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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Califórnia




Eis o meu texto "Califórnia", vencedor do concurso de contos do blog Gândavos, de Carlos Lopes. Em meio a tantos autores competentes, fico muito feliz e agradecida por ter vencido o concurso!


CALIFÓRNIA


Pisava no chão seco e farinhento da vila de Córrego Seco desde que nascera. Nome mais apropriado para um lugar, não existia. Tudo era tão seco, que até mesmo o carcará tornara-se pássaro raro. Somente os que, como Joana, não tinham outra alternativa, continuavam vivendo ali. Ela não conhecia outra vida, tendo gasto em seu caminhar, muitas solas de chinelo. De sol a sol, de solo a solo, de cacto a cacto. Sua magreza alongava-se ainda mais na sombra projetada no chão pelo sol escaldante. No alto da cabeça, carregava uma lata d’água barrenta que tinha ido buscar a dois quilômetros da sua casa. Passava pelas ruínas da velha igreja sem notar, como quem passa por uma fé que deixara de existir.
Tinha apenas vinte anos de idade, mas aparentava quarenta. Em fila, seguiam-lhe seus três meninos, aonde quer que ela fosse. O pai? Partira para a cidade grande em busca de uma vida melhor, deixando apenas uma promessa: “Um dia, eu mando buscar ocês.” Nunca mais voltou. Nunca mais deu notícias. Também, que notícia poderia chegar àquela lugar esquecido por Deus? 
Joana nem sentia saudades do marido. Tinha antes muitas outras coisas a sentir: fome, sede, cansaço, desesperança, e um medo que crispava-lhe o estômago: o de ver morrerem seus filhos. Todos os dias, chegavam-lhe histórias de crianças que morriam. Às vezes, passava um cortejo na porta de casa, um pequeno bando de gente maltrapilha carregando um pequeno caixão.
Certa manhã, antes mesmo de clarear, Joana acordou com um sobressalto: tivera um sonho ruim. Vira um de seus meninos dentro de um caixão. No sonho, estava em uma sala vazia e escura, onde, bem no meio, havia um caixão cercado de velas. Ela foi se aproximando devagar, com medo do que fosse ver, enquanto ouvia uma risada sardônica atrás de si. Sentiu um arrepio na nuca, e quando chegou bem perto, levou à mão ao peito e olhou: lá estava seu mais velho! 
Joana levantou-se correndo, e foi olhar seus meninos, e ao ver que dormiam pesadamente na esteira de palha, deu um suspiro de alívio; ainda não era naquele dia! 
Na noite seguinte, teve o mesmo sonho. A única diferença, é que o menino no caixão era o seu do meio. E na terceira noite, o sonho repetiu-se, mas era o seu mais novinho que estava morto. Joana achou que aquilo era um sinal; tinha que sair dali! Precisava ir embora, pois beber água barrenta e comer farinha com lagarto cozido não era vida para menino. Mas ir embora para onde, meu Deus? Não tinha nada, não sabia ler, mal sabia falar direito... e enquanto cismava, andando de um lado para o outro debaixo do sol, à porta de seu casebre, enquanto os meninos comiam feijão com farinha, veio de repente uma ventania; e com a ventania, uma folha de papel, uma página de revista que grudou no seu rosto.
