witch lady

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Patativa do Assaré







Patativa do Assaré - frases e poemas
Para quem acha que escrever bonito é saber gramática








"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."




"Meus versos é como semente
Que nasce arriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte 
Das obras da criação."




"Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.

Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente"








"Eu aprendi mesmo foi com os passarinhos."










Nascimento: 5 de Março de 1909

Biografia: Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, foi um poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro.



Redenção - Resenha





Redenção - baseado em fatos reais



Baseado na autobiografia de Sam Childers, "Another Man's War."
Com: Gerard Butler, Michelle Monaghan e grande elenco.
Gênero: Ação / drama / policial
Ano: 2011
Direção: Marc Forster
Nacionalidade: Estados Unidos da América


Redenção é a história de Sam Chindlers, um ex-drogado e bandido que virou pastor e abraçou a causa de salvar crianças abandonadas na guerra civil Africana. Convivendo com as dificuldades enfrentadas pelas crianças, cujos pais são mortos por guerrilheiros, e que passam a ser abusadas sexualmente, torturadas e mortas pelos terroristas caso não concordem em entrar para o seu bando, o pastor Sam Childers decide ajudá-las; abrindo mão de suas próprias economias e arrecadando dinheiro com muito esforço, ele consegue construir um orfanato para ajudar as crianças, colocando em risco a sua própria vida quando decide atuar no combate aos terroristas.

Entretanto, a relação com sua família, que continua vivendo nos Estados Unidos enquanto ele muda-se para a o Sudão, acaba sendo deixada para segundo plano, o que causa-lhe muitos conflitos e dúvidas. 

De repente, a sua causa mostra-se mais difícil do que ele pensaria que poderia ser, pois Childers percebe que ela não é encarada com a mesma urgência pelos membros da sua igreja e banqueiros nos Estados Unidos, que mostram-se reticentes em contribuir com o dinheiro que ele necessita. Este fato o torna amargo e ainda mais violento.

Ele precisará recobrar as origens de seu idealismo e a doçura que o moveu até a África, voltando às origens dos sentimentos que o levaram a abraçar uma causa tão difícil. E ele o consegue, através da ajuda de um menino africano.

Para mim, o filme não é apenas mais uma história que mostra cenas violentas. Ele fala de uma causa que ninguém deseja defender, preferindo negar a existência de tais acontecimentos. Melhor continuar dentro de sua igreja, arrecadando fundos através de jantares dançantes e almoços comunitários, empregando o dinheiro nos arredores do próprio quintal, a arriscar a vida defendendo crianças pobres, negras abandonadas e sem esperanças, esquecidas pelo mundo, que vegetam tristemente no coração da África.

É preciso ter uma coragem e um desprendimento que a maioria de nós jamais terá. Pessoas como este pastor vem ao mundo em missão. Pertencem a uma estirpe superior a da raça humana. E é muito difícil para elas compreenderem que a sua causa não tem a menor importância para a maioria das pessoas que deveriam estar verdadeiramente preocupadas com ela. É preciso livrar o coração da amargura que fica após esta constatação. Um ótimo filme.





Sobre a Inveja




Ontem eu li uma crônica maravilhosa de Rubem Alves sobre a inveja. Ele conta a história de uma mulher que convidou os amigos e parentes para sua open house, após realizar seu grande sonho de construir sua própria casa; achou que deveria partilhar seus momentos de alegria e realização com aqueles a quem amava, tendo a certeza de que eles ficariam alegres por ela. 

Dias depois, ela, muito decepcionada, contou a ele o quanto seus amigos e parentes a decepcionaram; ao invés de falarem sobre as coisas boas que havia na casa, trataram de desvalorizar suas conquistas, fazendo comentários que diminuíam seu gosto; disseram, diante de cada detalhe cuidadosamente elaborado por ela, o quanto eles teriam feito diferente se fosse na casa deles; ou então, diziam que aquilo não funcionaria, pois tinham feito o mesmo em suas casas, e passavam a explicar seus motivos para tais conclusões.

Ao final da visita, ela estava triste e decepcionada. Então, ele explica-lhe que seus 'amigos' e parentes não ficarão felizes pelas suas conquistas; eles terão inveja! 

É triste, mas é real... quando terminar sua construção ou reforma, não espere que seu open house lhe traga somente alegrias... mas seja feliz assim mesmo, curtindo cada cantinho da casa que você construiu ou reformou, confiando sempre no seu bom gosto. Lembre-se de que ela tem que ser bonita e confortável para você, e não para os outros!

E ao ser convidada para uma open house, lembre-se de não ser estraga-prazeres. Elogie o que achar bom, faça uma cara agradável, sorria, parabenize seu amigo ou parente pela conquista e tente, sinceramente, ficar feliz por ele, pois ficar feliz pelas conquistas alheias, é sinal de generosidade, avanço espiritual e amizade verdadeira!



sábado, 12 de outubro de 2013

O Manual Para a Vida - Epicteto - Parte II






Trechos de "O Manual Para a Vida", de Epicteto





"Se alguém lhe chama a atenção disso e fala mal de você, não se defenda contra o que ele lhe acusa, mas responda: 'Ele não conhece as minhas outras faltas, ou então ele não teria mencionado apenas estas.' "






"Você só irá descobrir o que é apropriado esperar do seu vizinho, cidadão ou governante, se você criar o hábito de considerar as relações implícitas ao gênio e a personalidade de cada um deles."





