witch lady

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

OS SAPOS E A CASA







"O que é aquilo ali no cantinho, entre a pia e o fogão?", perguntou meu marido ontem à noite. Eu, que estava na pia lavando verduras, logo fiquei pensando que pudesse ser uma aranha, e senti um calafrio correndo pela minha espinha. Com a lanterna do celular, descobrimos que se tratava de um pequeno sapo. Teve sorte de ter sobrevivido aos meus dois cães, Leona e Mootley, que não devem ter visto quando ele entrou e se acomodou ali. Apesar de todo calor e dessa seca que está se arrastando há vários meses e acabando com nossas minas d'água, o sapinho sobreviveu, e veio procurar abrigo em minha cozinha. 

Meu marido colocou-o em uma latinha, que guardamos para resgatar insetos que entram em casa, e levou-o para o jardim, soltando-o em um canteiro. Jogou-lhe um pouco d'água sobre a pele, e deixou-o ao seu próprio destino. Bem, não podemos conviver com um sapinho dentro da casa.

Antes, quando as chuvas eram abundantes, contávamos com um verdadeiro coral de sapos e rãs em nosso jardim, quando anoitecia; principalmente após uma chuva. Mas aos poucos, eles foram rareando até sumirem completamente. Meus dois outros cães não mexiam com os sapos; isto, após tentarem intrometer-se com um um: vi quando eles vieram babando em nossa direção, com cara de quem quebrou a louça. Dei-lhes água para beber, e depois daquilo, nunca mais mexeram com sapo nenhum, o que fez com que os anfíbios fizessem do nosso jardim o seu playground noturno. Eu gostava da presença deles. Havia um bem grande, que eu chamava de Príncipe. Algumas de minhas alunas tinham medo de passar por ele quando entravam e saiam, mas eu lhes assegurava de que Príncipe era totalmente inofensivo. Ele era quieto, observador e meio-zen. Uma ou duas vezes, acariciei sua pele áspera, e ele continuou "na sua", como se eu nem estivesse ali.

Segundo a Revista Fapemat de Ciências, além de trabalharem no controle de insetos e pragas, "...Já se sabe que esses animais são bioindicadores, ou seja, sua presença num local funciona como indicador de que o ambiente está em equilíbrio ecológico. “Os anuros são altamente sensíveis às alterações do ambiente. Por depender de ambientes aquáticos e terrestres em bom estado de conservação, qualquer alteração na qualidade da água e na temperatura pode extinguir espécies. Então, quando eles começam a desaparecer algum dano ao ambiente pode estar acontecendo”, afirma Adelina Ferreira, doutora de biologia que trabalha com a reprodução dos anuros e professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)."

E também: 

"Estes anfíbios apresentam substâncias em sua pele com funções de proteção, o que tem atraído a atenção de grandes laboratórios farmacêuticos. “Os anuros não tem garras nem dentes poderosos, por isso eles usam a secreção para se proteger de fungos, bactérias, protozoários e de predadores maiores. São diversas espécies com compostos químicos muito variados, visados para estudos de substâncias novas que possam servir para várias utilidades”, aponta Marcos André de Carvalho, doutor em zoologia e professor da UFMT."

O desaparecimento dos meus sapinhos confirmam o que diz a revista. As chuvas diminuiram drasticamente, e elas são essenciais para o equilíbrio do ambiente. Mas quem sabe, o sapinho de ontem à noite tenha surgido para dar-nos esperanças, avisando-nos de que as coisas vão mudar para melhor?

Algumas culturas, como a japonesa, acreditam que a presença de sapos traz sorte a uma casa. Andar com um sapinho de madeira ou porcelana, segundo acreditam, atrai prosperidade e sorte, riqueza e felicidade. O sapinho em japonês se chama "Kaeru" que significa "VOLTAR".
Carregando-o na bolsa ou na carteira, terá a sorte de ter de volta o dinheiro que gastou. Bem, não custa tentar!

