witch lady

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Energia Psíquica - Parte I




Trechos do livro "Energia Psíquica," de Torkom Saraydarian


A Guardiã dos Portões


A energia psíquica constrói ao redor do corpo uma rede protetora,  às vezes chamada 'o escudo.' Essa rede protetora pode ser danificada pelo veneno que goteja de uma pessoa sob a forma de blasfêmia, irritação, calúnia e traição. Esses são chamados 'os quatro fogos destruidores.' Qualquer pessoa, após ter se engajado com esses quatro fogos destruidores, notará uma considerável transformação em seu caráter e saúde. A partir do momento em que a rede protetora for ocupada, o veneno e as forças negras do espaço acorrem para esta pessoa. São pessoas que, às vezes, assemelham-se a objetos tragados pela corrente de uma inundação. Perdem até o poder para sustar o seu comportamento destrutivo.






No Ensinamento, lemos que palavras blasfemas 'queimam o coração como lâminas incandescentes.'
A ausência da energia psíquica gera o fanatismo. O fanatismo tem graus variados, porém todos eles são destrutivos, não apenas para os fanáticos, mas também para os que se relacionam com eles.
Uma das formas de fanatismo é a hipocrisia. A pessoa pensa ser um anjo ou pensa ser uma vítima, e mantendo em sua mente esse pensamento tão cristalizado, agride a torto e a direito com traição, calúnia e malícia, para provar a sua própria santidade ou a frustração dos seus sentimentos. Essa pessoa aniquila todos os recursos do fogo do coração e engaja-se em ações destrutivas.
Todo aquele que estiver ligado ao fanatismo em campos políticos, sociais, religiosos ou outros deve saber que a energia psíquica partiu e que ele corre grande risco de cair em traição.







A energia psíquica sempre traz equilíbrio à consciência de um homem. Com a ajuda da energia psíquica, ele vê todos os aspectos de uma questão. Ele também se vê como é. Posteriormente, ele vê seus modos de vida passado e presente e, com uma atitude ponderada, tenta, primeiro que tudo, colocar a sua casa em ordem em vez de espalhar seu fanatismo sobre os demais.
Um fanático acha-se nas mãos dos fogos negros que logo consumirão todo o seu reservatório de combustível e o deixarão em uma condição lastimável.

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Os dons da energia psíquica são infindáveis e a pessoa pode receber esses dons aumentando o reservatório da sua energia psíquica.
A energia psíquica cresce à medida que uma pessoa começa a visualizar o caminho que leva ao Infinito e impõe a si mesma o desafio de lutar rumo à infinda trilha da perfeição.
Desespero, depressão, inércia, preguiça lentamente se dissiparão da vida de uma pessoa que compreender o futuro e ouvir o chamado do futuro.
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Pode-se ajudar a expansão de energia psíquica procurando não se limitar à matéria, tempo e espaço, sempre aspirando pelo infinito, pelo futuro.
Assim que alguém dá liberdade à sua energia psíquica, esta cresce e transforma-se em uma fonte de dons. Ele se torna uma torre de jóias, conforme mencionado no Lotus Sutra. ( o último ensinamento de Buda).



domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ajuda




Para sermos ajudados, é preciso que valorizemos a ajuda que recebemos. Ninguém consegue motivar outra pessoa por tempo indeterminado, se toda motivação e carinho recebidos por esta pessoa são jogados no bueiro, e se por escolha própria, ela decide permanecer inatingível.

 Ninguém pode, simplesmente, jogar-se nos braços de alguém e achar que encontrou a salvação de si mesmo. A ajuda de que necessitamos precisa estar também dentro de nós mesmos. Não existe alguém que irá, contra a nossa vontade, tirar-nos do fundo do poço onde nos jogamos se nem sequer estendemos a mão!

Sem fé, nada acontece; nem mesmo se o mundo inteiro decidir se mobilizar a fim de ajudar alguém, se esta pessoa não tiver fé na ajuda que recebe, e não colocar-se em posição receptiva, de nada adiantará. E quem tenta ajudar, sente-se em uma posição na qual suas energias estão sendo sugadas e desperdiçadas.

E todo esforço repetitivo que não obtém resultados, um dia cansa a musculatura.

