witch lady

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Vida na Casa




O que dá vida a uma casa?

Muitos dirão: crianças, bichos, plantas. Concordo plenamente, mas dizer que apenas as crianças, bichos e plantas dão vida a uma casa, é quase como afirmar que em casas onde não existem crianças, bichos ou plantas, não há vida.

É preciso que haja vida na casa, e vida que descanse além das presenças. Já visitei casas antigas, habitadas por poucas pessoas, onde me senti viva, e casas cheias de gente onde simplesmente não consegui me sentir bem. Mas então, além das crianças, plantas e bichos, o que dá vida a um casa?

Para mim, é a personalidade do dono. Gosto de casas por onde a gente anda e sente, em cada canto, uma escolha carinhosa que foi colocada ali por algum motivo (sem que se importasse tanto com a decoração ou se combina ou não com as outras coisas). Livros antigos já lidos e manuseados muitas vezes, objetos trazidos de viagens ou fotografias de família, por exemplo; ou quem sabe, algo feito pelo próprio morador. É preciso morar alguns anos em uma casa para que a nossa personalidade possa integrar-se a ela, e mais do que tudo, ter coragem para desafiar regras do que os outros consideram bonito, moderno ou adequado, dando asas à própria imaginação e gosto.

Casa aconchegante e viva é casa com personalidade.



SONO





O dia foi curto,
Mas a tua noite, será longa.
Sem mais delongas,
Vem te deitar.

Já pendurei,
Uma por uma
As estrelinhas
Para enfeitar
Os sonhos teus;
Venha sonhar!

Fecha teus olhos,
Esqueças logo 
Todo esse medo
De adormecer.

Verás que é fácil,
É só deitar,
Fechar os olhos,
É como morrer!

Traga um brinquedo
Para abraçar,
Um travesseiro
Pra sustentar
Tua cabeça
Já tão cansada
De só pensar.

Quem sabe, eu cante
Uma canção
Pra te ninar?...
Venha  deitar,
Venha esquecer,
Venha sonhar,
Venha morrer.





terça-feira, 5 de agosto de 2014

POEMA SUJO

Ferreira Gullar



Poema Sujo
(Ferreira Gullar)

turvo turvo
a turva
mão do sopro
contra o muro
escuro
menos menos

menos que escuro
menos que mole e duro
menos que fosso e muro: menos que furo
escuro
mais que escuro:
claro
como água? como pluma?
claro mais que claro claro: coisa alguma
e tudo
(ou quase)
um bicho que o universo fabrica
e vem sonhando desde as entranhas
azul
era o gato
azul
era o galo
azul
o cavalo
azul
teu cu
tua gengiva igual a tua bocetinha
que parecia sorrir entre as folhas de
banana entre os cheiros de flor
e bosta de porco aberta como
uma boca do corpo
(não como a tua boca de palavras) como uma
entrada para
eu não sabia tu
não sabias
fazer girar a vida
com seu montão de estrelas e oceano
entrando-nos em ti
bela bela
mais que bela
mas como era o nome dela?
Não era Helena nem Vera
nem Nara nem Gabriela
nem Tereza nem Maria
Seu nome seu nome era…
Perdeu-se na carne fria
perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia

(Trecho de Poema Sujo, de Ferreira Gullar).







segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A TRAÇA

A TRAÇA


A traça ameaça
Roer, corroer,
Esburacar tecidos
E antigos livros.

Tão ruim, tão sem-graça
O mote da traça!

A traça quer jaça,
A traça faz pirraça,
A traça estica o olho
E olha no buraco
Do ferrolho.





A traça
Quer desgraça,
E isto não passa!

Entala-se de linho podre,
Mordisca ataduras
Úmidas de pus.

Penso:

"Entre dois polegares,
Cala-se a traça."

Abrem-se as vidraças
E morre de frio
A traça.




quarta-feira, 30 de julho de 2014

TAPETES





Nos meses de outono, inverno e no comecinho da primavera, o clima em minha cidade pode ser bastante frio. Assim, não é muito adequado usar pisos cerâmicos - ou pisos frios - para forrar o chão das casas petropolitanas. E quem o faz, acaba quase sempre estendendo um tapete por cima nos meses mais frios.

O ideal para climas como o nosso, são os pisos de madeira, os carpetes (embora eu não os aprecie muito devido a poeira que acumulam e ao cheiro que adquirem após algum tempo) e os pisos laminados, que oferecem uma variedade enorme de padrões e preços, além da rapidez na colocação e facilidade na hora da limpeza. Aqui temos no chão de toda a casa, exceto cozinha e banheiros, o Duraflor padrão Freijó Rústico, que já vai completar dez anos de uso sem o menor sinal de desgaste. É bonito, liso, silencioso ao pisar e de qualidade impecável.  E o melhor: resistente a arranhões.


