witch lady

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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ACORDAR



Ouço os acordes do meu acordar. São tantos pássaros cantando na mata em frente à casa!... Deixo-me despertar aos pouquinhos, envolvida pelas suas melodias na manhã de segunda-feira. Eu penso: "Como somos capazes de nos sentirmos tristes diante de tanta beleza e de tanta abundância? 

Minha amiga Sandra enviou-me um vídeo baseado em um texto de Osho, no qual ele diz que bastaria uma simples rosa e a vida já seria encantada, mas há uma infinidade de flores, com todos os formatos, cores e perfumes... e há pássaros, animais, plantas, estrelas, planetas, galáxias, tudo em um número incalculável! Como sentir-se vazio?

Sábado à noite, fui a um encontro Espírita no centro Fraternidade Francisco de Assis, aqui em Petrópolis. Assim que cheguei, alguém me acolheu e me disse: "Jesus te ama! Você é amada!" Como foi importante ouvir aquilo... Pensei na sincronicidade da vida e dos acontecimentos, e no quanto a vida tenta nos enviar suas mensagens, e ela tenta muito... pena que nem sempre a escutamos. Durante todo o evento, pareceu-me que alguém tinha escolhido as palavras exatas que eu vinha precisando escutar. E eu escutei.

Apesar de não seguir nenhuma religião regularmente, simpatizo-me muito com alguns dos preceitos do Espiritismo, da Wicca e do Budismo. No meu cadinho, misturo o que me faz bem. Disse uma vez que a minha religião é a natureza, e é a mais pura verdade. Para mim, escutar os passarinhos, o barulho de um rio correndo, o beijo do vento nas folhas, meus cães brincando no jardim, a chuva caindo, enfim, escutar os sons da natureza, é escutar Deus.

Acordo, nesta manhã de segunda-feira, sentindo-me agradecida e renovada. Agradeço a Deus por tudo: pelo meu marido, pela minha casa, pelas pessoas que passaram e passam na minha vida, pelo meu trabalho, pelos meus escritos - que são a minha forma de contribuição à vida. Para mim, eles são a minha obra, aquilo que deixarei quando eu for embora, e se apenas uma das coisas que escrevi fizerem a diferença na vida de uma pessoa, terei cumprido a minha missão.


SUBSTÂNCIAS




Quem morre, fica à distância
De um pensamento.
Quem vive, fica à distância.

O pensamento separa
O que é mais denso.
É densa, a dor de quem vive.

A quem morre,
Tudo se perdoa,
Tudo é esquecido...

Reconstroem-se 
Silêncios e sorrisos,
E até mesmo, as ausências.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Vamos a la Playa

Geribá - Búzios - RJ
Barreira do Inferno - Natal RN
Praia do Forte - Cabo Frio RJ
Búzios - RJ
Praia do Forte - Cabo Frio RJ
Canoa Quebrada - Ceará
Praia de Iracema - Fortaleza
Praia do Futuro - Fortaleza








Você se Lembra?...

Você se Lembra?...






Você se lembra do que estava fazendo nas ocasiões abaixo? Algumas são muito tristes e outras, muito felizes, mas todas foram importantes. Você consegue se lembrar do que estava acontecendo e o que aconteceu em sua vida depois, naquele dia em que...
-As Torres gêmeas foram atacadas?
-John Lennon foi assassinado?
-O Brasil venceu a Copa do Mundo - todas elas?
-A Princesa Diana morreu?
-No seu primeiro e no seu último dia de aula - na escola ou na faculdade?
-Você se casou?
-Você descobriu que estava esperando um filho?
-Você foi pai ou mãe pela primeira, segunda, terceira ou décima vez?
-Você lançou seu primeiro livro?
-Algo muito importante - alegre ou triste - aconteceu pra você?
Tenho certeza de que todo mundo se lembra do que estava sentindo nestes dias, do que estava fazendo, quem estava ao seu lado, o que disseram. Porque a gente tende a se lembrar sempre dos dias importantes das nossas vidas e do que as pessoas disseram ou fizeram nesses dias. 
Portanto, quando você sentir que alguém está muito feliz, faça de tudo para tornar-se uma lembrança agradável na vida daquela pessoa. Respeite e incentive a felicidade alheia, pois nos lembramos sempre dos dias mais importantes das nossas vidas. E se você notar que alguém está muito triste, estenda a sua mão mesmo diante da possibilidade da ingratidão ou do esquecimento, pois mais tarde, se um dia esta pessoa lembrar-se de você, pelo menos ela se lembrará daquele momento em que você estendeu-lhe a mão.
Nunca nos esquecemos de quem riu e de quem chorou conosco. Pelo menos, não deveríamos.
E nunca nos esquecemos de quem nos fez chorar em um momento que deveria ser de alegria, e de quem nos fez sorrir em um momento que deveria ser de tristeza.





terça-feira, 18 de novembro de 2014

PREGUIÇA

Mootley, o pretinho, ao lado de Leona


Eu juro que eu ia arrumar tudo hoje. Acordei pensando no aspirador de pó, e na poeirinha sobre a prateleira da sala. Pensei que a roupa que coloquei ontem à tarde no varal estaria no ponto para ser passada. O quintal poderia ser varrido também.

