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sábado, 4 de janeiro de 2014

FHC - "ASSIM NÃO PODE! ASSIM NÃO DÁ..."




Adoro pessoas diretas, e sempre admirei Fernando Henrique Cardoso por esta qualidade, e também pela sua inteligência. Vai, finalmente, minha pequena homenagem a ele. Posto aqui alguns de seus pensamentos.



"Chega dessa república do nhem-nhem-nhem."



"Nem o presidente nem os ministros são acrobatas de circo para fazer piruetas, receber aplausos e desaparecer nos bastidores."





"Os brasileiros são caipiras, desconhecem o outro lado, e, quando conhecem, encantam-se."





"A angústia é parte da condição humana. Não se pode deixar que a angústia da morte nos paralise. A resposta está no convívio com os outros. Não se vive sem amizade, sem amor, sem adversidade."




"Ser realista implica também reconhecer o inexplicável. O que surge. O de repente. É preciso saber se adaptar a isso."




"Finalmente fez-se justiça no caso do mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas lutou com desprendimento. Estão presos ao lado de outros que se dedicaram a encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro público. Mais melancólico ainda é ver pessoas que outrora se jogavam por ideais – mesmo que controversos – erguerem os punhos como se vivessem uma situação revolucionária, no mesmo instante em que juram fidelidade à Constituição.
Onde está a Revolução? Gesticulam como se fossem Lenines que receberam dinheiro sujo, mas usaram – no para construir a “nova sociedade”. Nada disso: apenas ajudaram a cimentar um bloco de forças que vive da mercantilização da política e do uso do Estado para perpetuar-se no poder. De pouco serve a encenação farsesca, a não ser para confortar quem a faz e enganar a seus seguidores mais crédulos.
Basta de tanto engodo. A condenação pelos crimes do mensalão se deu em plena vigência do Estado de Direito, em um momento no qual o Executivo é exercido pelo Partido dos Trabalhadores, cujo governo indicou a maioria dos ministros do Supremo. Não houve desrespeito às garantias legais dos réus e ao devido processo legal.
Então por que a encenação? O significado é claro: eleições à vista. É preciso mentir, autoenganar-se e repetir o mantra. Não por acaso a direção do PT amplifica a encenação e Lula diz que a melhor resposta à condenação dos mensaleiros é reeleger Dilma Rousseff... Tem sido sempre assim, desde a apropriação das políticas de proteção social até a ideia esdrúxula de que a estabilização da economia se deveu ao governo do PT. Esqueceram as palavras iradas que disseram contra o que hoje gabam e as múltiplas ações que moveram no Supremo para derrubar as medidas saneadoras. O que conta é a manutenção do poder.
Em toada semelhante o mago do ilusionismo fez coro. Aliás, neste caso, quem sabe, um lapso verbal expressou sinceridade: estamos juntos, disse Lula. Assumiu meio de raspão sua fatia de responsabilidade, ao menos em relação a companheiros a quem deve muito. E ao país, o que dizer?
Reitero, escrevo tudo isso com melancolia, não só porque não me apraz ver gente na cadeia, embora reconheça a legalidade e a necessidade da decisão, mas principalmente porque tanto as ações que levaram a tão infeliz desfecho como a cortina de mentiras que alimenta a aura de heroicidade fazem parte de amplo processo de alienação que envolve a sociedade brasileira.
São muitos os responsáveis por ela, não só os petistas. Poucos têm tido a compreensão do alcance destruidor dos procedimentos que permitem reproduzir o bloco de poder hegemônico; são menos numerosos ainda os que têm tido a coragem de gritar contra essas práticas.
É enorme o arco de alianças políticas no Congresso cujos membros se beneficiam por pertencer à “base aliada” de apoio ao governo. Calam-se diante do mensalão e demais transgressões, como se o “hegemonismo petista” que os mantém seja compatível com a democracia.
Que dizer então da parte da elite empresarial que se serve dos empréstimos públicos e emudece diante dos malfeitos do petismo e de seus acólitos? Ou da outrora combativa liderança sindical, hoje acomodada nas benesses do poder?
Nada há de novo no que escrevo. Muitos sabem que o rei está nu e poucos bradam. Daí a descrença sobre a elite política reinante na opinião pública mais esclarecida. Quando alguém dá o nome aos bois, como, no caso, o ministro Joaquim Barbosa, que estruturou o processo e desnudou a corrupção, teme-se que ao deixar a presidência do STF a onda moralizante dê marcha a ré. É evidente, pois, a descrença nas instituições. A tal ponto que se crê mais nas pessoas, sem perceber que por esse caminho voltaremos aos salvadores da pátria. São sinais alarmantes.
Os seguidores do lulopetismo, por serem crédulos, talvez sejam menos responsáveis pela situação a que chegamos do que os cínicos, os medrosos, os oportunistas, as elites interesseiras que fingem não ver o que está à vista de todos. Que dizer então das práticas políticas? Não dá mais! Estamos a ver as manobras preparatórias para mais uma campanha eleitoral sob o signo do embuste.
A candidata oficial, pela posição que ocupa, tem cada ato multiplicado pelos meios de comunicação. Como o exercício do poder se confundiu, na prática, com a campanha eleitoral, entramos já em período de disputa. Disputa desigual, na qual só um lado fala e as oposições, mesmo que berrem, não encontram eco. E, sejamos francos: estamos berrando pouco.
É preciso dizer com coragem, simplicidade e de modo direto, como fizeram alguns ministros do Supremo, que a democracia não se compagina com a corrupção nem com as distorções que levam ao favorecimento dos amigos. Não estamos diante de um quadro eleitoral normal. A hegemonia de um partido que não consegue se deslindar de crenças salvacionistas e autoritárias, o acovardamento de outros e a impotência das oposições estão permitindo a montagem de um sistema de poder que, se duradouro, acarretará riscos de regressão irreversível.
Escudado nos cofres públicos, o governo do PT abusa do crédito fácil que agrada não só os consumidores, mas em volume muito maior, os audaciosos que montam suas estratégias empresariais nas facilidades dadas aos amigos do rei. A infiltração dos órgãos de Estado pela militância ávida e por oportunistas que querem se beneficiar do Estado distorce as práticas republicanas.
Tudo isso é arqui-sabido. Falta dar um basta aos desmandos, processo que, numa democracia, só tem um caminho: as urnas. É preciso desfazer na consciência popular, com sinceridade e clareza, o manto de ilusões com que o lulo-petismo vendeu seu peixe. Com a palavra as oposições e quem mais tenha consciência dos perigos que corremos."