"Se qualquer um entregasse o seu corpo ao primeiro que encontrar, você ficaria indignado, mas ainda assim você confia a sua mente ao primeiro transeunte casual e permite com que ela fique perturbada e confusa, se ele vier a lhe agredir verbalmente; você não se envergonha disso?"





"Assim como um alvo não é fixado para que nunca venha a ser atingido, da mesma maneira não existe nada intrinsecamente maligno no mundo."





"A religião dos homens é mantida pelo seu interesse."






"A lembrança de que um dia vamos morrer é a melhor maneira que já encontrei para evitar a ideia de que temos algo a perder. Você já está nu, não há nenhuma razão para temer seguir o seu coração."





"Nunca te intitules Filósofo nem fales demasiado sobre os Princípios com os iletrados; faz, antes, o que deles decorre. Assim, num banquete, não discutas como devem as pessoas comer, mas come como é devido. Lembra que Sócrates evitava inteiramente a ostentação. As pessoas vinham a ele encaminhadas a filósofos, e ele próprio as encaminhava, tão bem suportava ser desdenhado. Da mesma maneira, se alguma conversa relativa a princípios ocorrer entre os iletrados, procura guardar silêncio. Pois corres o risco de vomitar o que digeriste mal. E quando alguém te disser que não sabes nada e tu não te apoquentares com isso, podes estar certo que estás finalmente no bom caminho."





MONTANHAS









Montanhas



As montanhas se estendem
Ansiando um infinito
Que não compreendem,
Pois tem sopés presos ao chão
E os pássaros que voam sobre os cumes
Causam uma certa loucura.

Anões, tentamos galgar-lhes as alturas,
Tolos e aflitos,
Tão tolos quanto as montanhas
Que jamais verão o infinito!


Minimalistas







Leve

Só o peso de uma palavra
E aquele momento teria ruído!
Um pequeno julgamento,
Um erguer de sobrancelha,
Um suspiro mais aflito,
E toda a magia teria sumido!

Prendi o fôlego, estanquei
Quando o colibri beijou o vidro!











Formiga

Aplico o veneno no tronco,
E as formigas tombam,
Qual gotas negras e pesadas
Caindo de um céu hediondo!









Passarinho


Passarinho fez seu ninho
Num galho, à minha janela.
Acordo voyeur,
Vislumbro a dança dos bicos
De pequenos pássaros ainda despidos.



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dependência

Latifa ainda bem jovem, segurando sua bola furada - que pertencera a um vizinho e caiu no meu quintal; infelizmente para o vizinho, ela a encontrou antes que eu pudesse devolvê-la.


Às vezes, penso que minha cadelinha Latifa tem um botão de liga e desliga. Ele é acionado toda vez que estou perto dela; ela me segue aonde quer que eu vá. Se estou no jardim, ela se transforma: corre e pula, late ao portão, 'discute' com o cão do vizinho (ele é seu sonho de consumo), deita-se ao sol sobre o gramado, e de vez em quando, chega mais perto para uma carícia. Se estou dentro de casa, ela deita-se aos meus pés, e muitas vezes, se estou assistido TV, por exemplo, deparo com os olhos dela presos em minha pessoa, como a esperar algum comando. Se me levanto do sofá, ela imediatamente me segue.

Mas quando eu a deixo lá fora, nos dias de sol e calor, ela aperta o botão de desligar. Deita-se sobre seu colchão e dorme, dorme, dorme... o dia todo. Nem mesmo o cão do vizinho é capaz de estimulá-la. Se passarem cavalos pelo portão, ela os ignorará.

Tudo isto começou em 2011, após a morte de meu outro cão, Aleph, sete anos mais velho que ela. Os dois estavam sempre juntos. Aleph teve uma paciência de Jó quando Latifa era pequena, suportando seus arroubos de criança, as patas traseiras mordiscadas por ela enquanto ele andava, e mais tarde, quando ela já estava adulta, muitas vezes eu e meu marido tivemos que ir ao canil durante a noite, sob tempestades, a fim de fazer com que ela dividisse o espaço (bem grande) com o Aleph; geralmente, escutávamos os choramingos do Aleph, e ao chegarmos ao canil, deparávamos com ele sentado na chuva, olhando para dentro, enquanto Latifa estava completamente espalhada sobre os colchõezinhos e cobertores, placidamente adormecida.

Ela dava sempre uma rosnadinha quando a empurrávamos para que ele pudesse deitar-se; meu marido ralhava com ela. Às vezes, precisávamos ser mais duros, e dávamos umas palmadas... imagine só, é meia-noite de uma fria noite chuvosa de inverno, e você está lá fora, gelado e encharcado, tentando resolver um impasse entre dois cães. E quando as palmadas aconteciam, Aleph deitava-se ao lado dela, encharcado e mau-humorado. Rosnava para nós por termos perdido a paciência com ela.

