witch lady

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Quando eu Te Olho



Às vezes, quando eu te olho
Me lembro do quanto eras jovem,
Me lembro do quanto eu mudei
E de que jamais crescemos...

Apenas demos as mãos
E saímos a brincar
Lá fora, nesse jardim
Onde o sol se derramou
Com seus raios, em mil feixes
Sobre nossa juventude,

E a tempestade caiu
Sobre nós, com seus trovões,
Derrubando das roseiras
As rosas que tinham brotado,

E o outono deu seus frutos
Que comemos, tão famintos,
Nos caminhos que seguimos
 Tentando encontrar respostas,
Vislumbres do infinito...

Às vezes, quando eu te olho,
Me lembro que já choramos
Já sorrimos, já amamos,
Já sofremos, no entanto
Acho que jamais crescemos...

Somos aquelas crianças
Que um dia, se encontraram
Às portas deste jardim
E que bem juntas, sonharam
Com cores de primavera,
Com as chuvas do verão,
Com as rosas que brotaram,
Desfolharam pelo chão.

Às vezes, quando eu te olho,
Meus olhos se enchem d'água
Pela sede que nos mata,
Pelas fontes que secamos.

Uma vez, houve um verão
No qual nós amanhecemos,
E depois, anoitecemos
Desatentos, nos perdemos...

Às vezes, quando eu te olho,
Me dá um nó na garganta
Pois eu nos vejo crianças
De mãos dadas, pelo tempo
Que murchou as esperanças,
Amareleceu lembranças
E nós dois não percebemos.

Às vezes, quando eu te olho,
Sinto um fôlego surgir,
Dá vontade de sair
Descalça pelo jardim

E acolher nossas crianças
Que há tempos, nós perdemos
E dizer que não se assustem,
Afinal, nunca crescemos!...

HOJE







Hoje é um dia feliz,
Separado do ontem.
Não o contaminemos 
Com o incerto amanhã!

Hoje, estou à janela,
Vendo grossas gotas esparsas
De uma chuva que não chega
Mas que cai em ameaças...

E isso, agora,
É tão lindo,
Dentro da paisagem baça!
Se a chuva cai ou não,
Realmente, não importa!

COMANDO







Cabeça erguida
Olhos presos
Ao que vem lá do horizonte...
Tempestades, ventos,
calmaria, montes
de icebergs
De pontas diminutas
E corpos imensos...

É o mar que rema o barco,
É o mar o comandante...
Jamais a lugar algum
Se chega depois, ou antes...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nada há de Ser...






Nada há de ser
Para sempre...
Nenhuma dor,
Ou alegria,
Nem mesmo
Um dia
Há de repetir-se.

E aquilo mesmo
Que nos parece
Nunca mudar,
Mudará sempre,
Todos os dias
Quando aprendermos
A enxergar.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Tua Importância



Tu és a linha que perpassa 
E alinhava
As minhas partes
Para que não se soltem,
Ficando caídas
Pelas estradas.

És o refúgio que me acolhe
Ao fim do dia
Em negras noites
Dizendo para que eu me acalme:
"Tudo passa."

És a água benta que me benze
E que espanta
Os mil fantasmas que me seguem
E me atormentam
Soprando preces mentirosas
Em meus ouvidos.

És a razão e o sentido
De eu estar eu
E não alguma coisa morta
Apodrecida,
Sem sentimento e sem palavra
No vão da vida.

És a esperança que me acena
No horizonte do futuro
E quando nada mais restar
Eu correrei para os teus braços
Para poder me encontrar.




Receita para a Infelicidade Permanente



Durante muito tempo em minha vida, eu me preocupei demasiadamente com o que os outros iam pensar de mim: minha roupa causará boa impressão? Estou magra / gorda demais? O que eu disse foi estúpido? Estou cometendo erros gramaticais quando escrevo? Etc, etc...

Com o tempo, aprendi que ninguém está na minha pele. Ninguém vê o mundo através dos meus olhos, e nem verá. Ninguém entende, realmente, os meus motivos para fazer as coisas que eu faço e pensar as coisas que eu penso. Ninguém enxerga o mundo como eu. E é bom que seja assim, que haja essa diversidade de pensamentos, ações e sentimentos.

