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terça-feira, 15 de abril de 2014

Um Texto de Marla de Queiroz, publicado em Mundo de Frida





Sobre a Perversidade


O perigo da perversidade é que ela é muito sutil. Um ser perverso jamais te atacará diretamente. Ele vai saborear cada silêncio calculado para despertar sua agonia. Ele vai tentar tolher seus lugares íntimos até que não reste qualquer espaço para manobras. Ele vai te seduzir da maneira mais irresistível e depois te tratar com um descaso inexplicável, como se algo de errado tivesse acontecido, mas sem te dar quaisquer indícios do que possa ter acontecido. Ele será carismático com os outros, prestativo, mas demonstrará impaciência em responder à sua mais simples pergunta. Ele vai oscilar entre o tesão e a indiferença. Você se sentirá desejada quando o sufoco tiver tomado toda a sua alma e, totalmente desamparada quando o desejo demonstrado parecer esvaído nos primeiros suspiros da manhã. E o dia seguinte se tornará um longo e agonizante ano. Ele parecerá espirituoso, depois irônico, mas estará sendo absurdamente crítico e sarcástico. E te deixará tão confusa que você, por momentos, não saberá identificar a crueldade que há neste tipo de comportamento. Os perversos são viciados em jogos de poder e controle. Não sabem o porquê. Simplesmente precisam tentar te destituir da sua autoconfiança e autoestima até que você se torne refém, dependente, à beira do desespero.
É muito difícil identificar um ser perverso e, depois se livrar dele. Ele te tratará com uma bipolaridade emocional absoluta. E quando tudo parecer perdido, quando você tiver decidido de maneira explícita sua escolha por um afastamento ou desligamento da relação, ele te rondará da maneira mais amorosa possível tentando te convencer que a falta de sintonia anterior era um problema seu.
O perigo da perversidade é porque ela é muito sutil. E o único antídoto para se curar de uma relação doentia como esta é reunir toda a coragem que você jamais imaginou ter e partir com toda a convicção de que você não precisa continuar neste campo minado. Você pode escolher um lugar de paz. Você pode não ser presa de um predador voraz. Você não precisa se vestir de sangue para alimentar estes vampiros.
Esteja atenta. O perverso sempre parecerá um ser inofensivo e carismático. Com os outros. Apenas com os outros. E isto te deixará com uma imensa vontade de conquistar aquilo que ele fará questão de demonstrar que não está disponível para você. 
Só para os outros.

(Marla de Queiroz)

Gentilmente cedido pelo blog






segunda-feira, 14 de abril de 2014

Coisas Um Tanto Estranhas que me Acontecem



Fatos reais; tive a ideia de escrever sobre essas coisas após um post no blog da amiga Ivone- Levitar em Brancas Nuvens- , que li há alguns dias.


Quem nunca viveu alguma coisa inexplicável, algo que todos consideram fantástico ou sobrenatural? A maioria das pessoas já passou por coisas assim, mas prefere calar, pois teme a incompreensão e o escárnio dos descrentes. Por este motivo, estes pequenos milagres cotidianos acabam ficando perdidos na estrada da nossa história, desvalorizados, morrendo de sede no meio da pista... e quando não sabemos valorizá-los ou escutá-los, eles vão se tornando cada vez mais raros, até desaparecerem por completo; é como alguém que bate insistentemente à uma porta, mas como ninguém vem abrir, acaba desistindo e indo embora.

Minha vida, assim como a vida de muita gente, está salpicada por estes fatos considerados 'sobrenaturais' - mas que eu considero apenas percepções normais que todo mundo tem, mas alguns não dão atenção ou importância.

Lembro-me de quando meu pai faleceu, quando eu tinha 22 anos; meses antes, eu tivera um sonho com um homem acompanhado de um menino que vinha à minha casa; ele me dizia que em breve, eu perderia alguém da família. Depois que meu pai morreu, quando eu sonhava com ele, aparecia-me sempre acompanhado por este homem ou pelo menino - ou ambos. Em um dos sonhos, vi meu pai subindo os degraus da casa, cansado (ele sofria do coração, e antes de morrer, precisava parar várias vezes para descansar quando subia escadas). Perguntei-lhe o que estava fazendo ali, e ele me respondeu que estava visitando; perguntei-lhe: "Mas se você está morto, como pode estar cansado?" O homem que o acompanhava respondeu minha pergunta: "Ele não está mais nesta vida, mas continua sendo a mesma pessoa, com as mesmas manias que sempre teve."

