witch lady

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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Destino

Praia de Iracema - Fortaleza



O destino é um oceano
De conchas abertas e fechadas
Por onde navegam as almas
Que já nascem naufragadas.

Não há remos para os barcos,
São as ondas que os levam.
À deriva, eles flutuam
E ao destino se entregam.

Sopram os ventos tão frios
Maremotos, calmarias...
E o porto é sempre o mesmo:
O fundo azul do oceano
Onde dormem os navios.




quinta-feira, 8 de maio de 2014

Botão de Rosa



O botão da rosa não se abriu,
Murchou, fechado em si mesmo
E a morna luz do sol, não viu...

Ah, meu Deus, triste destino
O de morrer botão de rosa,
Tendo nas pétalas fechadas
Perfumes, cores e veludos,
Promessas de olhares encantados
Sem nunca abrir-se para a vida!...




quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sensações




Ainda agorinha fui até a cozinha preparar o café, e vi que o pote de pó estava vazio. Fui lá fora e peguei mais um pacote na despensa, e ao colocar o pó que estava no pacote dentro do pote, esqueci-me de retirar a colher dosadora, que fica sempre lá dentro.

Após um momento de autocensura, sem pensar duas vezes, enfiei a mão no pó de café, a fim de pegar a colher dosadora, e a sensação que tive foi nova e surpreendente.

Você já enfiou a mão dentro de um pote de café, mexendo os dedos bem devagar, acariciando o pó e sentindo o aroma maravilhoso que ele exala? E ao retirar a mão, o cheirinho fica na pele... adorei.



Momento




O dia hoje está calmo,
Nem quente, nem frio.
Ruído de vento e de rio,
Carros que passam,
Vozes que riem.

Entre os cílios, raio morno
De sol, refulge seu brilho...
O dia hoje está calmo,
Nem quente, nem frio...

Latido de cachorrinho
Ao longe, no vizinho,
Pétalas roxas e brancas,
Um pássaro canta.

A alma é um diapasão
Que afina o dia que passa
E compõe uma canção
Que sobe, feito fumaça...

O dia hoje está calmo,
Nem quente, nem frio,
Cumpre seu destino,
Passa de mansinho...



segunda-feira, 5 de maio de 2014

Calma na Alma








Calma na Alma - um lindo Rap de Conecrew Diretoria

'Nossa Senhora das coisas impossíveis que procuramos em vão...
Vem... soleníssima, soleníssima e cheia de uma vontade oculta de soluçar
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena
E todos os gestos não saem do nosso corpo
E só alcançamos onde o nosso braço chega
E só vemos até onde chega o nosso olhar.''

(Refrão)
Eu já sei porque não consigo dormir há dias
Há algo no meu pensamento lento que me paralisa
Não aguento viver preso a dogma e doutrina
Eu quero a calma na alma pra poder viver a vida

(Rany Money)
Minha vida é ignorada, dilacerada, não vale uma prata
Na pátria que ataca e me axarca, a disputa aqui nunca se aparta
Eu viro caça na praça a bad não passa a toa, eles cometem desgraça
Os que são verdadeiros se ligam e me sacam e nunca se envolvem na falha que é a farsa
A sua falta até pode ser grave, mas jamais romperá com meu ciclo
Pois não me prendo somente a laços de sangue para formar os meus vínculos
O que viso não é só meu vicio, também não me julgue pelas roupas que visto
Círculos de alianças na minhas andanças eu valorizo os que fecham comigo
O respeito aos valores antigos é o que firma a família na fita
Eu dou a finta fugindo da mira na guerrilha, a família é a guerrida
Que minha sina sirva e redija para que os outros a dor não sinta
Os versos que a gente recita é para que nunca se abalem com peso da cinta
Porque sempre vão ter vários pra tentar te humilhar
Não abaixe a cabeça, levanta esse olhar
Vamo tá junto mermo se for a 1 milhão de milhas
Pois não seria ninguém sem essa família

