witch lady

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Curvas



O que há depois da curva?
Uma surpresa.
Estanco, respiro fundo
Antes de virá-la.

As curvas são pausas,
E fazem parte
De todas as estradas.

Só podemos virá-las
Uma
De
cada
Vez.

Derradeiro Olhar




Um dia, nos abraçaremos
Pela derradeira vez,
E as palavras que diremos
Nunca mais serão ouvidas.

A carícia dispensada
Será o último toque,
Por diferentes caminhos
Um dia nos perderemos.

Para nós, será um choque,
Pois sabendo o que sabemos
Mesmo assim, seguimos frios
Pela vida que vivemos.

Um dia, nos abraçaremos
Pela derradeira vez...
Mas quem sabe, quando ou onde,
Até quando nos veremos?...

Por que será, só choramos
Por aquilo que perdemos?
Por que não valorizamos
Tudo aquilo que ainda temos?

Construir X Destruir



Estive pensando no tempo que se leva para construir qualquer coisa; um prédio, por exemplo. Os gastos são enormes, e o material deve ser de boa qualidade. Um prédio é construído com a ajuda de vários profissionais: engenheiro, arquiteto, pedreiro, eletricista, pintor, ladrilheiro. E acho que nessa construção, não existe o profissional mais importante e o menos importante, pois todos juntos fazem parte da obra, e sem a presença de apenas um deles, a obra tornar-se-ia impossível ou ficaria incompleta ou mal-acabada.

Pode levar anos, até que toda a estrutura esteja terminada. Se ela for frágil, cedo ou tarde, ruirá, como acontece a toda hora com alguns prédios que vemos pela TV, mesmo que isso leve também muitos anos. Mas se a estrutura for forte, ela resistirá ao tempo e as intempéries.

Assim somos nós: nos construímos através de muitos anos. Cada um faz o melhor para tornar-se uma boa pessoa - pelo menos, é assim que deveria ser. O importante, é que também nós saibamos escolher materiais fortes e de boa qualidade para compor a nossa estrutura; desta forma, ela poderá resistir até mesmo, aos acidentais esbarrões de retroescavadeiras e tratores que encontrarmos pelo caminho.

Assim como um prédio, nós também somos construídos pelas pessoas que nos cercam: precisamos delas. Precisamos de amor, de amizade, de nossas famílias. E é sempre muito triste quando um deles se volta contra nós. Cedo ou tarde, este momento pode acontecer a qualquer um, mas o que determina se permaneceremos ou não de pé, é a qualidade do material que usamos em nossa estrutura. Porque se nos deixarmos derrubar, por termos construído uma estrutura frágil, será muito difícil nos reerguermos.

Mas também é importante que tomemos cuidado para não agirmos de forma a destruir as outras estruturas-pessoas que nos cercam, o que muitos fazem por medo, frustração, inveja, competição ou mal-jeito, mesmo. Devemos nos lembrar de que, assim como as outras pessoas, nós também temos as nossas pilastras expostas. Nós também temos vazamentos , infiltrações, curtos circuitos. Pode ser que, mais tarde, precisemos de alguém para nos ajudar a apagar um incêndio ou consertar um cano quebrado.

Viver não é tão difícil. Viver depende das escolhas que fazemos todos os dias, desde a hora em que acordamos, até a hora em que nos deitamos. Viver seria mais simples se apenas cuidássemos de nós mesmos, de nossas próprias vidas, checando periodicamente o estado das nossas estruturas. Viver seria mais simples, se deixásemos em paz as estruturas alheias, mas ao mesmo tempo, tomássemos o cuidado de não nos aproximarmos demais de estruturas fracas ou prédios em ruínas.

Viver seria uma experiência feliz se fôssemos mais verdadeiros

Aqueles que nos Cercam




Qual o tamanho da cerca que abrange aqueles que nos cercam? Passará ela apenas em volta de onde moramos, estender-se há além de nosso quintal, englobará nossa cidade, ou até mesmo, nosso estado, espalhar-se-há pelos confins de todo o país, ou quiçá, pela vastidão do mundo?

Que a cerca que nos cerca - e àqueles que de nós se acercam - seja tão grande quanto suportarmos. Que ela tenha a amplitude de nossa sinceridade, de nossa capacidade de ajudar. Alguns poderão abranger um espaço mais vasto, enquanto que outros, abarcarão apenas o espaço que vai até os confins de seu próprio bairro ou cidade, ou quem sabe, de seu portão! O importante, é que façam alguma coisa.