Fernando Henrique Cardoso





FONTE: O PENSADOR

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Primeira Chuva do Ano






A primeira chuva do ano está acontecendo agora, e é claro, eu não poderia deixar de ficar debaixo dela! Nada melhor para lavar o corpo e a alma e começar com o pé direito...

Depois do calorão denso e pesado, a chuva caiu como uma luva!



Reflexão





Não tenho mais faces a oferecer. A única que sobrou-me inteira, é a que levarei para o resto da minha vida, e não desejo vê-la ferida pelas mesmas pessoas novamente.

 Às vezes, o silêncio contém todas as coisas das quais precisamos saber. Lançamos um argumento, e quando recebemos de volta o silêncio, é porque já sabemos a resposta: estamos certos! Aquilo que mais temíamos é a verdade. Não há mais lugar para dúvidas ou achismos.

Jamais imponho minha presença aonde não sou desejada, e jamais traio aqueles que um dia me estenderam a mão. Talvez estas sejam algumas das pouquíssimas virtudes que aprendi a cultivar e que carrego comigo. Sei que às vezes sou uma pessoa difícil - daquelas que não gosta de levar desaforos para casa e não baixa a cabeça com medo das guilhotinas embutidas nas línguas alheias. Prefiro tê-la decepada a curvar-me por medo de solidão ou por pura convenção. Mas mesmo sendo uma pessoa  difícil, sei que trago limpa a minha consciência, e esta certeza faz com que meu sono seja tranquilo.