(Refrão)
Eu já sei porque não consigo dormir há dias
Há algo no meu pensamento lento que me paralisa
Não aguento viver preso a dogma e doutrina
Eu quero a calma na alma pra poder viver a vida
(Cert)
Apologia da vida bendita vivida de forma alternativa
Na mira da rima, polícia que irrita, milícia que atira, nazista, fascista
Playboy bombado que grita, me tira, e a canela voa na tua narina
Sou cria da pista, o sentido da vida é constituirmos uma família
Não me limito a laços genealógicos, minha parceria e família se encontra na esquina
Sem intriga, dinheiro fascina só os de cabeça perdida na vida
Não sou homicida, mas cai meia-dúzia dos seus antes de tombar um dos meus
Guiado por Deus, iluminado e protegido pela força de Zeus
Pulo do gato, ainda cato os mofados, lisérgico pasto, regado e azulado
Jogue a cabeça para cima e sua mão para baixo, manobras de skate eu encaixo... o fino não acho
Os tiros perdidos dos canas de assalto, ou esquivo na pista ou me rasgo
Com as rimas que enquadram o compasso, Mulher Maravilha é bem vinda de quatro
No quadro que pinto Van Gogh tá armado, se o mar tá storm então joga pra baixo
O meu fardo cansado eu arrasto, o seu dinheiro sujo... não aceito, não gasto
Porco fardado pra mim é otário que eu dava cascudo no colégio primário
Rap na pauta, a calma na alma, rastafari... revolucionário

(Refrão)
Eu já sei porque não consigo dormir há dias
Há algo no meu pensamento lento que me paralisa
Não aguento viver preso a dogma e doutrina
Eu quero a calma na alma pra poder viver a vida

(Maomé)
Vida sofrida, alma furtada banida e detida
Em contra-partida, sinto a cardio batida
Mantendo a pureza retida
Vê na retina, quebra a rotina, idéia cretina...
Tem inicio e não tem fim...
Santo Pai, o que será que a vida reservou pra mim?
Ser um músico importante ou um vendedor de amendoim?
Eu vou ter um relógio caro ou um camelô vagabundim?
Deu risada do magrinho, desmerece alguém que sonha
Eu sou rebelde, desbocado... revoltado e sem vergonha
Eu vivi rebelião, guerra de religião, eu vi Cristo perdoar Adolf Hittler no caixão
Vi ódio e destruição, optei pela união, vi o Diabo corromper a fé de um irmão cristão
Assisti Roma ir ao chão, assisti Pelé jogar
Vi Saddan sendo enforcado, eu vi a bomba nuclear
O homem vive se matando, pela Terra eu vou rezar
Deus esteja do meu lado quando o mundo se acabar
Eu vou rezar...

(Ari)
Eu vou rezar pra minha alma, eu vou rezar
Eu vou rezar pra minha pele, eu vou rezar
Eu vou rezar pela humanidade, eu vou rezar
Eu vou rezar para o meu Senhor, eu vou rezar





Casa de Santos Dumont - A Encantada





escadinha para um observatório




vista do quarto




vista do girau

Alberto Santos Dumont


Tudo muito simples


Chuveiro











BORDADO




Dá um ponto, e arrebenta
De repente, toda a linha...
Pega a tesoura e desmancha
E depois, o recostura...

Pede a Deus que ajude um pouco,
Pois os dedos já cansados
Se perderam nos caminhos
De um bordado desmanchado.

Uma flor daquele lado,
Um sol se pondo no pano,
O existir arremedado
De um destino de cigano...

As agulhas se cansaram,
E os dedais, já não protegem
Os seus dedos espetados:
Há sangue sobre o bordado.

Um rococó, um laçado,
Ponto-cruz que ele carrega,
O caminho alinhavado,
-Não se solta, não se entrega!

Cai no chão o pano: fado!
E a vida se encarrega
De riscar outro bordado
Com pespontos bem marcados...




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EU SÓ TENHO UMA FLOR

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