Espero que após esta leitura você pense duas vezes antes de espantar um sapo do seu quintal ou jardim. Jamais maltrate um, pois além de serem úteis, eles merecem o nosso respeito, pois tem o mesmo direito que nós temos de morarem nessa grande casa, que é o Planeta Terra!




quarta-feira, 21 de outubro de 2015

VALE DAS VIDEIRAS - CAMINHOS BUCÓLICOS E ENCANTADORES













CULPA




Um dos sentimentos que mais puxam uma pessoa para trás e para baixo, é a culpa. Às vezes a gente tenta ajudar alguém, ou então, chegar a um objetivo, e não consegue. Quem sabe, alguém tente nos influenciar para que nos sintamos culpados em relação a eles, a fim de obterem de nós aquilo que desejam que façamos por eles - poupando-lhes o trabalho de fazerem eles mesmos. É fácil manipular alguém através da culpa; basta pedir-lhes um favor e ter o pedido negado, e daí começam as cobranças, os olhares sentidos, as acusações: "Pensei que poderia contar com você," ou "Tudo bem se você não quer me ajudar..." Mas o que a gente às vezes não percebe, é que pessoas assim não passam de vampiros. Acomodados, acreditam-se vítimas do mundo ou da sociedade, achando sempre que alguém lhes deve alguma coisa. Tipo de relação doentia, que pode dar-se entre pais e filhos, marido e mulher, amigos, colegas de trabalho.

Os eternos 'coitadinhos' são, na verdade, pessoas fortes e manipuladoras, que sentem a fragilidade do outro, ou a sua bondade, e a usam contra ele. E quanto mais culpa eles conseguirem incutir naquele a quem estão sugando, fazendo com que estes sintam-se responsáveis por eles, mais doentia e monopolizadora vai se tornando a relação. Daqui a pouco, não existem mais duas pessoas, e sim, a fera e a comida da qual ela se alimenta.

E quando alguém pergunta o porquê daquilo tudo, o que está sendo manipulado alega que é tarde demais para recomeçar a vida, ou então demonstra sentir pena da pessoa que o vampiriza. O que acontece, é que pessoas que permitem que os outros as tratem desta forma, tem baixa auto estima.  Acho que elas precisam se olhar no espelho, fazer um inventário das suas qualidades e sucessos, definir um novo plano para suas vidas e livrar-se destes parasitas de uma vez por todas.  

Já vi pessoas que tentaram fazer isso, mas que voltaram a conviver com seus parasitas após algum tempo, devido a insistência destes em bater às suas portas chorando, implorando e jurando que vão mudar. E assim que as portas foram novamente abertas e eles cruzaram o alpendre, os abusos recomeçaram. 

Estas pessoas não precisam de perdão, nem de alguém que as ajudem. Elas precisam ser deixadas do lado de fora, totalmente sozinhas e aos seus próprios cuidados, até que aprendam a fazer algo por elas mesmas. 

Há muitos anos, trabalhei em uma loja na qual havia um cliente muito assíduo, um senhor que bebia muito e tornava-se um problema para sua família. Era uma loja de artigos caros finos, e ele era cliente porque a família pagava por suas roupas. Sabíamos daquilo porque ele conhecia os vendedores e era amigo pessoal de um deles. Ele tinha uma filha que fazia tudo por ele, e que ia buscá-lo na sarjeta quando ele entrava em coma ou criava problemas com alguém por estar bêbado. A vida da família era um verdadeiro inferno. 

Um dia, ele sumiu. Ficamos muito tempo sem ter notícias dele, até que um dia, um dos vendedores chegou na loja dizendo que o vira na rua, deitado na calçada, todo sujo, roupas rasgadas e completamente bêbado. Aqueles avistamentos tornaram-se comuns. Ele às vezes aparecia para pedir dinheiro a fim de beber mais. 

E novamente, ele sumiu. Mais uma vez, ficamos sem ter notícias dele durante algum tempo, até que ele entrou pela loja, bem vestido, limpo e penteado. Contou-nos que a melhor coisa que acontecera em sua vida, foi quando sua filha o expulsou de casa, deixando-o sem dinheiro, sem abrigo e totalmente só. Ele foi até o fundo do poço, e não havia ninguém para resgatá-lo, perdoar suas ofensas, ou justificá-las através do fato de ele ser uma pessoa doente, um coitado que precisava de amor, ajuda e compreensão. Na rua, ele aprendeu a erguer-se sozinho, enxergando-se como realmente era, e foi procurar ajuda para o seu problema. Ele viu que não haveria mais parceiros para o jogo que ele jogou a vida inteira, e que ele perdera a final. 