Não tenho medo da solidão, e nem trocaria minha paz de espírito para estar na companhia de pessoas que nunca aprenderam a apreciar minhas qualidades. Demorou, mas aprendi, e sinto, cada vez mais, que esta é parte da minha missão nesta vida: seguir em frente, apreciar a minha própria companhia e procurar pela companhia apenas de pessoas que me respeitem e gostem de mim.

Se, a partir de hoje, eu tiver que tomar partido de alguém ou defender alguma causa, tomarei partido de mim mesma, e a causa defendida, será a minha. Jamais tentarei propor reconciliações entre pessoas cujo objetivo parece ser apenas o de demonizar os outros, causar rupturas e formar grupinhos, os 'do lado de cá' contra os 'do lado de lá.' Essa brincadeira cansa, desgasta, não leva a nada e é um desperdício de vida. Meu ouvido jamais voltará a ser o receptáculo de maledicências e vitimizações. E, no fim das contas, todo mundo fica "bem". Menos a gente.

A vida é curta por aqui, e mesmo que seja eterna e dure para sempre, não é uma desculpa para desperdiçá-la.

Muito tempo desperdiça-se com ingratidões de todos os tipos. Algumas pessoas, mesmo que alguém tire as próprias calças a fim de ajudá-las, no fim, não demonstrarão sequer um pingo de gratidão ou solidariedade. Na primeira oportunidade, jogarão no lixo o que receberam. E ainda reclamarão que a ajuda foi pouca. Porque não são felizes. Não sabem ser felizes. Ao serem ajudadas, sentem-se diminuídas. Como esperar despertar em pessoas assim coisas como união, amizade e solidariedade? E como decepcionar-se com elas, se é exatamente desta maneira que elas sempre agem?

Apenas uma reflexão de ano novo.



DESÍGNIOS






Sobre cada portão, um signo,
A fatalidade é um desígnio,
Arranca sementes da flor, prematuras.

Às vezes, folhas verdes tombam,
Da árvore da vida, os escombros
Secam no chão que os acolhe.

Mas todas as flores e folhas
São feitas dos mesmos goles
Dos sumos das mesmas seivas.

E às vezes, a vida colhe
As flores que enfeitam seus vasos
Bem antes que elas desfolhem.





segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

...E Ela Cantarolava...




E ela cantarolava
Enquanto arrumava a casa,
Guardando nos seus lugares
Cada coisa, cada caixa,
Limpando seu coração
E também o nosso chão...
Às vezes, ela gritava,
De pura insatisfação...

E ela cantarolava,
Wando, Iglesias, ou Roberto,
Cortava, assim, as cebolas
Que a faziam chorar...
Cozinhava outro jantar,
Lavava, mas não passava
A dor que ela trazia...
Mesmo assim, ela cantava!

E ela plantava flores
Canteiros que ela cuidava;
Escondia os dissabores
Da vida que ela levava
Por sob os panos de prato
Que no arbusto, ela coarava.
Cabeça cheia de sonhos
Distantes, que ela guardava...

E ela cantarolava,
E eu abria meus cadernos
Sobre a mesa de madeira
Enquanto eu só estudava;
Tanta coisa eu aprendia,
Outras, que eu só decorava...
E ela apontava o dedo
Na página mal-pintada.

E ela cantarolava
Tentando esquecer as perdas
Dos que a morte levava,
Enquanto espanava a sala.
Depois de pronta a comida,
A gente então se sentava
Em frente à Sessão da Tarde;
E assim, a vida passava...

Para Minha Mãe

Às vezes, a lembrança é como um passarinho que pousa na janela.




domingo, 29 de dezembro de 2013

HAIKAIS









Gota de orvalho
Um pequeno milagre
Brilha na folha.










Passa o riacho
Corta a noite ao meio
Levando a lua.










Zilhões de estrelas
Quais sinos cintilantes
Dobrando brilhos.










A joaninha
De um voo de bolinhas
Pousa em meu braço.










