witch lady

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Anselm Grün







Anselm Grün, sobre a gratidão:




“A gratidão possui algo de libertador. Ela me liberta da obrigação de me comparar com os outros e colocar minhas obras e minhas habilidades acima deles. Ela me dá a possibilidade de me alegrar com o outro, de me sentir feliz com o que ele conquistou. Não preciso desvalorizar nem rebaixar a mim e nem a ele. Meu valor não se perde quando reconheço o valor do outro com gratidão; assim, a gratidão me liga ao outro. Não sou eu seu concorrente e ele não é o meu. Olhamos juntos para aquilo que Deus nos dá de presente; às vezes para o outro, às vezes para mim, algumas coisas para mim e algumas coisas para o outro. A gratidão possibilita um bom relacionamento e nos liberta do constante confronto, da obrigação de nos compararmos constantemente com os outros. Toda pessoa tem motivos suficientes para ser grata. Não sou apenas grata pelo que Deus me deu, mas também pelas pessoas com quem Ele me presenteou e pelas pessoas a quem Ele deu muitos dotes que não encontro em mim. Não preciso ter tudo em mim. É bonito poder admirar no outro algo que me falta. Não sou invejoso, mas me alegro com a riqueza nas outras pessoas. “



Basta







Basta uma brisa mais leve,
Perfume de flor,
O roçar de uma pena de passarinho
Caída do céu, por acaso,
Basta um olhar mais raso,
Atravessado,
Um cheiro de bolor dentro de um livro,
Ouvir um riso distraído,
Nem mal nem bem intencionado.

Basta uma palavra, um recado,
Um esbarrão acidental,
Uma música antiga tocando de repente,
Uma lembrança escondida que vem à tona,
Basta um ‘não’, por mais suave,
Um filme mais triste,
Um vento mais frio,

Basta ver um cão abandonado,
Mesmo que esteja feliz,
Um pedaço de jornal rasgado
Voando pela calçada,
Os sons de passos apressados
Passando por mim, sem me ver,
Basta, eu juro,
Fechar os olhos e tentar esquecer,

E eu não me esqueço,
E eu me despedaço,
Pois hoje, bastam apenas palavras ditas
Em um tom um pouco mais duro,
E eu arrebento a alma de encontro a um muro,
E choro, choro, choro
Até morrer...





terça-feira, 5 de julho de 2016

Lágrima









A lágrima é um alívio,
Dor em estado líquido,
É chuva em solo seco
Consolo ao desconsolo
É rio que se estende
Entre duas distâncias.


A lágrima é palavra
Que escorre, silenciosa,
Sem medo ou vaidade,
Demonstra à inconstância
Da vida, e a saudade
Sem pompa ou circunstância.


A lágrima é a resposta
Que a vida nos entrega
Quando tudo se acaba;
A lágrima é a aldrava
Que bate, bate, bate,
Sobre a porta fechada.


A lágrima é o alívio
Que nunca será cura,
A reação mais doce
Quando a vida é mais dura.


Mas mostra que no peito
Vazio de alegria
Existe um coração
Que embora esteja morto,
Há de bater, um dia...





Pra Você Pensar







“Um único homem sem alegria basta para criar numa casa inteira um mau humor contínuo e para a envolver numa nuvem escura: e é um milagre se este homem não está presente! É preciso muito para que a felicidade seja doença tão contagiosa. De onde é que isso vem?” 

 Friedrich Nietzsche



E se Nietzsche falou, está falado.

Que tipo de pensamentos e sentimentos você anda espalhando pela sua casa? Sobre o que vocês costumam conversar quando estão reunidos? Quando você anda pela sua casa, que tipo de energia te envolve: Alegria? Tristeza?  Gratidão? Medo? Raiva? Prosperidade? Inveja? Arrependimento?  Abundância? Felicidade? Lealdade? Parece simples, mas é muito importante prestar atenção.