Surpresa, Joana pegou o pedaço de papel e olhou: era uma fotografia, uma imagem de um lugar onde havia um jardim verde e exuberante, cheio de flores coloridas, junto a um rio azul enorme de lindo. Havia também muitas pessoas felizes, e em uma fotografia menor, mesas com toalhas brancas cheias de pratos de comidas que ela nunca tinha provado, e um sorridente homem de branco que era tão bonito, que só podia ser um anjo de Deus! Ela nunca tinha visto tanto verde na vida, nem mesmo na época da chuva! Notou as letras sob a foto, e achou que elas deveriam dizer o nome do lugar na fotografia; decidiu que fosse aonde fosse, era para lá que ela iria! Como? Isto não importava; sentiu sua fé renascer, e da mesma forma que Deus lhe mandara a resposta, também havia de levá-la até o lugar.
Foi até a casa do ‘seu Tinoco’, o único por ali que sabia ler, e entregou-lhe a fotografia. O velho olhou-a, e após seguir as letras com o dedo, devolveu-lhe o papel, dizendo: “Esquece, filha. É longe. Ocês nunca vão chegar lá!” Mas Joana insistiu: “Me diz o nome do lugar, me diz onde é, ‘seu’ Tinoco. O resto, é com nós!” O velho balançou a cabeça, e disse com enfado: “Califórnia. É esse o nome.” Joana nem perguntou mais nada: voltou para casa, e juntando as poucas coisas que tinham, mostrou a fotografia e anunciou aos meninos, que se entreolharam, animados com a sua primeira aventura: “Se apronta, porque nós vai pra Califórnia.” E partiram naquela mesma manhã. Joana nem se deu ao trabalho de fechar a casa. No chão, o vento derrubou a única fotografia amarelada que o marido lhe deixara. ‘Seu’ Tinoco, da porta de seu casebre, viu-a partir em direção ao deserto, seguida pelas três crianças, carregando uma grande trouxa de roupa na cabeça. Ele apertou os olhos, enquanto a imagem dos quatro desaparecia, serpenteando com o calor que brotava do solo.
Meses depois, um homem caminha pelo chão árido de Córrego Seco, dirigindo-se à casa. Traz uma pequena mala de viagem, e muitas saudades e lembranças. Está feliz, pois conseguira arranjar trabalho de jardineiro na casa de um senhor muito poderoso e tão bondoso quanto rico, lá na cidade, no sul do país. Logo que conseguiu o emprego – depois de morar nas ruas, trabalhar em muitos canteiros de obra, sem carteira assinada e receber um salário abaixo do mínimo, passar muita necessidade e até mesmo fome, João - o marido de Joana- finalmente conseguira fugir do lugar onde era mantido como trabalhador escravo. Em sua fuga, acabou indo bater à porta de seu benfeitor, que vendo seu estado emocional lastimável e seu perigoso nível de desnutrição, decidiu acolhê-lo, cuidar de sua saúde e oferecer-lhe trabalho em sua casa.
Assim que ficou sabendo de sua história, deu-lhe dinheiro e mandou que fosse buscar sua família, em Córrego Seco. As crianças iriam frequentar uma escola, e sua Joana poderia ajudar nos serviços de casa.
Mas quando João chegou, não viu sinal de seus filhos e de sua Joana. ‘Seu’ Tinoco deu-lhe as notícias: “Eles foram embora. Pra Califórnia.” Agoniado, João indagou: “Mas... quando?” Seu Tinoco, montando um cigarro de palha, respondeu: “Faz uns mês... foram naquela direção!” 
Ao ver que ‘seu’ Tinoco apontava a direção do deserto, João sentiu seu coração encher-se de agonia. 
Voltou para o casebre. Deitou-se na esteira de palha semicoberta pela areia, e chorou, desejando do fundo de seu coração, que sua mulher e seus filhos tivessem conseguido alcançar a Califórnia.

