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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

PORTAS FECHADAS







Ela tem os nós dos dedos inflamados

De tanto bater às portas erradas.

As mãos inchadas

Já não suportam mais os anéis que não se encaixam,

Os pulsos enfaixados, quebrados,

Já não têm forças para suportar

Os dedos crispados.


 E ela se senta nos alpendres,

Clamando em desespero por alguém que a ouça,

Mas sempre bate às portas erradas,

Onde não há ninguém de verdade,

Onde a saudade já nem existe – e ela é tão triste!


 A solidão a deixa cega, desesperada,

E ela nem sequer percebe

A maldição que sai dos olhos enviesados,

E dos risos sarcásticos e frios,

Dos corações vazios onde ela tenta, por um momento,

Entrar e sentar-se

Desejando alento.


E ela só bate às portas erradas,

Às portas cerradas,

Tentando agradar sempre

A todo tipo de gente afetada,

E logo, seus olhos tristes se enchem de escárnio,

Seus lábios se curvam em sarcasmo,

E do seu coração, ela deixa vazar

Todo o amor que procurava

Na sarjeta mais próxima, na beira da estrada.

E ela procura por caminhos mais leves

Por dentro dos quintais cercados;


Por entre as ervas daninhas que ninguém plantou,

Ela pensa ver flores em seu delírio...

Nas luzes estroboscópicas que brilham,

Ela imagina ver o sol.


 E ela torce e retorce o corpo

Tentando caber em outros espaços,

Ela se cala para dar vez a outras vozes,


Alheias vozes que lhe dizem como ser,

Do que gostar, o que fazer,

Como vestir-se, como usar aquela maquiagem

Que a deixe com cara

De felicidade.







 




 


 




terça-feira, 19 de julho de 2022

O OUTRO NAO TE DEFINE

 






A excessiva preocupação em estabelecer uma imagem ou ideologia que vá ao encontro daquilo que as demais pessoas pensam ser correto é uma espécie de escravidão voluntária. Vejo pessoas que se consideram diferentes tentando desesperadamente serem aceitas e respeitadas por outras pessoas que nasceram em épocas diferentes, aprenderam conceitos diferentes e que não estão preparadas (ou dispostas) a compreender e aceitar certas mudanças dos tempos. E como elas vêm tentando provocar essa aceitação? Através da agressividade e da vitimização. Não percebem o quanto estão, elas mesmas, se desqualificando através dessa atitude. Tudo o que tenta opor-se forçadamente a uma ideia ou crença, apenas cria mais resistência. Somente através da compreensão, que é um processo que leva muito tempo e até mesmo, algumas gerações, existe a possibilidade de mudanças reais e duradouras.

Existem muitas características em mim mesma que algumas pessoas não compreendem ou aceitam. Na escola, sofri muito bullying por ser considerada fora dos padrões; não era rica, bonita, audaciosa ou arrojada como as demais meninas. E após a escola, o processo continuou.

Enquanto eu dei importância a tais pessoas que não me davam a importância que eu merecia, minha vida esteve travada e limitada. Até tentei modificar-me a fim de agradar as pessoas que me cercavam, o que, após algum tempo, causou-me frustações (porque quanto mais você cede o espaço que deveria ser seu aos outros, mais espaço eles ocupam e menos  o valorizam) e eventualmente, ressentimento. Quando dei por mim, não sabia mais onde minha vontade começava e a vontade deles terminava. E naquele momento em que finalmente dei por mim, meus relacionamentos tinham sido praticamente arruinados pela falta de limites e de amor próprio da minha parte. Porque quando você muda, as pessoas não mudam junto; elas passam a enxergar você como uma ameaça, uma espécie de criatura ingrata, revoltada, esquisita.

Ter a coragem de dar um basta pode significar que você vai se tornar alguém bastante solitário, e que alguns relacionamentos não vão ser jamais recuperados. Mas viver a vida toda tentando ser aceito ou respeitado, seja através do servilismo ou da agressividade, é uma perda de energia e de vida imensurável. Hoje, penso que cada um deve ser como é, sem se importar se está agradando ou não aos outros. E ninguém vai agradar a todos.

Talvez, através de uma atitude agressiva, você consiga intimidar ou calar uma meia dúzia de pessoas, mas não se iluda ao pensar que elas mudaram, ou que de repente passaram a respeitá-lo, pois elas estão apenas guardando (e acumulando) seu ódio para mais tarde, para quando tiverem a oportunidade de expressá-lo com mais veemência. E quando essa hora chegar – e ela vai chegar – vai ser uma explosão muito mais violenta e perigosa, pois será inesperada. Melhor deixar que cada um seja como é, pois só assim não seremos pegos de surpresa.

Se nem mesmo Jesus Cristo foi aceito ou compreendido por todos, morrendo a morte mais violenta, injusta e dolorosa  de sua época, por que se iludir pensando que pode modificar o mundo e o coração das pessoas através de gritos e de agressividade? Melhor é viver a própria vida, e compreender que ninguém é uma coisa só, e que existem muitas formas de ser uma boa pessoa e ser feliz, mesmo sem agradar a todos.

Por outro lado, quem sabe essa importância que você acha que os outros estão dando ao que você é ou deixa de ser esteja mais em você mesmo do que neles? Quem sabe, essa visão de que os outros só enxergam em você aquilo que, bem lá dentro de si mesmo, você mais teme, não esteja causando a maior parte desse sentimento de inadequação que você carrega sobre os ombros?

