Eu acredito que vivemos milagres
todos os dias, mas depois que eles acontecem, a tendência é duvidarmos deles. Nós,
seres humanos, somos naturalmente
incrédulos. Além disso, quando nos atrevemos a comentar esses milagres com os
outros, apesar de eles prestarem muita atenção às nossas histórias, depois de
ouvi-las eles nos jogam um olhar de incredulidade ou fazem comentários
depreciativos ou engraçadinhos a respeito deles, como: “Você tem certeza que
não foi só coincidência?” “Ah, sei... também
vi esse filme!” E tais comentários nos desmotivam a falar sobre certas coisas,
ou até mesmo nos fazem duvidar que elas realmente aconteceram.
Por isso vou relatar aqui alguns
milagres que vivi ou presenciei.
1- O Santuário de Bom Jesus dos
Montes, em Portugal – Quando visitamos esse local em 2019, algo inusitado
aconteceu. Eu e meu marido estávamos em uma lojinha de souvenir, e eu estava
indecisa sobre se deveria ou não levar um terço de presente para minha irmã,
que tinha perdido um filho há alguns anos, e com ele, a sua fé. Quem me conhece
daqui desde 2011 sabe que perdemos nosso querido Ricardo para o câncer.
A música favorita do meu sobrinho
– e que eu usei em quase todos os poemas que escrevi para ele e postei no site
do escritor no site Recanto das Letras – era “Times like These”, do Foo Fighters.
No momento em que comentei com
meu marido que eu não sabia se deveria levar o tercinho para minha irmã ou não,
esta música começou a tocar no alto falante da lojinha. Ora, qual a
possibilidade de que Foo Fighters toque no alto falante de uma igreja católica tradicionalíssima
em Portugal, exatamente no momento em que alguém está pensando se leva ou não
um terço para alguém que perdeu a fé porque seu filho morreu? Ainda mais sendo
esta música a favorita dele?
2- Ganesha – Aqui em Petrópolis
existe um santuário chamado Vale do Amor, um belíssimo lugar de difícil acesso
entre as montanhas. Lá várias religiões estão representadas em templos e
jardins ao ar livre. Estávamos passeando pelo jardim quando passamos diante de
uma figura que chamou minha atenção: um ser que era metade elefante e metade
menino, rodeado de oferendas de flores, moedas e frutos. Algo me fez parar
diante dele, e eu não conseguia seguir adiante. Meu marido voltou, e
perguntou-me de quem se tratava. O primeiro nome que me veio à cabeça foi:
Ganesha. Só que eu não tinha a menor ideia de quem ele era.
Seguimos o caminho e esqueci a
história. Quando chegamos em casa, eu estava procurando um protetor de tela para
meu computador no Google, e qual foi a imagem que me apareceu? A mesma que eu
tinha visto no Vale do Amor! O menino elefante. Daís resolvi pesquisar mais
sobre ele, e descobri a sua história. Basicamente, ele é uma entidade protetora
que ao mesmo tempo abre os caminhos da prosperidade. De uma forma ou de outra,
a figura me fascina e atrai até hoje, e tenho vários Ganeshas em casa.
Sempre que sinto que as coisas ‘travaram’,
eu canto seu mantra e tudo se resolve em alguns dias.
A primeira imagem de Ganesha que
adquiri aconteceu desta forma: estávamos em uma loja que vende artigos para
jardim, mais ou menos uma semana após visitarmos o Vale do Amor. Eu queria
comprar algumas plantas e vasos. De repente, meu marido veio falar comigo: “Você
vai gostar do que eu vou te mostrar!” Eu o segui, e ele me colocou diante de uma
imagem de... Ganesha!
Depois disso, adquiri várias
outras que estão espalhadas pela minha casa toda.
3- Chico Monteiro – Há muitos
anos, meu marido e eu passávamos pelo Teatro D. Pedro após sairmos do trabalho.
Eu estava com muita dor de garganta há vários dias, e mal conseguia falar.
Minha garganta estava cheia daquelas placas bacterianas brancas, e os remédios
não estavam fazendo efeito. No letreiro do teatro estava escrito: “Só Esta Noite
– Chico Monteiro – Médium.”
Resolvemos entrar e assistir a
palestra. A palestra foi muito interessante e o teatro estava lotado – tivemos sorte
de conseguir dois lugares na última hora. Pouco antes do término do evento, o palestrante disse que
ia fazer uma oração e pediu que quem estivesse doente, ou com familiares em
casa que estivessem passando por problemas de saúde, deveria se concentrar e
orar junto com ele.
Me concentrei na minha garganta e
mentalmente fiz a oração. Ainda nem tinha acabado de rezar quando senti uma
sensação de calor na garganta, e senti também as placas de inflamação se
soltando (tive que engoli-as). E de repente, eu não estava mais com dor de
garganta.
Quando a palestra terminou,
entramos na fila para comprar um livro que Chico Monteiro estava vendendo, e
diante dele, comentei o que tinha acontecido. Ele sorriu, me deu uma rosa
branca e me disse para colocá-la em um vaso com água ao chegar em casa.
Bem, a rosa durou mais de um mês
intacta!
4- Joelho Dolorido – Recentemente
procurei três médicos para tentar tratar uma lesão no joelho. Tenho (ou tinha)
extrusão do menisco e princípio de artrose. Os medicamentos não surtiram efeito
algum, e o trabalho do fisioterapeuta apenas piorou o problema. A dor que eu sentia
estava me impedindo de caminhar adequadamente e até mesmo de dormir bem à
noite, pois doía quando eu andava, sentava, deitava, enfim – doía o tempo todo,
não importava o que eu estivesse fazendo.
E tudo isso começou há apenas
alguns meses, quando soubemos que retornaríamos à Itália a fim de batizarmos o
Leozinho, filho de Isabela e Leo, de quem fomos padrinhos de casamento também
na Itália em 2018. Desde então a dor começou e não ia embora de jeito nenhum.
Na Itália ela também não parou,
mas decidi que ela não ia me impedir de fazer nada. Continuei fazendo
exercícios todos os dias pela manhã, ignorando a dor. Lá eu andei muito, e
quando chegávamos em casa à noite, eu tomava remédios para diminuir a dor. Mas ela nunca passava totalmente. Então eu
decidi fazer uma promessa em todas as igrejas que visitamos: eu entrava,
acendia uma vela e prometia que, caso a dor passasse, eu ficaria ajoelhada em
uma igreja durante 1 hora.
Mas a dor não passou.
Depois que voltamos para o
Brasil, eu estava fazendo alongamentos quando escutei meu joelho fazendo um
barulho bem alto, como se estivesse estalando ou quebrando. Até meu marido que
estava perto escutou e perguntou: “O que foi isso?” Assustada, respondi: “Meu
joelho.” Achando que eu estava para sentir uma dor muito forte, eu baixei a
perna devagar (ela estivera esticada em uma cerca em um ângulo de 90 graus
durante o alongamento).
Mas assim que pus o pé no chão,
percebi que a dor tinha sumido. Isso foi há quase uma semana, e desde então
estou bem.
Preciso achar uma igreja
tranquila, na qual eu possa ficar ajoelhada durante 1 hora inteira.


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