witch lady

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domingo, 23 de setembro de 2012

Era Uma Vez...








Era uma vez um menino,
Que sonhava com viagens,
Com caminhos encantados,
Alegrias sem paragens...

Vivia driblando a dor
De não ser bem quem queria,
Viva espalhando o amor,
Tentando vencer o dia...

Era uma vez um menino,
Que catava pelo chão
O que a vida oferecia,
Guardando na palma da mão...

E do nada, construía
Mil barquinhos que soltava
carregados com seus sonhos
Pelo grande mar da vida!...

Mas não sabia, o menino,
Que um dia, afundariam
Por falta de calmaria
E por obra do destino...

E manteve a esperança
Até que ele viu sumir
No horizonte do degredo,
O último dos barquinhos...

Mas restou-lhe um por de sol
No qual ele mergulhou
Para sempre e para longe...
Nunca mais ele voltou!


Para Ricardo

Bruxaria




Cai a tarde
Vem a noite
Em cores frias

Ria a bruxa
Bruxaria
Que faria...

Não sabia
Que sobre ela
Cairia!

Bruxa ria
Ria a bruxa
Bruxaria...

E um anjo
Escondido
Tudo via!...

E nas asas
Recolhia
Bruxaria...

Dissipava
Pelo vento
Uma trilha...

Que a maldade
Já de volta
Percorria!

Cai na bruxa
Bruxaria
Bem mais forte...

E ela bate
Contra o solo
Já à morte...

Bruxaria
Sobre a bruxa
Que morria...

Bruxuleia
Uma chama
Que se apaga...


sábado, 22 de setembro de 2012

PONTES







Uma ponte liga duas margens de um rio, ou duas vilas, ou duas cidades. As pessoas as percorrem para chegar ao outro lado, onde estará alguma coisa que buscam ou que precisem alcançar, embora não as estejam buscando voluntariamente. Assim pensando, acredito que os rios entre as pessoas não fluem por acaso. Quando estamos diante de um obstáculo qualquer, acho que estamos sendo testados para que usemos nossa criatividade e boa-vontade ao máximo, para que cresçamos. Para isso, precisamos buscar os recursos existentes dentro de nós, na nossa experiência de vida. Mas também podemos fazê-lo seguindo os exemplos das pessoas que já chegaram do outro lado.

Chegar ao outro lado não significa que sempre permaneceremos por lá; mas só o fato de tentarmos, realmente, com o coração, já é um grande passo. Mesmo que encontremos uma porta fechada, terá valido à pena. Neste caso, o melhor é fazer o caminho de volta com classe.

Mas sempre ficam as lições da travessia. Talvez descubramos que não somos tão equilibrados quando pensávamos, ao irritar-nos tão facilmente com os obstáculos no caminho... então, é este lado que precisamos exercitar mais. Noutras vezes, descobrimos que aquele alguém que pensávamos estar nos aguardando do outro lado, fecha-nos a porta à cara. Daí temos a lição da desilusão, que é o momento crucial, essencial, em que as máscaras caem.

Nessa travessia, sempre haverá pessoas que, dizendo-se pontes, serão, na verdade, mais um pouco da água que separa. Saibamos reconhecê-los e evitá-los.

Mas jamais devemos deixar de, pelo menos, tentar cruzar as pontes da vida.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Metamorfoses- dueto a convite de Marco Rocca







Não subestime as agruras 
nuas em meus olhos...
Ardem no céu dos anos.
Como espantos, alegrias...
 
Meu andar é torto,
mas tenho um caminho.
Minhas desventuras 
seguem comigo. Fugidias...
 
Desespero-me, corro, fujo de mim.
Tento apaziguar minhas ternuras.
Mas, esta dor arde em meus dias
deixa-me louco, sozinho, morto...
 
Até que torto em descaminho,
encontro o porto que procurava.
Sem saber, que dentro de mim,
havia o silencio que jamais notara.
 


NOITE

Fotos: o anoitecer, visto da minha janela.








Coberta negra sobre os montes,
A noite vira mote
Nas linhas de um poeta.
E nas estradas da poesia,
Alinham-se as estrelas,
Uma a uma,
Sob a luz
Da mãe-lua.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Foram-se




Foram-se as flores do meu ipê,
Caíram em murchas manchas silentes,
Mortas manchas
Aparentemente, para sempre.

Mas permanece a árvore, que guarda
Em si, milhares de sementes
De outras árvores, e outras flores
Que hão de brotar novamente.

Mas jamais serão as mesmas flores,
E jamais, as mesmas sementes.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Duas Aves





Duas aves,
Que poderiam partilhar
A  simples alegria de voar
Pelo mesmo céu.

A primeira,
Voava por amor ao voo,
Sem desejar, da vida,
Mais do que o prazer das asas.

Mas a outra
Desejava voar mais alto,
Superar
As alturas que a outra
Poderia singrar.

A vida passou sobre as duas,
E chegou a hora do voo derradeiro.

A primeira, foi sem pesos,
Alçou um voo rápido,
Alcançou o paraíso
Das coisas redimidas.

A segunda,
Abriu suas asas pesadas
Pelo chumbo com o qual
Atirava contra a outra...

E caiu,
No abismo do esquecimento,
Onde morre a vida.

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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...