Lembre-se: quando alguém se apresenta como sendo seu salvador ou seu libertador, existe uma grande chance de que ele esteja apenas tentando salvar a si mesmo, e não se sinta forte o bastante para isso. Ele precisa de alguém que o deixe seguro a respeito dele mesmo. Ele projeta nos outros a sua própria necessidade de salvar-se e aceitar-se, e de se sentir aceito. Na verdade, ele se sente tranquilo ao saber que existem pessoas que ele pode dominar e manipular, pois elas acham que precisam dele enquanto é ele quem precisa delas. Vemos isso o tempo todo no mundo, nos mais variados contextos - até mesmo nas guerras. Cria-se uma necessidade para que se venda uma solução.






 




quarta-feira, 6 de julho de 2022

DE REPENTE

 



 

De repente você acha que não vale mais a pena fazer planos para o futuro. Você envelheceu ou está envelhecendo, e acha que só restam alguns anos de vida, e então a melhor coisa a se fazer é curtir o que já conquistou e desistir de qualquer tipo de ambição.

De repente, você percebe que os livros que acumulou na estante são muitos, e que ainda não leu a maioria deles. Teme que o tempo de vida que ainda lhe resta não seja o suficiente para ler todos eles, e se sente frustrado, como se uma ampulheta estivesse enfeitando a estante.

De repente você está em casa, olhando pela janela, e se dá conta de que quase vinte anos se passaram desde que você olhou por aquela janela pela primeira vez, e que a paisagem não mudou - as árvores e montanhas são as mesmas, o céu é o mesmo, mas você... e então vem aquela sensação (ou certeza?) de que quando você não estiver mais por aqui, não fará falta nenhuma ao mundo. Você não existe para o mundo, e nem é importante para ele. É ele que existe para você. Você vai passar - está passando - e ele vai ficar.

De repente, você olha em volta e percebe que a casa poderia se beneficiar com uma pintura, alguns móveis novos, plantas, uma redecoração. Mas daí você se lembra de que está velho, e pensa: "Para quê isso, se vai ficar tudo aí? Melhor só guardar dinheiro para deixar de herança para quem ficar."

De repente, você percebe que ainda não fez muitas coisas, e que não vai ter tempo de fazer tudo, mas que ainda há tempo para se fazer muitas coisas. 

Conheci alguém que, aos sessenta e poucos anos, se sentia assim. Porém, ele não sabia que ainda viveria muito tempo. Morreu aos 96 anos, e perdeu um tempo enorme só esperando a hora chegar, ou seja, passou seus últimos 24 anos só esperando a morte. 

De repente, a vida é hoje. Só hoje. Mas de repente, não.




 


 






sexta-feira, 24 de junho de 2022

30 SEMANAS

 30 SEMANAS


 


 



Apesar de tentarem politizar tudo nesse país, até mesmo a vida particular das pessoas, gostaria de comentar este fato - sobre a menina de 11 anos que foi estuprada e fez um aborto após 30 semanas de gravidez - sem puxar para lado nenhum.

A foto que ilustra esta crônica tem a imagem do que seria um feto (ou um bebê?) de 30 semanas de idade. Na minha leiga opinião, é uma criança quase totalmente formada. E também, na minha opinião, foi um assassinato com respaldo da lei. E isto é muito grave, pois abre precedentes.

Sou totalmente favorável ao aborto em casos de estupro, se esta for a vontade da mãe. Mas quando a gravidez chega a um estágio tão avançado, penso diferente, pois é o mesmo que assassinar uma criança viva, que não tem como se defender. É crime. E o que penso não tem nada a ver com religião, pois não sou religiosa, e nem com política. Não é sobre ser "de direita" ou "de esquerda", e lamento que haja pessoas nas duas extremidades tentando politizar o assunto.

O procedimento foi uma cesariana, e há inúmeros casos de bebês ainda mais prematuros que este que sobreviveram. Poderiam ter preservado a vida da criança, já que havia tantas pessoas querendo adotá-la, mas fizeram questão de simplesmente assassiná-la no ventre. Por que? Por ideologia, suponho. 

A partir de agora, quem sabe, tornar-se- há perfeitamente legal assassinar bebês de qualquer idade - basta que a mãe não os queira. Estamos em óbvio processo de involução.

O mundo PRECISA acabar, urgente.

terça-feira, 14 de junho de 2022

LOW-PROFILE




AS VANTAGENS DE TORNAR-SE LOW-PROFILE

Nesses tempos de redes sociais, biquinhos de selfie e busca incessante por ‘likes’, seguidores  e comentários, tornar-me low-profile pode parecer estranho. Porém, não aparecer muito e não postar loucamente nas redes sociais significa ter muito mais tempo para viver a vida de verdade aqui fora; isso quer dizer ter mais tempo para ler, escrever, trabalhar e cuidar de mim, entre outras coisas.

Minha memória e concentração também estão bem melhores agora! Antes, mal tinha paciência de focar em uma leitura por um longo tempo. Agora, voltei a ler meus livros. A pilha dos livros para ler está diminuindo. Redescobri o prazer de ler, de passar horas sentada no jardim na companhia dos meus livros impressos e do meu Kindle. 

Minha conta de Facebook (aquele mundo à beira da extinção) é bastante blindada e tem apenas 26 amigos, todos pessoas que conheço pessoalmente, e só é mantida para que eu saiba as datas de aniversário dos membros da família, pois eu sempre me esqueço. Raramente posto alguma coisa.

Minhas contas de Instagram (eu tinha quatro delas, onde publicava sobre diferentes assuntos) foram deletadas; não, eu não as desativei. Deletei mesmo! Só ficou uma, porque perdi a senha e não consigo mais entrar nela a fim de deletá-la. Tentarei fazer isso de novo quando tiver tempo livre.

As vantagens de ser low-profile tem sido muitas, além das acima mencionadas. Me sinto mais leve. É como se uma tonelada de julgamentos e energias negativas tivessem sido magicamente removidos dos meus ombros. 

