witch lady

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sábado, 13 de agosto de 2016

God is a Bad Student








He mixes up the verb tenses,
Makes many spelling mistakes,
Uses the wrong prepositions
And places all adjectives
After the nouns.

He forgets the punctuation,
Ignores the grammar rules,
Says things like “You’re the bestest”
Defying the laws of language.

But in the end, the composition
Makes so much sense to the readers,
When they stop their criticism
And accept the unpredictable!







MEDIDA




O que fazer
Quando sentimentos,
Saudades,
Pensamentos,
Tristezas,
Alegrias,
Não cabem em um poema?

O que fazer
Se não há significados,
Para o que mora
No coração,
Como memórias,
Sonhos guardados,
Desilusões,

E palavras como 
Gratidão,
Surpresa,
Beleza,
Música,
Harmonia
Perdem sua voz
À luz do dia?

Onde encontrar
Serenidade,
Entendimento,
Cumplicidade,
Encantamento?

Deixo minhas linhas
Subirem soltas
Ao céu que há,
Seja ele negro,
Cheio de estrelas,
Azul, dourado,
Branco de nuvens
Ou carregado
De tempestades!

O que fazer,
Como aceitar 
Que a poesia
-Esta palavra
Em si, completa –
Seja excluída,
Seja enxotada,
Seja banida?





quinta-feira, 11 de agosto de 2016

TAG







http://arteculturaespiritualidade.blogspot.com
Barbara e Érika (link acima)

Fui convidada para participar desta tag pelas meninas Bárbara e Érika, e aceitarei com muita honra!

Regras:
1. Escreva 11 fatos sobre você.
2. Responda as perguntas de quem te indicou.
3. Indique 11 blogs.
4. Faça 11 perguntas para seus indicados.
5. Cole o selo da Tag na sua Postagem.
6. Link de quem te indicou.

Bem, vamos aos onze fatos:

1- Escrevo muito, todos os dias. As pessoas se surpreendem sobre como encontro tempo para cuidar da casa, preparar aulas (trabalho em causa dando aulas de inglês) e escrever. Eu sempre respondo que basta ter um pouquinho de organização, e que quando a gente está se divertindo naquilo que fazemos, o tempo não é problema.

2- Adoro ler. Leio muito também, embora não tanto quanto antigamente. Hoje em dia, por praticidade, economia e comodidade, leio mais através do meu Kindle do que de livros de papel, embora não tenha ‘dispensado’ os mesmos. 

3-Tenho alguns e-books publicados pela amazon.com.br. Também tenho vários blogs (Acho que são seis no momento: Expressão, Passagem (apenas textos de outros autores, músicas e vídeos), Nada a Dizer (apenas imagens), From My Window (escrito em inglês), A Casa & a Alma (sobre a casa e seus habitantes) e Histórias (apenas contos, novelinhas e lendas).  Também escrevo no Recanto das Letras, onde mantenho um site, “By Ana Bailune.” Tenho um livro de papel publicado em 2012, “Vai Ficar Tudo Bem.” Ele foi escrito em homenagem ao meu sobrinho Ricardo Alves da Cruz, falecido em 2011.

4-Sou casada, não tenho filhos por opção, nasci em 29 de setembro e completarei 51 anos em 2016. O tempo voou...

5-Adoro o frio. Se pudesse, viveria em um país como a Irlanda, Escócia, Ilha de Man ou o interior da Itália. O calor faz com que eu me sinta fisicamente mal: fico muito inchada, indisposta, tenho dores de cabeça e mal consigo me mexer quando está muito quente. O frio, ao contrário, faz com que eu me sinta viva e bem-disposta. É uma questão física mesmo.

6-Não tenho muitos amigos. Fico muito tempo sozinha durante a semana, a não ser quando meus alunos chegam. Mas como a Érika e a Bárbara, também não me sinto só. Eu gosto de ficar sozinha para fazer o que eu quiser: brincar com meus cães, assistir TV, caminhar, escrever, ler, ouvir música, limpar minha casa. Me sinto muito bem em minha própria companhia. 

