O mundo acaba e recomeça,
Todos os dias
Em tsunamis de palavras
Escritas e faladas,
Pensamentos displicentemente jogados
Feito lixo
Sobre nossas calçadas,
Vozes mentirosas que se sobrepõe
Às vozes caladas.
E mais um dia se deita
Sobre as cabeças desatentas,
Comandadas por virtudes distorcidas,
Terremotos de ideias equivocadas
E meteoros gigantescos
De impacto profano.
E mais um dia se levanta,
Sobre as mesmas cabeças indiferentes,
Insipientes sobre as mínimas coisas,
E que mesmo assim, carregam o giz
Que escreve nas lousas
Das mentes vazias e afoitas.
E tudo o que resta de bom
Ainda tenta sobreviver,
Tudo se arrasta sobre essa lama
Tentando deitar raízes cada vez mais finas
E mais esparsas
No meio dessa infame trama,
Lançando uma voz cada vez mais fraca
Por sobre as gritantes matracas
Dessa infame subtrama.
Que contextualização magnífica desta nossa realidade. Só mesmo você para conseguir colocar lirismo em tudo isto,
ResponderExcluirBeijão
Brilhante e sábia reflexão.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria