As cores da aquarela eram cores magoadas,
Havia imensos nãos entre a palheta seca
E as tintas aguadas.
O pincel tocava as cores que dormiam, caladas,
Entre as nervuras rachadas.
Não havia água.
O sonho e o desejo permaneciam mudos
Sobre a tela branca que ninguém pintava.
Quadros jaziam sobre as paredes nuas,
O anseio dos olhos não passava pelos corações,
Não transportavam as emoções caladas.
Havia um grito preso que queria ser,
Havia a ansiedade de nascer...
-Mas como, sem um berço, sem caminhos, sem estradas,
Sem cores – só as telas brancas, que não traduziam
A dor presa no ventre, que quase matava?
Olá Ana.
ResponderExcluirQuem poderá saber o que sente o pintor diante da tela branca, desafiadora?
Pincéis e tintas servirão para o que quer criar? Quanto desatino na criação!
Um abraço.
Diante da tela branca , aguardando a inspiração.
ResponderExcluirUm abraço.