Quando alguém chega à sua casa, você sente que tal pessoa está confortável, à vontade, ou está inquieta, olhando o relógio sempre? 

E você: como se sente na sua casa? Pode ficar sozinho e se sentir bem, ou procura fugir desse encontro consigo mesmo de todas as maneiras? Consegue sentar-se por alguns minutos sem os estímulos da TV, livros, aparelho de som, computadores ou telefones celulares? 

Você escuta a sua casa? O que ela anda dizendo?



quinta-feira, 30 de junho de 2016

BAUERNFEST 2016






UMA ESTÁTUA VIVA







A tarde estava linda, e um pouquinho fria. Do jeito que eu gosto. Eu e meu marido acabáramos de chegar à Bauernfest, a festa que celebra a colonização alemã em Petrópolis. Enquanto caminhávamos, observando a alegria das pessoas, as barracas de quitutes e as cores, começamos a nos lembrar de pessoas que adoravam esta festa, e que já não estão mais aqui para celebrá-la. No meio de tanta alegria, nós estávamos um pouco melancólicos. 







E de repente, eu encontrei um anjo branco em um pedestal. As pessoas o rodeavam, curiosas. De longe, pensei que fosse uma estátua, e pensei: por que uma simples estátua chamaria a atenção de tantas pessoas? Nos aproximamos, e ele se moveu: era uma estátua viva! Coloquei algumas moedas na caixinha que estava aos pés do anjo, e li a inscrição: “Anjo Gabriel.” Aproximei-me mais, e mostrei o celular, pedindo para tirar uma foto, e ele concordou com a cabeça. O que mais me impressionou, foi a serenidade com a qual ele, de seu pedestal, olhava para nós. O artista tinha encarnado totalmente o seu personagem, e me perguntei até que ponto ele era apenas um personagem, ou realmente um mensageiro dos céus. 





Tirei a foto que eu queria, e ele me entregou um papelzinho dobrado, que tirou do seu bolso. Li: “Os momentos da vida em que mais crescemos, são quando ficamos de joelhos.”  Pensei nas tantas coisas pelas quais tínhamos passado, lembrando-me de que todos, alguma vez na vida – ou várias vezes – estaremos de joelhos, diante de uma dor, uma perda, uma grande dúvida ou um medo paralisante, sem saber o que fazer. Estaremos de joelhos para que não nos esqueçamos de que, ajoelhados, todos ficamos exatamente da mesma altura. Agradeci, e continuamos a nossa caminhada. De repente, a festa pareceu ficar mais colorida e bonita. Começamos a reparar no grande número de crianças que havia por ali, cada qual mais linda que a outra. E eu me lembrei de quando eu era como elas, e minha mãe e meu pai nos levavam a festas como aquela. Lembrei-me da música tocando alto, das cores, dos balões multicoloridos, e de como muitas vezes eu acordava na manhã seguinte em minha cama, sem saber como tinha ido parar lá. 





Olhei de novo para todas aquelas crianças, deixando que a alegria delas pudesse chegar até mim, e lamentando pelo dia em que todas elas – todas – teriam o seu momento de estar de joelhos. Desejei que tais momentos não durem muito.





Quando passamos novamente pelo local onde deveria estar o anjo, encontramos um homem que despia suas asas, guardando suas vestes em uma bolsa. Com o rosto ainda pintado de branco, ele se despediu das poucas pessoas que ainda o observavam e misturou-se à multidão, como um anjo que caiu do céu.





terça-feira, 28 de junho de 2016

MY SOUL









My soul,
It dwells on the feathers of the birds,
And nests with them.

When they sing,
My soul sings,
But when they fly
(unfortunately)
My soul stays in this nest,
Comfortable where it rests,
Waiting for their return.

Then I wonder:
When will I finally go,
When will I finally burn
This heavy weight
To which I'm cuffed? 