As redes sociais são espaços onde as pessoas tentam mostrar o quanto suas vidas são maravilhosas, seus relacionamentos, perfeitos, suas peles e cabelos, incríveis (através de fotoshop) e suas mentes, “brilhantes.” Ninguém enxerga nada além de si mesmo. E quando enxergam, é para criticar ou espalhar inveja; raramente para admirar ou apreciar.

Segui o conselho de Elon Musk: saí das redes sociais. E minha vida está bem melhor.








 

sexta-feira, 10 de junho de 2022

FUTILIDADE

 


Os motivos pelos quais as pessoas se odeiam ou guardam ressentimentos umas das outras são, quase sempre, fúteis.


Às vezes
O ressentimento
Vem de um espelho invertido
Onde alguém se mira
E enxerga outro rosto
Que nunca foi
Ou jamais será
Seu próprio rosto.

É abominável,
E incompreensível
Que um mero sorriso
Possa erguer no outro
Altas labaredas,
Ígneas paredes
De puro desgosto.

E a cada dia, aumentam
As distâncias ressentidas,
Pois a dor de querer ser
O que não se pode na vida,
É voraz, insuportável,
Tanto para quem deseja
Quanto para o objeto
Que é sempre desejado.








quarta-feira, 8 de junho de 2022

O CASAMENTO É UMA INSTITUIÇÃO FALIDA?

 




Refletindo sobre este assunto após ler um artigo que usei em uma das minhas aulas de inglês, cheguei à seguinte conclusão: o casamento não é uma instituição falida, mas uma instituição diferente. 

Nos dias de hoje, ninguém mais pensa em casamento como sendo um compromisso indissolúvel, onde o homem é o chefe da casa e o autor da maioria das decisões, enquanto a mulher é o ponto de equilíbrio da família, devendo cuidar praticamente sozinha da educação dos filhos e dos cuidados com a casa. As mulheres mudaram sua posição dentro da sociedade, e tornaram-se profissionais competentes que trabalham fora e têm outras prioridades na vida além da família. 

Porém, quanto aos verdadeiro papel da mulher dentro da sociedade e da família, em teoria, é exatamente o que escrevi acima, mas na prática, as mulheres continuam, em sua maioria, sendo responsáveis pela maior parte do trabalho de casa (ou todo ele) e pela educação dos filhos, e embora sejam profissionais, continuam ganhando menos que os homens e em algumas situações, ocupando cargos inferiores.

Mas voltemos ao tópico deste texto, que é o casamento. 

Ninguém mais se casa nos dias de hoje pensando que casamento é para sempre; é como se casamento fosse um negócio, uma sociedade que pode ou não dar certo, e no segundo caso, cada um não hesitará em procurar outro sócio e abrir outro negócio. Eu sinto que não existe mais interesse em esforçar-se para que o casamento dê certo; ninguém tem paciência de conhecer o outro, conviver com defeitos ou consertar os próprios defeitos a fim de se adaptar à vida a dois. 

Por um lado, isso é bom, pois ninguém mais perde a vida inteira tentando sobreviver em uma relação falida e infeliz; mas, por outro lado, isso é ruim, pois ninguém mais dedica um pouco de esforço que seja para tentar fazer dar certo, despedaçando sem dó uma família por motivos às vezes fúteis, como a pasta de dente aberta, a toalha molhada sobre a cama ou preferências diferentes no canal de streaming. 

O que eu penso ser a pior coisa de um casamento? A Síndrome de Gabriela (para quem não sabe, lembrem-se daquela música cuja letra diz “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim”). A falta de motivação para mudar, para se empenhar em fazer dar certo, o cuidado em não continuar cometendo sempre os mesmos erros. Quase tudo pode ser resolvido através de uma conversa, mas quando, após a conversa, as coisas continuam voltando a ser como eram antes, as pessoas se cansam de tentar, pois não enxergam nenhum desejo ou vontade real de mudança vindo da outra parte. Isso desgasta o casamento. E nem mesmo o amor mais forte do mundo resiste à má vontade e à teimosia. 

Um outro ponto é o seguinte: eu acredito que todo mundo que se casa precisa ser inteiro. Essa coisa de procurar pela “cara-metade” é doentia. Ninguém quer ser metade. Isso significa dependência, e nada mais chato do que uma pessoa grudenta, chorosa, que vive cobrando atenção. Mas isso não quer dizer que não deva haver momentos em que um precise ceder um pouco para se adaptar àquilo que o outro deseja fazer; se ela gosta de praia e ele de montanha, que ambas as preferências sejam respeitadas, e as férias sejam programadas para satisfazer a ambos. Se ela gosta de filmes românticos e ele de ficção científica, não há nada mal em respeitar e incentivar o gosto do outro, assistindo com ele (a) um filme de sua preferência. 

Uma outra coisa que pode acabar com um casamento, são as promessas quebradas; “Eu vou melhorar! Vou tentar chegar mais cedo do futebol / passar menos tempo com as amigas/ ajudar nas tarefas de casa.” Uma fileira de promessas quebradas são como rachaduras que vão aumentando, aumentando, até que a estrutura toda desaba. E isso pode levar meses ou anos.

E finalmente, uma das coisas que mais contribuem para que alguém queira manter a maior distância possível do outro (mesmo que tal distância seja emocional), é a grosseria. Falar alto, não escutar o que o outro tem a dizer, ridicularizar a opinião do outro, humilhá-lo na frente dos amigos ou familiares, chegar em casa de mau humor por causa do trabalho e “descontar” no cônjuge, tornar-se emocionalmente distante e pensativo, excluindo o outro do seu mundo pessoal, e ao ser indagado quanto aos motivos de tal distância, tornar-se verbalmente agressivo ou responder monossilabicamente, evadindo-se de uma conversa. 