Meu avô também sempre me aparecia em sonhos acompanhado de um menino. Certa noite, sonhei que batiam à porta da sala, e era ele. Eu estava um pouco assustada, pois abrir a porta ao avô morto há anos não é um fato corriqueiro. Mas ele chegou como sempre fazia; sentou-se à mesa da cozinha, e eu, criança de novo, sentei-me ao colo dele. Ele me perguntou se estava tudo bem e se precisávamos de alguma coisa. Respondi:"Está tudo bem. A única coisa que precisamos, é do inventário da casa pronto. Já faz dez anos que começamos." Ele ficou pensativo, e decretou que cuidaria daquilo. Uma semana depois - após dez anos tentando finalizar o inventário - o advogado chamou minha mãe ao seu escritório, e pedindo mil desculpas pela demora, entregou a ela o inventário pronto. Coincidência?...

A morte de minha mãe também foi cheia de eventos e sonhos que a precederam, como já narrei aqui neste blog. E o pior ano de minha vida deu-se após  um sonho com um eclipse solar, onde eu abria o portão da casa a um misterioso estranho, que no sonho pensei tratar-se de algum aluno do qual não me lembrava bem - um rapaz alto e negro - e imediatamente, o dia escurecia. Eu perguntei a ele se era um eclipse, e ele respondeu: "Não; é o fim do mundo." Os eventos que se seguiram foram terríveis, e duraram um bom tempo.

Por incrível que pareça, às vezes aparece um besouro grande, de antenas longas e enormes, que emite um chiado horrível. Ele tem asas listradas, e gosta de serrar com o ferrão galhos finos de árvores. Tenho pavor deste bicho, pois quando ele aparece, sempre morre alguém.

A maioria das coisas estranhas que me vem, vem através de sonhos. Mas às vezes, também há alguns pressentimentos, que se confirmam ou não. Às vezes eu digo coisas para as pessoas que eu não sei de onde eu tiro; elas simplesmente vem à minha cabeça. Imediatamente após dizê-las, eu me arrependo. Acho que é muita irresponsabilidade afirmar coisas assim sobre as pessoas! Mas ao mesmo tempo, eu sinto que se eu digo, é porque elas precisam saber. Certa vez, disse a uma amiga,  que acabara de perder o emprego que ela seria readmitida; eu não queria falar aquilo, mas 'saiu...' ela me olhou de um jeito estranho, dizendo que era impossível, pois já tinha assinado a demissão. Logo no dia seguinte à noite, ela disse que a diretoria chamou-a e deu-lhe o emprego de volta.

Às vezes, quando converso com uma pessoa pela primeira vez, sinto uma atração ou repulsa imediatas. Não é sempre, mas quando acontece e eu ignoro, algo importante (muito bom ou muito ruim) acaba acontecendo entre aquela pessoa e eu, dependendo se o sentimento é de antipatia ou simpatia. O problema, é que eu nem sempre levo meus instintos em consideração...

 Dois anos antes de ficar sabendo da doença de meu sobrinho Ricardo - um câncer que o levou em um ano - chegou-me um aluno, também chamado Ricardo, que sofria de um tumor cerebral inoperável. Era sempre emocionante estar perto dele. Certa vez, após uma chuva, olhamos para a vidraça da janela e havia dezenas de pirilampos pousados nela. Interrompemos a aula, e fomos olhar para eles mais de perto. Eles piscavam suas luzes verdes... foi um momento mágico...

 Nós conversávamos muito sobre viver e morrer. Já no finalzinho, pouco antes de ele parar de vir às aulas, telefonou-me dizendo que tinha se casado e estava muito feliz. Uma semana depois, ele morreu. Eu ficava pensando: "Por que comigo? O que fez com que este rapaz procurasse logo a mim para ser sua professora? O que faz um paciente terminal desejar aprender inglês?" Durante sua missa de sétimo dia, a mãe dele me disse que eu tinha sido muito importante para ele, e que nossas conversas ajudaram-no muito. Anos depois, durante a doença do meu sobrinho, lembrei-me daquele outro Ricardo, e achei que tudo tinha sido uma preparação...