Mas me deu preguiça.

Sentei-me lá fora no jardim com um livro, e o meu cãozinho Mootley veio pedir colo. Nós até o apelidamos de "Good night", pois ele sempre quer dormir: basta um colinho, e ele ajeita a cabecinha no nosso ombro - ou na nossa barriga, ou no nosso antebraço - e dorme o sono dos justos e inocentes... por isso, eu não arrumei a casa como deveria ter feito.

Por isso, a roupa ainda não foi passada, e nem será passada hoje. Quem sabe, amanhã...

A casa também é feita dos hiatos da preguiça. Eles nos livram da perfeição. Através deles, nós podemos ser seres humanos normais, que às vezes não tem vontade de fazer nada. Casas não deveriam ser extremamente limpas e organizadas, ou ficam parecidas com aquelas casas de revistas, arrumadas para serem fotografadas ou impressionar os outros. Organização excessiva é quase tão patológica quanto desorganização excessiva, eu penso.

Mas quando estou patologicamente organizada, deixo-me ser assim. Fica tudo um brinco, e aquela pisada com a sola do sapato molhado no chão da sala me irrita. Corro para pegar um pano para secar. Um copo deixado sobre a mesa de centro pode virar motivo para uma pequena discussão caseira, e farelos sobre a toalha da mesa podem acabar em suspiros irritados. 

Mas hoje não; hoje é meu dia de sentir preguiça, e por este motivo, a casa vai ficar como está. Hoje, eu só fiz a cama. E fui cama para o Mootley.


Elton John

Elton John to write book about the AIDS crisis



Reginald Kenneth Dwight cresceu em Pinner em uma council house que pertencia aos seus avós maternos. Filho de Sheila Eileen (Harris) e Stanley Dwight, foi educado na Pinner Wood Junior School, Reddiford School e mais tarde na Pinner County Grammar School, onde mais tarde iria adquirir uma bolsa de estudos para a Royal Academy of Music.

Quando Elton John começou a se interessar pela carreira musical, seu pai, antigo tenente da RAF, tentou o convencer a seguir uma carreira mais convencional. Os pais de Elton eram ambos músicos. Seu pai tocava trompete em uma banda amadora chamada Bob Millar Band, que animava festas formais.

A família de Elton John era uma exímia colecionadora de álbuns, o que o fez-se interessar pelo estilo de Elvis Presley e Bill Haley & His Comets durante a década de 1950.

Interesse pela música:
Elton John começou a tocar piano com 3 anos de idade e dentro de 1 ano foi selecionado para o "The Skater's Waltz" de Winifred Atwell. Elton John logo contava com uma rotina agitada de tocar em festas e reuniões de família e começou seus estudos de música aos 7 anos. Elton se tornou um aluno de destaque nas escolas onde estudou música, sendo comparado com Jerry Lee Lewis por seus colegas de classe. Aos 11 anos, Elton John conseguiu uma bolsa de estudos para a Royal Academy of Music, até hoje uma das instituições musicais mais respeitadas do Reino Unido.

A mãe de Elton John, Sheila, embora fosse mais rigorosa com ele, era também mais carinhosa e dedicada do que o pai, Stanley. Stanley Dwight é descrito por Elton como um pai desnaturado e grosseiro, que já o agrediu verbalmente várias vezes. Quando Elton tinha 15 anos de idade seus pais se divorciaram e sua mãe foi viver com um pintor local chamado Fred Farebrother. Fred se tornou um padrasto carinhoso para Elton John e assumiu o lugar de figura paterna que seu pai biológico nunca assumiu.

Ao longo de quase cinco décadas, desde 1969, Elton fez mais de 3.500 concertos ao redor do mundo.