Carta à Amiga







Carta à “Amiga”



Tentei responder seu email, que chegou-me em uma hora bastante difícil, mas infelizmente, quando apertei ‘enviar’ ele foi imediatamente devolvido. Como não posso respondê-lo no outro site, faço-o aqui em meu blog, onde posso expressar-me livremente, e posso apenas esperar que você o leia.

Você me falou da importância do perdão e de seguir em frente, fazendo meu trabalho como venho fazendo e ignorando ofensas indiretas. Não costumo ficar em um canto, reclamando e choramingando enquanto me apedrejam; mesmo assim, tenho procurado ser tolerante, pois a vida me ensinou que certas coisas não valem a pena, e quando eu me levanto para me defender, é porque a coisa foi longe demais. Comparando minhas reações de hoje às minhas reações do passado, sempre intempestivas, vejo que já andei um bom caminho na direção da qual você fala, mas ainda não consegui atingir o nível que você me propõe. Quem sabe, um dia? Enquanto isso, não sufocarei meus sentimentos e reagirei sempre de forma eficaz contra os que me caluniam.

Enquanto os tais textos estavam sendo mantidos em um nível indireto, fui tolerante e ignorei; logo em seguida, eles passaram a conter transcrições de palavras que eu postava, e mesmo não mencionando meu nome, a pessoa em questão referia-se a mim (hoje tenho certeza absoluta de que é a mim que ele se referia) usando palavras de baixo calão que não vou colocar aqui; Teve a ousadia de intitular uma de suas aberrações como “Senhora ‘A’”, mas mesmo assim, decidi acreditar que existem por aí muitas pessoas cujos nomes começam com a letra ‘A’, e eu ignorei. Ele comentava seus próprios textos, incitando a curiosidade dos que os liam, insinuando que, a qualquer momento, ia ‘dar uma lição’ em seu desafeto – eu. Referia-se a fatos de minha vida, como por exemplo, o de eu nunca ter sido mãe, escrevendo grosserias em relação à minha vida sexual – da qual ele nada sabe, e jamais saberá - oferecendo seu ‘brinquedinho’ para que eu o usasse, alegando que eu o desejava. Existe coisa mais torpe, mais nojenta? Mesmo assim, eu ignorei, durante meses, achando que eu poderia estar enganada.

Para mim, o menor argumento, o mais torpe, o mais nojento e repugnante que um homem pode usar para defender-se de uma mulher (uma que nem o está atacando), é o tamanho de seu pênis e seus ‘méritos’ sexuais. Isto, em minha opinião, denota uma insegurança latente quanto à própria sexualidade, além de ser uma enorme grosseria referir-se a qualquer mulher nestes termos. Tenho muita pena da esposa deste sujeitinho.

A época mencionada por ele, na qual eu teria começado meus ‘ataques’ e ‘plágios’ aos seus escritos, começou mais ou menos em dezembro – época na qual eu estava, a maior parte do tempo, acompanhando minha mãe em um hospital e uma outra pessoa de minha família em outro, e quase nem tinha tempo para pensar em amenidades. Minha mãe faleceu no dia 1 de janeiro de 2013, mas nem mesmo isto fez com que ele parasse com suas insinuações e ataques, que culminaram logo após a publicação de meus livros virtuais.

Ele passou a fazer ironias quanto ao fato de eu ser uma autora e referiu-se com desdém à minha profissão de professora, de maneira a por em dúvida se eu realmente a exerço.

Mas o que realmente culminou em uma reação de minha parte, aconteceu há dois dias, quando ele afirmou em uma de suas aberrações rebuscadas as quais ele chama de textos, que eu teria desejado a sua morte e a morte de seu bebê recém-nascido. Ah, eu não poderia engolir mais esta! Eu jamais fiz ou faria tal coisa, nem que ele fosse meu pior inimigo, pois eu sei que desejar o mal à outra pessoa é desejá-lo a si mesmo. Em minha compreensão, aquilo que desejamos ao outro volta para nós triplicado, mas não é apenas por isso que eu não desejo o mal às outras pessoas; é uma questão de princípios. 

Fiquei achando que ele poderia estar afirmando tal barbaridade ao meu respeito através de e-mails, e achei que era hora de eu tomar uma posição.

Minha primeira providência, foi a de fotografar todos os seus textos que se referiam a mim, inclusive o que tem o título de “Senhora A”, e posteriormente, o seu penúltimo, que foi retirado pela administração do site, no qual ele usava meu nome e sobrenome. Guardei-os em meus arquivos de blog e em meu computador. Sei que abrir um processo contra alguém é algo cansativo e dispendioso, mas caso ele continue a manifestar-se contra minha pessoa, não hesitarei um só segundo em acionar a delegacia de crimes virtuais e acabar com sua festa. Por isso, reunir provas e arquivá-las devidamente foi minha primeira providência.

Depois, acionei a administração do site e denunciei seu último texto, que foi retirado. Nem fiz questão de que ele retirasse os muitos outros que escreveu sobre mim. Podem ficar lá em seu mural, alertando as pessoas sobre quem ele realmente é. Igualmente, a administração solicitou que eu retirasse meu texto, “Será que é para mim,” no qual eu pedia explicações sobre se a pessoa a quem ele se referia em seus escritos era mesmo eu – ainda dei a ele uma chance de se retratar. A este texto, ele deixou um comentário (que também arquivei) afirmando minhas suspeitas.