Viram que eu nem falei sobre sexo? Porque o sexo vai bem quando tudo vai bem. Se o sexo está ruim, isso é uma consequência. A distância física começa com a distância emocional. E na minha opinião, quando um dos cônjuges nem se preocupa mais em tentar vencer a distância emocional, é porque o casamento está por um fio. Não há como vencer uma distância emocional quando um caminha na direção do outro enquanto ele se afasta.

Um bom relacionamento é feito de lealdade, reconhecimento, cumplicidade, amizade, sinceridade, carinho, atenção. Um casamento pode acabar quando aquele que sempre tenta consertar as coisas acaba se cansando, e de tanto ser ignorado e deixado de fora, tem a impressão de que está assistindo a um mesmo filme pela enésima vez, e já sabe o final da história.



 


sábado, 4 de junho de 2022

NOITE

 



Não consegui dormir.

Há tantas coisas acontecendo debaixo do silêncio de uma simples e inocente noite. Nesse exato momento em que estou aconchegada à maciez dos meus cobertores, escutando os grilos e a chuva fininha que cai lá fora, do outro lado do mundo, pessoas se encolhem de medo ou de fome.

Eu acho que sou uma pessoa de sorte – quem sabe, porque eu não sei o que o amanhã me reserva. E acho que é melhor não saber mesmo. Os arcanos tentam me mostrar o que eu, conscientemente, não quero saber. Mas não resisto a uma rápida olhada nas figuras das cartas, que me contam segredos e presságios. Penso que algumas delas podem estar mentindo. Isso me ajuda a continuar. 

Digo a mim mesma para ter fé. E é fácil ter fé quando tudo vai bem. Mas a fé verdadeira é aquela que resiste até mesmo àquilo que eu jamais desejaria que acontecesse. Peço a um Deus que eu não conheço que não teste a minha fé. 

Eu às vezes gosto de ficar sentada no gramado, apenas contemplando. Sempre na companhia dos meus cães. Esses momentos são cheios de paz. Meu pequeno mundinho protegido parece ser um lugar seguro, e eu vivo na ilusão de que ele seja, mesmo sabendo que não é. Acredito que as nossas pequenas ilusões – aquelas, que construimos para dar sentidos à vida, porque no fundo, achamos que a vida não tem muito sentido -  nos ajudam a caminhar.

Mas a vida é tão bonita quando a gente olha para dentro, ou então quando a gente olha para um lá fora que é feito de coisas simples, como cães, árvores, grama, passarinhos cantando, estrelas, barulho de chuva, orquestras de grilos ao anoitecer...

Meus momentos mais verdadeiros são aqueles em que estou cuidando das minhas coisas, lavando a minha louça, varrendo o meu chão. Porque são momentos em que eu estou completamente dedicada e integrada às minhas pequenas tarefas. E sinto que as coisas mais bonitas, são justamente aquelas com as quais ninguém se importa.

Então eu agradeço. Não sei bem a quem, mas eu agradeço, e o sentimento de gratidão vai me limpando de todo e qualquer desejo, de todos os meus miasmas.






segunda-feira, 25 de abril de 2022

ACEITEM-ME!


 

Foto minha, que amo, obtida na Ponte do Brooklin, N.Y, 2018


Antes eu achava que as pessoas tinham que me aceitar e aprovar a minha conduta. "Se não me aceitam," eu dizia, "que pelo menos me respeitem." Mas eu descobri uma coisa libertadora: ninguém tem a obrigação de me aceitar ou de me respeitar. E eu não preciso da aceitação ou do respeito de ninguém. Eu sou livre. Eles são livres.

Só existe um lugar no qual eu posso exigir o mínimo de respeito das pessoas, e esse lugar é a minha própria casa, o meu espaço sagrado. Aliás, a casa de cada pessoa é um espaço sagrado que todos devemos respeitar e pisar devagar, controlando o tom de voz e o entusiasmo exagerado - a não ser que o próprio dono da casa nos convide a fazer o contrário. E se eu pensar melhor, perceberei que na minha casa só entra quem eu quero; portanto, eu escolho convidar as pessoas que respeitam o meu espaço.

Fora isso, eu não preciso do respeito ou da aceitação de ninguém, porque quando impomos estas condições, acreditando que assim seremos mais livres, na verdade, nos escravizamos e escravizamos o outro. Assim como eu tenho o direito de ser como eu sou, o outro também tem. Problema dele se ele não concorda comigo; problema meu se eu não concordo com ele.

Ninguém nunca deve deixar de ser o que é, preocupado em ser ou não aceito pelos amigos/família/sociedade. Se eu estiver fazendo o que eu quero e sendo feliz sem agredir a ninguém, estarei fazendo o que é certo - azar o de quem não compreender isso. Pessoas entram e saem das nossas vidas pelos mais variados motivos, e eu deixo a minha porta de entrada sempre entreaberta, e a de saída, escancarada. E quando a gente é sincero conosco mesmos, quando somos felizes e expressamos aquilo que somos, sempre haverá quem nos ame e nos compreenda exatamente assim, e são estas pessoas as certas para mantermos em nossas vidas. 

O equilíbrio entre sermos aceitos e sermos felizes é muito frágil, pois estamos acostumados a pensar que se fizermos "a coisa certa" (aquilo que esperam de nós) seremos realmente felizes; mas esta felicidade é frágil, é de mentira. Seremos felizes quando formos livres do peso dos julgamentos alheios, que sempre existirão.




terça-feira, 8 de março de 2022

INTIMISTA



 




Falta-me doçura. Acho que meu açúcar, minha casquinha de cobertura doce, branca e suave, ficou presa em alguma cerca de arame farpado. Sobrou-me essa pele grossa, esse olhar crítico, essa necessidade de dizer o que penso sem muitos filtros e, às vezes, com alguns conflitos. Mas mesmo essa necessidade tem me faltado ultimamente.

