witch lady

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

AREIA E ESPUMA - GIBRAN


Imagem: Salvador Dali - Google





Trechos de "Areia e Espuma", de Gibran Khalil Gibran




"O pensamento é a pedra de tropeço da poesia."






"Em vão, o poeta procurará a mãe das canções do seu coração."




"Se cantares a beleza, embora sozinho e em pleno deserto, terás uma audiência."




"Frequentemente, cantamos acalantos para os nossos filhos a fim de que nós próprios possamos dormir."





"Muitas mulheres ocupam o coração de um homem. Poucas chegam a apropriar-se dele."




"Se desejas possuir algo, não o reclames."




""A generosidade não está em dar-me aquilo de que preciso mais do que tu, mas em dar-me aquilo de que precisas mais do que eu."






"A velhacaria às vezes obtém êxito, mas acaba sempre se suicidando."




""Que direi do perseguidor que finge ser o perseguido?"




"Se a outra pessoa se ri de ti, talvez tenhas pena dela; mas se ris dela, nunca te perdoarás a ti mesmo. Se a outra pessoa te injuria, talvez esqueças as injúrias; mas se a injurias, sempre te lembrarás. Na verdade, a outra pessoa é o teu Eu mais sensitivo, num outro corpo."




"Uma raiz é uma flor que despreza a fama."




"A fama é a sombra de uma paixão exposta à luz."





"Um desacordo talvez seja o espaço mais curto entre duas mentes."





"Aprendi o silêncio com o loquaz, a tolerância com o intolerante e a bondade com o maldoso; estranho, não sinto nenhuma gratidão por esses mestres."




""A sabedoria deixa de ser sabedoria quando se torna demasiadamente orgulhosa para chorar, demasiadamente grave para rir, e demasiadamente egotista para procurar os outros."




"O silêncio do invejoso é ruidoso demais."





"É estranho que criaturas sem espinha dorsal tenham as mais duras cascas."




"Deve haver algo estranhamente sagrado no sal. Encontra-se em nossas lágrimas e no mar."




""Disse à vida: "Gostaria de ouvir a morte falar." E a vida ergueu a voz um pouco mais alto, e me disse: "Estás ouvindo-a a gora." "




"Existe um campo verde entre o erudito e o poeta. Quando o erudito o atravessa, torna-se um sábio; quando o poeta o atravessa, torna-se um profeta."





"Sim, o Nirvana existe: está em conduzir teu rebanho a um verde pasto, e em por teu filhinho na cama, e em escrever a última linha do teu poema."



De Tanto Ódio










O coração afogueado, 


O olhar espantado, 


Seguia-lhe, sem cessar, 


Todos os passos. 


Tossia, às vezes, 


Deixando sair da boca 


Um líquido verde: 


A bile do ódio! 






E torturava-se, 


Rasgava-se, 


Sem nem pensar 


Que só pensava nela! 






Ah, as janelas fechadas 


Quando ele passava, 


As portas silenciosas 


Quando ele batia... 


Elas representavam 


Toda a sua agonia! 






De tanto ódio, 


Morria! 






E vasculhava 


De velas acesas 


Os seus poemas, as suas mesas, 


Procurando pelas sobras 


Das sílabas deixadas... 


-Mas não achava nada, 


Nada... 






Assim seguia, 


A espumar de ódio 


Por aquela alma 


Que o ignorava, 


Sem saber que era o amor, 


Sem saber que era a paixão 


Que naquela direção 


Sempre o guiava! 










Passeio Pelo Estacionamento do Shopping




Feriado. Decidimos fazer algo diferente, e de manhã cedo, saímos pela estrada em direção à Juiz de Fora. Lindo dia, estradas vazias, sol à pino e um calor que nada tinha de sufocante. Curtimos a beleza do caminho, e chegamos ao Salvaterra, logo na entrada de Juiz de Fora, onde almoçamos.

Em seguida, fomos ao Shopping Independência. Santa ingenuidade! Nem sequer calculamos que estaria completamente lotado em um feriado do Dia do Trabalho! Ficamos alguns bons minutos rodando pelo estacionamento, até que, finalmente, decidimos ir embora. Ai, após uma viagem de mais de duzentos quilômetros... mas pensando bem (todo mundo procura ver as desvantagens de não se conseguir alguma coisa), enumeramos as razões pelas quais seria melhor não irmos ao shopping naquele dia:
-Estaria tudo lotado, inclusive lanchonetes , cinemas e restaurantes. Longas filas para tudo.
-Evitaríamos gastar dinheiro desnecessariamente.
-Não ficaríamos presos dentro de um shopping num dia lindo como aquele.