A culpa que a família sentia em relação a ele estava fazendo com que ele se acomodasse e os vampirizasse cada vez mais, agravando seu problema e destruindo o relacionamento entre eles. Ninguém deve sentir-se culpado em relação a pessoas assim. Todo mundo faz o melhor que pode, mesmo que este melhor não seja o bastante. E se temos uma vida para viver, eu creio que a nossa primeira e maior responsabilidade é conosco mesmos.





terça-feira, 20 de outubro de 2015

Light







Clouds pass by across the blue sky.
From the rain, not even a dim sight.
The sun blinds me, shining so bright.

Lately,
I miss the darkness, where the right
Used to hide from vicious eyes.

Maybe one day I will abide
The laws I presently despise. 

Oh, how I loath all this dam plight!

All stupidity seems to float
Smoothly, softly,
In a river of high-sounding light.





segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A Inveja







Do meu novo blog, "From my Window:"


 
Envy


Envy is a like a dull knife:
It cuts through its victim's flesh
Without any care,
So that after the job is done
Nothing will be left in a good state.

Neither to the victim
Nor to the torturer.


Tradução:

A inveja é como uma faca cega:
Ela corta através da carne de sua vítima
Sem nenhum cuidado,
De modo que depois que o trabalho é feito,
Nada seja deixado em bom estado.

Nem para a vítima
Nem para o algoz.



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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

DOUBT






In a world so obscure
I've learned not to be so sure.
It's the benefit of doubt
That allures me. 

Up and down, in and out,
All my dreams have been so factual...
And I try to avoid the fall
In the abyss of assurance. 







quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ÁGUA




Água boa, de mina

Limpa, cristalina

Que desce, em sussurros

Por entre as pedras

Lá na mata,

Sobre o limo,

Entre as folhas,

Sob as asas...




Água cheia de vida,

Gotas cheias de luz

Que cintilam ao sol

E refletem o céu,

E se jogam

Por inteiro

Nas cascatas...




Água purificada

Onde moram Ondinas

Sereias e Iaras

E botos rosados

Peixes falantes

De corpo nacarado

Que atraem

E afogam

Meus olhares...




Água, venha pelos canos,

Saia na minha torneira,

Encha copos e cântaros,

E escorra no alpendre

De minha casa,

No telhado

De duas águas...




...E um convite: conheçam meu novo blog, todo em inglês, para quem gosta de treinar a língua inglesa lendo poemas e - daqui a pouco - crônicas...


http://anawindown.blogspot.com



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Onde Tudo Começa


O relógio que está na parede de minha sala de aula





"Quem disse que eu me mudei?
Não importa que a tenham demolido:
A gente continua morando na velha casa em que nasceu."
Mario Quintana

Em minha salinha de aula, existe um relógio de parede no qual está escrito: "Home is where your story begins", ou seja, "O lar é onde sua história começa." Apaixonei-me pelo relógio na mesma hora em que o vi. Há um ninho de pássaros, representando o lar, e acima destes dizeres, o velho cliché (velho, mas verdadeiro): "Home, Sweet Home."

Algumas pessoas não dão importância à casa. Uma conhecida minha me disse certa vez que "casa é coisa de caramujo ou tartaruga." Bem, então acho que preciso descobrir a qual destes grupos eu pertenço! Enquanto alguns veem na casa apenas um lugar para dormir, outros fazem dela um lar, um refúgio onde recuperam as forças, exercitam sua criatividade e andam descalços. Principalmente, um lugar onde guardam as lembranças.

