palavras!
De repente, ficas mudo,
De que vale tanta mágoa?

Sob o sol, nós caminhamos
E com o sol nos deitamos
Ao findar de cada dia.

E a noite traz no rosto
Um espelho, onde miramos
Nossas dores e desgostos...



Aquele Poema





Arranca-me lágrimas
Aquele poema de Cecília...
"Cabecinha boa de menino triste..."

Enquanto isso, tu passas ligeiro
Numa folha soprada pelo vento,
Pousas nas patas de um passarinho,
Chegas no ruído da chuva
E no brilho do sol.

Sigo tua imagem, que nunca é bem clara,
Ouço tua voz na brisa das coisas...




Gandhi






"Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."



"Olho por olho, e o mundo acabará cego."


"Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida."



"O medo tem alguma utilidade, mas a covardia, não."





sexta-feira, 15 de março de 2013

Pedaços





De repente,
Sentimentos caíram da minha boca
Num jorro urgente,
Despedaçando-se no chão.

Achei um traço de poema
Sob a umidade de uma pedra do jardim,
E um outro pedaço, numa pétala
E ainda um outro, num galho de árvore.

Voaram fragmentos
Que pousaram , tranquilos, no alto do muro,
E de lá, sentados, balançavam as pernas
Displicentemente.

Havia letras esfaceladas
No meio dos fios da grama cortada,
E também, palavras presas
Num canto, na lama.

Mas alguns fragmentos se foram
Junto com o vento,
E estes, perderam-se para sempre.



Pouso




Veio um passarinho, e pousou na varanda
E pousando, cantou duas vezes,
Depois, voou...

Gosto de pensar que foi um presente,
Pois eu pensava em ti.

Gosto de pensar que estás em teu quarto,
Gosto de pensar que estás ao alcance
De um telefonema,
Ou que, ao abrir o portão de casa,
Depararei com teu rosto
E te abraçarei,
E estarás sorrindo,
Vestida com teu casaquinho vermelho.

Gosto de pensar, mas eu sei
Que eu hoje só te vejo
Ao olhar-me no espelho.


Feng Shui Para Uma Vida Melhor- Parte II





Lidando com as Emoções


Desde crianças, sentimos um grande número de emoções. Algumas fortes, como a raiva e a tristeza, são causadas por experiências da infância, e as inexplicáveis, como fobias, provavelmente trazemos de outras vidas. A maioria das pessoas aprendeu a sufocar as emoções desde cedo. Nossos pais ou quem primeiro cuidou de nós não se sentiam confortáveis com suas próprias emoções (da forma como foram ensinados por seus pais); assim, nos reprimiam quando expressávamos alguma emoção intensa.



(...) A raiva reprimida se torna ira; a tristeza, depressão; o amor, possessividade; o medo, terror e pânico; e a inveja, ciúme. Todas essas emoções extremadas podem causar uma devastação em nosso corpo, nos relacionamentos e nas sociedades em geral.



(...) A ansiedade, desgosto, mágoa, tristeza e depressão cobram seu preço no pulmões. Tais emoções enfraquecem os pulmões e interferem no sistema respiratório. A cura vem pela virtude chinesa yi, traduzida como coragem ou retidão, no sentido de integridade e dignidade. Os pulmões são associados ao outono e ao elemento metal.




Medo crônico causa doenças nos rins, na glândula supra-renal e na região lombar. Na verdade, o medo (muitas vezes confundido com estresse) pode causar secreções, grandes quantidades de adrenalina e hidrocortisona, o que funciona como um sinal para que as células passem a transformar gordura e proteína acumuladas em glicose. Isso estimula o corpo a reagir com estresse - a síndrome do 'luta ou foge' -, que, quando se torna crônico, provoca uma parada no crescimento, no restabelecimento e na reprodução, inibindo químicas essenciais e funções imunológicas. Segundo a teoria qigong, os rins também controlam o estresse e podem criar dificuldades de aprendizado e prejudicar a memória. Quando os rins são saudáveis, a sensação é de serenidade, como as águas calmas, elemento associado aos rins. 



(...) A raiva, tanto a expressada quanto a reprimida de maneira inapropriada, prejudica o fígado e leva à tensão muscular e a várias indisposições, como dores de cabeça, problemas de visão, hemorroidas e menstruação irregular. 

(...) Impaciência, precipitação, arrogância, excitabilidade, excessos ou crueldade estimulam demasiadamente o oração e o prejudicam, provocando doenças cardíacas e insônia, histeria e psicose. 

(...) Os aborrecimentos, pensamentos obsessivos e preocupações prejudicam o baço e seus órgãos associados, ou seja, o pâncreas e o estômago, causando perturbações gástricas elevando a pressão sanguínea, baixando a imunidade e aumentando a Tendência a ter resfriados.

(...) O alvo maior de ambas as práticas, tanto a oriental quanto a ocidental, é sentir as emoções sem deixar que elas o dominem. Aquilo que conseguimos expressar apropriadamente não fica reprimido para reaparecer mais tarde de uma forma distorcida ou para nos deixar doentes.



quinta-feira, 14 de março de 2013

Passarinho Triste





Sua minúscula gaiola ornamentada ficava em um suporte móvel de ferro, no canto mais escuro da sala de jantar, onde a luz da pequena janela mal chegava. Era apenas uma criaturinha de aparência frágil,  um canarinho à toa, mas quando abria o peito para cantar... ah, até mesmo os vizinhos chegavam ao muro para admirar a beleza de seu canto! Como podia sair assim, um som tão maravilhoso e perfeito daquele peito tão magrinho? 