Existem sempre no mundo, pessoas que acham que podem ditar o comportamento alheio. Elas nascem e se fortalecem a partir do momento que sua personalidade forte assume dominância através de outras personalidades mais fracas que as rodeiam. Daí, elas passam a liderar grupos, ditar comportamentos, decidir o que é certo e o que é errado, e algumas, até se atrevem a decidir o que você tem que pensar, de quem gostar, o que vestir. E isso durará um longo tempo, enquanto ninguém levantar a cabeça e dizer: "NÃO! CHEGA!" 

Quando estamos fracos, torna-se mais fácil e cômodo seguirmos alguém mais forte, que decida por nós e determine para nós o que é certo e o que é errado. Estas pessoas passam a vampirizar as outras, com a permissão destas! 

Amigo de verdade, ensina a gente a nos virarmos sozinhos; amigos de verdade nos querem ver independentes e fortes. Não desejam que estejamos sob suas asas 'protetoras' o tempo todo. Não ficam loucos de raiva se discordamos deles. Não colocam os outros contra nós quando decidimos por nós mesmos, indo contra a determinação deles.

Aprendi a duras penas que a mais eficaz receita para a total infelicidade, é dar poder a estas pessoas. Quer ser infeliz? Passe a preocupar-se, a todo momento, com o quê estão pensando de você. Tudo o que fizer, imagine que existem pessoas te observando, te cobrando comportamentos e atitudes, e que seu dever é agradá-las e viver conforme o que elas pensam que é certo. Morra de vergonha de falhar, de ser fraco, de ser humano. Antes de fazer qualquer coisa, pense antes se esta(s) pessoa(s)  aprovaria (m). Em breve, você estará reduzido a um ser humano sem vontade própria, cheio de medos, preconceitos e demais grilos na cabeça.

Ninguém precisa pedir permissão a ninguém para ser como quer ser. Desde que se tenha em mente que ações provocam reações, e que para tudo o que fazemos haverá uma consequência correspondente, seremos capazes de julgar por nós mesmos, sem a ajuda de ninguém, o que é melhor para nós.

Quanto aos 'amigos' deste tipo, eles merecem uma grande banana. Mandem eles catarem coquinhos.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cores & Humores




A ideia de que as cores das quais nos cercamos afetam nossos humores, é bem antiga. Eu achava que tudo não passava de um truque para vender tintas, mas pensando melhor - e vivendo mais - descobri que existe verdade nesta afirmativa.

Houve uma época de minha adolescência, cheia de questionamentos e perdas, inseguranças e mudanças. Naquele tempo, eu me vestia de cinza e de preto. Mais tarde, o azul foi a cor predominante, e quando conheci meu atual marido, cerquei-me de rosa, de todos os tons, principalmente, o rosa-choque. 

Em outra ocasião, na qual buscava conhecimento espiritual, vestia muito roxo e lilás. Mas tudo isso, sem nem sequer ter a menor noção de que as cores tinham influência na nossa vida. Ao mudarmos para esta casa, nós pintamos um cômodo de cada cor, predominando, por dentro, o ocre e o verde-claro, e do lado de fora, o laranja forte: casa grande, desejo de socialização... 

Em ocasião da doença de um ente querido, voltei ao preto, marinho, cinza... o que só percebi pouco antes da morte dele.

Já houve diferentes épocas em minha vida, em que diferentes cores predominaram; já fui preto, cinza, azul, amarelo, roxo, verde, branco, laranja, estampado colorido... hoje, estou mais para as cores sóbrias, como marrom, verde-musgo, azul. Mandei pintar minha sala de aula, que era verde-água, de azul claro, uma cor que sempre detestei ver em paredes, e até agora, ainda não compreendi o motivo de minha escolha...

Segundo o Feng Shui - filosofia chinesa que prega que a escolha do terreno, a posição da porta de entrada, as cores, a disposição de móveis dentro de uma casa, etc., pode afetar seus moradores - existem diferentes áreas na vida que podem ser afetadas pelas cores. Segundo o livro "Feng Shui- Harmonia dos Espaços", de Nancy SanTopietro, eis algumas dicas de como usar as cores dentro de sua casa:

Para estimular a energia: amarelo, vermelho, turquesa, cores alegres.

Para tornar a energia mais lenta (em casas onde há crianças muito agitadas, por exemplo): marrons, ferrugens e cores escuras.

Para suavizar a energia: Rosas e verdes claros, corais, tons pastel.

Para atrair energia: vermelhos, dourados e violetas intensos.