Quando ele se foi, Latifa viu quando o veterinário o colocou na mala do carro para nós, que o levamos ao crematório. Quando voltamos, ela pulava em volta do carro, latindo muito, e a cena repetiu-se ainda durante algumas semanas. Quando meu marido chegava em casa à noite, ela andava em volta do carro, farejando tudo, choramingando e latindo. Quando via que o Aleph não tinha voltado, caia em tristeza profunda. Eles tinham lá suas discussões, mas se amavam.

Após a morte do Aleph, ela ficou bastante emocionalmente dependente. Começou a desenvolver alergias ocasionais na pele  e engordou bastante.  E recentemente, após sofrer pneumonia, o veterinário recomendou que em dias frios ela ficasse dentro de casa, o que deixou-a a inda mais dependente de nós. Principalmente, de mim. Dou aulas com a Latifa deitada na cozinha, de onde ela pode enxergar-me.

Neste momento, faz um sol lindo lá fora, mas como estou aqui, ela apertou o botão de desligar. Gostaria que ela fosse mais independente.



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Provérbios Populares



Provérbios populares, nascidos nas casas, conversas e cozinhas ao longo dos anos. Autores desconhecidos.

Fonte: Wikipedia










A Ambição é filha do orgulho.




A cão mau, corda curta.




Achar e guardar é furtar.




À desgraça ninguém foge.




A gratidão é a memória do coração.




Além ou aquém, sempre vejas com quem.




Alfaiate mal vestido, sapateiro mal calçado.




Anda-se toda a vida a aprender e morre-se sem saber.







Basta uma ovelha ranhosa para perder um rebanho.




Bem sabe a burra, diante de quem zurra.




Bom é ter amigos, nem que seja no inferno.




Burra velha não toma carreira, anda sempre da mesma maneira.




Burro com fome, cardos come.




Burro que geme, carga não teme.







Cabeça vazia é oficina do diabo.




Candeia que vai à frente alumia duas vezes.




Cão que late não morde.




Casarás, amansarás e te arrependerás.







Da ovelhinha me livre Deus, do lobo me livro eu.




De grão em grão a galinha enche o papo.




De janeiro a janeiro o dinheiro é do banqueiro.




De manhã a manhã perde o carneiro a lã.




Deus inventou o futebol, mas o diabo o treinador.







É fácil educar os filhos dos outros.




É nos tempos maus que se conhecem os bons amigos.




É o amor que faz o mundo girar.







Ferro se malha enquanto está quente.




Formosura pouco dura.




Freiras e frieiras, é coçá-las e deixá-las.








Gaivotas em terra tempestade no mar.




Galinha que canta é que é a dona dos ovos.




Guarda te do homem que não fala e do cão que não ladra.










Há mais olhos no mar do que viventes na terra.




Há mil modos de morrer e um só de nascer.




Há remédio para tudo menos para a morte.







Ignorante é aquele que sabe e se faz de tonto.




Intenção sem ação é ilusão.




Ira e cobiça não queiras havê-las por companheiras.




Ir a lã e ser tosquiado. ignorante é aquele q sabe e se faz de tonto







Julgamos aos outros por seus atos e a nos mesmos por nossas intenções.










Ladrão de tostão, ladrão de milhão.




Lágrimas de herdeiro, risos sorrateiros.




Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.




Longe dos olhos, longe do coração.




Livros e amigos devem ser poucos, mas bons.







Macaco senta no toco para ver o rabo dos outros.




Macaco velho não mete a mão em cumbuca.




Mais vale burro vivo do que sábio morto.




Mais vale não dizer nada do que nada dizer.







Não dura muito o homem rico e poderoso, é semelhante ao gado gordo que se abate.




Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.




Na adversidade é que se conhecem os amigos.







O ruído faz pouco bem, o bem faz pouco ruído.




O temor de Deus é o princípio da sabedoria.




O amor é como a lua, quando não cresce, míngua.







Pau que nasce torto nunca se endireita.




Paciência é uma virtude.







Rei morto, rei posto




Roupa suja se lava em casa







Se trabalho desse camisa, jegue não andava nu.




Suspiro de rato não derruba queijo.




Ser humilde não é saber ser diferente, e sim saber ser igual.







Todos querem um mundo melhor para os filhos, quando deveriam querer filhos melhores para o mundo.








Umbaúba, quanto mais fina, maior é o oco




Urubu quando está infeliz, cai de costas e quebra o nariz.







Vaso ruim não quebra.




Viúva rica com um olho chora e com outro repenica.




Voz do povo, voz de Deus.










Xales ao vento, donas ao relento.




Xarope bem feito, nem sempre surte efeito.




Xaxado só dança quem sabe.










Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.




Zelo mostra o que o coração sente.




Zeloso que não sabe dar a capa, não tem bom zelo.




Zomba das cicatrizes quem nunca foi ferido.




Zombai com o tolo em casa, zombará convosco na praça.




Zombar dos bons conselhos é dispor para as ruínas.




Zorro deitado não pega mosca.




Zurra o jegue, botam-lhe o cabresto.




Zurros de burro não chegam aos céus.





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