A ONÇA

IMAGEM DO GOOGLE





Deixemos assim:
Esqueçamos da onça,
Entremos na dança 
Dos jogos e festas;
A tocha que passa
De mão para mão,
Sorrisos Colgate
Na televisão!

Deixemos de lado
O ouro roubado,
Larguemos de mão
Os corpos que sofrem
Tão abandonados
Nas filas, no chão
De infernos lotados!

Esqueçamos os fatos
As corrupções
Discursos mofados,
As aberrações
Que grassam nas ruas
De noite e de dia,
Os berros obscenos
As defecações!

Deixemos assim:
Sem água que chegue
Para se lavar
A negra sujeira!
Mentiras online,
Calúnias escritas,
Falácias bonitas,
E há sempre alguém
Pregando bondade,
Fingindo justiça,
Querendo só ser
A tal salvação!

Irmão contra irmão,
Direitos ‘iguais’
De sermos roubados,
Vilipendiados,
A fome, o terror,
Os desempregados
E nos trens lotados
Olhares vazios
De gente sofrida
Que não tem saída,
Não vê solução...

Deixemos assim:
Esqueçamos das vacas
Prenhes, mutiladas,
E das invasões,
Colheitas roubadas
E distribuídas
No meio de quem
Não faz por ganhar
Sua própria vida,
Destrói, queima, mata,
Aquilo que o outro
Cultiva na lida!

Pregando igualdade,
Querem que a riqueza
Seja repartida,
Mas ao mesmo tempo,
Dizem que o rico
É o fel da pobreza,
Culpados de tudo,
Da dor, do desgosto,
Mas desejam ter
Tudo o que eles tem,
Sem o mesmo esforço.

Nós somos a onça,
Que ruge, que medra,
Coleira apertada,
Sonhando com a mata
Com a liberdade,
Mas acorrentada
Pela vaidade
De gente covarde
Que diz que nos cuida,
Que diz que nos ama,
E que nos protege
E aos poucos, nos mata!






quarta-feira, 22 de junho de 2016

SAD SONGS - Alessi Brothers- Música traduzida




It's early in the morning
É cedo de manhã
Today I'm moving away
Hoje eu vou me mudar
Sittin' here for the last time
Sentar-me aqui pela última vez
Makes me feel so strange
Faz eu me sentir tão estranho

My life here has ended
Minha vida aqui acabou
Like a pulled up weed
Como uma erva daninha arrancada
Don't play no sad songs
Não toque canções tristes
They'll make me cry
Elas me farão chorar

This situation reminds me
Esta situação me faz lembrar
Of when I went away to school
De quando eu fui embora para a escola
My friends they all called me
Todos os meus amigos me chamaram
And said I've been made a fool
E me disseram que eu fui feito de tolo

My girlfriend she left me
Minha namorada me deixou
For my best friend
Pelo meu melhor amigo
Ahh don't play no sad songs
Não toque cnções tristes
They'll make me cry
Elas me farão chorar


(chorus)
'Cause sad songs are tearin' up my heart again
Porque canções tristes estão rasgando meu coração de novo
Loneliness is standing in my path again
a solidão de pé em meu caminho de novo
I can feel it comin'
Possa senti-la chegando
I can hear it callin' out my name
Posso ouvi-la chamando meu nome

I don't wanna remember
Não quero lembrar
What I'm leavin' behind
Do que estou deixando para trás
The radio plays a sad song
O rádio toca uma canção triste
And brings it on
E traz isso de volta e de volta

Loneliness surrounds me
A solidão me cerca
Like clouds bring rain
Como nuvens trazem chuva
Ahh don't play no sad songs
Não toque canções tristes
They'll make me cry
Elas me farão chorar

(repeat chorus)




Alma









Toda alma, quando voa,
Não precisa olhar para baixo,
Nem de galhos para pousar.

Se precisa, é por apego,
Ou até pior – por medo
De ser alma, e de voar.






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