Sinos pendentes
Psicografam o vento
Aos meus ouvidos.










De manhãzinha
Um sol preguiçoso
Estica os raios.







Gotas pesadas
Saraivam poças d'água
Balas de chuva.



GOETHE




Alguns pensamentos de Goethe







"O mais belo dito é depreciado, se o ouvinte tem ouvidos moucos."







"Nada podes fazer; tudo está insensível. Não te importes: a pedra lançada no lodaçal não traça círculos."









"Todas as coisas são metáforas."







"Nós somos nossos próprios demônios, nós nos expulsamos do nosso paraíso."





"Conhecer alguém que pensa e sente como nós, e que embora distante está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado."







"Gosto daquele que sonha o impossível."










Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt, Maio 28 de agosto de 1749— Weimer,, 22 de março de 1832) foi um escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção literária, e influenciado pelo também escritor alemão Friedrich Schiller, Goethe se tornou o mais importante autor do Classicismo de Weimar. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo. - Wikipedia



sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

No Jardim com as Mangas Carlotinhas




Acabei a minha limpeza de final de ano - digo, parte dela. Faz calor.  Ainda cansada e suada, abro a geladeira e pego algumas deliciosas mangas Carlotinha - aquelas pequenininhas que tem um tom alaranjado forte, e são macias e doces, doces - e vou lá para fora, sentar na grama com uma faquinha de cozinha.

Manga é fruta para se comer no quintal. Tem que deixar o sumo escorrer pelos braços, sujar o rosto, ficar cheia de fiapos entre os dentes. Comer manga com garfo e faca causa uma drástica redução no sabor da fruta. Não tem graça.

Lembro-me que quando eu comecei a trabalhar, lá pelos idos dos meus dezenove, vinte anos, eu e meu namorado (atual marido) costumávamos sair do trabalho ainda com dia claro (era horário de verão) e comprávamos um saco enorme dessas mangas. Ao chegarmos em minha casa, eu as descascava e fazia sorvete. Duas horas depois, nós desfrutávamos daquela iguaria deliciosa, que é o sorvete de mangas Carlotinhas. Dá um pouco de trabalho descascá-las e picá-las em número suficiente para fazer um bom sorvete, pois elas são bem pequenas, mas vale a pena. Eu fazia assim:

Após descascadas e picadas, eu as colocava com um fiozinho de água no liquidificador; mas um fiozinho de nada, só para dar consistência para bater. Depois, eu despejava nas forminhas. Não colocava leite, aúcar, nada. Eram cubinhos da pura fruta. Bom demais!

As mangas contém vitamina C e são ricas em iodo. Quem tem problemas de tireoide, deve consumi-las em abundância. Também ajudam bastante a quem tem o intestino preso. Além de consumidas puras ou em forma de sorvete, ficam deliciosas quando usadas no preparo de  molhos para acompanhar truta e salmão, e também em sucos e saladas de frutas. 

Quando estive no Pará - terra conhecida pela variedade de frutas que a gente não encontra por aqui - havia mangueiras frondosas plantadas ao longo de quase todas as ruas em Belém. As mangas caíam no chão e apodreciam. O mais intrigante, é que quando pedíamos suco de mangas em restaurantes ou lanchonetes, ninguém tinha... tinham laranja, graviola, cupuaçu, abacaxi, limão, enfim, todas as frutas imagináveis, menos a manga. 

Até mesmo o ouro, quando em grandes quantidades, perde o valor.



OITO RAZÕES PARA ODIAR O NATAL





OITO RAZÕES PARA ODIAR O NATAL

TEXTO TRADUZIDO DA INTERNET DO ORIGINAL DE Marc Lallanilla “Eight Reasons to Hate Christmas”

Procurando na rede material natalino para meus alunos, algo que fugisse ao lugar comum e a letra da canção “Happy Christmas” de John Lennon, deparei com esta pérola de artigo em um site, escrito por Marc Lallanilla. O original é longo demais para ser usado em sala de aula, e tomei a liberdade de resumir algumas partes tentando não apagar o brilhantismo do autor.
Quem desejar conferir o texto original, basta ir atéWWW.greenliving.about.com.

