witch lady

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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Adeus, Bonsai!





-Posso fazer um canteiro ali atrás, Dona Ana?
-Pode sim... mas vamos ter que comprar as plantas primeiro. Não tem nada aqui.

Meu novo jardineiro, entusiasmado, respondeu:

-Depois a senhora compra. Pode deixar comigo, vou arranjar umas plantinhas por aqui mesmo, só para não deixar o canteiro vazio. Posso usar essas plantinhas aqui nesses vasos?

Havia alguns vasos de margaridas já murchas que eu compro para enfeitar o peitoril das janelas, e quando as flores morrem, troco por outras. Perto delas, estava também o meu bonsai, uma jabuticabeira que tenho há muitos anos, e que andava um tanto mirradinha ultimamente. Acho que eu não sei como cuidar de bonsais. Mas não pensei que ele a incluiria em seu projeto de jardinagem.

Concordei com ele, e fui cuidar de minhas obrigações caseiras.

Ao final da tarde, quando fui lá fora ver o resultado do trabalho, achei um canteiro bastante eclético, com diversas espécies de plantas, todas misturadas. Entre elas, o meu bonsai.

Ele plantou o meu bonsai!

Fiquei com pena de decepcioná-lo, ao responder a sua pergunta "Gostou?" Eu sorri entre os dentes: "É... ficou bom!" Enquanto isso, pensava na minha ex-bonsai-jabuticabeira. 

Depois que ele se foi, fiquei pensando melhor, e achei que com certeza, a árvore preferia estar plantada no chão. Condenada a viver em um espaço limitado e anti-natural,estando  destinada a ser uma árvore-anã reprimida para o resto de sua existência, a minha jabuticabeira me agradeceu - e principalmente, ao meu jardineiro. Confesso que eu mesma já tinha pensado em plantá-la no chão. As plantas de porte grande dentro de vasos me angustiam quase tanto quanto os pássaros presos em gaiolas e os cães acorrentados.

Ontem lembrei-me dela, e fui lá no fundo do quintal para ver como ela estava passando; folhinhas novas estão brotando, e parece que ela está mais calma, menos ansiosa. Trocamos um olhar silencioso, e em seguida, ela me falou das jabuticabas que estava planejando para o futuro. Pousados no muro acima dela, os pássaros aguardam, pacientemente.



Tudo é Amor




TUDO É AMOR



Vida: É o amor existencial
Razão: É o amor que pondera
Ciência: É o amor que investiga
Filosofia: É o amor que pensa
Religião: É o amor que busca Deus
Verdade: É o amor que eterniza
Fé: É o amor que transcende
Esperança: É o amor que sonha
Caridade: É o amor que auxilia
Sacrifício: É o amor que esforça
Renúncia: É o amor que se depura
Simpatia: É o amor que sorri
Trabalho: É o amor que constrói
Indiferença: É o amor que se esconde
Paixão: É o amor que se desiquilibra
Ciúme: É o amor que desvaira
Egoísmo: É o amor que animaliza
Orgulho: É o amor que envenena
Vaidade: É o amor que embriaga.
Finalmente, o ódio que julgas ser a antítese do amor , não é
senão o próprio amor que adoeceu gravemente"


Chico Xavier


quinta-feira, 13 de junho de 2013

O Mundo nas Pontas dos Pés


Imagem: João Menerés


Este poema é fruto de uma parceria com João Menerés, que cedeu-me a imagem. Ele é do blog Grifo Planante





O Mundo nas Pontas dos Pés


Movimentos quase lânguidos
Braços desenhando encantos,
Abraçando imaginárias
Nuvens de Agapantos brancos.


O mundo nas pontas dos pés,

Tocando a terra em silêncio...


Os dedos em desenvoltos 
E graciosos movimentos
Marcam as notas do piano
Passeando etereamente
Sobre as teclas, em stacato.


Mais um rodopio, um passo,
Ali, uma pirueta
E o final apoteótico
Da bailarina que para
Em pose de estatueta.


O Despertar da Intuição - James Van Praagh




Trechos de "O Despertar da Intuição" - por James Van Praagh

Interpretando a Intuição

Existem muitos níveis de intuição. Nenhum padrão se aplica a todas as pessoas. Comece interpretando seus pensamentos e sentimentos e usando da maior honestidade possível. Ninguém melhor do que você é capaz de saber o que se passa em seu íntimo.
No nível físico, podemos ter sensações corporais nos avisando de perigos ou ameaças. Uma amiga chamada Penny me contou sobre uma ocasião em que planejava uma viagem para encontrar sua filha em Paris. De lá, alugariam um carro para viajar pelo sul da França. Ela já havia reservado sua passagem de avião , o aluguel do carro e comprado vários guias de viagem. Cerca de duas semanas antes de partir, Penny começou a ter terríveis cãibras estomacais, que surgiram sem nenhuma explicação e não estavam relacionadas a nenhuma doença.