Mas eu, particularmente, não vivo sem tapetes. Gosto de trocá-los de lugar sempre - da sala para o quarto, do quarto para a sala ou para o outro quarto, e assim vou. E por causa dessa mania de viver trocando tudo de lugar, os tapetes de minha casa raramente são muito caros, já que eu enjoo facilmente do padrão e acabo quase sempre doando os antigos e adquirindo novos. 

O chão que a gente pisa é uma parte importante da casa. Devemos nos sentir confortáveis andando descalços - pois após um dia cansativo de trabalho, nada melhor que tirar os sapatos e andar descalços pela casa! Por isso, gosto de sentir as fibras macias dos tapetes sob os pés. É relaxante e aconchegante. Tapetes emprestam um colorido especial à decoração, e podem tornar-se seu ponto central. Eu adoro os que tem vermelhos em sua composição. Recentemente, adquirimos um tapete vermelho e laranja para a sala de estar que parece ter dado nova vida ao ambiente. Para equilibrar, no ambiente onde fica a TV, colocamos um tapete preto decorado com tons bege. Acho que ficou bonito. Porque o importante em uma casa, é que a gente ache que ficou bonito.





Ela Estava Ali






Ela Estava ali,
No vácuo morno
Daquele momento,
E um por-de-sol vermelho
Escorria, lento,
Pelas primeiras rugas de sua testa.

Cenho franzido,
Ela observava 
E absorvia.

Ela estava ali...
Mas e depois,
Para onde ela foi,
Onde ela estava?...

Uma outra flor se abriu,
E um outro sol se pôs
Para outros olhos
Que ali chegaram.



A LUZ NA PALMA DA MÃO





Branca, leitosa, macia
A luz na palma da mão
Singrando as linhas da vida.

Por entre estradas perdidas
Caminhos vários, silêncios
Um porto pra cada vida.

Mas se a luz não chega até
O porto do coração,
O brilho será em vão...

Palavras soltas, vazias,
Os dedos duros que apontam,
O fel da melancolia...

Perder-se na fantasia
De pensar poder voar
Sobre toda escuridão

Derramando certa luz
Que morre ao tocar o chão
Pois não sai do coração...

Ah, e o orgulho disfarçado
De santa sabedoria
Traz sob a manga, um punhal

Que golpeia, com certeza,
Embora entre mil disfarces
Sem piedade e sem arte!


Madre Teresa





Alguns pensamentos de Madre Teresa de Calcutá, para uma vida melhor.



"Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão."
         


"Sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor."


"O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa."



"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiracão, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação."



ASSIM MESMO

Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.

Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.

O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem Paz e é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja Feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja que, no final das contas, é entre você e DEUS.

Nunca foi entre você e as outras pessoas.



domingo, 27 de julho de 2014

Canarinhos no Jardim

Pousados no meio da rua, eles comem a canjiquinha. Pombas-rolas, canários, goderos, sabiás...





Canjiquinha: é disto que eles gostam!

Sempre fiquei mordida de inveja ao passear pelas ruas do bairro e ver os canarinhos pousados nos gramados vizinhos. O que eles faziam para atraí-los?

As bananas e outras frutas que eu coloco para trazer as saíras, sanhaços, sabiás e bem-te-vis não fizeram qualquer efeito sobre eles. De repente, reparei que no chão, entre os paralelepípedos, um de meus vizinhos colocara algo amarelo, que ficava cheio de passarinhos de todas as cores. Cheguei mais perto para ver melhor: era canjiquinha!

Foi espalhar canjiquinha pelo gramado, e pronto: eles vieram! São tantos, que parecem pontinhos amarelos de luz sobre o verde. Pena que ainda não consegui fotografá-los - eles são tímidos e espantados, e fogem a qualquer tentativa de aproximação, e minha câmera não tem um zoom muito bom; esta foto foi tirada na rua, de dentro do carro.




Trazer passarinhos para a casa é uma coisa mágica, que faço desde que mudei-me para cá. Mas gosto deles livres, voando soltos, pousando nas árvores, no muro, no gramado, e depois, voando para longe, manchas coloridas no céu... e eu voo com eles.

Que me perdoem os que prendem pássaros em gaiolas e cortam asas de periquitos, maritacas e cacatuas, mas eu sou absolutamente contra estas práticas. Penso que, se tivéssemos asas, não gostaríamos que alguém as cortasse ou nos colocasse entre barras de ferro. Entretanto, é isto o que as pessoas fazem às pobres aves.

Pássaros não cometeram crimes. Tem asas para voar, e merecem ser livres.



Gotejou














A Flor Branca




Parecia ser a alma
De alguma princesa
Há muito morta.

Derramava-se toda
Sobre a verde folhagem
Junto à porta.

Seu meigo perfume
Era algo entre o velório
E as rosas.

Uma flor branca,
nasceu sem ser plantada,
Sem ser querida...

Mais uma discrepância,
Doce ironia
Da vida.




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Wyna, Daqui a Três Estrelas

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