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terça-feira, 8 de agosto de 2017

SOBRE A FELICIDADE









DA FELICIDADE

Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
Mario Quintana





Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade.
Georges Bernanos




A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.
Sigmund Freud




Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.
Carlos Drummond de Andrade




A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe.
Jean Cocteau





O ciumento passa a vida a procurar um segredo, cuja descoberta lhe destruiria a felicidade.
Axel Oxenstiern



A felicidade não é um prêmio da virtude, é a própria virtude.
Baruch Espinoza




É difícil dizer o que traz a felicidade. A pobreza e a riqueza, por exemplo, já fracassaram.
Kin Hubbard




Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa



Mas os meus escritos são as minhas horas de felicidade. Mesmo naquilo que eles tiverem de cruel. Preciso escrever assim como preciso de respirar, porque o corpo me exige.
Albert Camus



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

MELODIA INTERROMPIDA









A música parou no ar
E o silêncio deu voz ao bater das asas dos pássaros
(Ou seriam as asas dos anjos?)

Uma melodia começou a tocar, bem baixinho,
E uma alma seguiu seu rastro:
“Pérola negra, te amo, te amo...”





Imagine...






Hoje o Spotify me veio com a sugestão de uma playlist: "As Músicas Mais Lindas do mundo." Entre elas - todas muito lindas - de repente começou a tocar "Imagine." Sempre amei esta canção, embora ela hoje ela tenha sido tocada tantas vezes, que alguns a considerem "batida demais."

E John Lennon nos pedia que imaginássemos um mundo ideal, sem religiões, sem fronteiras, com todos vivendo em paz. E ele mesmo morreu vítima da violência de alguém que o admirava (e talvez também o invejasse), talvez para lembrar ao mundo que a perfeição não é daqui. Somos seres tão imperfeitos, que caminhar sobre uma terra de perfeição seria, no mínimo, um absurdo. Ainda temos muito o que caminhar, tropeçar, cair de cara, e mesmo assim, talvez a humanidade nunca chegue lá.

Mesmo assim, eu tento colher no dia a dia tudo o que eu posso para tornar a vida mais bonita. E acho que todo mundo pode fazer isso. 

Mas de que adianta, reclamar dos políticos, do "golpe", da desigualdade social, da corrupção, e continuar agindo de maneira a alimentar tudo isso em volta de nós? O que eu vejo quando olho as postagens no Facebook e nas demais redes sociais, são pessoas que reclamam de tudo, mas não fazem um esforço, por menor que seja, a fim de melhorarem a si próprias. Assim, a canção de John Lennon - que também nunca foi perfeito, basta ler a biografia dele para saber - fica cada vez mais distante da realidade. Acho que foi uma canção marco. Porque ela foi gravada e lançada no exato momento em que as pessoas começaram a perder a humanidade de forma mais acelerada.

Os hippies dos anos 60 falavam de paz & amor, mas se drogavam e jogavam bombas em policiais, matando, sequestrando e roubando, e não professavam aquilo no qual diziam acreditar. Políticos que deveriam zelar pelo bem estar do povo, bem, melhor nem comentar... 

É muita falsidade. Talvez por isso o nome da canção seja "Imagine." Porque no reino da imaginação, tudo é possível, até mesmo a paz mundial e a justiça social entre povos belicosos, interesseiros, egoístas e falsos.




terça-feira, 1 de agosto de 2017

Folhas Secas







Existe uma palavra
Cuja pronúncia faz desabar pontes,
E um sopro de pensamento que a contenha
Fecha todas as janelas,
Tranca todas as portas.

Existe uma palavra morta,
As mãos cruzadas sobre um peito vazio,
Uma palavra que morreu de frio
E fica de cócoras, à beira do caminho,
A assombrar qualquer pessoa
Que tentar chegar.

Existe uma palavra azeda, maldita,
Que vem de um sentimento mortal
Para qualquer relação,
Uma palavra que faz brotar o mofo
Dentro de cada coração.

Não ouso dizê-la – sequer penso nela,
Que esta palavra fique trancada lá fora,
E que jamais chegue a mim
O bafo fétido do seu funesto fôlego,
O trôpego passo do seu andar travado,
Que deixa tudo tristemente abandonado,
E deixa entre os caminhos apenas folhas secas.





Essas Almas







Essas almas que me chegam
Com seus corações quebrados
Que eu pego com cuidado 
Na concha da minha mão...

A tristeza de saber
Que não posso consertá-los!
Então, eu tento assoprá-los
Para que não ardam tanto.

E elas me falam de tudo
Que se chama desencanto,
E eu empresto meus ouvidos,
E às vezes, as palavras;
(-Saem mais aliviadas
Ou será só ilusão?)

Essas almas que me chegam
Derramando em meus espaços
As tristezas represadas,
E o cansaço dessa vida
Que às vezes, é madrasta,
-No final, todas se vão...

Um dia, eu passo por elas,
E nossos olhos se encontram...
Muitas vezes, nem palavras,
Nem sequer um cumprimento;
Entre o vento que separa
Nossas almas já estranhas,
Um silêncio constrangido
Pelo que foi partilhado
Naquele tempo roubado,
Naqueles raros momentos.




segunda-feira, 31 de julho de 2017

Não Tem Como Não Partilhar...











Justiça Divina





"...Nunca pensei em fazer peregrinações solitárias em busca da verdade, da paz ou de um centro espiritual; apenas estudava muito e acreditava na recomendação de um profeta: Viaja em ti mesmo. Era viajando para dentro, e não para fora, que esperava um dia ter direito a alguma sabedoria.


Quando jovem, imaginei que  a justiça Divina sempre aparecia na hora certa e fazia o possível para merecê-la; não por fé, mas por medo. Vi, à medida que os anos passavam, que não era bem assim: Deus, afinal, nos deixa muito por conta própria e minhas crenças eram ingênuas. Vi pessoas decentes se darem mal e canalhas vivendo cada vez melhor. Deixei de entregar tanto à vida e aos céus, passei a pedir ajuda a mim mesma e as coisas começaram a melhorar. Achava que estava me desenvolvendo mas a vida continuava do mesmo tamanho: um tédio, todos os dias previsíveis, e cheia de problemas e obrigações. Uma vida pequena - tinha que admitir - que, provavelmente, não seria uma encruzilhada dramática entre o bem e o mal; poderia ser apenas uma viagem sem sentido até a morte. Depois da morte, talvez, a viagem fosse intensa e cheia de revelações. Mas durante a vida, não. Não podemos nem mesmo escolher se vamos de carruagem ou de canoa, não temos este poder. Só podemos decidir se vamos ou não continuar viajando; e as pessoas e situações que encontramos no caminho também não dependem de nós: são o nosso karma."


-Maria Helena Nóvoa, em "O Espelho da Lua."-




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