Ela me disse:
- Eu já fui acometida deste problema antes. Acho que é medo, como se fosse um sistema de alarme em meu corpo.
As cãibras continuaram, mas ela resolveu viajar assim mesmo.
-Eu não estava com medo que o avião caísse, mas sabia que a dor tinha a ver com a viagem.
Quando ela chegou a Paris, chovia.
-Eu me surpreendi várias vezes tentando entender a razão das cãibras. Na última semana da viagem, veio a resposta. Estávamos indo de carro para Cannes, e a chuva continuava. Parei num sinal vermelho, e ao olhar pelo espelho retrovisor, vi um carro vindo a toda velocidade na nossa direção. Percebi que ele não ia parar e só consegui fazer uma pequena prece, enquanto o carro atingia a nossa traseira. Felizmente, eu sempre me certificava de que minha filha usasse o cinto de segurança. Se ela estivesse sem o cinto, teria sido arremessada pelo vidro da frente. Logo que o carro se chocou contra o nosso, eu soube que era por isso que eu vinha sentindo medo. De certa forma, fiquei aliviada por ter terminado.
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terça-feira, 11 de junho de 2013

Tempero




Metade do que me corre
 Pelas veias esticadas,
É sangue puro e espesso,
A outra metade, é água.
Dentro do meu pensamento,
Metade é um barulho intenso,
Que não descansa nem cala;
A outra metade, é nada.

Das estrelas onde procuro
Nas noites desembestadas
A tua metade perdida
Que completa a que me falta,
Uma parte é uma estação,
E a  outra, um longo trilho
Onde nunca está seguro
O trem que a memória assalta.

Assim, sou feita de carne,
Pele, osso, sangue, órgãos,
E de uma alma de gaze
Lacerada por um rasgo
Que nem o tempo costura
Com as linhas já partidas
Do que chamam sanidade.





segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tão Pouco...




Tão Pouco...

Tão pouco tinha a mostrar!
Uma lata polida de lixo,
Um braço poluído de mar,
Palavras em descapricho,
Enrodilhadas tal qual cobras,
Prontas a dar o bote
Sujando o pote de mel...

Fazia perfis de esculachos
Enquanto mexia o seu tacho
Misturando todo o fel
Em cada verso, em cada mote.

Ah, houve o derradeiro bote
Das palavras engolidas
Que com suas pernas elásticas
Convidavam as platéias
À falsa e desenxabida
Exibição carcomida!

Falava do que não via,
Afirmava, veemente,
Sobre o que ela nem sabia...
Triste, tão triste espetáculo
De vaidade e amargura
De quem diz que não tem tempo
E nem assim, se situa...

domingo, 9 de junho de 2013

O Espaço de um Abraço



O Espaço de um Abraço



A casa da gente é um lugar para o qual geralmente convidamos apenas as pessoas de quem gostamos – se um dia, por forças das circunstâncias, precisarmos convidar pessoas com quem não tenhamos muita afinidade, ou não conheçamos muito bem, pelo menos estas pessoas provavelmente pertencerão a algum círculo de pessoas mais próximas, nossas conhecidas. Bem, eu penso assim. Jamais convidaria um perfeito estranho, alguém que acabo de conhecer, para adentrar minha casa, partilhar de minha vida íntima ou de minha cama (embora algumas pessoas o façam sem o menor problema; não as julgo, apenas não me incluo neste grupo, de, digamos, ‘pessoas muito espontâneas’).

Para mim, a mesma coisa é o espaço ocupado por um abraço. Abraço é contato físico bem próximo; é sentir, quem sabe, a pulsação do coração de outro ser humano, seu cheiro, a textura de sua pele e cabelos. Íntimo demais. Pelo menos, sob o meu ponto de vista. Não me sinto confortável abraçando estranhos; preciso conhecer as pessoas antes do abraço. Ter com elas pelo menos, um contato mais prolongado, uma conversa amigável, aprender a gostar delas sinceramente. É claro que já fui e sou abraçada por pessoas que mal conheço; nestes casos, eu retribuo o abraço, mas por educação. Também existe o abraço virtual, aquele sem contato físico, mas que distribuímos facilmente entre nós – mas até mesmo este, eu deixo com as pessoas com quem eu acho que teria alguma afinidade aqui fora. Também há alguns alunos mais antigos a quem eu abraço com o maior carinho. Adoro meus alunos, e gosto de abraçá-los. Mas cumprimento os alunos recém-chegados com um aperto de mão.

E foi por isso que ontem à tarde, enquanto caminhava pelas calçadas Petropolitanas com meu marido, eu recusei o abraço de um grupo de pessoas desconhecidas, que, vestidas de palhaço e com as caras pintadas, portavam cartazes e abordavam pessoas; ofereciam abraços gratuitos na avenida. Eu disse: “Não, obrigada.” Simplesmente porque eu não as conheço.

Tenho certeza que suas intenções são as melhores; quem sabe, acham que assim, farão do mundo um lugar melhor? Bem, eu não acho que seja este o caminho! Todos os dias, assistimos pela TV políticos e pessoas famosas que se abraçam e dão tapinhas nas costas, e isto não significa que se gostem ou se respeitem. Antes de cultivarmos o ato de abraçar as pessoas, precisamos aprender a cultivar o amor sincero e desinteressado por elas, e isto leva algum tempo. Mas, mesmo discordando destes métodos de abraços forçados entre desconhecidos, respeito quem os aprecie. Acho até bonito, mas não serve para mim.

Me desculpem, pessoas, se algum dia, por um acaso, vocês chegarem a ler este post; mas acho que abraço não deve ser gratuito; tem que ser dado com sentimento cultivado e verdadeiro. Abraço as pessoas de quem eu gosto, as pessoas que eu conheço e com quem me sinto confortável. Quem sabe, um dia vocês serão uma destas pessoas? Se isto acontecer, terei o maior prazer em abraçá-las.




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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...