Eu sou feliz, aqui no meu cantinho. Vejo poucas pessoas, visito pouco, recebo poucas visitas. Vivo entre as plantas do meu jardim, meu marido, meu trabalho, meus afazeres e cuidados com a casa e meus cães. Não tenho mais grandes sonhos - calma, não sou doce, mas estou bem longe de ser  amarga ou melancólica - porque compreendi que quando a vida sonha para mim, eu tenho muito mais sorte. Gosto de estar sob a minha pele, gosto de mim, da minha companhia, do meu jeito silencioso de ser. Multidões me desagradam e me entediam.

Geralmente, não gosto do que a maioria das pessoas gostam. Não sou nostálgica, não me preocupo com o futuro e nem tenho ansiedades sobre o presente. Meu único medo, que me acompanha desde sempre, é o de um dia passar fome. Creio que não deva existir nada pior do que não ter nada para comer. Algumas pessoas me disseram que isso pode vir de alguma vida passada. Será?

Nos dias de hoje, criei a minha própria moda, meu próprio estilo, uso apenas o que eu gosto. Doo muitas coisas também... vivo esvaziando gavetas, estantes de livros e armários... e depois, encho tudo de novo. Alguém me perguntou: "Por que você não vende?" E eu respondi: "Vender por que?"

Estou ficando velha. Não gosto dos eufemismos que as pessoas usam, "melhor idade, "terceira idade." Gosto de dar às coisas seus verdadeiros nomes. E nesse processo de envelhecer, que eu tanto temi no começo, estou me soltado e deixando de ser tão exigente quanto a mim mesma. Qualquer coisa que me aborreça, aperto o botão de "desligar", a não ser que aquilo que estiver me aborrecendo também me interesse. Afinal, ainda existem coisas lá fora que chamam a minha atenção.

Não fico mais nem cinco minutos lendo um livro ou assistindo a um filme que eu não considere interessante. Antes, eu me forçava a terminar tudo o que começava, mas agora... só se eu estiver me divertindo.

Não faço mais questão de entrar em disputas, de aparecer muito, embora goste das redes sociais, e nem de ser apreciada. Estou me tornando a minha verdadeira imagem. Ando trazendo para fora aquilo que estava socado lá dentro, e jogando fora tudo o que não me representa - e eu mesma me represento.




sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

"TU PODES ADIAR, MAS O TEMPO NÃO." - BENJAMIN FRANKLIN

 


Um dia será tarde demais para subir aquela montanha, cantar no karaoke, seguir aquela trilha mata adentro. Será tarde para reunir alguns amigos e detonar 5 garrafas de vinho, pois vinho não se mistura com remédios.


Um dia, as coisas que a gente vive adiando para "quando fizer sol," "Quando eu puder," ou "um dia desses" serão contas em um pesado colar de arrependimentos que manterá nossos ombros doloridos e nossos pescoços pesados. As promessas que fizemos às outras pessoas jamais serão cumpridas, porque elas não estarão mais aqui, ou não terão mais disposição física ou mental para fazerem.

E a gente faz sempre tudo igual, cumprindo rotina até nas horas de lazer, porque é mais fácil, mais barato ou então porque "sempre" haverá uma nova oportunidade, um outro dia. Achamos que vamos ser jovens para sempre, que tudo será como sempre foi, que as pessoas (e nós) Jamais envelheceremos.

Então morre o primeiro amigo -aquele, que a gente vivia pensando em chamar para nos visitar. Morrem os avós, a mãe, o pai. Nossos ossos envelhecem e nossos músculos atrofiam, e já não tem mais como subir aquela montanha. E passaremos a velhice Contemplando-a da janela ou da cadeira de balanço, com a certeza de que jamais saberemos que paisagem ela nos ofereceria.

E na maioria das vezes, bastaria ter dado um passo, feito um gesto, cumprido uma promessa. A distância entre uma vida boa de se lembrar e uma vida cheia de amarguras e arrependimentos é realmente muita curta, quase nunca tem a ver com tempo ou dinheiro. Tal distância é tão curta quanto a medida da palavra "vontade."




terça-feira, 16 de novembro de 2021

FEMINISMO & LEALDADE

 



E logo de manhã, em um post no Instagram se lia o seguinte: "Não odeie outras mulheres porque seu marido ou namorado não te respeita. Larga esse embuste!" Concordo com a última frase , mas não com a primeira.

Nos comentários, muitas mulheres diziam que, em uma traição, o culpado é sempre e unicamente o homem, e nunca "a outra."  A argumentação é que nenhuma mulher é obrigada a demonstrar empatia por outra que ela nem sequer conhece, e que por isso,  a fidelidade deve vir do homem, não da outra, que não tem culpa de nada. Penso que ambos são culpados, e a lógica é simples: empatia é algo que devemos ter não apenas com as pessoas que conhecemos pessoalmente, mas com todos, independente de ser homem ou mulher, conhecido ou desconhecido.

Então alguém entra na minha casa, rouba minha TV e oferece a você; se você a aceita, mesmo sabendo que é roubada, está sendo cúmplice de um roubo. E se não verificou a procedência antes de comprá-la, também é cúmplice. Mas parece que no mundo de hoje, desde que se consiga aquilo que quer, que se dane o outro, o "perdedor." Ele que tivesse tomado conta. Ele que tivesse verificado se a porta estava bem trancada. A culpa é de quem foi roubado e enganado, não de quem roubou e interceptou.

