witch lady

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Hoje Estamos Aqui








A partida de nossa colega Maria Cecília - A Flor Enigmática - deixou-me esta reflexão 














Hoje estamos aqui. Mas quantos de nós sabemos o quanto caminhamos na beirada da vida? Hoje, somos criaturas enigmáticas que se pensam rasas, mas afogamo-nos em profundidades assim que alguma coisa nos tira do frágil equilíbrio em que nos encontramos. 




Hoje estamos aqui. Escrevemos nossos poemas, espalhamos pelo mundo palavras e cenas de vida. Achamos que seremos eternos através de nossas palavras, e acreditamos, realmente, que elas nos farão mais fortes e presentes nas almas das pessoas; mas de repente, vem a ventania, e nos arranca de nossos galhos, jogando-nos, flores frágeis, nas correntezas tumultuadas e enigmáticas de um incerto adormecer. E ficam aqui as nossas obras - poemas, crônicas, pensamentos e palavras - até que alguém decida o que fazer com eles; apagá-los? Fazer um backup e colocá-los em algum CD que um dia alguém encontrará, ou que será perdido? Colocá-los em um livro? 




Esquecê-los? 




Hoje, estamos aqui; eivados de tolo orgulho pelas nossas aparentes 'conquistas' que, acreditamos, nos farão transcendentes. Mas quando formos embora, elas ficarão aqui; não as levaremos conosco! Ficarão à mercê de quem se disponha a decidir o que fazer com elas. Ou talvez, quem sabe, sejam copiadas por outras pessoas que tomarão para elas a autoria do que escrevemos. E de nada adiantará revoltarmo-nos, pois nada poderá ser feito. 




Hoje estamos aqui. Amanhã?... Melhor não pensar! Talvez a graça da vida esteja no dom de não pensar demasiadamente. Melhor que continuemos a ser canais para nossos poemas, e que tenhamos sempre a generosidade e a humildade para espalhá-los por aí, para quem desejar ler, sem a pretensão de que os possuímos. Porque, na verdade, hoje eles estão aqui; amanhã... 








Abraham Lincoln -Mensagem ao Homem do Povo



"Mensagem ao Homem do Povo e aos Homens que Dirigem o Povo", por Abraham Lincoln


"Não criarás a prosperidade, se desestimulares a poupança.
Não fortalecerás os fracos, por enfraqueceres os fortes.
Não ajudarás o assalariado, se arruinares aquele que o paga.
Não estimularás a fraternidade humana, se alimentares o ódio de classes.
Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.




Não poderás criar estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado.
Não evitarás as dificuldades, se gastares mais do que ganhas.
Não fortalecerás  dignidade e o ânimo, 
Se subtrairdes ao homem a iniciativa e a liberdade
Não poderás ajudar aos homens de maneira permanente, se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios."



Enigma










Enigma


...E que seja o enigma da Flor
Finalmente decifrado
Nos jardins do amor.


*


Para Flor Enigmática


Vá com Deus.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Tanta Coisa





Tem tanta coisa em ebulição dentro de mim, tanta coisa!...
As palavras mesclam-se aos sentimentos,
E quando escrevo, desmancho os nós.

Jorram tantas emoções
Aos borbotões!

*

Não Quero Esquecer





Não me venha dizer que tudo vai mudar,
Que o sol amanhã
Vai aparecer,
Que a saudade vai afrouxar...
Não acredito, e nem espero,
Não quero apagar da mente,
Não preciso tentar esquecer
O que já me fez feliz!

Mas deixo frouxas as cordas
Dessa lembrança,
Pois senão, ela me enforca,
Me amarra aos pés do passado.

O que dói, não é lembrar
Aquilo que foi consumado;
O que me dói, nessa vida,
É saber que tanta dor
Em quase nada nos mudou.



EXAGERO





Exagero


Mandei buscar uma estrela 

Para bordar o teu casaco 

A lua minguante, tiara 

Para ornar tua cabeça. 


Colhi uma espécie de cada 

De todas as flores que existem 

Mandei colocar em vasos 

Para enfeitar tua casa. 


As gotas da chuva de ontem, 

Recolhi, e pus na fonte 

Mandei desaguar em um rio 

Que passa pela tua porta. 


Colhi alguns raios de sol 

Com eles, fiz um enfeite 

Coloquei-o sobre a estante 

Apenas para teu deleite. 


Aluguei um aviãozinho 

Mandei escrever o teu nome 

E o meu, no céu azul 

Pra saberem que te amo. 


Mas isto tudo foi ontem, 

Hoje, já mudei de ideia... 

Acabou-se todo o encanto, 

E o efeito do feitiço. 


Quase não existem rimas 

Para compor-te um poema, 

E a métrica perdeu-se 

Quando o amor saiu de cena... 



Lições da Vida - Ronald Russel




Lições da Vida, por Ronald Russel




A criança que vive com o ridículo
Aprende a ser tímida.
A criança que vive com crítica
Aprende a condenar.
A criança que vive com suspeita
Aprende a ser falsa.


A criança que vive com antagonismo
Aprende a ser hostil.
A criança que vive com afeição
Aprende a amar.
A criança que vive com estímulo 
Aprende a confiar.




A criança que vive com a verdade
Aprende a ser justa.
A criança que vive com o elogio
Aprende a dar valor.
A criança que vive com generosidade
Aprende a repartir.



A criança que vive com o saber
Aprende a conhecer.
A criança que vive com paciência
Aprende a tolerância.
A criança que vive com felicidade
Conhecerá o amor e a beleza.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

No Céu




...E havia algo no céu,
Uma cor ansiosa
Não sei se de amanhecer 
Ou de por de sol...
Mas havia algo no céu,
Que transpassava cada alma
E alinhavava uma dor
Que nunca passava!...

Havia um espelho na terra,
Que refletia a insanidade
E a ansiedade
Por tudo o que está sangrando
Em volta do mundo
Pela tola intolerância.

Havia na sinuosidade
Do contorno de cada nuvem
Avermelhada
Um fio de sangue
Pelo sangue que aqui jorrava.

Havia algo no céu, 
Eu sei que havia,
Mas no passar rotineiro de cada dia,
Quase ninguém olhava.


Passos Amarrados



Amarrei meu passos 
À tua vida,
Para que eu nunca te deixe,
Para que nunca me deixes
E que jamais nos distanciemos.

Amarrei meus passos, em vão...
Pois na ânsia, eu me esqueci
Do quanto é livre, sempre,
Cada coração.

.
.
.

O que a Manhã Me Trouxe




A manhã me trouxe a rosa,
Tímida, simples, pequena,
Que eu plantei com minhas mãos,
Mas a rosa, sempre livre
Só brotou porque bem quis...

A manhã me trouxe a rosa,
De perfume tão suave,
Quase, quase inexistente,
Enfeitada pelo orvalho
E teiazinhas de aranha
Cintilantes pelo sol.

A manhã me trouxe a rosa,
Fresca, limpa, quase rosa,
Que a natureza, em prosa,
Emprestou aos versos meus.

A manhã me trouxe a rosa,
E eu, tola e orgulhosa
Por tê-la plantado, me esqueço
Que ela floriu porque quis,
Não pra me fazer feliz.



Bocage - Contrição





Contrição - Bocage




Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões, que me arrastava;
Ah, cego eu cria, Ah, mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana;



De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
mais eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.



Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
no abismo vós sumiu dos desenganos;




Deus, oh, Deus!... Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos,
saiba morrer o que viver não soube.


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Wyna, Daqui a Três Estrelas

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