witch lady

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Extensões





Puxas os fios
Querendo ouvir os assuntos
De minha mente.

Fazes gambiarras,
Gatos, ligações,
E de todas as ilícitas formas possíveis
Tiras conclusões.

Mas há estática nas extensões,
Não escutas direito,
Concluis e completas
As minhas conversas
Com tuas próprias palavras.

Depois, passas adiante, em noites insones,
O que não sabes,
Lábios sussurrantes colados ao bocal
Do teu telefone,
Crias, qual aranha que tece uma teia,
As tuas verdades.

-ASPONE!
Assistente de Porra Nenhuma,
Flutuas e afundas, flutuas e afundas
Num mar de psicoses, neuroses,
Psicopatias e escolioses mentais,
Os pensamentos tortos e distorcidos
Pela vaidade
Que sai da tua bunda.





Felicidade em Casa




Ontem, ao assistir ao Fantástico, descobri (ou confirmei o que já sabia) de que as pessoas mais felizes não são necessariamente  as que moram em bairros elegantes e condomínios de luxo: a maioria das pessoas entrevistadas na reportagem - moradores de favelas pelo Brasil afora - consideram-se felizes. Por que? Simples: porque elas vivem solidariamente! Em meio ao crime e à violência, elas conseguiram abrir uma brecha e viver com dignidade. Conseguem ser felizes com a parte que lhes cabe, e acreditam no trabalho que realizam. Vivem em clima de camaradagem com os vizinhos e amigos. Fazem festas.

Lembro-me do tempo em que morei em um bairro de classe média baixa, da minha infância à idade adulta. Havia uma sensação confortadora de estar protegida, de ser conhecida e de conhecer todo mundo. As casas eram simples, não havia muitos enfeites. As pessoas não faziam dramas diante da vida, aceitando suas mazelas e vivendo um dia de cada vez, procurando ser felizes com aquilo que tinham.

E havia as conversas ao muro, as brincadeiras de criança na rua, os pais chegando em casa ao final do dia. As pessoas eram muito mais simples, e a felicidade, que mora na simplicidade, muito mais natural. Não havia artificialismos; ninguém ficava competindo para mostrar em redes sociais quem tinha a casa mais bonita, as roupas mais caras, os sorrisos mais convincentes. Poucos tinham carros, e quando tinham, era um carro para cada família, o que fazia com que nos encontrássemos em pontos de ônibus e déssemos e pegássemos caronas .Viver era um exercício natural. A gente sorria nas fotos quando tinha vontade. E mesmo quando havia uma rivalidade ocasional, ela desaparecia e dava lugar à solidariedade assim que o momento se fizesse oportuno. 

Saudades das casas simples do bairro onde morei. Saudades do viver simples e dos desejos simples.



Pensamentos Alheios






"Os leões são os reis da floresta. As ovelhas são a comida. As ovelhas são o sacrifício." - Ariel Bar Tzadok


"Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima!" - Arthur Schopenhauer


"A inveja é assim tão magra e pálida porque morde e não come."- Francisco Quevedo


"O mal que fazemos não atrai contra nós tanta perseguição e tanto ódio como as nossas boas qualidades." - François de La Rochefocauld


"Falar mal dos outros agrada tanto ás pessoas que é muito difícil deixar de condenar um homem para comprazer os nossos interlocutores." - Leon Tolstoi


"O ódio é uma tendência a aproveitar todas as ocasiões para prejudicar aos demais." - Plutarco


"A cólera é um ódio aberto e passageiro - o ódio uma cólera oculta e constante." - Charles Pinot Duclos



"Não honres com o teu ódio quem não poderias honrar com o teu amor." - Friedrich Hebbel



"Obviamente, desde que somos seres humanos, eternamente existirão algumas espécies de conflitos, rivalidades ou mesmo divergências de opiniões. Entretanto, terminantemente, jamais haver a necessidade de nutrirem-se de ódio ou mesmo matarem-se uns aos outros."- Daisaku Ikeda


"Só erra quem produz. Mas, só produz quem não tem medo de errar." Octavio Paz





MACAQUICES





sábado, 22 de fevereiro de 2014

O Riso da Lua



O riso permanece, 
Um selo sobre a face
De uma língua que mingua
Tal qual lua abandonada
Num céu escarlate
(E vê-se sempre cheia.)

Em volta, as estrelas.

E quando a língua arde,
A lua se parte,
Derrama-se em lavas frias
A recitar
Sobre o que não sabe.