Na minha opinião, tanto o ladrão/infiel quanto a outra/interceptadora, são culpados. Qualquer um que ajude o outro a mentir e a enganar é culpado. Qualquer um que aceite receber ou comprar alguma coisa que foi roubada de outra pessoa, é um criminoso. E para a outra, deveria ficar pelo menos o pensamento e a lição de que "se ele fez com ela, vai fazer comigo."

Não entendo esse tal feminismo, no qual uma mulher não deve lealdade a outra mulher simplesmente porque não a conhece pessoalmente. Isso é hipocrisia. Então, só porque eu não conheço uma pessoa, não devo respeito a ela? Essa mania de ver o outro como uma fotografia inanimada e sem alma, que não me diz respeito, está levando o mundo ao caos. Fala-se tanto em empatia, e a empatia é distorcida e assassinada diariamente.




 


 

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

MURO DE FUZILAMENTO

 






Estamos todos
Contra a parede.
- Jamais se mexa,
Não olhe mais
Dentro dos olhos.
Não se atreva
A discutir,
A discordar,
Não argumente,
Jamais duvide,
Ou sequer pense.
Mova a cabeça
Só para cima
E  para baixo,
Não para os lados.
Um simples gesto
Ou movimento
Pode causar
Constrangimento.
Nunca se esqueça
Que essa parede
Na qual te apoias
É um muro de
Fuzilamento.

Jamais retruque
Opiniões
Daqueles que
Sabem de tudo:
Só fique mudo,
Quem sabe, eles
Te deixarão
Quem sabe, não
Cancelarão
As suas redes,
A sua vida,
Sua existência.
- Tenha decência,
Mostre anuência,
Dê um sorriso
Amarelado,
Olhe pro chão,
Olhe pro lado
E não se esqueça
Que essa parede
Na qual te apoias
É um muro de
Fuzilamento.






segunda-feira, 27 de setembro de 2021

RESENHA - O QUINTO COMPROMISSO






O QUINTO COMPROMISSO - Um Guia Prático Para o Autodomínio

Por Don Miguel Ruiz & Don Jose Ruiz

Editora Best Seller

16@ edição, ano 2021

186 páginas

 

Qual é a sua missão de vida? Por que você está aqui? 


Após o livro Os Quatro Compromissos - O Livro da Filosofia Tolteca - os autores lançaram O Quinto Compromisso como uma complementação do primeiro livro.


Os Toltecas eram um povo Mexicano pré-colombiano, que dominou o México central entre os séculos X e XII, conhecidos como "Homens e Mulheres de Sabedoria." Os antropólogos fala deles como se fossem uma raça, mas na verdade, segundo os autores do livro, eles eram "Cientistas e artistas que se associaram para explorar e conservar a sabedoria espiritual e as práticas dos antigos."


No livro O QUINTO COMPROMISSO, os autores discursam sobre temas de cunho transcendental, de maneira simples e objetiva. Eles entendem que a fim de podermos realmente cumprir a nossa missão nesta Terra, precisamos estar atentos aos quatro Compromissos, que são:


- Seja impecável com a sua palavra > As palavras têm imenso poder e não devem ser usadas de modo leviano. Diga apenas quilo em que acredita e use corretamente a sua energia.


-Não leve nada para o lado pessoal > Quando alguém fala de você, na verdade está expondo a si mesmo. Aprenda a tornar-se imune às opiniões alheias;

- Não tire conclusões > Atenha-se à realidade imediata, seja transparente e ignore o que há de nebuloso ou mal-explicado;


Sempre dê o melhor de si >  Em qualquer circunstância, faça o melhor que puder;


E o quinto compromisso, do qual este livro fala mais especificamente, que é: 


- Seja cético, mas aprenda a ouvir > Não confie em si mesmo e em ninguém. Aproveite-se do poder da dúvida e questione tudo o que ouvir.


Em tempos de fake news e divisões, esse livro vem a calhar, pois nos convida a prestar atenção,  a duvidar, a querer saber mais. Embora lançado pela primeira vez em 2010, o livro foi revisto e atualizado, e nas últimas páginas, há uma referência ao mundo virtual que não sei se consta na edição original, pois é uma visão bastante moderna.


Nos dizem que temos que ser magros e sarados, acreditar nesta ou naquela religião, comer isto ou aquilo porque é mais saudável, ter uma casa como as de revista, cabelos lisos e loiros, ou negros e cacheados, defender esta ou aquela inclinação política, enfim, nos dizem o tempo todo COMO PENSAR E COMO SER. Nem nos damos conta disto, na maior parte do tempo. Porque? Porque estamos adormecidos, seguindo a turba, concordando, discordando, tomando lados que não são os nossos e nem têm a ver com a nossa missão. Seguimos dormentes, sem questinar se as  nossas crenças são realmente nossas ou se foram incutidas por digital influencers, coaches, políticos, redes de TV, imprensa, atores e pessoas famosas, líderes religiosos, membros da família e da sociedade. Quem somos se perde de nós. Nós nos perdemos de quem somos.


Em uma parte do livro, o autor diz que muitos pensam que estamos aqui a fim de aprender, e ele rebate: estamos aqui para DESAPRENDER!


Algumas passagens interessantes que eu posso destacar: 


"A missão que você tem, e isso vale para todos nós, é tratar de ser feliz. O "como" pode surtir das milhões de maneiras diferentes de fazer o que você gosta, mas a sua missão de vida é aproveitar cada momento dela. Sabemos que mais cedo ou mais tarde nossos corpos físicos não existirão mais. Nós só temos alguns alvoreceres, alguns pores de sol e algumas luas novas para curtir. Esse é o nosso momento e estar vivo, de estar completamente presente, de se divertir e de divertir os outros."