Teu Pai







Teu pai é um estranho,
Pequeno Arlequim,
Deixou-te em mim
E foi-se embora
Na alva manhã
De quarta feira.

Não nos conhecemos,
Só nos vimos
Naquela vez,
E o rosto dele
Sob uma máscara
 Que encobria
Outra máscara,
Se desfez.

Teu pai é a noite,
Uma folia,
Fomos um encontro
De cigarro  e isqueiro,
No qual a breve chama
Consumiu o fumo
E apagou-se, 
Sem deixar cheiros.

Teu pai é um nome
Que eu não conheço,
Portanto, esqueça-o,
Pobre Arlequim,
O que te importa,
O que te resta,
É essa face
Que nasceu de mim.

*

Os Gatos- Charles Baudelaire





Os amantes febris, os sábios solitários
Amam de modo igual, na idade da razão,
Este orgulho da casa, os fortes gatos da mansão,
Pois, bem como eles, são frios e sedentários.

Amigos da volúpia e amigos da ciência,
Buscam a calma e o horror das trevas mais cruéis;
O Érebo tê-los-ia por seus fatais corcéis
Se pudessem mudar orgulho em obediência.

Adotam ao sonhar as nobres atitudes
De enorme esfinge a olhar além das solitudes,
A adormecer num sonho e que jamais termina;

Os seus fecundos rins tem mágicas cintilas,
E partículas de ouro, como areia fina,
Estrelam vagamente as místicas pupilas.

*

Charles Baudelaire, em As Flores do Mal




sábado, 9 de fevereiro de 2013

O Espelho da Lua




"Talvez a pior forma de fazer justiça: dar igual aos diferentes."




"A floresta é um lugar sagrado para os índios mas eles sabem que o sagrado está dentro de nós, e não fora. Para os Cristãos, a Igreja é um lugar sagrado e a hóstia um alimento sagrado- mas uma pessoa pode frequentar a Igreja, comungar com regularidade e não chegar nunca a um acordo consigo mesma.
Portanto, não importa se você aprende na floresta ou na Igreja. Se bebe chá sagrado ou toma hóstia sagrada. Se reverencia um pajé ou um rabino. E importa, menos ainda, praticar com perfeição um ritual.
As coisas que realmente importam não são coisas."



"Na floresta  a verdade é a natureza; às vezes é boa, às vezes é cruel, mas nunca nos engana.  O outro lado da verdade é a hipocrisia. Quem sabe que é um ser da natureza aceita  que pode ser bom e mau-mas não é hipócrita. E quem não é hipócrita olha para a verdade como ela deve ser vista: nua."




"As lições mais simples sã as mais difíceis de entender."




"Destino é escolha dom coração. O que viemos fazer neste mundo chama por nós desde crianças. Nosso destino é aquilo que sempre quisemos ser."




"Deus está em toda parte. Por isso é tão difícil saber onde Ele está."




"O que é nosso, a vida e o tempo não levam, ninguém  precisa se agarrar a nada. Se  a gente perde o que não é nosso um dia encontra: tão simples. Se perde para sempre é porque não era nosso. O que é nosso espera até o fim da vida e o fim do tempo."




"Toda força precisa do seu oposto para funcionar de maneira harmoniosa, qualquer energia pura é destrutiva; observe a Natureza. Aliás, quando não souber ao certo como proceder, observe a Natureza:  é o conselho de todos os colégios de magia."




"Toda grande história termina rápido. Com obstáculos intransponíveis, lágrimas no espectador e uma lembrança eterna no coração dos protagonistas. Toda grande história de amor é vivida na memória, mas não na realidade...................no entanto, todos nós conhecemos uniões que são compensadoras: o homem boêmio e gastador que se junta à mulher sensata e econômica , e a vida começa a dar certo. A mulher tímida que casa com o homem competitivo e vivem juntos por muitos, e vai por aí afora. Os 'casamentos' que resistem ao tempo são a unidade de almas opostas, não de almas gêmeas."