7-Porém, adoro receber pessoas, fazer uma comidinha, acender a lareira, enfeitar a varanda com velinhas acesas, incensar a casa, arrumar tudo bem bonito para receber as pessoas. 

8- Não gosto de multidões, e me afasto delas. Eu me sinto mal, quase em pânico quando estou no meio de uma porção de pessoas que não conheço, sem poder sair facilmente. Gosto de poder andar e ir aonde eu quiser com facilidade, sem me sentir presa.

9-Meu objetivo de vida tem mais a ver comigo mesma: quero sair daqui um pouquinho melhor do que quando eu cheguei, e faço o que posso para isso. Não tenho medo nenhum de morrer, mas gosto da vida. 

10-Amo animais, e estar junto da natureza. Minha casa tem um pequeno jardim, e fico muito tempo por lá cuidando das plantinhas, brincando com meus cães ou simplesmente sentada, olhando em volta. Adoro o vento e o sol de inverno. Tenho medo de água, pois não sei nadar, mas adoro o mar, os rios e os lagos. Adoro a natureza, a chuva e as árvores. Para mim, árvores são criaturas sábias e mágicas.

11-Não tenho religião, mas dizem que sou religiosa. Às vezes, quando estou com alguém, me vêm coisas à cabeça que eu sinto que preciso dizer a elas, e eu digo. Não são necessariamente premonições, mas recados, e por incrível que pareça, não sei de onde surgem, mas eu sempre acerto. Sou muito sensível às energias de lugares e pessoas, e sinto logo quando algo não está bem. Muitas vezes tenho sonhos premonitórios – já escrevi sobre eles – e as pessoas gostam de me contar seus sonhos. Às vezes, elas me telefonam para isso! Estudei muito a interpretação de sonhos, e acho que sei um pouquinho sobre o assunto.


As 11 perguntas serão:

1. Qual filme marcou sua vida?
Sob o Sol da Toscana. Adoro!

2. O que a pessoa precisa fazer para ganhar sua confiança?
Nunca mentir para mim, nem que seja para adoçar a minha vida. Prefiro as verdades difíceis às mentiras fáceis. Respeitar meu espaço e minha privacidade. Acima de tudo, gosto de pessoas que sinceramente  se alegram com a alegria alheia. Detesto gente invejosa. E sinto de longe o cheiro da tentativa de manipulação. Não tentem me manipular ou me adular a fim de conseguir algo de mim, pois a única coisa que conseguirão, é a minha distância.

3. Escreva uma crítica (boa ou ruim), sobre a sociedade.
A sociedade está superficial demais. Qualquer um é chamado de ‘amigo’, e todo mundo manda memes dizendo ‘eu te amo’ para pessoas que nunca viram. Enquanto isso, desprezam os que estão por perto, em casa. Há muita hipocrisia nos dias de hoje. Por outro lado, eu amo a tecnologia, acho que vivemos tempos muito positivos neste sentido.

4.Você se inspira em alguém?
Quando comecei a escrever, inspirava-me em Cecília Meireles. Amo de paixão.

5. Como se imagina daqui a 11 anos?
Mais velha. 

6. Que estilo literário você gosta mais?
Qualquer um, desde que seja interessante.

7. Qual seu lugar favorito para ler?
Em meu jardim ou em meu quarto.

8. Qual o livro que você mais chorou?
Uma Arma Para Johnny, de Dalton Trumbo. Eu era uma adolescente quando o li, e minha mente não estava preparada para sua crueza.

9. O que te motiva a ter um blog?
O fato de eu realmente amar escrever, e também me divirto mudando os templates toda hora.

10. O que mudou em você ao ter um blog?
Nada.

11. O que faz você ficar feliz?
Estar junto do meu marido, principalmente aos sábados, quando temos tempo de sair para almoçar, fazer compras, ou passear. Brincar com meus cachorros também me deixa feliz. Dar minhas aulas. Cuidar da casa. Passear. Estar com pessoas que eu gosto. 


Blogs indicados:

Vou burlar a regra aqui... gostaria que participassem todos os blogs que sentirem vontade de participar. Você aí que está lendo, seja meu convidado!





...E Depois de Tudo...








