witch lady

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sócrates de manhãzinha






"A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente, consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser."





"Aquilo que não puderes controlar, não ordenes."





"Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos, e, posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de novo, só os nossos."





"A sabedoria começa na reflexão."





"A vida que não se examina não vale a pena ser vivida."





"Se alguém mente sobre você, faça o contrário para que ele se passe como mentiroso."






"Inteligente é aquele que sabe que não sabe nada."





"Se a morte fosse mesmo o fim de tudo, isso seria um ótimo negócio para os perversos, pois ao morrer teriam canceladas todas as maldades, não apenas de seu corpo, mas também de sua alma."






"A mentira nunca vive o suficiente para envelhecer."






terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Moça da Foto






A moça da foto hoje está longe,
E aguarda seu amanhecer
Plácida, de olhos bem fechados,
Navega o barco de Caronte.
A moça da foto, em seus dias,
Foi triste e feliz, anã gigante
Que flutuava em fantasia
E que perdia-se no Antes.
A moça da foto teve sonhos,
Alguns felizes, realizados
E a maioria,  esquecidos
Aos pés da vida, amarelados.
A moça da foto teve medos,
Segredos que não revelava
Desgostos muitos, que chorava,
E que a seguiam pela estrada.
A moça da foto perdeu muito,
Tanto, que logo se esquecia,
Ficava à espera de outro dia
Que lhe apagasse suas tristezas.
A moça da foto não foi rica,
Não pertenceu à realeza,
Foi só uma vida como tantas
Que se perdeu na correnteza.
A moça da foto já foi triste,
Mas encontrou a alegria
Nas coisas mais simples do dia,
Na natureza, na beleza.
A moça da foto apaixonou-se
E também desapaixonou-se
Teve no peito um amor lacrado
Que ficou sempre bem guardado.
A moça da foto amava a vida,
A natureza, a dança, o riso,
Via a beleza numa flor
E reaprendeu o que é amor.
A moça da foto envelheceu,
E viu secarem seus jardins
Na agonia e na amargura
Dos corações que não se abriram.





Cortinas








As cortinas servem não apenas para enfeitar as janelas, mas para oferecer privacidade aos moradores da casa, e cortar um pouco a luz em certas horas do dia. Podem ser feitas de vários materiais, mas pessoalmente, não aprecio as cortinas pesadas e com muito pano. Gosto das fluidas, leves, esvoaçantes cortinas de voil e seda, com suas transparências, que levantam suas saias toda vez que o vento sopra, como se estivessem dançando um suave balé. Acho que tenho algum grau de claustrofobia, pois janelas fechadas e cômodos abafados e escuros demais me deixam muito desconfortável. Os blackouts, então... eu simplesmente os detesto! Aquelas coisas horrorosas de pano ou plástico que enegrecem o dia, pesando nas janelas... ah, como eu odeio os blackouts!
Uma casa precisa de luz. Precisa respirar!
Minha irmã sabe fazer cortinas muito bem. Lembro-me de que era moda, há alguns anos, cortinas cheias de pano, com sanefas de cores diferentes, bandôs encimando as janelas, enfim, uma parafernália de coisas que só servem para acumular poeira e deixar o ambiente escuro e abafado. Quando nos mudamos para a casa nova, ela fez para mim umas cortininhas curtas, para o quarto de hóspedes, e desculpou-se pois utilizara sobras de voil e de um outro tecido caríssimo que usou para debruar as cortinas , e achava que tinham ficado ‘pobres’ demais. Mas eu as adorei, e estão lá até hoje! E todo mundo que dorme naquele quarto, adora as cortinas.
Cortinas sugerem mistério, algo escondido... mas também revelam paisagens, e se abrem para os espetáculos dos palcos dos teatros. Quando alguém morre, podemos dizer que as cortinas se fecharam. Todos nos lembramos dos tempos das ‘cortinas de ferro.’ Por trás das cortinas, escolhemos as máscaras que usaremos durante o dia. E à noite, sentimo-nos seguros para tirá-las, quando fechamos as cortinas.



