Às vezes,
O leite talha,
A roupa rasga,
Azeda o mel,
O passo trava,
Cai a pedra do anel.
Até parece
Que a luz apaga,
E a gente traga
Uma fumaça
Que nos sufoca,
Nada nos toca
Sem machucar.
-Melhor não ser,
Ou não estar...
Deixar sair,
Deixar entrar,
Sentir a dor,
Perder o chão,
Trancar o céu,
Cortar o fel
Pela raiz.
Deixar doer,
Olhar o mar,
Olhar o mal,
Provar do sal,
E se acabar,
E mergulhar,
Se recompor...
Deixar sangrar
O vil veneno
Da vil serpente,
Até que saia,
Até que cure,
Cortar a carne,
Sugar o corte,
Tornar-se forte,
Tornar-se frio,
Tornar-se imune.
Maravilhsosa profundidade em tua poesia! Adorei! bjs, chica
ResponderExcluirMuito bem colocados os versos, amei ler!
ResponderExcluirAbraços apertados!
Intenso e profundo!
ResponderExcluirHoje, do Gil António... Amor por entre nuvens de distância .
Bjos
Votos de uma boa noite.
Boa noite, querida amiga Ana!
ResponderExcluirDeixar sangrar... forte mas necessário para se chegar à cura em todos os níveis...
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem
😍😚💟