Fui uma crítica ferrenha da realização das Olimpíadas no Brasil, já que pensava que nós faríamos muito feio, pois não temos condições financeiras de sustentar um evento deste porte.

Dei ambos os braços a torcer: o evento de abertura foi muito bonito, mais até do que muitos que vi por aí, ao longo dos anos. Após os problemas na Vila Olímpica serem resolvidos, tudo ficou bem.

Achei muito fora de lugar a tentativa de manifestação “Fora, Temer” de Caetano Veloso e de algumas outras pessoas, pois não era a hora e nem o lugar certo para estas manifestações. Também achei mal-educada e desnecessária a vaia que deram ao Presidente em exercício Michel Temer (assim como lamentei a vaia que deram à Dilma na Copa do Mundo; quem duvida, procure em meus textos antigos).

Uma certeza que me ficou, e pela qual eu lamento muito, é que temos sim, capacidade para organizar eventos deste porte e até maiores que este; podemos mudar as cidades em um curto espaço de tempo, melhorando as condições dos hospitais, escolas, bairros e estradas. Ainda não estive no Rio após as reformas para as Olimpíadas, mas todo mundo anda dizendo que a cidade está irreconhecível de tão bonita – pelo menos, nos locais junto ao evento.

Dói em mim a certeza de que temos tanto potencial, somos um país imenso e cheio de riquezas, e que não decolamos ainda porque uma minoria de abutres fica sempre às portas da cozinha esperando a bandeja com os banquetes passar a fim de devorarem tudo rapidamente, de modo que nada reste para ser servido aos demais convidados. Eles se empanturram do bom e do melhor, e o que nos resta é o que sobra.

Mas eu sinto que alguma mudança, mesmo que sutil, está acontecendo; as pessoas estão ficando mais críticas e mais espertas. Não estão acreditando mais em histórias bonitas e exemplos de vida cobertos de verniz por cima e podridão por baixo. Tomara que este seja um bom sinal, e que o futuro deste país seja algo mais do que hoje vemos. Gostaria de um dia estar bem velhinha, andando pelas ruas com segurança, desfrutando da minha aposentadoria, podendo dispor de um serviço de saúde bom, que dispense a necessidade de pagar por um plano, e ao passar por uma escola, que eu possa ver jovens ajustados e bem-educados.

Será uma utopia? Se for, precisamos das utopias, porque elas nos impulsionam aos sonhos possíveis. 





quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Leandro Israel - Poeta Petropolitano









Bela Casa Tem Cor


Beleza sem par deve ter esta casa,
Em noites trevosas renadas por raios,
Lamentos sacodem os frágeis balaios,
Acendem as chamas que dormem na brasa.

Caráter bendito propõe real asa,
Atende o clamor dos senis papagaios,
Subtrai tempestades com seus para-raios,
Aciona sinais que o ventrículo embasa.

Trafegam distantes as lágrimas vãs,
E trazem suaves perfumes os ventos,
Maléficos sons são dos átrios expulsos.

Com as mais belas cores infindas manhãs,
O céu apresenta depois dos tormentos,
Reduz as vitórias dos falsos impulsos.




Poema de Leandro Israel







COSTURA




Segura firme
As linhas poucas
Da tua costura,
Pois que elas abrem,
Pois que elas fendem,
Pois que elas mostram
O que te resta
Da tua pouca
Compostura!

Estica a linha,
Passa na agulha,
Costura o rasgo
Dessa lisura,
Que só atesta
O que te resta,
Essa fratura
Na tua testa!

Prende bem forte
Borda por cima
Um sol ardente
Nesse teu medo,
Nesse teu asco
Que nunca mente
Sobre a mentira
Que é tua vida:
Retalho podre
De podre  fita!







terça-feira, 9 de agosto de 2016

Atenção







Você já reparou o que acontece quando negligenciamos a conservação e a limpeza de uma casa? Logo, logo, as coisas começam a falhar: os canos entopem, o reboco cai, as madeiras apodrecem. É muito desagradável ficar em um ambiente assim, onde tudo parece caótico e coberto de sujeira. 
Muitas vezes, negligenciamos também uma coisa muito importante: o nosso espírito. A nossa alma. 