Fonte: Wikipedia






Uma canção:  THE ONE -  - A única


I saw you dancin' out the ocean
Vi você dançando no oceano
Running fast along the sand
Correndo rápido pela areia
A spirit born of earth and water
Um espírito nascido da Terra e da água
Fire flying from your hands
Fogo voando de suas mãos

In the instant that you love someone
No instante em que você ama alguém
In the second that the hammer hits
No segundo em que o martelo bate
Reality runs up your spine
A realidade corre pela sua espinha
And the pieces finally fit
E os pedaços finalmente se encaixam

And all I ever needed was the one
E tudo o que sempre precisei foi da única
Like freedom fields where wild horses run
Como campos de liberdade por onde correm cavalos selvagens
When stars collide like you and I
Quando estrelas colidem como você e eu
No shadows block the sun
Nenhuma sombra bloqueia o sol
You're all I've ever needed
Você é tudo o que sempre precisei
Babe, you're the one
Meu bem, você é a única

There are caravans we follow
Há caravanas que seguimos
Drunken nights in dark hotels
Noites bêbadas em hotéis escuros
When chances breathe between the silence
Quando o acaso respira entre o silêncio
Where sex and love no longer gel
Onde o sexo e o amor não mais se fundem

For each man in his time is Cain
pois cada homem, a seu tempo, é Caim
Until he walks along the beach
Até que ele ande por uma praia
And sees his future in the water
E veja seu futuro na água
A long lost heart within his reach
um coração, há tempos perdido, ao seu alcance

And all I ever needed was the one
E tudo o que sempre precisei foi da única
Like freedom fields where wild horses run
Como campos de liberdade por onde correm cavalos selvagens
When stars collide like you and I
Quando estrelas colidem como você e eu
No shadows block the sun
nenhuma sombra bloqueia o sol
You're all I've ever needed
Você é tudo o que sempre precisei
Ooh, babe, you're the one
Oh, meu bem, você é a única



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PASSAGEM SECRETA




Minhas passagens são secretas,
 - Ou seja, quase secretas...

Às vezes, passa algum anjo
(Ou um demônio perdido)
Mas não ficam muito tempo.

Os anjos me deixam flores
Suavemente perfumadas,
E os demônios, nada deixam...
-Quem sabe, deixem lições
Que não ficam nos perfumes?

O meu caminho é secreto,
Feito de folhas caídas,
Musgo já ressecado,
Sobras de águas da chuvas,
Parreiras quase sem uvas...

Alguns passam e se debruçam
Sobre o meu muro arruinado,
Deixam os seus pensamentos
Em forma de comentários...

Outros passam e nem olham,
(Ou fingem que não me veem,
Acho que estes são vários...)
Enquanto tecem suas redes
Na intenção de me prenderem.

Eu fico silenciosa;
O tempo, meu professor,
Já me ensinou quase tudo:
A desviar dos abismos,
E a calar, se preciso,
Armazenar para estudo.

O meu caminho é secreto,
Apenas uma passagem
Que marca, sem pretensões,
Uma linha sobre o mundo.



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O DOM DO ESQUECIMENTO




O tempo às vezes traz
O dom do esquecimento,
Um vento benfazejo
Que apaga os maus momentos...

E ao cair dos panos,
No avançar dos anos,
Quem sabe, não lembrar
Não passe de um presente?

As águas das enchentes
Carregam muitas coisas
Que estão presas às margens
Pra bem longe da gente...

Entrar bem devagar
Na densa mata escura,
Sem dores ou memórias,
A mente e a pele nuas,

Deixar pelo caminho
Relógios e palavras,
Levar consigo apenas
A bênção da loucura...




Quem Não Queria Uma Casa Assim?





Hoje posto aqui o mesmo texto que postei em um de meus outros blogs, o Passagem. É um poema de Manoel de Barros. Uma homenagem.

E quem não queria uma casa assim, como a que ele descreve?



Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa
Com janelas de aurora e árvores no quintal -
Árvores que na primavera fiquem cobertas de flores
E ao crepúsculo fiquem cinzentas 
como a roupa dos pescadores.

O que desejo é apenas uma casa. 
Em verdade, Não é necessário que seja azul, 
nem que tenha cortinas de rendas.
Em verdade, nem é necessário que tenha cortinas.
Quero apenas uma casa em uma rua sem nome.

Sem nome, porém honrada, Senhor. 
Só não dispenso a árvore,
Porque é a mais bela coisa que 
nos destes e a menos amarga.
Quero de minha janela sentir 
os ventos pelos caminhos, e ver o sol 

Dourando os cabelos negros 
e os olhos de minha amada.

Também a minha amada não dispenso, meu Senhor.
Em verdade ele é a parte mais importante deste poema.
Em verdade vos digo, e bastante constrangido, 
Que sem ela a casa também eu não queria, 
e voltava pra pensão.

Ao menos, na pensão, eu tenho meus amigos 
E a dona é sempre uma senhora 
do interior que tem uma filha alegre.
Eu adoro menina alegre, 
e daí podeis muito bem deduzir 

Que para elas eu corro nas minhas horas de aflição.