Amor à Criação








"Tudo palpita em redor de nós, e é um dever de amor aplicarmos o ouvido, a vista, e o coração a essa infinidade de formas naturais e artificiais que encerram seu segredo, suas memórias, suas silenciosas experiências."  -  Cecília Meireles




"No dia em que o homem compreender ser filho da natureza, irmão dos bichos da terra, dos pássaros do céu e dos peixes do mar, nesse dia ele compreenderá sua própria insignificância e, realista, será mais humano, mais simples e solidário."  -  Oscar Niemeyer



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Um Pedaço de Pera





Passeando pela grama molhada esta manhã, encontro um pedaço de pera dura parcialmente comida. Deve ter sido deixada pelos morcegos, que vem se alimentar de frutinhas durante a noite, pendurados de cabeça para baixo nos galhos do meu cedro. Alguns deles parecem cachorrinhos que voam.





Há uma casinha de formigas cortadeiras junto ao pé de manacá. Elas vem, periodicamente, e fornecem uma poda natural às minhas roseiras. Reparei que depois desta poda, as roseiras crescem mais bonitas - e elas não se alimentam delas o ano inteiro. Comem também as cascas de bananas que sobram nos comedouros dos pássaros. Aproveitam tudo!




Coloquei o resto de pera junto á entrada do formigueiro, e esperei. Logo, uma formiguinha aproximou-se, sondando o objeto, e começou a cortar um pedacinho. Em alguns minutos, a pera estava cheia de formiguinhas cortadeiras, que carregavam a fruta para dentro de sua casinha.




Lembrei-me de outros formigueiros, em outras épocas... quando eu era criança, estas formigas abundavam em nosso quintal, pois havia muitos pés de frutas, e a terra era preta e fofa. Eu catava açúcar na cozinha, folhas de rosas (escondida de minha mãe, é claro) e outros alimentos para montar um 'mercadinho' de formigas. Cercava o mercadinho com palitos de fósforo, e fazia as bancadas de tampinhas de refrigerante. Passava horas brincando com as formigas!





Gostava também de apanhar joaninhas de várias cores, que abundavam nos pés de vassourinha. Eu as colocava em caixas e levava para dentro de casa, para brincar. Muitas vezes, elas escapavam e ficavam voando e andando pelas paredes da casa. Se alguém acidentalmente pisava nelas, eu chorava... era um custo para minha mãe me convencer de que as joaninhas estavam tristes, longe de casa e de suas famílias! Mas finalmente, eu concordava em colocá-las para fora, de volta nos pés de vassourinha.



Eu adorava brincar com as gordas  lagartas listradas de amarelo e preto  que apareciam nos pés de Saco-de-velho (não sei o nome desta planta; nela, cresciam umas bolas verdes, cheias de ar e peludas; daí, o apelido). Elas passeavam pelos meus braços. Algumas andavam de uma maneira engraçada: só tinham patas no início do corpo, junto à cabeça, e junto à extremidade. Quando andavam, formavam 'Cs' oblongos.





Brinquei muito com besouros - lá em casa, havia de todas as cores, tipos e tamanhos  - e com vaga-lumes. Passei a infância toda brincando com estes e outros bichos. Tínhamos muitos cães, gatos, passarinhos de meu pai (que mais tarde, soltei), tartarugas, hamsters e porquinhos da índia. Tivemos também patos e galinhas, uma vez. Ainda recebíamos constantes visitas dos cabritos e cabras de uma vizinha, que cismava em deixá-los soltos. Eles entravam pela cozinha quando estávamos distraídos, e pegavam, debaixo da pia, cenouras, abóboras e pacotes de banha para comer. Ainda me lembro de minha mãe com a vassoura, espantando os cabritos de Dona Alice.



Nosso quintal era cheio de pés de limão, figos, abacates, pêssegos, ameixas, bananas... cultivávamos canteiros sob as janelas da frente da casa. Uma vez, minha irmã e eu plantamos pés de couve e alface. Minha mãe tinha o costume de jogar as sementes de tomate em um canto do quintal, e os tomateiros brotavam em profusão. Há pouco tempo, lembrei-me daqueles episódios, e joguei sementes de tomate nos canteiros do fundo da casa. Comi saladas e tomates fritos durante bastante tempo, e já semeei de novo, pois os tomateiros morrem após dar frutos. 





Acho triste que hoje em dia as crianças não tem esse contato com a natureza, os bichos, as plantas.