Assim, fomos ao parque da cidade, um lugar lindo, onde passamos uma tarde muito agradável tirando lindas fotos (que ainda não coloquei no computador) e passeando. Enfim, aproveitamos o dia de outra forma; afinal, de nada adianta chorar pelo shopping derramado.

Mas eu queria mesmo era ter ido ao shopping.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Uma estranha Realidade - Carlos Castaneda




Trechos de "Uma Estranha Realidade", de Carlos Castaneda



(...) -Seu problema é que confunde o mundo com o que as pessoas fazem. Ainda nisso, não é o único. Todos nós fazemos isso. As coisas que as pessoas fazem são os escudos contra as forças que nos cercam, também nos dão conforto e nos fazem sentir seguros; o que as pessoas fazem é muito importante em si, mas apenas como escudo. Nunca aprendemos que as coisas que fazemos como pessoas são apenas escudos e deixamos que elas dominem e transformem nossas vidas. Na verdade, eu diria que, para a humanidade, aquilo que as pessoas fazem é maior e mais importante do que o próprio mundo.


-O que você chama de mundo?
-O mundo é tudo o que está encerrado aqui - disse ele, pisando com força no chão.- A vida, a morte, pessoas, aliados e tudo o mais que nos cerca. O mundo é incompreensível. Nunca o compreenderemos. Nunca desvendaremos seus segredos. Assim, temos de tratá-lo como ele é, um simples mistério!
Mas o homem comum não faz isso. O mundo nunca é mistério para ele, e quando chega à velhice, está convencido de que não tem mais nada por que viver. Um velho não esgotou o mundo. Só esgotou o que as pessoas fazem. Mas, em sua estúpida confusão, acredita que o mundo não tem mais mistérios para ele. Que preço triste para pagar por nossos escudos!



Um guerreiro sabe dessa confusão e aprende a tratar tudo direito. As coisas que as pessoas fazem não podem, de jeito nenhum, ser mais importantes do que o mundo. E assim o guerreiro trata o mundo como um mistério infindável e o que as pessoas fazem, como uma loucura sem fim.








Carlos Castaneda - (Cajamarca, 25 de dezembro de 1925 / Los Angeles, 27 de abril de 1998) - foi escritor e antropólogo formado pela Universidade da Califórnia. Notabilizou-se após a publicação de sua  dissertação de mestrado intitulada "The Teachiongs of Don Juan - aYaqui way of knowldge" (no Brasil: A Erva do Diabo). Sua obra consiste em onze livros autobiográficos nos quais relata experiências decorrentes de sua associação com o bruxo conhecido como Don Juan matos, índio da tribo Yaquis do deserto de Sonora, no México.


terça-feira, 30 de abril de 2013

MAIO






Este ano,
Maio desceu como um raio,
Perturbando tudo,
Tudo cinza e frio,
E um grande vazio...

Ninguém cantará,
Não haverá festa
Ou presentes.
-Estás ausente de nós.

Maio ficou mudo.
-Para onde foi a voz de maio?

Este ano,
Maio brotou de repente
Sem necessidade
De nenhum ensaio.
Veio, e passará como flecha:
Rápido e mortal.

Maio passando
Pela minha janela
Uma tela em branco
Sem cores, sem pássaros,
Sem velas, sem cantos...

Ordinário maio,
Sem Feliz Aniversário.


Reencarnação - Almas Antigas, de Tom Schroder




Trechos do livro de Tom Schroder, "Almas Antigas".


(...) Em 1972, Weiss (Dr.Brian Weiss) hipnotizou uma jovem mulher. Ela estava deitada de costas no sofá, os olhos fechados, as mãos pousadas ao lado do corpo, envolta num lençol imaginário de luz branca, levada a um transe através da voz do médico e da vontade de sua própria mente. Ele ordenou que ela retrocedesse até suas mais tenras memórias, de volta às raízes da fobia que atormentava a sua vida. (...)


(...) A primeira sessão revelou lembranças significativas de quando ela tinha três anos - um encontro sexual perturbador com o pai bêbado - mas não houve nenhuma melhora em seu estado emocional. (...)