Nas minhas solidões de amor e 
nas minhas solidões do pecado
Sempre fujo para elas, quando não fujo delas, de noite,
E vou procurar prostitutas. Oh, Senhor vós bem sabeis
Como amarga a vida de um 
homem o carinho das prostitutas!

Vós sabeis como tudo amarga 
naquelas vestes amassadas
Por tantas mãos truculentas ou tímidas ou cabeludas
Vós bem sabeis tudo isso, e portanto permiti
Que eu continue sonhando com a minha casinha azul.

Permiti que eu sonhe com 
a minha amada também, porque: 
- De que me vale ter casa sem ter 
mulher amada dentro? 
Permiti que eu sonhe com uma que ame 
andar sobre os montes descalça
E quando me vier beijar faça-o 
como se vê nos cinemas...

O ideal seria uma que amasse fazer comparações
de nuvens com vestidos, e peixes com avião; 
Que gostasse de passarinho pequeno, 
gostasse de escorregar no corrimão da escada 
E na sombra das tardes viesse pousar 
Como a brisa nas varandas abertas...

O ideal seria uma menina boba: 
que gostasse de ver folha cair de tarde...
Que só pensasse coisas leves que nem existem na terra,
E ficasse assustada quando ao cair da noite
Um homem lhe dissesse palavras misteriosas ...
O ideal seria uma criança sem dono, 
que aparecesse como nuvem,
Que não tivesse destino nem nome - 
senão que um sorriso triste 
E que nesse sorriso estivessem encerrados
Toda a timidez e todo o espanto 
das crianças que não têm rumo...


Manoel de Barros





Manoel de Barros






Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa
Com janelas de aurora e árvores no quintal -
Árvores que na primavera fiquem cobertas de flores
E ao crepúsculo fiquem cinzentas 
como a roupa dos pescadores.

O que desejo é apenas uma casa. 
Em verdade, Não é necessário que seja azul, 
nem que tenha cortinas de rendas.
Em verdade, nem é necessário que tenha cortinas.
Quero apenas uma casa em uma rua sem nome.

Sem nome, porém honrada, Senhor. 
Só não dispenso a árvore,
Porque é a mais bela coisa que 
nos destes e a menos amarga.
Quero de minha janela sentir 
os ventos pelos caminhos, e ver o sol 

Dourando os cabelos negros 
e os olhos de minha amada.

Também a minha amada não dispenso, meu Senhor.
Em verdade ele é a parte mais importante deste poema.
Em verdade vos digo, e bastante constrangido, 
Que sem ela a casa também eu não queria, 
e voltava pra pensão.

Ao menos, na pensão, eu tenho meus amigos 
E a dona é sempre uma senhora 
do interior que tem uma filha alegre.
Eu adoro menina alegre, 
e daí podeis muito bem deduzir 

Que para elas eu corro nas minhas horas de aflição.

Nas minhas solidões de amor e 
nas minhas solidões do pecado
Sempre fujo para elas, quando não fujo delas, de noite,
E vou procurar prostitutas. Oh, Senhor vós bem sabeis
Como amarga a vida de um 
homem o carinho das prostitutas!

Vós sabeis como tudo amarga 
naquelas vestes amassadas
Por tantas mãos truculentas ou tímidas ou cabeludas
Vós bem sabeis tudo isso, e portanto permiti
Que eu continue sonhando com a minha casinha azul.

Permiti que eu sonhe com 
a minha amada também, porque: 
- De que me vale ter casa sem ter 
mulher amada dentro? 
Permiti que eu sonhe com uma que ame 
andar sobre os montes descalça
E quando me vier beijar faça-o 
como se vê nos cinemas...

O ideal seria uma que amasse fazer comparações
de nuvens com vestidos, e peixes com avião; 
Que gostasse de passarinho pequeno, 
gostasse de escorregar no corrimão da escada 
E na sombra das tardes viesse pousar 
Como a brisa nas varandas abertas...

O ideal seria uma menina boba: 
que gostasse de ver folha cair de tarde...
Que só pensasse coisas leves que nem existem na terra,
E ficasse assustada quando ao cair da noite
Um homem lhe dissesse palavras misteriosas ...
O ideal seria uma criança sem dono, 
que aparecesse como nuvem,
Que não tivesse destino nem nome - 
senão que um sorriso triste 
E que nesse sorriso estivessem encerrados
Toda a timidez e todo o espanto 
das crianças que não têm rumo...


Manoel de Barros




HORTÊNSIAS TEM VÁRIAS CORES














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Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...