"Uma vez que você se aceite completamente, estará pronto para aproveitar a vida. Não haverá mais julgamento, não existirá mais culpa, nem vergonha, nem remorsos."


"Nós dificultamos muito a vida quando tentamos nos sacrificar or outra pessoa. É claro que você não está aqui para se sacriicar por alguém. Você não está aqui para satisfazer as opiniões ou aos pontos de vista dos outros."


"Os seres humanos lançam feitiços principalmente sobre as pessoas que mais amam, e quanto mais autoridade nós tivermos, mais poderosos serão os feitiços. Autoridade é um poder que um ser humano tem de controlar outros humanos e fazê-los obedecer. Você pode se ver como uma criança que tem medo da autoridade. Também pode ver adultos tendo medo da autoridade. Palavras faladas com autoridade transformam-se em feitiços poderosos que afetam outros seres humanos. Por que? Porque nós acreditamos nessas palavras."


"...Então o que eu digo talvez seja verdade ou não, mas talvez o que você acredita pode não ser verdade. Sou apenas metade da mensagem; você é a outra. Sou respnsável pelo que eu falo, mas não pelo que você depreende; você sim. Você é responsável pelo que uqer que ouça em sua cabeça, já que é quem dá sentido a todasa s palavras que você ouve."



"Não leve nada para o lado pessoal é uma bela ferramenta de interação com sua própria espécie, de ser humano para ser humano. E é um grande passaporte para a liberdade pessoal, porque você não pecisa mais regular sua vida em função da opinião dos outros."


"Sua mente é cheia de conhecimento, mas como você o usa?  Como você usa as palavras ao se descrever? Quando você se olha no espelho, gosta do que vê ou julga seu corpo usando todos aqueles símbolos para contar mentiras sobre si mesmo? Será que é realmente verdade que você é alto demais, pesado ou magro demais? Será que é realmente verdade que você não possui beleza? Será que é realmente verdade que você não é perfeito simplesmente do jeito que você é?"






segunda-feira, 6 de setembro de 2021

PRESA NA CORRENTE

 





Doi, segurar-se,

Ousar discordar,

Lutar contra o que é,

Dizer a verdade.


Há uma linha imaginária

Cruzando nossos céus,

Atando todos os prédios

Da nossa cidade.


E essa linha descansa

Sobre os nossos lábios

Mantendo fechadas

Todas as bocas.


Se alguém tentar falar,

Ela nos corta,

Aperta as gargantas

E nos diz loucas.


O ar está preso

Dentro dos pulmões,

-Não há uma oração

Que nos salvará!


Daqui, eu só existo,

Vejo crescer o cisto

Que se transforma, aos poucos,

No que nos matará.





segunda-feira, 16 de agosto de 2021

"Liberdade"


 



O que está acontecendo no país e no mundo é preocupante. Enquanto no Brasil jornalistas e políticos são presos arbitrariamente (alguns dos quais não caem na graça do povo, mas isso não faz com que possam ser tratados como criminosos apenas por emitirem suas opiniões) e redes sociais são desaforadamente censuradas, o talibã volta a ssumir o poder no Afeganistão - com o reconhecimento e suporte de países como China e Rússia. A União Européia, ironicamente, vai ainda fazer uma reunião com eles para decidir se os apoiam ou não. Absurdo! Uma coisa dessas deveria ser repudiada e combatida por todos! Eles matam, torturam, decapitam, aleijam, humilham, invadem, estupram! Ninguém deveria aprovar ou aceitar uma coisa dessas!

Um jornalista  declarou que o Talibã de hoje é bem diferente do que vimos em 2011, que eles são mais suaves e democráticos, mais moderados, que prometeram garantir os direitos das mulheres. Segundos antes, esse mesmo jornalista dizia que havia pessoas sendo enforcadas e decapitadas nas ruas, e que meninas já estavam sendo escolhidas para se "casarem" com os soldados.

O que será que não estamos enxergando?

A China, que está aceitando o Talibã, é a mesma que se encontra aqui no Brasil, comprando tudo, se espalhando feito praga, e que agora manifesta seu interesse em comprar o Porto de Santos. Mas está tudo bem, essas coisas não acontecem desse jeito, isso é tudo exagero da Direita radical, paz, amor, revoada de pombinhos e Lula Livre.

O mundo está à beira de um grande colapso. E dessa vez, é sério.

Jornalistas de renome, como Leda Nagle, Augusto Nunes, da Jovem Pan, Ernesto Lacombe, entre outros, estão tendo seus vídeos censurados e removidos das redes sociais. Até mesmo o Presidente dos Estados Unidos da América foi banido, calado, amordaçado! Será que ninguém percebe o que está se formando no horizonte? A Esquerda ainda acha que isso se chama liberdade, e idiotas úteis, como Felipe Neto, publicam tais asneiras em seus Twitters, com direito a 'likes' e apoio popular.

Esperem, e daqui a pouco posts como este não estarão mais nas redes sociais. Seremos calados. Todos nós: direita, esquerda, centro ou isento. A única coisa que poderemos postar nas redes sociais, será fotos de florzinhas, pets e borboletinhas.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Superioridade Intelectual

 



As pessoas têm conhecimento superficial sobre determinados assuntos e agem como se fossem especialistas, rebatendo argumentos com frases rasas, e quando confrontadas, assumem um posicionamento superior quando a discussão ultrapassa o nível de seus argumentos.










quinta-feira, 5 de agosto de 2021

CORREDORES


 

Ah, esses corredores escuros e solitários

Que percorremos, de olhos fechados e dedos crispados!

