quarta-feira, 27 de abril de 2022
FATALIDADE
segunda-feira, 25 de abril de 2022
ACEITEM-ME!
Foto minha, que amo, obtida na Ponte do Brooklin, N.Y, 2018
Antes eu achava que as pessoas tinham que me aceitar e aprovar a minha conduta. "Se não me aceitam," eu dizia, "que pelo menos me respeitem." Mas eu descobri uma coisa libertadora: ninguém tem a obrigação de me aceitar ou de me respeitar. E eu não preciso da aceitação ou do respeito de ninguém. Eu sou livre. Eles são livres.
Só existe um lugar no qual eu posso exigir o mínimo de respeito das pessoas, e esse lugar é a minha própria casa, o meu espaço sagrado. Aliás, a casa de cada pessoa é um espaço sagrado que todos devemos respeitar e pisar devagar, controlando o tom de voz e o entusiasmo exagerado - a não ser que o próprio dono da casa nos convide a fazer o contrário. E se eu pensar melhor, perceberei que na minha casa só entra quem eu quero; portanto, eu escolho convidar as pessoas que respeitam o meu espaço.
Fora isso, eu não preciso do respeito ou da aceitação de ninguém, porque quando impomos estas condições, acreditando que assim seremos mais livres, na verdade, nos escravizamos e escravizamos o outro. Assim como eu tenho o direito de ser como eu sou, o outro também tem. Problema dele se ele não concorda comigo; problema meu se eu não concordo com ele.
Ninguém nunca deve deixar de ser o que é, preocupado em ser ou não aceito pelos amigos/família/sociedade. Se eu estiver fazendo o que eu quero e sendo feliz sem agredir a ninguém, estarei fazendo o que é certo - azar o de quem não compreender isso. Pessoas entram e saem das nossas vidas pelos mais variados motivos, e eu deixo a minha porta de entrada sempre entreaberta, e a de saída, escancarada. E quando a gente é sincero conosco mesmos, quando somos felizes e expressamos aquilo que somos, sempre haverá quem nos ame e nos compreenda exatamente assim, e são estas pessoas as certas para mantermos em nossas vidas.
O equilíbrio entre sermos aceitos e sermos felizes é muito frágil, pois estamos acostumados a pensar que se fizermos "a coisa certa" (aquilo que esperam de nós) seremos realmente felizes; mas esta felicidade é frágil, é de mentira. Seremos felizes quando formos livres do peso dos julgamentos alheios, que sempre existirão.
sexta-feira, 22 de abril de 2022
A Montanha
Ela já era antes que eu fosse.
No corpo liso, traz carícias de chuva e limo,
Manchas de veludo verde e marrom.
Viro a cabeça e a vejo lá fora,
Altiva e imponente,
Senhora de pássaros, árvores, nuvens
E corredeiras.
Às vezes, o luar brinca de se esconder
Por trás do seu corpo volumoso,
E a água da chuva a faz resplandecer
Na paisagem noturna.
É possível amar uma montanha
Sem jamais tê-la tocado?
É possível visualizar as alturas
De passos que jamais foram dados?
quarta-feira, 20 de abril de 2022
SACRIFÍCIO
Entra em estado de sacrifício todo aquele que age ou pensa baseado no seguinte princípio: "O que vão pensar se eu...?"
Existem pessoas que passam tanto tempo preocupadas sobre o que os outros pensam ou pensarão a respeito delas, que acabam se sacrificando a fim de obterem uma opinião positiva de gente que não tem absolutamente nenhum peso real em suas vidas. Isso acontece, por exemplo, quando gastamos uma quantidade de dinheiro que não temos a fim de impressionar supostos amigos, ou então deixamos de dizer o que sentimos ou pensamos para não cair em críticas alheias.
Acho que a maior de todas as liberdades, é viver de acordo com o que nos faz felizes, segundo as nossas posses, quer isto agrade aos outros ou não, sem nos importarmos com o que dirão ao nosso respeito. Se não estivermos prejudicando ou magoando outras pessoas, nada de mal estaremos fazendo ao escolhermos viver de acordo com aquilo que somos de verdade. Aquilo que dizem sobre nós seria dito de qualquer forma, então... que pelo menos falem mal de nós pelos motivos certos.
terça-feira, 19 de abril de 2022
TEMPO PARA LER E ESCREVER
TEMPO PARA LER
Quando eu era jovem, os livros eram poucos em nossa casa, e a maioria deles era emprestada ou comprada em sebos. Livros eram caros, e por isso, nós os líamos bem mais devagar e líamos várias vezes os mesmos livros. Assim, o conteúdo ficava muito mais solidificado em nossas mentes, e embora lêssemos poucos livros, nós guardávamos o conteúdo na memória mais facilmente.
Hoje, temos os livros virtuais, que são bem mais em conta que os livros de papel. É fácil escolher um livro na Amazon, por exemplo, fazer o download e começar a ler imediatamente. Mas a facilidade também trouxe a quantidade, e são tantos livros para ler, que eu às vezes duvido se terei tempo de vida suficiente para todos. Além disso, a leitura é bem mais superficial. Assim, acabamos lendo-os quase sempre sem a reflexão necessária.
Com as redes sociais - Instagram, Facebook, Twitter, Linkedin, etc... - as pessoas passam menos tempo lendo e já não teêm mais paciência para textos longos.
No final da semana passada apaguei minhas contas no Instagram. Fiz uma promessa a Deus ao passar por um período difícil, e se minha promessa fosse atendida, prometi apagar minhas redes sociais - com exceção do Recanto e dos blogs. E eu o fiz.
E já terminei de ler um livro e comecei a ler outro. Tenho mais tempo para cuidar da casa, preparar mais material para minhas aulas (dou aulas de inglês pela internet) e ando mais calma e centrada. A concentração melhorou, durmo melhor e me sinto mais calma. A internet é uma invenção maravilhosa, mas com ela, existe muita negatividade no ar, que acabamos absorvendo. Muitas pessoas que nos (per)seguem estão apenas curiosas sobre nós ou sobre como vivemos, e lançam energias de inveja e negatividade sobre nós.
Hoje eu tenho mais tempo para ler e escrever, e aos poucos, estou voltando aos blogs e ao Recanto, mas sem aquela sede de reconhecimento que eu costumava ter. Eu só quero escrever e ler o que me interessa, viver a vida de maneira mais suave e me dedicar mais ao que me traz retorno real - meu trabalho, meus cães e minha casa.
segunda-feira, 18 de abril de 2022
PROMESSA
Eu prometi
Desaparecer,
Prometi embrenhar-me ainda mais
Nessa densa floresta dentro de mim
A fim de estender
Uma inevitável despedida.
Mas assim é a vida,
Eu prometi, e hei de cumprir,
Embora nenhuma lei há
Que vá me punir
Se eu quebrar a minha promessa,
Já que nada sou,
Nada represento,
Nada quero ser.
Eu prometi deixar meus dedos
Emaranhados nessas heras,
Subindo pelo muro desta casa,
Pés enraizados no gramado.
Prometi cortar as próprias asas
Para que possa voar bem mais alto
Ao abrir os olhos
Em outras esferas.
EU TE IGNORO
Eu te ignoro, poema,
Nas noites escuras em que procuras,
Um coração que te faça existir.
Quero poder não te ouvir,
Me reservando o direito
De não te parir.
E quanto mais tu insistes
Nas tristes intromissões
Entre a noite e o meu sonho,
Eu me abstenho de ti,
Mas lá dentro
Guardo a esperança vã
De te encontrar pela manhã.
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