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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sobre a Maldade





Não sei como a maldade pode brotar em alguém, mas o que eu sei, é que nenhuma pessoa nesse mundo está livre de ser abordado por ela, ou sequer, de perpetrá-la. Algumas vezes, a maldade age com a ajuda consciente de quem a faz, enquanto noutras, acaba-se atingindo, sem intenção, outras pessoas, a fim de  se defender  espaços, entes queridos  e interesses.

Não acredito em quem se diz essencialmente bonzinho o tempo todo. Tenho visto que os bonzinhos são aqueles que adoram apontar os erros e 'maldades' alheias, colocando-se sempre em um pedestal, como se jamais houvessem caído ou cometido erros. Não são humanos: são deuses e anjos!

Ontem, passando por textos de outros autores em um site de escritores, deparei com um na qual a escritora - muito competente, por sinal - dizia que o mal não merece atenção em nenhuma circunstância. Sinto muito, senhora, mas vou discordar, e explicarei meus motivos:

Na segunda guerra mundial, quando milhões de judeus estavam sendo cruelmente exterminados, os bons preferiram não dar atenção ao mal; quando finalmente resolveram fazê-lo - apenas porque o mal estava tomando proporções exageradas e poderia atingi-los a qualquer momento - milhões já haviam perecido. 

Nossa nação passou décadas ignorando o mal que acontece dentro do governo, entre aqueles que nos representam, e exatamente por isso, nosso país chegou ao ponto que chegou agora. Quantos morreram em filas de hospitais, quantos não tiveram a chance de terem seus direitos de cidadãos assegurados? Tudo porque as pessoas fizeram vista grossa ao mal.

De repente, sentimos um mal-estar, que ignoramos, e que se prolonga durante bastante tempo, até que, finalmente, decidimos procurar um médico, e já é tarde: o mal, em forma de doença,  já tomou conta de nosso corpo.

Animais são torturados diariamente por adolescentes doentes, que depois postam fotografias e videos em redes sociais das cenas em que os torturam, amputam-lhe membros enquanto eles ainda estão vivos, decepam-lhes as cabeças. Sempre compartilho este tipo de coisa, pois acho que assim, será mais fácil que estas pessoas sejam identificadas e punidas, evitando que outros animais passem horas sendo torturados por eles.

Alguém que nos observa decide infiltrar-se em nossa casa, ou em nosso espaço, a fim de tomar conclusões errôneas a nosso respeito e espalhar por aí estas conclusões, e nada fazemos, pois fomos ensinados a não reagir a esse tipo de ataques, ignorando aqueles que nos atingem; seguimos a velha máxima de que "quem não deve, não teme." De repente, nossa reputação está tão defasada, que muitas pessoas passam a acreditar naquilo que disseram de nós. É muito fácil destruir alguém que levou anos levando uma vida honesta, pois ouvidos não faltam a esse tipo de coisa, e nem mesmo bocas para repeti-las.

De repente, pessoas que nos visitavam frequentemente passam a nos ignorar, e quando vamos visitá-las, descobrimos que as portas foram trancadas para nós, e nem há uma maneira de esclarecer a situação, já que elas preferiram acreditar em quem espalhou fofocas a nosso respeito. Já soube de histórias em que pessoas postavam comentários não identificados, assinando o nome de um autor, como se fosse realmente ele, e por isso, muitas portas se fecharam àquele autor, que de nada sabia. 

E é normalmente nessas situações, que as pessoas 'bondosas' repetem: "Ignore! Releve! Perdoe! Deus está vendo todas estas injustiças."  Ora, Deus não criou cordeiros, e sim homens! Se não reagirmos a esse tipo de coisa, logo nos tornaremos completamente invisíveis, pois este é o objetivo de quem persegue outra pessoa: exterminá-la.

Portanto, senhora, prefiro dizer que O MAL NÃO PODE, EM MOMENTO ALGUM, SER IGNORADO. Devemos identificá-lo sempre, fazendo o que for possível para que as pessoas que o praticam sejam identificadas e punidas.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Incomparável




As estrelas do céu
As estrelas da terra,
O vento, a calmaria,
A tristeza, a alegria,
O trem que aqui chega,
O trem que se vai,
A lágrima seca,
A lágrima que cai,
Palavra calada,
Palavra caída
Nas páginas brancas
De mais uma vida...

As águas do rio,
As ondas do mar,
Céu de tempestade,
O azul impecável
A noite e o dia,
O sonho, o real,
A prosa, a poesia,
O homem, o animal,
E o livro fechado
Que nós escrevemos
Daquilo que foi
Por nós, desprezado...

A dor do viver,
A alegria de ser,
O início, o final,
Chegadas, partidas,
A fome, a fartura,
O grito, o silêncio,
O que foi jurado,
Promessas quebradas...
O adeus de quem foi
Sem nem deixar rastros,
E a tal da saudade
Que fica, que fica...


Goethe




Pensamentos de Goethe



"Somente aquele que foi o mais sensível pode tornar-se o mais frio e o mais duro, para se defender do mais pequeno golpe - e esta própria couraça lhe pesa muitas vezes."



"Ah, que diferença entre o juízo que fazemos de nós e o que fazemos dos outros!"




"Ingratidão é uma forma de fraqueza. Jamais conheci homem de valor que fosse ingrato."




"Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes."





"Um grande erro: crer-se mais importante do que se é e estimar-se menos do que se vale."




"Coloca na cabeça perucas com cem mil cachos, / coloca nos pés coturnos de um braço de altura, /continuarás sempre a ser o que és."




"Qual o melhor dos governos? Aquele que nos ensina a governarmo-nos a nós próprios."




"Legisladores ou revolucionários que prometem simultaneamente a igualdade e a liberdade são sonhadores ou charlatães."





Do site "O Pensador"

Calma X Alma





Às vezes me dizem para eu ficar em silêncio,
Fingir que não percebo esse lenço que se agita
Diante dos meus olhos, quando passo,
Tentando chamar minha atenção
Para o monstro que dorme no fundo do lago.
Às vezes,
Existe tanto veneno em uma simples palavra,
Em um contexto supostamente inocente, mas inadequado,
Que espalha cristais de sal e tramam um intricado enredo
Fechando caminhos por todos os lados,
Que o melhor é mesmo permanecer quieta, calada,
Fingindo que não houve nada.

Mas às vezes eu sinto nas costas
As pontas dos dedos apontados, 
Os sussurros açucarados e eivados de murros bem-intencionados,
O julgamento feroz daqueles que dizem-se pacatos
E espiritualizados.

Meus murros surgem dos meus pulsos,
E são sempre de frente, diretos, jamais disfarçados!
Mas só aparecem naqueles momentos em que meu sangue está sendo sugado,
Quando os vampiros atacam, 
Por isso, não me justifico, nem peço perdão
Pelo que devolvo, na contra-mão direta de quem me atropela,
Jamais deixarei o meu coração morrer em uma cela
De falsa abnegação e silêncio, feitos de clamor sufocado!

Vivemos num mundo, onde infelizmente,
Quem não fala por si, quem não se defende,
Em breve, não tem sequer um espaço
Dentro da própria casa, debaixo da asa,
E acaba morrendo de medo, sepultado, 
Bem antes do tempo determinado.

 Perco minha calma,
Mas salvo a minha alma;
Expulso do meu templo
Os vendilhões.





quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Poder do Fogo


O Poder do Fogo



O fogo fascina o felino
Faz festa nos olhos,
Aquece o pelo,
Relaxa o flanco.

Nas chamas alaranjadas,
Extasiadas,
As salamandras dançam.





Imagem: o gato Peter, por Josie Lopes

terça-feira, 25 de junho de 2013

Por que Jogamos na Loteria?





Trecho do livro "Pílulas de Neurociência Para uma Vida melhor", de Suzana Herculano-Houzel



Matemáticos e economistas adoram fazer tabelas com as chances de investimentos darem certo ou errado, e dizem que devemos usá-las para tomar decisões racionalmente. Faz sentido, é claro. Só não funciona na prática- porque o ser humano tima (felizmente!) em não se guiar apenas pela razão.

Por exemplo: diz a matemática financeira que devemos sempre aceitar qualquer divisão, de prêmios ou balas, que nos for ofertada. Mesmo as injustas: afinal, qualquer coisa no bolso é melhor do que um bolso vazio. No entanto, ofertas injustas despertam protestos do córtex da ínsula, aquela parte do cérebro que sinaliza desgosto e repulsa.  Se a ínsula fala alto o suficiente , seus protestos ganham tendências racionais - e acabamos por recusar uma oferta que, racionalmente, deveríamos ter aceitado.




Loterias são exemplos divertidos do oposto: situações em que a razão manda não se fazer investimento algum, pois a chance de retorno é ínfima. A própria Caixa deixa bem claro em seu site: a chance de um apostador da Mega Sena jogar em seis números e acertar todos os seis em um concurso qualquer é de uma em 50 milhões. Dito de outra forma, quem faz um jogo tem 49.999.999 chances em 50 milhões de apenas ficar R$1,75 mais pobre. O córtex pré-frontal toma nota e vota - racionalmente - por guardar o R$1,75 no bolso.

Mas outras parte do cérebro pensa em outra coisa: quão bom seria ganhar o prêmio? Por mais improvável que seja, a eventualidade de um prêmio de vários milhões de reais certamente seria motivo de grande euforia e muitas coisas desejáveis - casa própria, carro, segurança. O sistema de recompensa, que sinaliza para o restante do cérebro o que tem chance de dar bons resultados, também toma nota e dá seu voto.




Quem toma a decisão, no fim das contas, parece ser uma região no centro pré-frontal, que pesa os possíveis custos (quando a ínsula se importa de perder R$1,75) e benefícios  (quanto o sistema de recompensa gostaria do prêmio). Pelo jeito, essa parte do cérebro de cerca de 2 milhões de brasileiros entende a cada concurso que R$1,75 é um custo baixo para se concorrer à chance, mínima mas real, de ganhar uma bolada.

Se fôssemos racionais, não apostaríamos na Mega Sena  nunca - e, como o prêmio vem da arrecadação com as apostas, não haveria prêmios milionários a dividir entre improváveis ganhadores. Afinal, certo mesmo é o seguinte: quem não joga na loteria tem 100% de chance de não ganhar!



segunda-feira, 24 de junho de 2013

Um Rio





Um Rio


Por mais que agitadas as margens,
Por mais que guerras e mortes,
Um rio segue sereno,
E deságua numa fonte
Sem jamais reter suas águas.

É assim que tem que ser,
É assim que deve ser:
Enquanto o rio só passa,
Sereno, e segue seu curso,
Na terra, morrem os vermes
Pela sede de uma água
Da qual, jamais beberão.

Segue o rio, e a correnteza
Promove fertilidade,
Mata a sede das cidades,
Fertilizando colheitas.
Bebem dele os abutres,
Assim como os passarinhos,
Pois o rio não escolhe
A quem doar suas águas.

É assim que tem que ser,
É assim que deve ser,
E é assim que será,
Até o final dos dias,
Enquanto o rio correr.

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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...