Data de lançamento 3 de outubro
de 2019 (2h 02min)
Direção: Todd Phillips
Elenco: Joaquin Phoenix, Robert
De Niro, Zazie Beetz
Gênero Drama
Nacionalidades EUA, Canadá
Ontem, após muitas recomendações
de alunos e amigos, fui assistir ao filme JOKER – ou Coringa. O nome faz alusão
à carta 2 do baralho, que pode ser de crucial importância durante um jogo de
cartas, pois ela substitui qualquer outra em uma jogada. Mas se o jogador não
souber jogar com ela, pode causar uma pane e perder o jogo, ou desperdiçá-la em
uma jogada estúpida.
O filme conta a história da
origem do Coringa – inimigo número um de Batman – e de como ele tornou-se mau e
vingativo. O personagem principal, muito bem interpretado por Joaquin Phoenix,
passa por várias dificuldades em sua vida, em todos os campos: profissional,
financeiro, de saúde, social e amoroso. Sua vida está em ruínas, sua autoestima
é inexistente e devido ao fato de estar sofrendo de depressão profunda e envolto em pensamentos
negativos, sentimentos de inadequação e autopiedade, ele afunda cada vez mais
em um poço de negatividade, atraindo para si mesmo desgraça e miséria. Para
piorar ainda mais sua situação, as pessoas o evitam, pois ele sofre de um
distúrbio que o faz perder o controle sobre o riso, dando gargalhadas
incontroláveis nas horas mais impróprias.
Se tentarmos olhar para o filme
apenas como um trabalho de arte, ele é muito bom: bem dirigido, bem
interpretado, com bom roteiro e cenários adequadamente sombrios. Mas se formos
considerar a mensagem subliminar que ele traz, eu diria que ela é inadequada ao
momento que o mundo está passando, momento este em que uma simples fagulha pode
colocar fogo no palheiro, pois pode incutir nas mentes mais fracas pensamentos
de ódio e revolta, incitando a violência, a separação de classes sociais e a
exaltação e adoração ao bizarro. Já li algumas resenhas, e em uma delas, o
personagem Thomas Wayne é citado como “O rico fascista.”
De repente, um louco tem uma
atitude totalmente apolítica e inadvertidamente torna-se o líder de um
movimento supostamente político. Em certa altura, o Coringa do filme me fez
lembrar o Annonymous das manifestações ocorridas no Brasil e em outras partes
do mundo há alguns anos.
Apesar de tratar-se de uma obra
de ficção, é impossível não estabelecer uma comparação com a vida real e notar
o quanto as pessoas se deixam levar por ideias equivocadas, escolhendo líderes
políticos e espirituais nas piores camadas e pocilgas terrestres, apenas porque
têm preguiça de pensarem por si mesmos. No filme, um assassino com graves
problemas mentais torna-se o símbolo de uma revolução.
Mas, se pensarmos apenas no
trabalho de arte, com certeza será indicado ao Oscar e poderá ganhar várias
estatuetas.
Assiti e gostei muito Fiz a mesma reflexão e tive uma percepção bem próxima da sua. A má escolha eqivocada de nossos líderes ...
ResponderExcluirBeijão
Finalmente, Ana, estou aqui para te elogiar muito merecidamente pelo forma como viste e analisaste o JOKER !
ResponderExcluirUm beijo, querida amiga.
Depois de uma breve ausência (doente), estou de volta. O Gil com muito trabalho, incumbiu-me de vos visitar... Hoje numa passagem rápida. Espero que entendam...
ResponderExcluirHoje, do Gil António :-O amor e a sua ausência
Bjos
Votos de uma óptima Noite.
Olá Ana
ResponderExcluirÉ muito importante observar atentamente a mensagem subliminar do filme. Abraços querida.
A ficção se mistura ao real quando adentramos à pele do personagem...As mudanças trouxe um vilão que é apenas contraponto do "mocinho", e não mais fruto da maldade.
ResponderExcluirÉ amiga, é triste ver as pessoas migrando para o que é mais fácil. Não sei se o youtube tem o mesmo calibre de um livro, mas não podemos impedir a tecnologia de se vestir de evolução. Evolução que pode ser um retrocesso. beijos
Es un placer pasar por su blog Saludos
ResponderExcluirBoa tarde amiga Ana, ainda no assisti ao filme, mas irei, com certeza para tirar minhas próprias impressões!
ResponderExcluirSei como é isso de influências, nossa, estamos vivendo uma fase muito ruim, infelizmente não temos muitas expectativas boas!
Abraços apertados!
Ana, ainda não vi o filme, mas concordo absolutamente com a sua avaliação, que também defendo.
ResponderExcluirAbraço
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