Do livro "O Espelho da Lua - Experiências de espiritualidade e xamanismo na Floresta Amazônica" de Maria Helena Nóvoa



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Versos ao Longo do Caminho - por Lu Narbot






Viagem

Há a tristeza
Se condensando
em mim
pela gota de chuva
pelo asfalto molhado.
Porque sou sozinha
neste momento apenas,
há a tristeza.
Diluo a tristeza
no pranto silencioso
e a volta
é a alegria
se condensando
em mim
pela gota de chuva
pelo asfalto molhado.





Urgências IV

É preciso
que eu seja
a minha própria voz
cantando as lutas.
É preciso
que eu seja
o meu próprio olhar
chorando as mágoas.
É preciso 
que eu seja
eu mesma
e o sofrimento da injustiça me pertença.





Confissão II

Quantas vezes
plasmei a tristeza
falsamente viva
em meu olhar egoísta.

Quantas vezes
esqueci da tristeza
verdadeiramente viva
em outros seres sozinhos.

Quantas vezes
só existi em mim
e esqueci de envergonhar-me.




Até as Pedras me Falam

Nos caminhos que palmilho
até as pedras me falam;
contam-me histórias tristes
de outros que aqui passaram
-e choraram;
falam também de crianças
que sobre elas brincaram
-estas riram;
uma moça passou chorando
outra nem sequer sorriu;
um homem andava apressado,
um velho arrastava os pés.
Foram tantas histórias
várias, de gente
-diferente
que pisou o mesmo chão.

Nos caminhos que palmilho
até as pedras falam.





Poemas do livro "Versos ao Longo do Caminho," de Lu narbot

Lu Narbot nasceu em São Paulo a 11 de dezembro de 1944. É formada em medicina pela Unicamp. Escreve versos como amadora, desde a adolescência. Tem uma página no Recanto das Letras.

Caindo Fora da Folia





Ligo a TV esta manhã, e deparo com um repórter entrevistando várias pessoas num baile de carnaval, em um clube local. Ele faz a todos a mesma pergunta: "Como está o Baile do * aqui em Petrópolis?" As respostas variam entre: "Show de bola!"  "Tudo de bom!" "Melhor impossível!" e "Bom demais." Tudo isto - perguntas e respostas - gritado a plenos pulmões, com uma música infernal ao fundo.

Mudo de canal. Mostram uma festa de rua em um outro estado, onde perguntas semelhantes são feitas e respostas semelhantes são dadas. Tudo também gritado a plenos pulmões ao som de uma banda infernal. Montes de gente gritando e pulando diante da câmera, alguns, visivelmente bêbados.

Eu odeio carnaval.

Se a gente não tem TV à cabo, estará sujeito a este tipo de programação durante, pelo menos, duas semanas - porque depois que o carnaval termina, tem a transmissão das apurações e dos resultados dos concursos, o desfile das campeãs, a cremação das tristezas... para minha tristeza. Graças a Deus, inventaram os canais de filmes. E este ano, não teremos carnaval de rua em Petrópolis, pois o prefeito destinou a renda do carnaval à saúde. Grande notícia, pois a saúde anda terminal por aqui.

Lembro-me de quando eu era adolescente, e saíamos fantasiados para a avenida. Era divertido! Um grupo grande de pessoas, muita vontade de se divertir, e nenhuma bebida alcoólica. Hoje, diversão tem outra cara. Uma cara que não gosto de ver. E acho que também ultrapassei aquela época. Nem consigo imaginar-me em um local como aquele que acabo de ver na TV, onde um monte de gente se acotovela no meio de um salão, suando, pulando, ao som de música berrante, a maioria, tão bêbada que nem sabe o que está fazendo. Bem, cada um tem seu conceito sobre divertir-se, e eu mesma já gostei desse tipo de coisa.

Estou ficando velha mesmo.

De qualquer forma, meu conceito sobre diversão mudou bastante. Não sei se isso acontece à maioria das pessoas, ou só às mais chatas. Para mim, hoje, divertir-se significa passear, viajar, ler um bom livro, ouvir música, conversar num grupo pequeno de pessoas, tomar um vinhozinho, escrever. Eu não aguento multidões. Não suporto calorão, música berrante e gente caindo de bêbada.

Mas o carnaval é uma fase, e como toda fase, acabará passando... resistirei corajosamente!

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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...