Agradeço a todos os que passaram pela minha casa em 2016.
-Aos meus alunos, que me prestigiaram. Espero que eu os tenha ajudado!
-Aos amigos e parentes que me visitaram.
-Aos pássaros e demais bichinhos que sempre estão por aqui.
À chuva, que deu o ar de sua graça em abudância.
-Aos que prestaram seus serviços, pintando, consertando, jardinando... porque uma casa não se mantém sozinha. Obrigada por deixarem um pouco da sua arte por aqui.
Agradeço também a todos os que passaram por este blog, que é um dos meus favoritos e o que escrevo com mais prazer. Mesmo que não seja o mais visitado. Obrigada!
Existe um nome que hoje ecoa na mídia, e que jamais será esquecido: Aleppo. Imagens das crianças que foram mortas ou que perderam suas famílias correm pela internet e pelos jornais e revistas do mundo todo. E eu fico me perguntando o quanto a raça humana progrediu ao ver cenas como as que foram mostradas ontem no programa Fantástico.
2016 foi um ano dramático. Nosso país está mergulhado em lama, sujeira, corrupção e oportunismo. Parece não haver um prazo para que estejamos de pé após esses últimos anos de roubalheiras, que continuam. Mais de doze milhões de desempregados vão passar pelo natal sem ceia e sem presentes.
A Venezuela, tenta sobreviver à fome e à ditadura cruel de um político enganador cujo único objetivo é manter-se no poder. Maduro já caiu de podre, e ainda não percebeu. Enquanto isso, nas ruas as pessoas recorrem aos saques – talvez, numa tentativa desesperada de salvarem suas famílias de morrerem de fome.
Mas nada se compara a Aleppo e às suas crianças massacradas. E quando eu as vi na TV ontem à noite, incapazes de chorar, os olhares perdidos em algum horizonte onde a esperança já morreu, talvez se perguntando o que será delas – sem pais, sem famílias, sem escolas e sem casas, sabendo que a qualquer momento, uma bomba poderá colocar um fim a tudo, eu me pergunto quantas delas não seriam mais felizes se esse fim chegasse. Fico me perguntando quanto tempo levará para que elas possam ir dormir novamente sem sentirem medo. Quanto tempo será preciso para que elas – caso se tornem adultas – possam se recuperar psicologicamente de tudo o que estão passando e conseguirem levar uma vida normal.
Comparados ao que elas estão passando, nossos problemas não são nada. Aleppo é maior. Tudo é mais urgente e mais sofrível. E pouco pode ser feito, já que a ajuda da qual eles necessitam sequer consegue chegar às áreas de conflito, e quando chega – como os ônibus – são destruídas pelo inimigo. E quem é o inimigo? Um ditador egoísta e sanguinário, sustentado por outro ditador egoísta e sanguinário. É incrível o que uma única pessoa pode causar a milhões de outras pessoas.
2016. um ano que entrará para a história.
Um dia, tudo o que está acontecendo hoje será contado nas salas de aula, e testado nas provas escolares. E as crianças do futuro se sentarão durante as aulas de história, as cabeças apoiadas nas mãos, os olhares perdidos em alguma paisagem lá fora, com a mesma indiferença que nós costumávamos nos sentar quando aprendíamos sobre as Duas Grandes Guerras Mundiais, ansiosos pelo toque da hora do recreio ou da hora da saída. Todas as dores de Aleppo terão perdido a importância daqui alguns anos, assim como todos os judeus mortos durante a guerra transformaram-se em fotografias nos livros de história – personagens cujas histórias feias são contadas e escutadas com tédio pelos que vivem hoje. E mesmo assim, o mundo não aprendeu a lição. Nós não aprendemos a lição.
Não houve evolução. Continuamos a rastejar na mesma lama de egoísmo, crueldade, maldade gratuita, indiferença, desejo de vingança, ambição desmedida, mentiras, mentiras, mentiras.
Nenhuma guerra é santa. Nenhum ideal deveria ser maior do que uma vida humana.
Nenhum ideal deveria ser maior do que uma vida humana.
Deus retirou-se, e enquanto se afastava da humanidade, não olhou mais para trás. Acho que Ele hoje aguarda em alguma sala de aula, talvez recebendo as almas daqueles que estão sendo massacrados pela história que nós escrevemos e contamos, e quem sabe, Ele tente, mais uma vez, ensinar-nos como escrever uma História mais bonita.
É costume de um tolo, quando erra, queixar-se do outro. É costume do sábio queixar de si mesmo.
Em qualquer direção que percorras a alma, nunca tropeçarás em seus limites.
Não penses mal dos que procedem mal; pensa somente que estão equivocados.
“As pessoas precisam de três coisas: prudência no ânimo, silêncio na língua e vergonha na cara.”
“O homem para ser completo tem que estudar, trabalhar e lutar”
“A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente, consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser.
Biografia: Sócrates foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma figura enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de escritores que viveram mais tarde, especialmente dois de seus alunos, Platão e Xenofonte, bem como as peças teatrais de seu contemporâneo Aristófanes.
Casa é coisa sagrada. Devemos limpar os pés, baixar a voz e adoçar o olhar ao entrarmos em casas alheias. Devemos aprender a respeitar os espaços e as regras, os gostos diferentes dos nossos, os objetos pessoais, as fotos e suas histórias, pois são histórias das vidas de seus habitantes.
Casa é invólucro do corpo, que é invólucro da alma, templo do coração. Que aprendamos a reverenciar a casa, o lar, e a manter silêncio sobre os domínios que não são os nossos. Isto é sinal de maturidade, espiritualidade elevada, respeito, carinho e generosidade.
Que jamais penetremos em uma casa para a qual não fomos convidados; que jamais partamos de uma casa com a língua coberta de injúrias, a fim de falarmos mal daquilo que vimos, tecendo críticas maldosas a respeito de quem nos recebeu. Todo aquele que age desta forma, carrega dentro de si a amargura da inveja e da maldade.
E mais ainda, jamais olhemos para dentro das janelas alheias com curiosidade maldosa, enviando para dentro o olhar enviesado, ofídico e cruel da calúnia, da injúria, da crítica e do desamor.
Tratemos a casa alheia da mesma maneira que gostaríamos que tratassem a nossa. Ou correremos o risco de nos vermos, um dia, do lado de fora de todas as casas, tendo como cenário, janelas e portas fechadas.