(...) Weiss decidiu fazer uma sugestão aberta. Com voz firme, ordenou: "Volte aos acontecimentos que deram origem aos seus sintomas." Em transe profundo, ela respondeu, numa voz baixa e rouca: (...) "Vejo degraus brancos que me levam até um edifício...estou usando um vestido longo, uma bata feita de tecido rústico... Meu nome é Aronda. Tenho dezoito anos... (...) O ano é 1863 antes de Cristo."



"Suzanne Ghanem tem cinco anos.
Ela insiste em afirmar que não é Suzanne Ghanem.
Ela diz aos pais que se chama Hanan Mansour, que morreu após uma cirurgia nos Estados Unidos e que quer seu marido e filhos de volta.
As famílias Ghanem e Mansour nunca tinham ouvido falar uma da outra. Entretanto, Suzanne (Hanan?) procurou seus filhos e entrou em contato com eles. Agora, os filhos - todos adultos - estão convencidos de que sua mãe é uma menina de cinco anos que mora em Shwaifat, uma área ao sul de Beirute.
(...) Suzzy identificou todos os parentes e disse seus nomes com precisão."




"Há muito mais mistérios entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia." - Shakespeare, Hamlet, ato 1, cena 5. 







segunda-feira, 29 de abril de 2013

São Nossos





Aquela flor junto ao muro,
O pássaro pousado no galho
Que voa livre, quando bem quer,
A paz, o amor, o sonho
Da vida o mister,
Não são meus nem seus, 
São Nossos!

O céu imenso estendido
Por sobre as cabeças humanas
Também se estende, generoso
Sobre todas as outras cabeças!

O mundo,
Tal qual ele é
Ou como o tornamos
Através da nossa fome desmedida,
O mundo que subdividimos 
Em fétidos feudos
Que são 'dele', 'teu 'e 'meu,'
É nosso!

A paz que eu tanto desejo
E a paz que tu almejas,
Os sonhos que acalentamos
E aqueles que matamos
Através de nossas pelejas,
Não são meus, nem teus,
São nossos!

Sob a terra, os nossos ossos
Um dia, irão estar...
E o espírito já livre,
Viajará
Para um outro lugar,
Onde 'meu' e 'teu' não moram,
Onde encontraremos, enfim,
Apenas o que é nosso.



Sobre a Ganância




Sobre a Ganância



"Aquele que é ganancioso, sempre está desejando." - Horácio








"A ganância insaciável é um dos tristes fenômenos que apressam a autodestruição do homem." - textos Judaicos





"A terra provê o bastante para satisfazer a necessidade de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens." - Gandhi






"Para a ganância, toda a natureza é insuficiente." - Sêneca






"A ganância é uma cova sem fundo, que esvazia a pessoa em um esforço infinito para satisfazer a necessidade, sem nunca alcançar a satisfação." - Erich Fromm





"O perigo constante, é abrir a porta para a ganância, um de nossos inimigos mais insaciáveis. É aí que se deve por em prática o trabalho da mente." - Dalai Lama






"O dinheiro é uma felicidade humana abstrata. Por isso, aquele que já não é mais capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele." - Arthur Schopenhauer





























domingo, 28 de abril de 2013

Amargos Desejos





Dentro dos olhos,
Queria a imagem de tudo o que existe,
Como quem possui e absorve
Como quem nunca foi triste!

Desejo de possuir e guardar
Como se fosse possível
Abraçar tantas coisas
Em uma só vida!

Queria todas as flores,
Todos os pássaros,
O céu e as nuvens
Que com o vento, passavam...

Queria agarrar entre os dedos,
Segurar sem soltar...
Esquecia-se do medo,
Dos dias escuros 
Em que só a luz bastaria!

Fugindo da própria noite
Escurecendo o dia,
Achando que as pedras e pilastras,
As fontes, os rios, as casas,
Os livros, as terras, as palavras
Salvar-lhe iam 
Das garras do nada!

E as esperanças alheias,
As vidas alheias,
Pisoteadas 
Nas calçadas amargas!

Queria ter, possuir, selar,
O fogo, a terra, a água, o ar,
Que nunca seriam o bastante
Para conter tanta agonia!

E a pequena criatura
Que sob o sol, se movia,
Tentando apenas viver,
- Pisoteada!
Em meio a tanta amargura
Sob  botas tão pesadas!

Ah, nada é o bastante
Para quem, o tudo,
Transforma em nada!