Nestes momentos, a gente fica se perguntando por que estas coisas acontecem. E não acontecem apenas comigo, pois a todo momento, leio relatos de pessoas que estão passando por coisas parecidas na internet. Escrever é uma grande responsabilidade, e um grande perigo, pois jamais sabemos se o que escrevemos poderá atingir negativamente a alguém, mesmo que nosso trabalho não tenha esta intenção. Mas quando isto acontece, há uma grande chance de que tudo tenha sido apenas um mal-entendido, e comunicar-se com o escritor pode ser a única maneira de desfazê-lo. No meu caso, eu não pude, já que estava bloqueada na página em questão, e não tinha nenhum endereço de email do sujeito.

Mas a vaidade de quem lê, na maioria das vezes, é o motivo para estes desentendimentos; recentemente, fui quase trucidada por uma senhora apenas porque deixei um comentário na página de um de seus desafetos. E eu nem sabia que eles estavam brigados! Também causa desentendimentos a mania de achar que as pessoas estão copiando o que escrevemos, apenas porque opinamos diferentemente sobre um assunto que a pessoa abordou. E às vezes, nem lemos o texto que a pessoa escreveu! 

Estou relendo “O Retrato de Dorian Gray.” Ontem à noite, uma frase do personagem Henry tocou-me profundamente: “Todo efeito que produzimos nos traz um inimigo. Para sermos populares, devemos ser medíocres.”

Bem, jamais serei deliberadamente medíocre a fim de contentar alguém. Continuarei fazendo meu trabalho, enquanto o mesmo for para mim uma diversão e uma necessidade, e seguirei sempre em frente, deixando para trás estas coisas abomináveis que acontecem e sempre acontecerão. 

Sei que sou malquista por muitos, justamente porque não deixo barato as ofensas que me dirigem, mas não vou ‘fazer amigos’ através do silêncio ao bullying virtual. Acho que o bullying tem que ser revelado, o bully tem que ser exposto, porque às vezes ele pode estar escondido atrás de uma conduta aparentemente adorável, simpática e  sábia. O bullying pode vir daqueles cuja verborragia impressiona aos incautos, encanta aos sonhadores e engana aos mais sagazes. 

Não vou compactuar com esse tipo de coisa, e jamais protegerei canalhas atrás de minha própria reputação.

Obrigada pela sua mensagem, e é isto que eu tenho a dizer.



Choraminguado






Choras
Minguado
Às janelas
Do passado.

Recolhes
As pedras,
Refregas,
Medras.

Resfolegas
Fuças
As gentes
Que antes
Trazias
Aos dentes.

Finges
Que sentes
O que jamais 
Sentes.

Choramingas,
Respingas
Um sangue
Demente.

E então,
De repente,
Te mostras
Carente!

Sob
Tuas solas,
As carnes
Da gente.

Os nossos
Pedaços
Por entre teus dentes.

Na lua da unha
O sangue pisado
E choras,
E comes
O bolo
Solado,

Que é feito
De um trigo
Deveras
Mofado.

E à alma
Que assolas
Te sentes 
Vingado!

E choras, e choras,
Mas choras
Minguado.

Fingido,
Fingido,
Teu pranto
Oxidado...

Recolhes 
As setas
Que havias
Lançado...

Minguado,
Minguante
Minguado,
Minguado!







quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Um Aviador Irlandês - poema de William Butler Yeats (traduzido)






An Irish Airman Foresees His Death
(Um aviador Irlandês Prevê Sua Morte)





I know that I shall meet my fate
(Sei que devo encontrar meu destino)

Somewhere among the clouds above;
(Em algum lugar, nas nuvens la´em cima)

Those that I fight I do not hate,
(Aqueles contra com quem luto, eu não odeio)

Those that I guard I do not love;
(Aqueles a quem eu protejo, eu não amo)

My country is Kiltartan Cross,
(Meu país é uma cruz  de Kiltarton)*

My countrymen Kiltartan's poor,
(Meus conterrâneos, os pobres de Kiltarton)

No likely end could bring them loss
(Nenhum fim provável poderia trazer-lhes perda)

Or leave them happier than before.
(Ou deixá-los mais felizes do que antes)

Nor law, nor duty bade me fight,
(Nenhuma lei, nenhum dever  mandou-me lutar)

Nor public men, nor cheering crowds,
(Nenhuma pessoa pública, nem os aplausos da multidão)