Quando chegou àquela casa, causou alguma comoção; as pessoas paravam para brincar com ele, estalando os dedos em volta da gaiola e assoviando. Ele se empertigava todo de espanto, esvoaçando e batendo contra os arames da gaiola. Com o tempo, acostumou-se à presença das pessoas, e tornou-se mais calmo. Também com o tempo, a sua presença foi se tornando cada vez menos notada, principalmente nas épocas de muda de pensas, quando ele não cantava.

Antes, sua gaiola era colocada lá fora de manhã bem cedo pela empregada da casa, e ele podia abrir as asinhas ao sol e pular de um poleiro ao outro, piando baixinho; mas um dia, alguém viu o gato do vizinho olhando a gaiola atentamente. A partir daquele dia, ele nunca mais foi levado para fora,  nem viu a luz do sol. Sua existência limitou-se àquele canto obscuro da sala de jantar, onde as pessoas passavam por ele já sem perceber que ele estava ali.

À noite, quando seus donos chegavam em casa, acendendo a luz,  ele ainda cantava alto, como a dizer: "Vejam, eu estou aqui! Eu existo!" mas como o canto atrapalhasse o som da TV ou das conversas, alguém apagava a luz, e ele ficava quieto.

Às vezes, esqueciam-se de cuidar dele - nos finais de semana e nos dias de folga da empregada. Então, sua água ficava tão suja de fezes, e seu alpiste, tão cheio de cascas, que ele mal podia comer ou beber. Suas unhas eram tão longas, que enrolavam-se em volta do poleiro.

Assim, a vida daquela pobre criatura ia passando. Anos e anos de solidão e sofrimento. Havia festas, reuniões de família, conversas à mesa. Mas ninguém notava que ele estava ali, e ele nem sequer cantava mais. Só ensaiava um canto quando, de manhã, a empregada abria a porta da cozinha e uma luz de sol infiltrava-se até a metade da sala de estar, e ele se lembrava que era um pássaro e que estava vivo.

Mas seus piores momentos, eram quando a família viajava, e a empregada não precisava ir... ficava sozinho por dias à fio, sem ter quem lhe trocasse a água e o alpiste, sem uma nesga sequer de luz que lhe chegasse, sem um som sequer na casa vazia, a não ser o do relógio da sala, marcando as horas. Antes da viagem, eles enchiam-lhe duas ou três vasilhas de alpiste e água, esperando que durassem o tempo que ficariam fora, colocando-as no chão da gaiola, mal deixando-lhe espaço para mover-se. Ao fazer suas necessidades, era obrigado a fazê-lo sobre a água e a comida.

Esta era a vida daquela criatura miúda e insignificante: não passava de um acessório que não servia mais para ninguém, com o qual ninguém se importava. 

Um dia, uma menina chegou à casa de visita. Ela começou a andar pelos cômodos, curiosa como toda criança, e deparou com a gaiola no canto escuro da sala de jantar. Caminhou em volta dela, olhando o passarinho, que a olhou de volta com tanta tristeza, que os olhos da menina encheram-se de lágrimas. Ela olhou para os lados, e de repente, num impulso, abriu a porta da gaiola. Pensou que o passarinho sairia voando porta afora, mas ele apenas continuou onde estava, sem mover uma pena sequer. 

De repente, a menina ficou com medo de que descobrissem a sua arte, e tentou fechar a porta da gaiola, mas esta emperrou-se. Não se movia. Ela saiu de fininho, ainda olhando para os lados, e foi embora, esquecendo-se de seu triste amigo. Como a empregada da casa estivesse de férias, ninguém nem sequer viu que a gaiola estava aberta, e assim ela ficou.

Até que, retornando das férias três dias depois, a empregada percebeu a portinhola aberta, e ao fechá-la, deparou com o passarinho caído, morto, no fundo da gaiola.


Sarcófagos





Os altos chapéus 
Escondem os chifres...
"À benção, senhores,
Beijo as santas mãos!"
Sob o ouro brilhante, 
Toda a podridão
De anos e anos 
De perseguições.

As mãos levantadas,
Os dedos cruzados...
A bênção forjada
De ritos fingidos
E ultrapassados.

A face do Cristo
Pisada e cuspida,
As suas palavras
Sem pena, torcidas,
Usura , ambição,
Pseudo perdão
O doce na boca,
As pedras na mão.

Dedos sobre lábios,
Pedindo silêncio
Sobre tudo aquilo
Debaixo dos panos...
Uma história torpe
Bem alicerçada
Sobre montes de ossos
Ao longo dos anos.


BUSCA







BUSCA


Eu busco sentidos
Para o que está vivo
Entre o que está morto.

Só acho uma curva
Em forma de ponto
De interrogação...

O sim e o não
Descansam, rendidos,
Num imenso talvez.

E o dia amanhece
Refazendo os nós
Que a noite desfez.



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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...