Frases e Pensamentos Sobre o Amor






"Amar você é vê-lo como Deus o concebeu." - Fiodor Dostoievsky



"O amor é quando a gente mora um no outro."  -  Mário Quintana




"Amar é chamar o outro para fora de sua solidão."   -  Platão




"Amar é mudar a alma da casa."   -  Mário Quintana




"O amor não causa sofrimento. O que o provoca é o senso de propriedade, o oposto do amor."  -   Antoine de Saint-Exupéry




"Há uma coisa que me impressiona muito hoje em dia. Os casais querem uma paixão absoluta ou nada. Estamos em plena era do romantismo. O amor é coisa bem diferente. Requer tempo, boa vontade, respeito, atenção, divergências, crises e lembranças comuns." -   Luigi Comencini




"O amor cresce quando a pessoa se coloca aberta à surpresa do outro, quando reconhece sua imprevisibilidade e deixa de existir nela o pressuposto e a presunção de tê-lo compreendido."   -   Battista Borsato





"Amor é quando cessa a análise porque se deseja a síntese. É o fim da busca sofregante porque já se deu o encontro. Já não há mais carência e sim satisfação. Então se é serenamente feliz."   -Pe. Luiz Carlos




"O amor vem de onde menos se espera quando não se está procurando por ele. Sair à procura do amor nunca resulta na chegada do parceiro certo e só cria melancolia e infelicidade. O amor nunca está fora de nós, mas dentro de nós. "  -  Louise Hay





"O desejo morre automaticamente quando se realiza: fenece ao satisfazer-se. O amor, ao contrário, é um eterno insatisfeito."   -  José Ortega Y Gasset




"O amor, quanto mais profundo e sincero, menos é teatral e declamatório."   -   Medeiros e Albquerque






"Quem começa a compreender o amor, a explicá-lo e quantificá-lo, não está mais amando."  -   Anônimo



CHUVA





Não maldigo as gotas
Melancólicas
Que grudam nos vidros
E escorrem em rios.

Não temo os trovões,
Os ventos fortes,
E as luzes revoltadas
E mortais dos relâmpagos.

Não lamento mais
Quando o céu se abre
E o vento canta ruidoso
Agitando os cabelos da chuva.

Pois em dias tão tristes,
Como esses que vivo
A chuva me cai
Como uma luva.


*

Partilha






Podes ficar com as meias
Para que aqueças os pés
Nas muitas noites de frio.

Podes ficar com a paisagem
À beira desta janela,
Fiques também com o rio.

Mantenhas sob a tua cama
As caixas de fotografias
Que provam o quanto me amas,

Podes ficar com os discos,
E as canções que embalaram
Histórias da nossa trama.

Desfrute bem esta casa,
Abra as portas e janelas
Para arejar tuas asas.

Levarei comigo, apenas
O que me resta de bom
Desta história de absurdos!

Podes ficar com os livros,
Pois são bons amigos mudos...
-Ah... podes ficar com tudo!




Inspirada em "Trocando em Miúdos", de Chico Buarque.

sábado, 19 de janeiro de 2013

A Flor




A flor soltou-se,
Desprendeu-se,
E, bailando em rodopios,
Voou com o vento,
Entregou-se.

Ainda havia
Beleza nas pétalas,
Ainda havia 
Uma cor em seu centro...

A flor sobre a pedra,
Numa entrega
Ao seu destino...


A essência da Palavra





"Engolindo-se as palavras ruins que não se profere, jamais se estragou o estômago." - Winston Churchil




"Entre duas palavras, escolha sempre a mais simples. Entre duas palavras simples, escolha sempre a mais curta." - Paulo Valéry




"Não - é a mais fácil e cômoda palavra que existe. Se alguém diz não, os problemas acabaram. Os problemas realmente começam quando você diz sim." - Victor Civita




"Quanto menos palavras tiver a oração, tanto mais rapidamente chegará a Deus." - Martinho Lutero




"As pessoas vãs e indolentes mostram desprezar as letras.; os simples admiram-nas sem lhes tocarem; e os sábios usam-nas e honram-nas." - Francis Bacon




"Sem conhecer a força da palavra é impossível conhecer os homens." - Confúcio




""A palavra é do tempo; o silêncio, da eternidade." - Maurice Maeterlinck




"O amor só possui uma palavra, e dizendo-a sempre, não a repete nunca."- Jacques Maritain




"A palavra foi dada ao ser humano a fim de que ele pudesse, com ela, encobrir seus pensamentos." - Talleyrand


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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...