Às vezes eu fico sentada lá fora no jardim, pensando em todas essas coisas. Nessas horas, acredito que há mesmo um motivo para tudo o que acontece, uma sequência de eventos, e que nada ou muito pouco em nossas vidas é aleatório. Mas a rotina me leva de volta à roda viva dos eventos planejados, onde não há ligações cármicas ou momentos mágicos e inexplicáveis; a vida "real", onde cada um precisa trabalhar para sobreviver e agarrar-se a qualquer coisa que pareça mais sólida. Daí, acho que passou.

Até que acontece de novo.


CHOCOLATE






Só a pronúncia, o som da palavra “chocolate” faz a minha boca encher-se d’água. Acho que o chocolate foi algo que Deus inventou para que a vida tivesse mais sentido, mesmo nas horas ruins – aquelas, em que nos sentamos em frente à TV com uma caixa de bombons, querendo que o mundo acabe em... chocolate!
Segundo a Wikipedia, os mais antigos vestígios da plantação de cacau (planta que dá origem ao chocolate como o conhecemos) datam de 1100 a 1400 Antes de Cristo, em Honduras. Há também vestígios encontrados em uma peça de cerâmica Maia que mostra que o chocolate era utilizado como bebida no ano 400 Depois de Cristo. Os espanhóis descobriram sua utilização em 1585, após conquistarem (e dizimarem) o Império Asteca. 

No século XVII, além de ser consumido como bebida, ele passou a ser também consumido como doce... que ideia maravilhosa! Os portugueses trouxeram-no para o Brasil.  Ainda bem! 

Na Páscoa, o chocolate tornou-se uma tradição, embora alguns achem que o ato de presentear crianças e adultos com chocolates nesta época seja apenas um evento comercial e sem sentido. Antigamente, na Idade Média, povos pagãos Europeus presenteavam uns aos outros com ovos de galinha pintados com sumos coloridos por ervas. Era uma homenagem à festa da Primavera, um ritual de fertilidade. Mais tarde, este hábito foi incorporado pelos nobres, que passaram a presentear uns aos outros na Páscoa com ovos de ouro cravejados de pedras preciosas. 
O primeiro povo a fabricar ovos de chocolate foram os franceses. Isto ocorreu apenas duzentos anos após a conquista dos Astecas pelos espanhóis.

O chocolate, quando consumido em doses moderadas, é muito benéfico à saúde, pois contém vitaminas do complexo B, manganês, potássio e magnésio. Os médicos indicam que o melhor chocolate é o amargo, ou meio-amargo, que contém 70 a 80 por cento de cacau. Bem, eu particularmente prefiro o chocolate ao leite.
Dizem até que o chocolate pode ajudar a combater o câncer de intestino, devido às suas propriedades antioxidantes. Ele pode melhorar o fluxo arterial e prevenir problemas de coração. Hoje em dia, o chocolate é usado até mesmo na estética! Há máscaras de chocolate para o rosto e escovas de chocolate para os cabelos. 
Mas para mim, o que mais importa é o prazer que eu sinto ao comer uma barra de chocolate ou bombom... ah, aquele pedacinho de perdição despertando o olfato, derretendo no céu da boca e Espalhando-se pela língua, tingindo os dentes de marrom e escorregando devagar pela garganta!... Seja comercial ou não, não consigo dispensar chocolates na Páscoa.

Certa vez conheci alguém que não gostava de chocolate. Dizia que jamais o comia, pois não gostava do sabor. Esta pessoa também não gostava de animais ou de música. Conclusão: não era muito normal...

Lembro-me de uma professora de Educação Artística que tive aos onze anos; certa vez, pediu-nos que levássemos para a sala de aula uma barra de chocolate para que pudéssemos fazer uma experiência gustativa; ela afirmou que, após aquela experiência, alguns de nós talvez deixássemos de gostar de chocolate. Ela mandou-nos colocar na boca, sem mastigar, um pequeno pedaço de chocolate, e de olhos fechados, seguíamos sua instrução de levar o pedacinho a diversos cantos da língua, sentindo o sabor. Ficamos assim durante alguns minutos. Se eu passei a gostar menos de chocolate depois daquilo? Pelo contrário; passei a gostar ainda mais, assim como a maioria de meus colegas.

