Eu tenho saudades dos tempos
Em que as palavras ficavam
Dentro de grossos dicionários,
Guardadas e protegidas.
Porém, nos dias de hoje,
Abriu-se a caixa de Pandora
E as palavras ficaram
Todas soltas aqui fora,
À mercê de qualquer um,
Espalhadas, retorcidas,
Mal-usadas, ejetadas
Pelas vis línguas fendidas.
Hoje em dia, eu me pergunto:
O que fizeram com elas?
Perderam a eternidade!
Palavras mal proferidas,
Mal escritas e mal-ditas
Sem ter o menor compromisso
Em espalhar a verdade!
Ah, palavras natimortas,
Ditas sem qualquer cuidado
Condenadas, desde já,
A jamais terem um passado!
Li em silêncio. Interiorizando, respeitosamente, em silêncio me deixei ficar.
ResponderExcluir.
Tenha uma semana feliz
Cumprimentos poéticos
Ainda tenho meu velho dicionário Aurélio e o Collins, umas relíquias, acredito que são imortais!
ResponderExcluirBelo poema e assim caminha a humanidade, com tantas facilidades e pouco caso com as palavras, principlamente com os péssimos exemplos que temos, portanto não são só as palavras, muitas coisas mais!
Abraços querida amiga!