A lonely impulse of delight
(Um solitário impulso de satisfação)

Drove to this tumult in the clouds;
(levou-me a este tumulto nas nuvens)

I balanced all, brought all to mind,
(Eu ponderei sobre tudo, trouxe tudo à mente)

The years to come seemed waste of breath,
(Os anos vindouros pareciam um desperdício de fôlego)

A waste of breath the years behind
(Um desperdício de fôlego, os anos passados)

In balance with this life, this death.
(Em equilíbrio com esta vida, esta morte)


*Kiltartan é um baronato em County Galway, Irlanda




William Butler Yeats








A BAD DREAM - KEANE

(Um sonho ruim)


Why do I have to fly
(Por que eu tenho que voar)
over every town up and down the line?
(sobre cada cidade, acima e abaixo da linha do horizonte?)
I'll die in the clouds above
(Morrerei nas nuvens lá em cima)
and you that I defend, I do not love.
(E você, a quem defendo, eu não amo)

I wake up, it's a bad dream,
(Eu acordo, é um sonho ruim)
No one on my side,
(ninguém ao meu lado)
I was fighting
(eu estava lutando)
But I just feel too tired
(mas eu simplesmente me sinto cansado demais)
to be fighting,
(para estar lutando)
guess I'm not the fighting kind.
(acho que não sou do tipo que luta)

Where will I meet my fate?
(Onde encontrarei meu destino?)
Baby I'm a man, I was born to hate.
(Meu bem eu sou um homem, nasci para odiar)
And when will I meet my end?
(Quando encontrarei meu fim?)
In a better time you could be my friend.
(Em tempos melhores, você poderia ser meu amigo)

[chorus]
I wake up, it's a bad dream,
(Acordo, é um pesadelo)
No one on my side,
(ninguém ao meu lado)
I was fighting
(eu estava lutando)
But I just feel too tired
(Mas eu simplesmente me sinto cansado demais)
to be fighting,
(para estar lutando)
guess I'm not the fighting kind.
(acho que não sou do tipo que luta)
Wouldn't mind it
(não me importaria)
if you were by my side
(Se você estivesse do meu lado)
But you're long gone,
(mas você se foi há muito tempo)
yeah you're long gone now.
(sim, você se foi há muito tempo agora)

Where do we go?
(Aonde vamos?)
I don't even know,
(Eu nem sequer conheço)
My strange old face,
(Minha estranha velha face)
And I'm thinking about those days,
(E estou pensando sobre aqueles dias)
And I'm thinking about those days.

I wake up, it's a bad dream,
No one on my side,
I was fighting
But I just feel too tired
to be fighting,
guess I'm not the fighting kind.
Wouldn't mind it
if you were by my side
But you're long gone,
yeah you're long gone now.




Ladram Os Cães... - um poema meu






"Ladram os cães, e a carruagem passa..."
E assim segue a vida, e suas desgraças
Indiferentemente ao sol que brilha
Por sobre a trilha em que ela segue só...

Passa a carruagem, ficam as marcas,
Ecos de latidos desmancham-se em pó
E palavras ditas caem pela estrada
E em pouco tempo, tornam-se nada...

Desmancha-se a flor antes do nascer
Num desabrochar contrário à vida
Esmagadas ao peso das tais rodas...

Passa a carruagem, como passamos,
Rompem-se as cordas que seguram os anos
Transforma-se o verbo  no sal das feridas...


"Não existe vitória em uma guerra injusta. E toda guerra é injusta."






Visita à Janela





Visita à Janela


As leves cortinas de voil
Balançavam ao vento,
Hipnoticamente.

Trouxeram à tona, lembranças
Nas barras das saias,
E um passado velado.

A paisagem da janela
Modificou-se,
Ganhando um tom sépia
Enquanto lá fora,
Crianças brincavam.

Eu era uma delas.

Jogamos bola,
Fizemos roda,
Brincamos de cantar...

A tarde morreu,
A noite avançou...

Balançou a cortina,
Quebrando o encanto.

Sobre Quem Não Nos Aprecia







A vida real é bem menos complicada do que a vida que inventamos através da nossa imaginação e supervalorização daquilo que aqueles que não nos apreciam cismam em afirmar a nosso respeito.




 

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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...