Para neutralizar energias (por exemplo, em espaços por onde circulam muitas pessoas): brancos, beges e castanhos.

Aumentar a criatividade: laranja, turquesa e azul vibrante.

Aumentar a espiritualidade: Roxo, violeta e branco.

Cores sexuais: Vermelho, preto, laranja e rosa-choque.

Cores do poder: Dourados, preto, vinho, vermelho e azul-real.

Cores para estimular o romantismo: rosa, vermelho, laranja e verdes quentes.

Cores frias: Azul, verde-piscina e lavanda.

Se você pensar no assunto e puxar pela memória, também notará que teve suas fases de cores... elas refletem as mudanças pelas quais estamos passando, ou que precisamos passar.

Qual é a sua cor hoje?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Um dia Comum








Eu hoje acordei bem cedo. Passei a manhã toda dedicando-me às minhas aulas e aos meus alunos, até o meio-dia. Uma segunda feira comum...

Após o almoço, fui cuidar de minha casa, e fiz uma coisa que vinha adiando há meses, pois realmente não gosto de fazê-lo: limpar as vidraças. E o que não falta nesta casa, são vidraças para limpar! Mas consegui... espalhei o limpa-vidros, esfreguei bastante... mas minhas vidraças jamais ficam totalmente limpas. O líquido parece uma gordura que não sai nem mesmo após passar a flanela várias vezes... mas é um exercício de paciência, e achei que era hora de testar a minha. Ficou mais-ou-menos...

À tardinha, após a limpeza, fui lá para fora, ver o crepúsculo com a Latifa. A lua crescente apareceu entre nuvens esfumaçadas que se moviam, em cores amareladas. Pensei no quanto a natureza é linda, e nos esquecemos de que fazemos parte dela: nós somos a natureza.

A aluna da noite me telefona, dizendo estar presa no trabalho; aproveito para dar um passeio com a Latifa.

Uma segunda feira comum, bem comum... nada aconteceu que mereça destaque; ou melhor: tudo o que aconteceu merece destaque! Pois hoje foi um dia maravilhoso.

domingo, 23 de setembro de 2012

IMAGINA!...








Imagina!...
Há uma esperança alçando voo,
As estrelas por cima...
Páginas brancas que se cobrem
De poemas que transcendem
A compreensão do poeta
Que os escreve...

Imagina!...
Deixa correr solta e sem destino
A palavra que te nasce
Deste voo, desta cisma...
haja verdade, haja humildade
Para aceitar esses versos
Que nunca foram teus...

Imagina!...
Quem sabe, veio das nuvens,
Ou do coração da vida
A qual tu tanto procuras,
Visando encontrar a paz,
Tentando a felicidade
Da qual nunca te aproximas?...

Imagina!...
Deixa o vento te guiar
E te levar para cima...

Era Uma Vez...








Era uma vez um menino,
Que sonhava com viagens,
Com caminhos encantados,
Alegrias sem paragens...

Vivia driblando a dor
De não ser bem quem queria,
Viva espalhando o amor,
Tentando vencer o dia...

Era uma vez um menino,
Que catava pelo chão
O que a vida oferecia,
Guardando na palma da mão...

E do nada, construía
Mil barquinhos que soltava
carregados com seus sonhos
Pelo grande mar da vida!...

Mas não sabia, o menino,
Que um dia, afundariam
Por falta de calmaria
E por obra do destino...

E manteve a esperança
Até que ele viu sumir
No horizonte do degredo,
O último dos barquinhos...

Mas restou-lhe um por de sol
No qual ele mergulhou
Para sempre e para longe...
Nunca mais ele voltou!


Para Ricardo

Bruxaria




Cai a tarde
Vem a noite
Em cores frias

Ria a bruxa
Bruxaria
Que faria...

Não sabia
Que sobre ela
Cairia!

Bruxa ria
Ria a bruxa
Bruxaria...

E um anjo
Escondido
Tudo via!...

E nas asas
Recolhia
Bruxaria...

Dissipava
Pelo vento
Uma trilha...

Que a maldade
Já de volta
Percorria!

Cai na bruxa
Bruxaria
Bem mais forte...

E ela bate
Contra o solo
Já à morte...

Bruxaria
Sobre a bruxa
Que morria...

Bruxuleia
Uma chama
Que se apaga...


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Wyna, Daqui a Três Estrelas

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