O que conta, é a intenção, a verdadeira boa intenção e o desprendimento ao ajudar. E quando aquele cuja ajuda se espalha mais largamente serve-se deste fato para humilhar aqueles que dão menos que ele, qual será o valor desta ajuda? Eu ajudo com sinceridade, por sentir a dor do outro, ou apenas para parecer bondoso aos olhos da maioria e receber elogios? Saio por aí, fazendo propaganda daquilo que eu doo, diminuindo a quem recebe, e até a minha própria dádiva? farei como o político, que ao doar um saco de cimento, solta fogos de artifício e aparece sorridente em fotografias ao lado de quem recebeu?

Quem se acha melhor do que os outros porque doa mais, não sabe doar. Mesmo assim, sua dádiva será válida para quem a receber. Mas se o ato de doar visa apenas a uma egoística satisfação, ou a conquista de um lugar no paraíso, acredito que esta pessoa terá uma ingrata surpresa ao chegar lá; achando-se com direito à entrada franca no céu, por ter doado, descobrirá que ainda tem muito o que fazer... quem sabe, aprender a ser mais humilde?

Se cada um de nós se pusesse a ajudar apenas àqueles que os cercam, o mundo já seria um lugar bem melhor... é como o próprio Jesus Cristo dizia sobre a pequena doação da viúva, que fazendo-a com sinceridade, valia muito mais do que a doação daqueles que o faziam para terem um lugar de destaque entre os outros.

AMARGURA



Amargura


Sentada no rochedo, o olhar, perdido,
A barra do vestido esvoaçava ao vento
Ao chorar, ela deitava suas salgadas águas
Nas águas já salgadas do imenso mar.

No fundo, ela sabia: ele não iria voltar!
Na fraca luz do dia, ela quis o luar...

Mas só a maresia cobriu-a, por fim,
E assim enferrujou-se sua fantasia.

NÃO CONCORDO!




Originalmente publicado no Recanto das Letras, e reeditado para este blog

"Não concordo!"

Quantas e quantas vezes dizemos esta frase? Inúmeras! Também, não somos obrigados a concordar com tudo, seja na área da política, religião, economia, ou sentimental. Cada um tem suas próprias opiniões, que são formadas ao longo de uma vida, tendo como base princípios de família, educação, preferências pessoais, enfim, o ambiente e o próprio ponto de vista de cada um sobre ele.

Podemos expressar as nossas opiniões, trocando idéias ensinar e aprender. Aprender, sim! Opiniões que não mudam, que não tem um olhar aberto sobre os acontecimentos, mas apenas aquela famosa atitude "É isso o que penso e pronto. Não mudo!", é retrógrada... mas mesmo os que pensam assim, tem este direito.

Eu mesma às vezes - tá bom, muitas vezes - sou meio-apaixonada ao dar minhas opiniões. Ms toda vez que ajo assim, EU ESTOU ERRADA! Todo mundo precisa aprender a discordar sem agredir. Respeitar o que o outro pensa, mesmo que discorde até o fim, ao invés de brigar e tomar uma opinião contrária como uma ofensa pessoal.

Gostaria, sinceramente de ter o pavio bem mais comprido e tentar fazer como alguém me aconselhou: "Não leve nada para o lado pessoal. Ignore toda e qualquer tentativa de discussão acirrada sobre qualquer assunto." Mas na hora "H", o sangue sobe à cabeça, e pronto...

Conselho: melhor controlar-se... certas discussões não valem à pena, pois são  desgastantes, ridículas, sem propósito, e além do mais, muitas vezes nem  sabemos quem é, de verdade, a pessoa do outro lado... isso pode gerar intrigas de proporções assombrosas, e perigosas. Enganos e mal-entendidos irremediáveis.

Pratiquemos um pouco de tolerância. E mesmo se for estritamente necessário mandar alguém para 'aquele lugar', façamos isso sem ficar trocando farpas indefinidamente.

MEMÓRIAS ESTRANHAS




Tenho memórias estranhas
De coisas que não vivi
casas onde não morei
Gente que não conheci.

Vejo uma sala bem cheia
Numa tarde de verão
E eu, criança, espalhando
Meus brinquedos pelo chão.

Vejo pessoas bem jovens
Dança, festa, diversão,
Uma bandeja na mesa
Jogos de cartas na mão...

Tenho memórias estranhas,
De estradas que não vi,
Canto lento de cigarras,
Um chão que não percorri...

Sinto um sol que me aqueceu
Num lugar longe daqui,
Vejo coisas que vivi
Quando eu não era eu.

Vejo rostos conhecidos,
De pessoas que eu amei,
E que hoje estão perdidos
No passado, que lembrei...

Tenho memórias estranhas:
-De outra vida que vivi?
-De algum sonho que sonhei
E do qual nunca acordei?