Estreitos labirintos por onde nos perdemos,

Caminhos construídos por nós mesmos

E nos esquecemos dos motivos

Para cada curva, para cada chuva,

Para cada abismo que bem conhecemos!


Seguimos por eles, tentando não ver

Nossos próprios rostos, ou sequer ouvir

Os ecos eloquentes do que pregamos,

Tentando negar o que nos tornamos...


Ah, corredores sem portas, sem iluminação,

Cuidadosamente feitos para que neguemos

As ânsias que temos no coração!





segunda-feira, 5 de julho de 2021

"Por que Você Faz as Coisas que Faz?"





Tem gente que vive para questionar os motivos dos outros. quanto a mim, existem três motivos básicos pelos quais eu faço as coisas que eu faço. São eles:


- Eu quero

- Eu gosto

-Eu posso


Eu quero - Quando eu faço alguma coisa , seja lá o que for, é importante perguntar a mim mesma se eu quero fazer aquilo extamente naquele momento, por aqueles motivos e daquele jeito. A maioria das coisas que a gente faz, penso eu, devem nos trazer algum tipo de satisfação pessoal. Então eu faço alguma coisa porque eu quero, em primeiro lugar.

Eu gosto - Como já afirmei acima, para mim o prazer em fazer alguma coisa deve ser a minha maior motivação. Se eu decido escrever um texto, por exemplo, meu objetivo é sentir prazer e passar momentos agradáveis fazendo algo que eu gosto. Quando eu sei que estou dedicando algumas horas a uma atividade qualquer - mesmo que ela não seja considerada 'construtiva' pela maioria das pessoas - mas que ela me deixa feliz e relaxada, não sinto que eu esteja perdendo tempo. 

Meu blog de contos, por exemplo; escrevo contos, embora eu saiba que eu não sou nenhuma escritora maravilhosa. Escrevo porque eu gosto de criar personagens e soltar a imaginação, não porque pretendo ficar famosa ou ganhar dinheiro. Mesmo que ninguém leia, o prazer de escever é o que me move. Portanto, poupe seu tempo e não venha me perturbar ou me aconselhar, dizendo que meus textos são longos, etc, etc, porque é bem mais fácil simplesmente não ler aquilo que não lhe agrada a perder seu tempo e azedar o dia de outra pessoa postando um comentário tão imbecil em um texto que você nem leu porque era longo demais.

Eu posso - Este é o meu terceiro motivo. Eu posso. Eu tenho o direito. Sou maior, vacinada e sei o que eu quero, e quais são os meus direitos, e desde que eu não esteja a prejudicar ninguém, posso ir até aonde eu quiser. Simples assim.


Tem gente que nem é seguidor, é perseguidor. Parece que estão sempre lá, vendo tudo o que os outros fazem online, achando que tudo é sobre eles ou para eles ou por causa deles. Acho que essa atitude é uma perda preciosa de tempo e energia.


Tenho ficado online muito menos tempo do que antigamente, porque eu hoje não me acho na "obrigação" de postar sempre, visitar sempre, comentar sempre tudo o que eu leio. Só faço o que me trouxer prazer. Minhas intenções de me tornar escritora já minguaram, pois quem escreve online desde 2007, já participou de tantas antologias de poemas, crônicas e contos, ganhou até prêmios, escreveu e publicou livros e mesmo assim não conseguiu nada através da literatura em direção a ser contratado por uma editora, ou é um péssimo escritor (não nasceu para isso) ou tem outras missões na vida que não esta.

Portanto, a única coisa que me move a escrever é o prazer. Quando ele terminar, eu paro.




terça-feira, 1 de junho de 2021

DRA YAMAGUCHI

 



O que eu assisti hoje na CPI (Circo Patético e Irrelevante) da Covid, me chocou mais do que qualquer coisa que eu já vi nas abordagens agressivas da esquerda. Um senador machista, arrogante, agressivo e lacrador tentando destruir e humilhar uma pessoa com um currículo invejável e mais de quarenta anos de experiência na área médica. Tudo isso através de perguntas irrelevantes que, ele deixou bem claro, pesquisou no Google a fim de atingir seu propósito. Ele próprio sugeriu a ela: "Não sabe a resposta? Pesquise no Google." Porque com certeza, foi exatamente o que ele fez.


Muitas daquelas perguntas não poderiam ter sido respondidas por noventa por cento dos médicos que atuam no país. Não se lembrar de datas e  nomes não quer dizer que você é incompetente, mas que apenas não se lembra de datas e nomes que não tem importância. 


Eu sinceramente espero que ela o processe. 


Nessa CPI indigente, quando os inquiridos não respondem exatamente aquilo que esperavam ouvir deles, são humilhados e ridicularizados, e ninguém mais escuta uma palavra sequer que eles disserem. Fazem perguntas que eles mesmos respondem, repetem incansavelmente perguntas que já foram respondidas várias vezes (não sei se o problema é cognitivo ou se é surdez pura e simples) e zombam das pessoas de forma absurdamente desrespeitosa.


Jamais pensei que fosse viver para ver uma palhaçada dessas acontecendo no meu país. Enquanto isso, ignoram completamente o verdadeiro motivo pelo qual essa CPI deveria ter sido criada: averiguar para onde foram os BILHÕES liberados pelo Governo Federal e entregues a prefeitos e governadores para o combate à COVID. As perguntas relevantes continuam sendo ignoradas: cadê o dinheiro? Cadê os hospitais de campanha? Quem escondeu respiradores enquanto pessoas sufocavam até à morte, e por que?


Acho que não vou mais assistir a essa droga. Tira minha saúde, acaba com meu bom humor, me deixa com raiva. Isso não me faz bem, é podridão demais.

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  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...