Tão sem brilho,
Tão sem arte!...
Trem sem trilhos,
Canção
Sem estribilho...

A língua da lua
Passa nua,
Lambendo todo o mel
Que encontra no céu,
Sôfrega
E desesperada,
Desiludida...

E as coisas que ela cita,
Embebidas na sua cicuta,
Caem como lavas
Esfriadas
Sobre um solo batido
Onde não brota nada.

-Ah, coitada da lua,
Coitada!...
Perdia-se nas rimas
De uma poesia 
Sempre inacabada!




ACROSS THE UNIVERSE - RESENHA



Imagem: Google




RESENHA
ACROSS THE UNIVERSE
MUSICAL – ANO: 2008 – Revolution Studios
DIREÇÃO: Julie Taylor
ELENCO: Jim Sturgess (Jude) , Evan Rachel Woods (Lucy), Joe Anderson (Max), Dana Fuchs (Sadie), Martin Luther MacCoy (Jojo), T.V. Carpio (Prudence); participações de Joe Cocker e Bono Vox.

Obs: não-recomendado para quem não for fã incondicional dos Beatles.


Anos sessenta; o mundo, um caldeirão onde cozinham mudanças e revoluções. No meio de todos aqueles acontecimentos que mudaram radicalmente toda uma geração, Jude e Lucy se apaixonam. Ele, de origem proletária, nascido em Liverpool e criado pela mãe, decide largar sua vida e ir até Nova Iorque em busca do pai que nunca conhecera. Lucy, uma estudante de classe média alta que vive a vida como em um conto de fadas, logo vê seu castelo ruir ao saber que seu namorado, enviado ao Vietnã, não mais voltará.

Across the Universe é muito mais que um musical produzido apenas com músicas dos Beatles; é o relato histórico de uma época em que os Estados Unidos entraram na guerra do Vietnã, causando passeatas de protesto que chegaram a reunir seiscentas mil pessoas, e vários outros acontecimentos que tomaram de assalto a antes patética, apática e hipócrita sociedade americana, como o assassinato de Martin Luther King, a Kul Klux Klan, os Panteras Negras, a revolução feminista, sexo, drogas e muito ‘rock and roll.’

Naquele contexto de intensas mudanças, um grupo de jovens se encontra e passa a dividir um velho apartamento na Big Apple, e assim suas vidas se entrecruzam para depois tomarem diferentes rumos. Lucy torna-se uma manifestante contra a guerra do Vietnã quando seu irmão Max é convocado. Passa a tomar parte ativa nas manifestações – o que começa a afastá-la de Jude – mas logo vem a desilusão ao chegar ao comitê de manifestantes e vê-los fabricando bombas. Ela para à porta decepcionada, e diz: “Eu pensei que fossem eles que jogassem as bombas.”

Impossível não associar esta cena do filme ao que hoje acontece durante as manifestações no Brasil: o idealismo sincero transformado em massa de manobra, incitando a violência e a corrupção que tanto primava por combater.

O visual dos personagens Sadie e Jojo são baseados em Janis Joplin e Jimmi Hendrix. Sadie é vocalista, e tem o mesmo tom de voz rouco de Joplin, enquanto Jojo é o guitarrista de sua banda – quase uma cópia fiel de Jimmy Hendrix. Os nomes dos personagens também são todos tirados de canções dos Beatles - Sadie, Jo-jo, Lucy, Prudence, Max e Jude.

Destaque para a participação de Bono Vox cantando “I Am the Walrus”. Momento psicodélico que retrata fielmente as ideologias dos anos sessenta.

Um filme lindo, inesquecível, importante, indispensável. As canções dos Beatles ficaram perfeitamente adaptadas ao contexto do filme, e as interpretações, memoráveis. Quando o filme termina, ficamos durante algum tempo ainda sentados no sofá, os pelos dos braços arrepiados, a emoção presa na garganta e uma saudade enorme de uma época na qual tudo aconteceu. Mesmo que não a tenhamos vivido pessoalmente.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sobre a Felicidade






"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez."
Friedrich Nietzsche


"Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."
Mahatma Gandhi


"Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria."
Khalil Gibran


"Um homem pode viver feliz com qualquer mulher desde que não a ame."
Oscar Wilde



"Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, se tornará um filósofo."
Sócrates




"Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste."
Fernando Pessoa




"A felicidade só cria recordações."
Honoré de Balzac




"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."
Sigmund Freud


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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...