DIGITAIS








O que trago nas pontas dos dedos,
A minha marca indelével
Que ninguém mais possui,
Nada conta de mim,

Assim como as listras das zebras
Que diferenciam umas das outras
E que jamais são iguais,
Não dizem quem elas são.

Meu DNA, esta cadeia
De células enfileiradas,
Código genético e único,
Não contém minha alma.

Um cientista pode usar
Um simples fio do meu cabelo
Para pretender decifrar-me,
Tentando dizer quem eu sou.

As marcas dos meus pés
No meio da estrada,
As minhas pegadas,
Não dizem nada do meu futuro.

O que fala de mim
É o pressionar das digitais
Sobre as teclas,
Para escolher as letras
Ao compor mais um poema.

DEUS ESCUTA








Lanço palavras ao ar,
Preces desesperadas
E Deus me escuta,
Sentado
À beira da estrada.

Convida-me,
Sento-me ao Seu lado
E Ele segura minha mão.
Diz-me:

"Sabes que te ouço,
Mas também sabes
Que talvez 
Os planos que tracei
Possam não ir ao encontro
De teus desejos.

"Aquilo que chamas
De tragédia e morte,
É tudo o que não sabes
Sobre o outro lado,
Onde a vida vos aguarda."

Assim dizendo, Ele se levanta
Dá-me um último sorriso
E se afasta.
Eu fico sentada,
E continuo a dizer
Preces desesperadas.

DEUS NÃO VAI VOLTAR!









Sentada na pedra, esperava,
Esperava até cansar...
Não ouvia quem dizia:
"Olha, Deus não vai voltar!"

Fitava o horizonte tão reto,
Tão reto, de desesperar...
Sonhava com sinos tocando,
Mil trovões a ribombar!

Sentada esperava, mais nada;
Teimava em fixar o olhar
Lá nas ondas do oceano,
Para ver Deus caminhar...

Não ouvia quem dizia
Insistente, sem parar:
"Olha, vem viver a vida,
porque Deus não vai voltar!"

Escrevia cartas na areia,
Escutava as conchas do mar,
Tentando ouvir a Palavra
Que a iria resgatar!

Mas Deus a olhava com dó
E complacência, a sorrir:
"Como poderei voltar
Se jamais cheguei a ir?" 







SURTO









Entre as flores vermelhas


Por onde o olho corre,


Ele discorre


Sobre o que lhe dá na telha.






A alma percorre


O que a vida oculta.


Aos poucos, morre


Afogada na cicuta


Que da cabeça,


Escorre.






A vida é absurda,


Mas absoluta.


A vida é um segredo


Que da vida, nos oculta.


Um porre!

SÃO JORGE






QUEM SÃO OS SANTOS A QUEM OS BRASILEIROS DEDICAM SUA FÉ? HOJE, DIA DE SÃO JORGE, DECIDI PESQUISAR MAIS UM POUCO. ATÉ AGORA, A ÚNICA COISA QUE EU SABIA SOBRE SÃO JORGE, ALÉM DA AJUDA QUE RECEBI DE SUA ALMA FORTE TANTAS VEZES QUANTAS PRECISEI, É QUE ELE FOI UM SOLDADO ROMANO.


MAS... O QUE É UM SANTO? UMA IMAGEM DE PERFEIÇÃO? CREIO QUE NÃO... A IGREJA CATÓLICA, COMO A MAIORIA DAS RELIGIÕES, TENTAM IMPOR AOS SEUS FIÉIS UMA IMAGEM INALCANÇÁVEL DE PERFEIÇÃO, QUE APENAS FRUSTRA E DISTANCIA DE DEUS. 



PARA MIM, O QUE A IGREJA CATÓLICA CHAMA DE 'SANTOS,' NADA MAIS ERAM (AINDA BEM!) QUE SERES HUMANOS ESPECIAIS... SERES QUE TORNARAM-SE IMPORTANTES NA CULTURA POPULAR, DEVIDO À SUA CORAGEM E OBSTINAÇÃO EM LUTAR PARA DEFENDER AS COISAS NAS QUAIS ACREDITAVAM. DEVIDO ÀS NOSSAS CRENÇAS E ÀS EXPECTATIVAS QUE DEPOSITAMOS NELES, TORNARAM-SE ÍCONES DE FÉ E FONTES ONDE BUSCAMOS FORÇAS EM NOSSOS PIORES MOMENTOS.


MAS AS ORAÇÕES SÃO OUVIDAS... MUITOS PEDIDOS SÃO REALIZADOS...MAS COMO ELES SE REALIZAM? DISSO, NÃO TENHO A MENOR IDÉIA! TALVEZ TUDO ESTEJA CONECTADO COM O NOSSO MERECIMENTO, E TAMBÉM, COM O QUANTO NOS EMPENHAMOS PARA LUTAR PELAS COISAS QUE DESEJAMOS.