Poeira no Vento - Dust in the Wind - Kansas





Letra da canção Dust in the Wind, do grupo Kansas




Dust in the wind -    Poeira no vento


I close my eyes -  Eu fecho meus olhos
Only for a moment - Só por um momento
And the moment's gone - E o momento se foi
All my dreams - Todos os meus sonhos
Pass before my eyes - Passam diante dos meus olhos 
A curiosity - Uma curiosidade


Dust in the wind - Poeira no vento
All they are is dust in the wind  - Tudo o que eles são é poeira no vento


Same old song - A mesma velha canção
Just a drop of water - Só uma gota d'água
In an endless sea - Em um oceano sem fim
All we do - Tudo o que fazemos
Crumbles to the ground - Se esfarela no chão 
Though we refuse to see - Embora nos recusemos a ver

Dust in the wind - Poeira no vento
All we are is dust in the wind - Tudo o que somos é poeira no vento

Don't hang on - Não se apegue
Nothing lasts forever - Nada dura para sempre 
But the earth and sky - A não ser a terra e o céu
It slips away - Escorrega para longe
And all your money - E nem todo o seu dinheiro
Won't another minute buy - Comprará outro minuto

Dust in the wind - Poeira no vento
All we are is dust in the wind - Tudo o que somos é poeira no vento

Dust in the wind - Poeira no vento
Everything is dust in the wind - Tudo é poeira no vento.










sexta-feira, 26 de abril de 2013

Hoje Estamos Aqui








A partida de nossa colega Maria Cecília - A Flor Enigmática - deixou-me esta reflexão 














Hoje estamos aqui. Mas quantos de nós sabemos o quanto caminhamos na beirada da vida? Hoje, somos criaturas enigmáticas que se pensam rasas, mas afogamo-nos em profundidades assim que alguma coisa nos tira do frágil equilíbrio em que nos encontramos. 




Hoje estamos aqui. Escrevemos nossos poemas, espalhamos pelo mundo palavras e cenas de vida. Achamos que seremos eternos através de nossas palavras, e acreditamos, realmente, que elas nos farão mais fortes e presentes nas almas das pessoas; mas de repente, vem a ventania, e nos arranca de nossos galhos, jogando-nos, flores frágeis, nas correntezas tumultuadas e enigmáticas de um incerto adormecer. E ficam aqui as nossas obras - poemas, crônicas, pensamentos e palavras - até que alguém decida o que fazer com eles; apagá-los? Fazer um backup e colocá-los em algum CD que um dia alguém encontrará, ou que será perdido? Colocá-los em um livro? 




Esquecê-los? 




Hoje, estamos aqui; eivados de tolo orgulho pelas nossas aparentes 'conquistas' que, acreditamos, nos farão transcendentes. Mas quando formos embora, elas ficarão aqui; não as levaremos conosco! Ficarão à mercê de quem se disponha a decidir o que fazer com elas. Ou talvez, quem sabe, sejam copiadas por outras pessoas que tomarão para elas a autoria do que escrevemos. E de nada adiantará revoltarmo-nos, pois nada poderá ser feito. 




Hoje estamos aqui. Amanhã?... Melhor não pensar! Talvez a graça da vida esteja no dom de não pensar demasiadamente. Melhor que continuemos a ser canais para nossos poemas, e que tenhamos sempre a generosidade e a humildade para espalhá-los por aí, para quem desejar ler, sem a pretensão de que os possuímos. Porque, na verdade, hoje eles estão aqui; amanhã... 








Abraham Lincoln -Mensagem ao Homem do Povo



"Mensagem ao Homem do Povo e aos Homens que Dirigem o Povo", por Abraham Lincoln


"Não criarás a prosperidade, se desestimulares a poupança.
Não fortalecerás os fracos, por enfraqueceres os fortes.
Não ajudarás o assalariado, se arruinares aquele que o paga.
Não estimularás a fraternidade humana, se alimentares o ódio de classes.
Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.




Não poderás criar estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado.
Não evitarás as dificuldades, se gastares mais do que ganhas.
Não fortalecerás  dignidade e o ânimo, 
Se subtrairdes ao homem a iniciativa e a liberdade
Não poderás ajudar aos homens de maneira permanente, se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios."



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O Tucano O TUCANO   Domingo de manhã: chuva ritmada e temperatura amena. A casa silenciosa às seis e trinta da manhã. Nada melhor do que me ...