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sexta-feira, 1 de junho de 2012

LIXO no LIXO! - Faxinando o blog



Joguei o lixo no lixo,
Como deveria fazer,
Eu quero um espaço limpo,
E uma vassoura resolve
Quando o lixo ganha espaço
Querendo se intrometer.

Não venha me doutrinar,
Pois não tens conhecimento
Para tentar me mudar;
Eu sou aquela que sou,
Tua terapia é inútil,
É livre o meu pensamento.

E se te desagrado tanto,
Sinto muito, nem pensei
Que a minha simples presença
Neste blog tão pequeno
Despertasse mal-querença
Em quem nem imaginei...

Siga em paz o teu caminho,
E eu, seguirei o meu.
Não preciso ir onde estás, 
Nem você, vir onde estou,
Sinto muito se tu achas
Que o meu brilho a empanou.

O meu nome em tua boca
Nos emails que mandou
Para todas as pessoas
Dizendo ser eu a louca,
Tentando me denegrir
A ti mesma denunciou!

Ninguém jamais recebeu
Qualquer mensagem de mim
Falando de tua pessoa,
Pois eu não perco meu tempo
Fofocando qual comadre
Sobre gente que destoa
Do que eu chamo 'gente boa!'

Espero que os teus anjinhos
Possam limpar tua alma
Da tua tola pretensão
Que corre solta em tua língua
Ao achares que és tão nobre,
De energia imaculada
Enquanto me arrastas no chão!

Reze muito, pois precisas,
Tua energia anda má...
Senti-a nas letras vermelhas
Garrafais, que tu usastes
Para jogar-me palavras
Como pedras sobre telhas!

Minha porta está fechada
A tua má influência,
Pois eu não sou quem tu  pensas,
Não sou fraca nem covarde,
Não uso de meias palavras
Para provocar alarde!

 Não camuflo quem eu sou,
Eu não finjo gentileza...
Não sorrio pela frente
E por trás, rangendo os dentes,
Solto impropérios sujos
Sobre as vidas de outras gentes!




quinta-feira, 31 de maio de 2012

Apego ou Amor?




Existem muitas pessoas e coisas que eu amo muito, e pelas quais eu sou extremamente agradecida à vida, que as deu para mim. Algumas delas (as principais) são:


- Meu marido
-Minha família
-Minha cadelinha
-A natureza
-A beleza
-Escrever
-Minha cidade
-Minha casa
-Meu trabalho

Amo todas estas coisas e pessoas. Há dias em que amo a uma delas mais que as outras, mas acho que é assim com todo mundo! Tem dias que estou cansada, e não gostaria de trabalhar, mas tenho que trabalhar; noutros, eu só quero escrever.  Assim como há dias em que tudo o que eu quero, é ficar com minha família. Mas pode ser que amanhã, eu queira ficar sozinha.

Sofreria muito, como já sofri, caso perdesse alguém que amo. Quem não sofreria? Acredito que quem consegue passar por uma perda sem sentir saudades ou sofrer, não amava de verdade. Até Maria chorou pelo seu Filho, quando Ele morreu.

Mas isto não significa apego. Há um período que precisamos para deixar ir embora aquilo qué não está mais aqui. É uma coisa muito pessoal, e apenas quem está passando por uma perda, sabe quanto tempo precisa para superá-la. O importante, é chegar do outro lado, e não ficar pensando que a vida acabou.

Quanto às coisas materiais que eu tenho, amo-as de paixão! Mas se tivesse que abrir mão de qualquer uma delas, eu o faria sem pestanejar, porque eu sei a real importância de tudo. Sei que as coisas materiais estão aqui para serem apreciadas, desfrutadas, usadas e partilhadas, enquanto forem nossas, mas não levaremos nada conosco. E pode ser que amanhã tenhamos que abrir mão de uma delas. Neste caso, acredito que quando a vida diz que chega, é porque chega mesmo. Talvez ela esteja querendo fazer algumas substituições úteis.

Houve em minha vida algumas ocasiões nas quais eu quis muito alguma coisa, e apesar de ter lutado, não as consegui. Mas logo depois, uma outra coisa muito melhor chegou. Por isso, acho importante não se apegar demais , deixando a vida guiar-nos no caminho.

Mas amar aquilo que se tem, é sinal de  gratidão. Sinto saudades de casa quando estou longe, principalmente na hora de dormir: penso na minha casa, nas cortinas do meu quarto dançando com o vento, penso na minha Latifa deitadinha na varanda, minhas coisas, meu trabalho. Antes de dormir, faço uma prece para que tudo esteja igualzinho ao que eu deixei quando eu voltar; que minha casa esteja protegida, minha cadelinha esteja sendo bem tratada, minhas plantas, regadas.

APAGANDO PASSOS





Eu passo,
E enquanto passo,
Com um galho seco,
Eu apago os passos.

Não sigas por aqui.

Eu passo,
Sem olhar pra trás
E meus passos seguem
Sempre para frente.

Já disse, não me sigas.

Eu passo,
Mas não deixo marcas
E se um dia eu chegue,
Estarei sozinha.

Não me acompanhes.

Eu passo,
Vou criando espaços
E cortando as linhas
Dos teus negros laços.

Eu passo; tu? Passado!

QUE...