Você reza? Tem alguma fé? Não, não falo de religão, pois ter uma religião não significa, necessáriamente, ter fé verdadeira ou ser uma boa pessoa. Eu estou falando de fé na vida, em você mesmo, em um santo, ou em qualquer coisa que sirva de estímulo. Todo mundo precisa ter um lugar para onde correr quando as coisas dão errado - e elas sempre dão errado uma vez ou outra. E rezar não é apenas dizer palavras decoradas enquanto  pensa no que vai fazer para o almoço, ou na ida ao shopping center. Rezar é abrir a alma para algo maior que a gente, e conversar, pedir orientação, agradecer.


Agradecer.


A gente vive negligenciando também a necessidade de agradecer pelas coisas que temos: água nas torneiras, comida sobre a mesa, roupas, abrigo, amigos, família, acesso à cultura, saúde e tantas outras coisas que são muito importantes na vida, mas que só sentimos a sua falta quando elas se vão. 

Eu acho melhor a gente prestar atenção. De nada dianta querer recuperar algo que perdemos porque desvalorizamos, negligenciamos, fizemos POUCO CASO. 

Às vezes, sentimos falta de alguém que se afastou, mas nos esquecemos de perguntar o que causou tal afastamento. Culpamos a pessoa que está distante, chamando-a de orgulhosa ou indiferente, mas raramente paramos para examinar o que fez com que tal pessoa preferisse se distanciar de nós. 

Não prestamos atenção. Não agradecemos. Nos esquecemos da gentileza, do respeito, do carinho e do amor. valorizamos coisas que não são realmente importantes, enquanto chutamos para escanteio as coisas vitais. 

Até que a vida escuta e compreende, e deixa de insistir. Perdemos para sempre algo valoroso, porque não prestamos atenção. E voltar por um caminho que ficou coberto de capim e dejetos pode ser muito difícil- muitas vezes, impossível.



SEMANA AZUL DA ROSÉLIA - ESTÍMULO PARA VIVER








Rosélia, grata pelo convite, e eis a minha participação.


Há momentos em que nos sentimos cansados; poderá ou não haver um motivo óbvio para este cansaço, porque nem sempre conhecemos seus motivos; o cansaço das coisas pode estar em algum fato que nos recusamos a enxergar, pois admiti-lo nos obrigaria a tomar uma atitude para a qual não nos sentimos preparados, como por exemplo, um relacionamento falido, um emprego que já não nos sustenta mais a alma, a casa da qual não gostamos. Porém, enquanto continuarmos a negar o óbvio, tentando socá-lo com força para algum lugar dentro de nós onde ele esteja obscurecido e temporariamente invisível, tal cansaço não desaparecerá, podendo transformar-se em algo bem mais complicado, como uma doença ou depressão.

Precisamos de coragem. É só através de um olhar cuidadoso sobre nós mesmos e nossos motivos, que encontraremos o estímulo necessário para fazer de nossas vidas o que é certo a fim de podermos ser felizes. Alguns precisam de ajuda profissional, ou de uma conversa sincera com alguém a quem respeitem e em quem confiem. O olhar atento da outra pessoa, sob um outro ângulo de visão, pode nos esclarecer pontos que não estamos enxergando. 

Quando eu preciso de estímulo para viver, eu paro e penso nas coisas que eu tenho feito ou ouvido a fim de encontrar os motivos de estar me sentindo desestimulada: será alguma coisa que eu não tenho feito? O que está me desagradando? Será aquele pequeno comentário maldoso que na hora pensamos ignorar, mas que fica martelando dentro da nossa cabeça, até causar uma rachadura profunda na minha autoestima? E se for isso, é porque eu com certeza estou dando a alguém poder sobre mim e sobre meus sentimentos e pensamentos! A única pessoa que deve ser capaz de ter este poder sou eu mesma.