MAS UMA IMAGEM FORTE, DE ALGUÉM, CUJA EXISTÊNCIA NOS INSPIRE, PODE REALMENTE AJUDAR. A ISSO, EU CHAMO DE FÉ.



De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.


Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.


O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os romanos deviam se converter ao cristianismo.





Ícone de São Jorge, Museu Cristão-Bizantino, Atenas



Brasão de Armas de Moscou, cidade que tem São Jorge como Padroeiro.


Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."


Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).


Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.


Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
[editar] Disseminação da devoção a São Jorge






Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Desde Dom Nuno Álvares Pereira, o santo é reconhecido como padroeiro de Portugal e do Exército. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.


O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam reconquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.


Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.


As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado São Jorge vencedor do Dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.


A imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.[1]







FONTE: WIKIPEDIA

sexta-feira, 20 de abril de 2012

DESILUSÃO

















Originalmente publicado no Recanto das Letras, em 2010

Olguinha, você gostou tanto deste texto, que eu o dou de presente a você!
Ah, como é boa uma desilusão...

Não, eu não pirei de vez. A desilusão é o contrário da ilusão. Quando nos desiludimos, deixamos de acreditar e de esperar em alguma coisa que só existe em nossa imaginação, que não é real, e cujo prazo de validade será muito curto, de qualquer maneira. 

A desilusão abre caminho para o que é verdadeiro. Ela nos traz autoconhecimento, sabedoria, humildade. Ela retira a máscara daquilo (e daqueles) cuja presença em nossa vida não tem o real sentido que julgamos ter. Desiludir-se é como recriar-se.

Então por que choramos? Talvez por hábito. Cultivamos aquela desilusão, trabalhamos nela emocionalmente para que ela se parecesse com algo real. Investimos tempo, esperanças, paciência, amor, muitas vezes até dinheiro, e agora, precisamos acreditar que é tudo de verdade. É mais fácil do que admitir que erramos. A princípo, dói menos, mas a longo prazo, cultivar ilusões tem sempre a possibilidade de provocar auto-destruição de proporções devastadoras. Porque uma mentira não dura para sempre, por mais que a calcemos com nossa covardia.

No fundo, bem no fundo, todos sabemos quando existe alguma coisa errada. A gente sente aquele friozinho na espinha, e até uma palavrinha qualquer faz soar um sininho dentro da gente, cujo tilintar tentamos encobrir com o nosso medo. Sabemos quando alguém não está sendo sincero, mas a nossa necessidade em acreditar no que está sendo dito, e o nosso medo de mudar, faz com que ignoremos os sinais. Sabemos quando aquela atitude grosseira de um namorado revela o caráter de um homem violento, mas mesmo assim, nos casamos com ele. Sabemos quando começamos a não sentir mais satisfação em um emprego, em um relacionamento, mas dizemos a nós mesmos: "É apenas uma crise passageira." Crise esta que pode arrastar-se por anos a fio, nos destruindo aos poucos e acabando com nossa saúde física e espiritual.

Sabemos quando aquele 'pequeno favorzinho' que alguém nos pediu não passa de abuso, mas mesmo assim, nós o fazemos, mesmo nos sacrificando, a fim de agradar aquela pessoa que consideramos essencial em nossa vida, apenas porque nos negamos a perceber que podemos muito bem viver sem ela. Negamos o fato de que não existe reciprocidade na relação, que tornou-se um eterno "Eu-peço-você-faz", sem retribuição. E isso se dá não apenas em relacionamentos românticos, mas sobretudo em relacionamentos de amizade.

Negamos, até o extremo do possível, que estamos nos iludindo. Sim, nós iludindo a nós mesmos, pois ninguém consegue nos iludir sem a nossa permissão. Mas aí de repente a cortina cai, e é impossível negar a verdade. Este deveria ser um momento de júbilo na vida de alguém, mas nosso medo é tão maior que a nossa autoestima, que acabamos encarando tudo com muita dor.

Eu mesma já me iludi e caí em desilusão várias vezes. Já sofri, já tive medo, já neguei. Hoje, tornei-me mais seletiva quanto aquilo em que acredito. Percebo sinais. Ouço minha intuição. Respeito meus limites e sei estabelecer limites. Mas quem me ensinou foi a desilusão. Conviver com essa boa amiga, que sempre nos diz sempre a verdade a respeito do que somos e de quem nos cerca, pode ser uma aventura e tanto, mas é bem melhor do que andar pelos caminhos floridos da mentira. Pois as flores são todas de plástico.

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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...