Que a tua tristeza seja motivo
Para desejares, cada vez mais, 
A alegria.
Que teu desespero te leve sempre
À procura de um caminho de paz.
Que tudo o que der errado em tua vida,
Seja um incetivo para procurares acertar,
Da próxima vez,
E te conduza à novas descobertas,
Novas tentativas,
Novos aprendizados.
Que o desânimo que hora sentes
Sirva-te como uma catapulta
Que te lance longe, no ar,
Sempre para cima!
Que a saudade que hoje sentes
Daquele que se foi,
Lembre-te sempre 
Do quanto foi bom tê-lo em sua vida,
E que cada momento vivido,
Está guardado para sempre, 
Dentro de você, 
Onde ninguém poderá roubá-los.
Que a reposta atravessada que alguém te deu
Te faça ver o quão desagradáveis
São as pessoas que agem assim,
E te faças jamais desejar ser como elas.
Que amanhã estejas pronto
Para teres um dia novo,
Cheio de beleza
Pelo qual te sintas grato ao entardecer.


MINHA CIDADE

Passeio de charrete pelo Centro Histórico

Vivo como um turista dentro de minha própria cidade, e orgulho-me de viver aqui, onde nasci e pretendo morrer. E mesmo que um dia eu vá viver em outro lugar, é aqui que meu coração ficará. Porque existe uma grande afinidade entre Petrópolis e minha alma.

Imagem do Museu de Cera de Petrópolis -Johnny Depp
Imagem do Museu de Cera de Petrópolis - Alfred Hitchcock

Adoro viajar, passear e conhecer outros lugares, mas chega um certo momento em que tudo o que eu desejo, é voltar para cá, e estar junto destas montanhas.
Confeitaria Katz - antiga e muito tradicional na cidade
Petrópolis é também uma cidade de muitas delícias gastronômicas...
Meu bairro 
Casa dos Sete Erros, onde funciona o restaurante Bordeaux

Parque Municipal, onde se pode fazer trilhas, passear e observar a natureza



Catedral São Pedro de Alcântara      






É uma pena que, ultimamente, a cidade esteja quase que 'jogada às traças, devido à má administração...     espero que, nas próximas eleições, as pessoas consigam fazer uma escolha mais altruísta, ao invés de baseada apenas em interesses pessoais, já que, da última vez, o bairro mais populoso elegeu seu representante simplesmente devido ao fato de ser ele um morador do mesmo bairro.     

Desejo que minha cidade seja tratada com mais amor e consideração pelos seus representantes. Que haja melhorias nos transportes públicos, manutenção de parques e jardins, contenção de encostas e prevenção de ocupações ilegais destas, urbanização e saúde .          

A cidade é linda, tem um imenso potencial para turismo, mas pouco é investido neste setor. Precisamos de alguém que ame viver aqui para administrar esta beleza. E as vítimas das últimas enchentes, continuam sem assistência, apesar de o Governo do Estado ter mandado dinheiro para ajudá-las. Tenho uma amiga que mora em um lugar que ainda - após mais de um ano - não tem ponte de acesso. Eles tem que deixar o carro na rua e seguir à pé para casa, passando por uma trilha.


Acho muito triste tudo isso...


            

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Distância em Círculo




Quando alguém se vai,
A distância entre nós e eles
Aumenta, a cada dia,
No início.

É quando brota a saudade,
É quando o lembrar-se de tudo
Torna-se um vício.

Mas o tempo passa, circular,
Levando-nos, todos os dias,
Para mais perto de quem se foi.

E quem sabe, nem mesmo haja
Assim, tanta distância
Entre o Antes e o Depois...


ELEGÂNCIA




Meu poema é pobre, e às vezes, torto,
E já nasce manco, fraco e semi-morto
Muitas vezes morre sem alcançar a luz.

Mas é sempre o semen da  palavra que me escolhe,
E ele se recolhe todo,  a qualquer
Tentativa lúdica de dominá-lo.

Resta-me soltá-lo, e alinhá-lo às linhas,
Na ejaculação de um poeminha torto,
Aleijado, manco, roto, semi-morto,

Um poema tosco que já nasce órfão,
Pois a elegância que tentou gerá-lo
Morre nesse parto do imaginário.

A Joaninha



Ergui os olhos do livro
E uma joaninha
Passeava na parede,
Pintas negras salpicadas
Sobre as suas costas verdes.
E de repente, a história
Que aquele livro contava
Pareceu-me tão fugaz,
E um tanto desnecessária...


Eu Deusa




A formiga se afogava
Em uma poça de água,
Nadando, desesperada
Entre confusa e assustada.

Contemplei-a, em sua sorte,
Lembrei-me das minhas roseiras
Carregadas, aos pedaços,
Por suas longas fileiras...

Mas o dia estava lindo,
E num gesto inesperado,
Recolhi a formiguinha
Em um galhinho cortado.

Salvei-lhe a vida, e a formiga
Naquele exato momento
Picou-me as costas da mão
Num gesto de agradecimento

ONTEM



Eu ontem acordei,
E olhei tudo
Com olhos de primeira vez.

O pássaro que cantava
Ficou mudo, de repente.

Ele aguçou os olhinhos
E mandou-me um outro canto;
Fiquei tesa, sem resposta,
Ao seu doce acalanto.

Eu ontem, ao adormecer
Olhei tudo
Com olhos de última vez...

E a coruja deu seu pio
No galho, junto à janela.

Um arrepio...

Além



Eu olho através de ti,
Para muito além das memórias
Entre aquilo que tu fostes
E o que não és mais agora.

Eu ouço além do teu grito
No que a voz sufoca e cala
E morre assim, ressequido
Entre o silêncio e a fala.

Eu choro com olhos secos
Afogando a tua ausência
Me perdendo em teus degredos
Em busca da tua essência.

Escrevo um poema tosco
E nas linhas, não te encontro,
Pois moras além de tudo
Que eu toco, sinto e canto.

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