Todos dizem que Odetinha (Odete Vidal de Oliveira, nascida em 15 de setembro de 1930, no Rio de Janeiro) faz milagres. Também já ouvimos muitos relatos de santos milagreiros, reconhecidos (ou não) pela igreja, pois quem canoniza realmente um santo, não é a instituição católica, e sim, o povo. Muitas pessoas não acreditam em milagres, e dizem que todas essas histórias que circulam há anos pelo mundo e pela mídia não passam de embustes.
Mas de onde vem a fé daqueles que acreditam - e daqueles que vivem - milagres?
Acho que a partir do momento em que a resposta a esta pergunta torna-se vital, perde-se o milagre; perde-se a fé. Ter fé é acreditar, e pronto. Não importa como aquilo que se pede vai acontecer, de que maneira a nossa graça será alcançada, e se pedimos com fé, pode realmente acontecer. Mas então por que não acontece sempre? Esta é uma outra pergunta cuja resposta diminui a fé, e jamais poderemos respondê-la. Mas que milagres acontecem, acontecem, e não acredito que sejam todos eles apenas coincidências ou sorte.
Mas quem foi Odetinha? Segundo a Wikipedia,
Biografia
Nascida no bairro suburbano de Madureira, Odete era filha dos portugueses Augusto Ferreira Cardoso e de Alice Vidal[2]. Mas o pai não chegaria a conhecer a filha, pois morreria de tuberculose meses antes de a filha vir ao mundo. Após o nascimento de Odete, sua mãe se casou novamente, agora com o próspero empresário do ramo de carnes Francisco Oliveira. Também português e extremamente devoto, ele se tornou pai adotivo da menina.
Odete era aluna do Colégio Sion, onde convivia com as freiras. Graças à fortuna de seu pai adotivo, a família de Odete vivia em um ambiente de extremo luxo. Mas boa parte dos recursos de Francisco Oliveira era aplicada em obras de caridade. Odete tinha tudo para se tornar apenas mais uma menina rica da alta sociedade carioca, mas herdou do pai adotivo a fé católica e logo passou a demonstrar atributos extraordinários de fé. Fazia questão de comer na mesma mesa das cozinheiras e do motorista, algo impensável no Rio de Janeiro da década de 30. Chamava as filhas dos serviçais para dormir em sua cama, e eventualmente se vestia como elas. Também costumava pedir ao motorista que estacionasse o carro da família longe da escola e percorria o resto do caminho a pé
A lenda da Menina Santa
Odetinha morreu vítima de paratifo, doença infecciosa de origem bacteriana. Foram 49 dias de sofrimento, assistido de perto pela sociedade carioca e pelos pobres que ajudava. A menina dizia: "Eu vos ofereço, ó meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas missões e pelas crianças pobres". No dia de sua morte ela declarou: "Meu Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo". Sepultada em um luxuoso jazigo perpétuo no cemitério S. João Batista a criança adquiriu fama de milagreira em meados da década de 1970, quando começaram a surgir placas de agradecimento por graças alcançadas.
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Beatificação
Em 18 de janeiro 2013, iniciou-se o processo de beatificação de Odetinha pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Seu túmulo foi aberto e seus restos mortais foram exumados e transferidos para uma urna na Basílica da Imaculada Conceição, onde a menina fez a sua primeira-comunhão.Muitos devotos foram ate lá para verem a beatificação.
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Eu acredito em milagres. Acho que existe realmente um lugar entre o 'Lá' e o 'Aqui,' onde a realidade torna-se menos densa e mais flexível. Se São Jorge, São Francisco de Assis ou Odetinha são os protagonizadores desses milagres, eu não sei dizer; mas acho que cada um deve agarrar-se àquilo no qual acredita nos momentos ruins, e ir em frente. Não há mal nenhum em tentar. E às vezes, pode mesmo acontecer aquilo que esperávamos, e caso aconteça, fiquemos em silêncio e não destruamos os caminhos tortuosos da fé através das nossas perguntas cínicas.