Aqui estão as oito razões para se odiar o natal, segundo o autor:

1) Toneladas de lixo natalino
O EPA (Environmental Protection Agency – Agência de Proteção Ambiental) determinou que a quantidade de lixo doméstico nos Estados Unidos aumenta em mais ou menos um milhão de toneladas entre o dia de Ação de Graças e o Ano Novo, e a maioria deste lixo está relacionada às embalagens de presentes de Natal, caixas natalinas, etc... O que acontece a este milhão de toneladas extra? Ele vai para um valão a fim de apodrecer. Visto por uma perspectiva ambientalista, o natal é um desastre não-natural de proporções titânicas.

2) A Música Natalina é lixo
Quantas vezes uma pessoa inteligente consegue ouvir algo como Andy Williams (que jurou que Barak Obama é marxista) berrar “White Christmas”? Quantas vezes em um dia comum pode alguém ouvir as mesmas cansativas canções natalinas soando em cada loja de departamento, mercearia, drograria, shopping Center e loja de informática da América? Até mesmo preciosidades natalinas modernas como “Fairy Tale of New York”, de The Pogues, ou “River,” de Joni Mitchel, tornam-se velhas após 3.892 execuções. Já basta! Cancelem as canções natalinas!

3) As Compras natalinas fedem
A grotesca orgia consumista na qual o natal se transformou é absurdamente estúpida. E sob um ponto de vista econômico, o grau de endividamento causado pelo consumo que acontece entre Ação de Graças e Natal, fariam Calígula corar de vergonha. A quantidade de lixo barato feito na China, freneticamente disputada entre homens e mulheres alucinados é uma forte razão para cancelar o natal imediatamente.

4) O Natal começa cedo demais
Se comemorações fossem doenças, o Natal seria um câncer -um câncer mortal e rapidamente propagável. Ele já tomou a Ação de Graças, espalhando-se pelo Ano novo, e está se estendendo pelo Halloween também. (Na verdade, enquanto eu escrevo, é setembro, e algumas lojas já estão exibindo lixo natalino). Isto significa em média, um terço do ano devotado à perversa imitação do que costumava ser um feriado religioso. E as dívidas de cartões de crédito nas quais afundamos, é claro, duram através do verão e além! Assim, como qualquer especialista em câncer irá dizer-lhe, temos que remover cirurgicamente o tumor crescente do natal, e usar quimioterapia pesada para evitar que as células do câncer natalino se espalhem.

5) Natal X saúde mental
É amplamento aceita a ideia de que os níveis de depressão e suicídio aumentam durante o período de festas. Não é de se espantar: uma tsunami esmagadora de alegria forçada, obrigações familiares e sociais, planos de viagem, altos níveis de endividamento – é um pequeno milagre que mais pessoas não pulem da ponte durante as assim chamadas “Festas de fim de ano.” Sejamos honestos: o natal não é mais um feriado: O natal é o inferno.

6) Eu odeio viagens natalinas
Faça de conta por um momento que viajar é uma experiência relaxante e agradável (Pare de rir!). Se ela fosse relaxante ou agradável, - e todos sabemos que multidões em aeroportos, tráfego nas estradas, atrasos em voos e condições climáticas miseráveis, tornam as viagens natalinas um pesadelo- o impacto ambiental é impossível de se ignorar. Já que a maioria de nossas viagens de fim de ano dependem de quantidades absurdas de combustível fóssil, o planeta seria um lugar bem melhor se todo mundo simplesmente ficasse em casa.

7) decorações natalinas bregas
Mais uma vez, é impossível ignorar o impacto ambiental – e a pura feiura – da maioria das decorações natalinas. Sabe aquelas bolas de plástico baratas que você usa para decorar sua árvore, casa, quintal, carro e escritório? Todas são feitas por pessoas desesperadamente pobres em fábricas chinesas, usando metais pesados e componentes tóxicos. Até mesmo sua árvore de natal artificial contém chumbo. E aquelas luzes natalinas piscando na escuridão (até que a casa pegue fogo) são alimentadas por uma unidade elétrica de carvão que espalha no ar gases que provocam o efeito estufa.