Algumas de minhas melhores memórias de infância estão associadas ao chocolate: acordar na manhã de Páscoa com os gritos de minha mãe: “Ana, corre, vem ver o coelhinho!” É claro que eu sempre acordava e pulava da cama quando ele já tinha ido embora; mas no ninho, confeccionado em uma caixa de sapatos e enfeitado com papel de seda colorido e flores de quaresmeira, havia sempre um ovo de chocolate e bombons. Doces memórias!

Minha mãe nunca soube explicar-nos como o coelho conseguia por ovos – ainda mais de chocolate. Mas isto faz parte da magia.



ANDAR À PÉ E VER















sexta-feira, 11 de abril de 2014

Passo





Passo pelos meus sem ser compreendida,
Passo despercebida.
Eu inauguro cada dia da minha vida
E eles desfazem os laços.

Apressadamente viram os rostos
Quando eu passo,
Nada escutam do que eu digo,
Ou então torcem as palavras
Que  lhes caem nos ouvidos.

Desenho um arco-íris com o arco do braço,
Escolho minhas próprias cores
Para pintar meu mundo, minhas flores,
Não desejo o cinza que derramam,
Não quero a indiferença desbotada
Com a qual me homenageiam
Quando eu passo.




SOPRO




Eu sopro teu rosto, assim,
(meu rosto, invisível)
Para que te lembres de mim.

Deixo passos silenciosos
Pelo corredor da casa,
Deixo cair uma gota mínima
Do perfume que eu usava.

Mexo as saias das cortinas
Para que te lembres de mim,
Nos tempos em que eu dançava.

Eu venho naquela música
-Lembras? - que eu tanto gostava,
Derrubo em teu colo a flor seca
Que as páginas do livro marcava.

Me deito ao teu lado, assim,
Para que sonhes comigo,
Para que te lembres de mim.

Mas sei que um dia, me esqueces,
(As fotos amarelecem)
Cai a flor sêca no chão
(Tu a pisas sem notar...)

Outros perfumes virão,
Outros risos, outras danças,
Outras formas de viver:
-E então, será minha hora,
De finalmente,  morrer.



O Meu Coração...




Está chovendo, e neste momento, estou sentada na varanda apreciando a chuva e as plantas, finalmente, verdes novamente após a longa seca. Na casa da vizinha, a arrumadeira - uma senhora muito simpática - canta, em falsete: "Meu coração é de Jesus..." Às vezes ela se entusiasma um pouco mais, e capricha num grave ou num agudo. Enquanto isso, ela trabalha. Viver a vida assim, cantando: sinal de quem é simples e vê beleza em tudo, para onde quer que olhe!

Não sei dos problemas que ela pode ter na vida, mas de uma coisa, eu tenho certeza: ela os enfrenta com fé e coragem. Se não fosse assim, não cantaria daquele jeito, e nem sorriria para mim toda vez que me cumprimenta. Adoro poder conviver com a alegria autêntica de pessoas autênticas.

O dia hoje está lento... agora, um mormaço de sol aparece, fazendo brilhar as gotas de chuva tão finas quanto poeira de água. Elas caem devagar, como confetes sobre a paisagem. Que momento bonito! Da minha cadeira de balanço, eu olho a vida. E a arrumadeira da vizinha canta: "Meu Amigo, atenda meu pedido... amanhã pode ser muito tarde..."

Nada tenho a pedir a Deus. De repente, tudo ficou suspenso no ar, acima deste momento, para que ele seja único e puro. 





DECRETO




Fica então declarado
Que a partir de hoje,
Todas as estrelas me pertencem,
São meus todos os astros,
Já que não sei brilhar.

São minhas, as ondas do mar,
O sal das águas e os peixes,
Possuo todo o azul profundo
No qual descansam as sereias,
Já que não sei navegar.

Decreto , a quem interessar,
Que todos os pássaros são meus,
São meus todos os seres alados,
E também, as suas penas,
Já que eu não sei voar.

São meus também os poemas,
Todas as métricas, todas as rimas,
Decreto–as minhas por direito,
Já que eu não sou poeta,
Já que eu não sei cantar...



Morrer Todos os Dias






...E quem não morre todos os dias,
E não renasce, todos os dias,
Carrega consigo o cheiro do corte,
Profundo, negro e purulento,

Os pelos do mofo esverdeado
O odor nauseabundo e forte
Da Senhora Dona Morte.




Nesta Casa



Nesta Casa


Janelas abertas ao sol e à chuva,
O beijo do vento, o sumo das uvas
Maceradas pelo tempo...

A revoar pela casa,
Lembranças dos meus momentos,
Retratos pelas paredes,
As plumas das minhas asas...

Ecos pelos corredores,
(As vozes das minhas dores)
Elegia à minha vida,
Esta casa me contém,
Contém tudo o que eu amei...

E um dia, eu vou embora,
Deixando vazia de mim
Esta casa, e desintegram-se
Os sonhos entre as paredes,
Desmancha-se o balançar
Tranquilo da minha rede...

E eu ficarei nos quadros, 
Na roupa de cama, o cheiro,
Sobre a mesa, as indeléveis
Marcas dos meus cotovelos,
O meu rosto sobre as flores
De um jardim que morre aos poucos,
Na cadeira de balanço,
Meu fantasma sorrateiro...





Um Ensinamento Heterodoxo - Gurdjieff






Pensamentos de George Ivanovitch Gurdjieff





"A sinceridade é a chave do conhecimento de si, e ser sincero consigo mesmo acarreta grande sofrimento."




"Não deixe que as coisas externas o afetem. Elas são por si mesmas inofensivas, nós é que permitimos que nos causem danos."


"A fé consciente é liberdade. A fé emocional é escravidão. A fé mecânica, estupidez."



"Lembre-se de si sempre, e em toda parte."



"Para amar é preciso primeiro esquecer tudo sobre o amor. Faça disso a sua meta. Tal como somos, não podemos amar de forma alguma."




"O homem é ser inacabado. Cabe a ele terminar-se."




"Não há ingleses, russos, judeus ou cristãos, mas somente aqueles que perseguem a mesma meta: ser capaz de ser."




"Você deveria compreender e estabelecer como regra rígida não prestar atenção à opinião dos outros. Deve estar o mais possível livre das pessoas que o cercam, pois quando for livre interiormente a opinião dos outros não importará."




"Você devia se esquecer da moral. As conversas sobre ela são apenas diálogos vazios. A sua meta é a moral interior. A moral exterior é diferente em cada lugar."




"Temos anjos bons e anjos maus. Os bons trabalham através de nossa natureza voluntária. Os maus, através de nossa natureza passiva."



Gurdjieff (1866, Rússia-1949) foi um místico e mestre espiritual armênio. Ensinou a filosofia do autoconhecimento profundo através da lembrança de si, transmitindo a seus alunos o que aprendera em suas viagens pela Rússia, Afeganistão e outros países.

O sistema de Gurdjieff parte do pressuposto de que os homens estão dormindo, são máquinas ambulantes que não sabem o que fazem. Isto porque o que geralmente achamos que é o "eu" é, na realidade, um conjunto de "eus" que povoam nossa mente, por isso temos que controlá-los através dos "eus-de-trabalho" e assim evitar cair na imaginação que, segundo Gurdjieff, nos afasta da presença.

O homem "desperto", aquele que tem consciência de si, é raro. Muitos pensam que têm consciência, porém sequer imaginam do que isso se trata. Sempre que indagado sobre a reencarnação, Gurdjieff desviava a conversa para outro foco. Um aforisma que sempre repetia era de que a "alma é um luxo". Em outras palavras, temos que conquistar níveis superiores do ser através de uma profunda busca pelo autoconhecimento e de uma contínua busca pelo equilíbrio das energias positiva e negativa da própria natureza. O homem dotado de consciência ou vontade é muito raro. - Wikipedia




É, de todas as formas, impossível definir Gurdjieff ou departamentalizá-lo. Ora o veremos citado nos compêndios ocultistas entre os mentores religiosos do mundo, ora será destes excluído. Seu sistema, intrincadíssimo, de compreensão bastante difícil, inclui, entre outras coisas, técnicas orientais e danças extraídas dos dervixes, e é em parte incorporado por determinadas correntes da psicologia moderna.
Gurdjieff acreditava, entre outras coisas, que é importante despertar o homem de seu sono profundo, livrando-o dos mecanismos e condicionamentos aos quais viu reduzida a própria vida. afirmou ainda que o homem não tem uma alma, mas às vezes apenas uma semente dela, e no entanto, esta deve ser adquirida e desenvolvida. (Texto de Neila Tavares)












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Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...