Minha casa é um lar, e sinto-me muito bem dentro dela. Tão bem, que não me sinto nem um pouco presa ou desconfortável por trabalhar em casa e raramente poder sair. E embora a minha história não tenha começado nesta casa, ela continua aqui. Ela me conhece bem. Suas paredes sabem dos meus humores, já me viram rir e chorar muitas vezes, e também guardam as passagens de pessoas que foram importantes em minha vida e que já se foram. Às vezes, quando penso neles, eu me lembro: "Sentaram-se aqui," ou então "Passaram por este corredor" e também "Olharam por esta janela."

Quando eu me sento lá fora e olho para a minha casa lá do jardim, eu sinto vontade de entrar nela. Acho muito bom quando alguém gosta da casa onde mora e sente-se bem dentro dela. Não sou apegada a bens materiais, e sei que um dia, cedo ou tarde, terei que ir embora daqui, pois ela é grande e tem escadas demais para que um casal de idosos viva bem nela. E quando isso acontecer, eu sei que eu vou chorar, mas vou fechar a porta e levar comigo o lar que ela foi para mim. 

Desejarei que seus novos moradores tenham por ela o mesmo carinho que eu tenho, e que preservem todas as árvores do jardim - algumas, plantadas por nós. Guardarei comigo as lembranças dos dias felizes que vivi aqui, e eles servirão como incentivo para reconstruir o meu lar em outro lugar que, com certeza, já está aguardando a minha chegada, lá no futuro...






Liza Minnelli - A Preferida de Freddie Mercury





Liza Minnelli foi uma atriz precoce, participando no primeiro filme em 1949 (In the Good Old Summertime), aos quatorze meses de idade. Com dezesseis anos, Liza foi para Nova Iorque por sua conta, para iniciar a carreira artística. Em 1964, a mãe convidou-a para participarem juntas num espectáculo em Londres, que teve excelente repercussão. Foi nessa ocasião que Liza conheceu o primeiro marido, o cantor e compositor australiano Peter Allen, amigo de Judy Garland.

Liza ganhou um prêmio Tony aos 19 anos de idade e, em 1969, aos 23 anos, foi indicada ao primeiro Oscar, pelo papel de Pookie Adams em The Sterile Cuckoo.


Os anos 1970 foram anos de muito trabalho para Liza. Actuou nos palcos, nas telas e na música.

Em 1972, Minnelli protagonizou um dos maiores sucessos da carreira, como Sally Bowles, no filme Cabaret, adaptação do musical homônimo. O longa-metragem é também um dos maiores sucessos de bilheteria de Hollywood e projetou Liza como um dos maiores ícones do cinema mundial. O talento como cantora foi reconhecido com a interpretação antológica da canção-tema homónima. Minnelli venceu o Óscar de Melhor Atriz pelo desempenho e o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical. Foi simultaneamente capa das revistas Time e Newsweek. Além de Cabaret, uma das interpretações mais conhecidas é New York, New York, do musical de mesmo nome.




Com o amigo Halston, era frequentadora assídua do Studio 54, o mais famoso clube noturno do mundo. Em 1974, participou como narradora do filme Isto é o espetáculo, com Fred Astaire e Gene Kelly. Casou-se em 1974 com o produtor e diretor de televisão Jack Haley, Jr., e em 1979 com o escultor Mark Gero, mas os dois casamentos acabaram em divórcio.

Nos últimos anos, a carreira tem estado voltada mais para os palcos e para a música. Gravou com Frank Sinatra o CD Duets e Sammy Davis Jr.; juntou-se a eles para uma série de concertos e espetáculos na televisão, que tiveram óptima repercussão.



Em 1997, Liza sofreu uma cirurgia às cordas vocais, época em que começou a assistir a todos os filmes do pai adoptivo. Isso levou-a a estrear um espetáculo na Broadway intitulado Minnelli on Minnelli.

Casou-se em 2002 com David Gest, promoter e produtor de televisão, e o divórcio ocorreu em 2007. (Ela se separou de Gest em 2003.)[2] [3]




Em 2006 gravou a canção Mama em parceria com a banda My Chemical Romance.

Após a performance como Dudley Moore, no longa-metragem Arthur, Minnelli fez poucas aparições no cinema.  -  WIKIPEDIA




terça-feira, 13 de outubro de 2015

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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...