Minha casa ficava bem aqui,
Entre o cipreste e o ipê amarelo,
Ao norte do Cruzeiro do Sul,
No caminho sob o céu azul.
Ali, naquele jardim,
Balancei na rede os meus sonhos,
Reguei flores da vida que eu plantei num canto,
Ri alguns risos, enxuguei algum pranto.
Naquela sala, agora vazia,
Sobre a estante, descansam os mesmos livros
Por onde meus olhos rolaram, atentos,
Aprendendo a criar doces momentos.
Vês essa escada de madeira?
Ela conduz ao meu dormitório
Onde eu colecionava minhas lembranças
Em noturnas andanças e sonhos aleatórios.
Não perca, da varanda, a linda vista
Que se estende por sobre os telhados das casas!
Montanhas e árvores - algumas não mais existem
Ali me sentei para ser alegre, e para ser triste.
Esta era a casa onde eu morava,
Que eu tanto cuidei, que eu tanto amava,
E hoje, por ela vaga, cansado,
Meu fantasma solitário, o meu miasma.
Intenso e lindo poema...Uma casa que foi tão boa que o fantasma dela se recusa a sair...beijos, chica
ResponderExcluirBom dia de paz e esperança, querida amiga Ana!
ResponderExcluirAdoro as casas daí. Gosto do verde belo, do friozinho, do ruço...
Se pudesse voltaria, mas pela saúde não dá, muito frio. Amo Petrópolis.
Seu poema está muito suave e carinhoso com seu lar do passado.
Ficar em casa com boas lembranças é muito bom mesmo com algumas mais sombrias.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
E porque não mora mais lá?
ResponderExcluir.
Cumprimentos
Proteja-se
Que lembranças!Amei ler em versos que ficaram bem marcantes em sua vida!
ResponderExcluirFaço a mesma pergunta do nosso amigo em comum, o Ricardo!
Porque não mora mais lá?
Eu moro em minha casa por toda a minha vida, nem sei como seria me mudar?!
Adoro minha casa!
Abraços bem apertados!
Siempre un grato placer el visitarte! Recibe un generoso saludo!
ResponderExcluirQue lindo Ana, senti lendo Drummond falando de suas coisas em sua Itabira. Uma casa onde moram nossos sonhos, onde dormitam lembranças tantas. Cada pedaço desta casa tem um pouco de ti. Linda inspiração descrição poetica.
ResponderExcluirMeus aplausos amiga.
Olá, amiga!
ResponderExcluirÉ triste quando assim é!
Olhe, a minha já não existe. Deitaram-na abaixo.
Mas ainda sonho com ela!
Bjs!
Acredito que, pelas paredes, pelos cômodos de nossa infância dormitem os risos, as emoções, os lamentos e os assombros que nos viram passar as horas protegidas. A casa da infância habita em nós. Teu poema chama lindas lembranças.
ResponderExcluirBjsss, Ana.
Calu
Sensacional Ana! Quantas memórias guardamos não é verdade? Adorei o passeio por tua casa!
ResponderExcluirBeijinhos! <3