Seja qual for o motivo, o estímulo de que necessitamos raramente durará, mesmo que aqueles que tentem nos motivar tenham tempo e paciência suficientes para tal coisa, pois a motivação duradoura e eficaz que cada um precisa, não vem jamais de fora. Ela só vem de dentro. 
Você já tentou motivar alguém que tem uma visão negativa sobre si próprio? Na hora em que o fazemos, a pessoa se mostra disposta e receptiva, e alguns dias depois, lá vem ela novamente, choramingando, dizendo que quer desistir de tudo e procurando pelo nosso apoio como se fossemos bengalas emocionais! Impossível motivar alguém assim sem que nossas energias sejam constantemente sugadas. 

O estímulo para viver é uma coisa que deve ser cultivada por todos nós, e devemos criar as nossas próprias fontes de estímulo. E existem muitas! Minhas favoritas são: conversar com meu marido, ficar junto da natureza, brincar com meus cães, ler, escrever, escutar boa música, sair para caminhar, assistir a algo interessante na TV, sentar lá fora no jardim e pensar na vida, fazer planos. Espero que você encontre a sua.



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

HEROÍSMO






Estamos nos aproximando dos tempos em que os heróis começarão a aparecer novamente, com suas promessas de um mundo melhor e resolução de todos os nossos problemas. Melhor estarmos atentos! Verdadeiros heróis não são aqueles que fazem propaganda de si mesmos. Eles estão inseridos no contexto do dia-a-dia, e nem sequer sabem de seu heroísmo. Se alguém lhes dissesse o quanto são corajosos, diriam que estão apenas fazendo o melhor que podem daquilo que a vida lhes concedeu.

Quando se pensa em heroísmo, logo nos vêm à cabeça fama, grandes feitos, realizações gigantescas, fatos históricos. É muito difícil que alguém veja como heróis a dona de casa que cuida com amor de sua família, o professor que atua em sala de aula recebendo um salário longe de digno, os homens que viajam na caçamba de um caminhão de lixo respirando aquele cheiro horroroso, catando o lixo que a maioria produz, sem segurança nenhuma, e sem reconhecimento. Ninguém enxerga como heróis as tantas pessoas que saem cedo de casa toda manhã, geralmente às quatro, e pegam duas ou três conduções para chegar ao trabalho, e no final do dia, fazem o mesmo percurso – já cansados de tanto trabalhar. Para muitos que se julgam heróis, estas pessoas tem um nome: fracassados.

Todo herói necessita de pessoas que acreditem em seu heroísmo. Geralmente, os heróis criam um problema e depois aparecem como os receptáculos das soluções disponíveis, que só eles possuem. E como a maioria das pessoas tem preguiça de pensar por si mesmas, elas se tornam presas fáceis entre os dentes desses predadores, que lhes cobrem de promessas nas quais elas acreditam porque é mais fácil sonhar com alguém que lhes dê casa, comida, saúde e educação do que tentar trabalhar e obter estas coisas através dos próprios esforços. Os heróis causam as condições miseráveis nas quais o povo que crê neles vive, e depois aparecem com palavras bonitas, roupas bonitas, lágrimas falsas e, após se estabelecerem, deixam tudo como está, para que da próxima vez, eles tenham o que prometer aos que os elegem.

Se alguém olhar através do telescópio de um herói, verá que lá adiante estão os objetivos e interesses que ele quer alcançar: mais dinheiro, mais conforto, mais poder; não para os que acreditam neles, mas para si mesmos! E se alguém olhar com atenção para o caminho que este herói deixou para trás, verá rastros de ódio, vingança e complexo de inferioridade.

Os heróis só são heróis porque contam com aqueles que morreriam por eles tentando alcançar uma salvação que não existe. Não veem que ninguém fará com que tenham uma vida melhor, a não ser eles mesmos. A causa do herói é apenas um amontoado de palavras bonitas e impraticáveis, pois tudo o que existe no que eles pregam, é a falácia. A causa é algo que eles construíram para que seus súditos tenham algo em que acreditar, lutando para que seus heróis alcancem seus objetivos mais rapidamente, sem nem sequer perceberem que estão sofrendo a mais torpe forma de manipulação.

Deus nos proteja dos heróis, e que possamos um dia não mais depender deles. Mas acho que isto só acontecerá quando nos dermos conta de que os grandes heróis de nossas vidas, que defenderão as nossas causas, somos nós mesmos, e mais ninguém.




Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...