8) Certa vez, eu amei o Natal
Como a maioria dos cínicos, minha amargura nasceu de um amor que deu errado. Certa vez eu amei a época do natal – as luzes, os presentes, a comida, a socialização. É claro, eu tinha seis anos naquela época. Mas recentemente eu passei as festas em Montreal, Canadá, e fiquei chocado ao saber que ainda há lugares onde o Natal é um feriado calmo e religioso, focado na família. Se eu pudesse fazer apenas um desejo de natal este ano, ele não seria uma TV de tela grande ou uma viagem à Aruba; eu só quero o meu natal de volta.

Mas, a não ser que destruamos o monstro no qual o natal se transformou, temo que estejamos condenados a repeti-lo ano após ano, vida após vida, débito após débito, suicídio após suicídio.

Tenha a coragem de juntar-se a mim: cancele o natal imediatamente!


Obs: Eu gosto muito do natal, e se decidi traduzir e partilhar este texto, foi pelo simples motivo de tê-lo achado interessante e engraçado.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

VERÃO



Foi naquele verão: o sol no azul
Tingindo de bronze a pele,
Biquine branco, debruns de cores,
Mar e ondas, sons e espumas...

Areia erguida qual chicote
Pelo vento forte,
Risos , petecas, bolas, sorvetes,
E o açaí derretendo
Em manchas lilases
Sobre os dedos...

Foi naquele verão: as alegres gaivotas,
Pequenos e tímidos caranguejos,
A pedra molhada, o mar em volta,
A poça salgada e cheia de vida...

E os barcos passavam no horizonte,
Lá longe, onde o olhar se perdia...
E com eles, a alma ia,
Mas nunca chegou...

Mas sei que foi naquele verão:
Naquele, quando a menininha
Olhou sobre os ombros, e viu a lua
Serpenteando sobre as ondas...

Ali, ela soube que jamais saberia,
E a onda trouxe nas espumas
O grampo, com o qual ela prendeu
Aquele dia em seus cabelos.

E ela percorria  a praia
Catando conchas que traziam
Dentro delas, o ruído do mar...
Muitas coisas a aprender
E histórias a contar
Sobre aquele verão
Onde a menina ficou morando...





SOBRE O NATAL





Uma coletânea de frases sobre o natal.
Imagens: cartões de natal antigos - Google



"Sugestões de presentes para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito." (Oren Arnold)




"O Natal agita uma varinha mágica sobre todo o mundo, e observe, tudo é mais suave e mais bonito." (Norman Vincent Peale)




"Lembre-se, se o Natal não é achado em seu coração, você não o achará debaixo da árvore." (Charlotte Carpenter)


"Oxalá pudéssemos meter o espírito de natal em jarros e abrir um jarro em cada mês do ano." (Harlan Miller)





"O natal não é um período e nem uma estação, é um estado de espírito." (Calvin Coolidge)





"Não existe o Natal ideal, só o Natal que você decida criar como reflexo de seus valores, desejos, queridos e tradições." (Bill McKibben)



"Ainda que se percam outras coisas ao longo dos anos, mantenhamos o Natal como algo brilhante.…. Regressemos a nossa fé infantil." (Grace Noll Cowell)



"Me perguntaram para que um ateu comemora o Natal. Ora,pelo mesmo motivo dos cristãos. Para comer,beber e ficar batendo papo depois da meia noite." (Marcelo Maia)





"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
(Machado de Assis)




"A solidão do homem não faz parte da ceia de Natal, porém, poderá acertar e corrigir as trilhas já percorridas, aperfeiçoando uma nova maneira de ser." (Erasmo Shallkytton)





"O Natal é o lugar onde guardamos as memórias de nossa inocência." (Alexsandra Zulpo)




A Todos

Um Feliz Natal!




Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...