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segunda-feira, 13 de julho de 2020

Palavras Natimortas







Eu tenho saudades dos tempos
Em que as palavras ficavam
Dentro de grossos dicionários,
Guardadas e protegidas.

Porém, nos dias de hoje,
Abriu-se a caixa de Pandora
E as palavras ficaram
Todas soltas aqui fora,
À mercê de qualquer um,
Espalhadas, retorcidas,
Mal-usadas, ejetadas
Pelas vis línguas fendidas.

Hoje em dia, eu me pergunto:
O que fizeram com elas?
Perderam a eternidade!
Palavras mal proferidas,
Mal escritas e mal-ditas
Sem ter o menor compromisso
Em espalhar a verdade!

Ah, palavras natimortas,
Ditas sem qualquer cuidado
Condenadas, desde já,
A jamais terem um passado!





2 comentários:

  1. Li em silêncio. Interiorizando, respeitosamente, em silêncio me deixei ficar.
    .
    Tenha uma semana feliz
    Cumprimentos poéticos

    ResponderExcluir
  2. Ainda tenho meu velho dicionário Aurélio e o Collins, umas relíquias, acredito que são imortais!
    Belo poema e assim caminha a humanidade, com tantas facilidades e pouco caso com as palavras, principlamente com os péssimos exemplos que temos, portanto não são só as palavras, muitas coisas mais!
    Abraços querida amiga!

    ResponderExcluir

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