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quarta-feira, 4 de março de 2020

PORTUGAL - Passeio Silencioso por Nazaré e Piódão



NAZARÉ

Cidade bonita e famosa por suas praias e ondas, que chegam a 30 metros de altura - ou em edição extraordinária, até mais que isso! O paraíso dos surfistas, muitos deles quase alcançam o Paraíso de verdade ao se aventurarem por lá. Detalhe: foi lá que eu comi o MELHOR pastel de nata!




















PIÓDÃO

Cidadezinha medieval feita de xistos (a pedra que cobre paredes e telhados), encrustada feito gema preciosa nas encostas de Arganil, Coimbra, a mais de 1.300 metros de altitude. Não é muito fácil chegar lá; a estrada é estreita, cheia de curvas e perigosa, com abismos ao mesmo tempo tenebrosos e maravilhosos. População: 64 habitantes, segundo uma moradora, mas vi na internet que ela na verdade tem cerca de 178 habitantes. Não dá vontade de ir embora. Queria ter uma casinha daquelas, com as janelas azuis olhando para as montanhas.




































segunda-feira, 2 de março de 2020

PORTUGAL - Passeio silencioso por Óbidos


ÓBIDOS






















Cidadezinha histórica e charmosa, ótima para comprinhas!

O que eu mais gostei? Além da  beleza do lugar e da atmosfera alegre e pacífica, a gentileza das pessoas, as muitas lojinhas que oferecem artesanato e muitas  opções de presentes e lembrancinhas para trazer.

Ficou esse espação entre as próximas fotos porque hoje o blogger está impossível de postar qualquer coisa direito! Sorry...

Amanhã postarei sobre outros locais que visitamos.































domingo, 16 de fevereiro de 2020

Não me Olhas...







Não me Olhas...
Não me Olhas, e eu sei porque:
Sabes que eu vejo nos riscos das tuas íris
Aquilo que não queres ver,
E que eu ouço , nas entrelinhas da tua voz,
O que não te atreves a dizer,
Eu toco, sob as fímbrias da tua pele fria,
O que não admites sentir
Ou ser!

Por isso, não me olhas,
Ignoras e ao mesmo tempo,
Pisoteias, pesadamente,
Sentimentos presos às teias da tua mente,
Fraquezas, que nem mesmo a tua força,
Sabe que sentes,
E negas, negas, negas,
Tuas passadas semi-cegas...

Mas no fundo, tu só finges
Que me ignoras!
Pois eu sei, caminhas entre as esfinges
Que guardam teus mais obscuros pensamentos
Sob enigmas indecifráveis
(Embora tão frágeis)!




segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

SE AMAR FOSSE ASSIM





Se amar fosse assim,
Se o amor nascesse
De um breve olhar,
De um sorriso discreto,
Da batida mais rápida 
E inesperada
De um coração...

Se amar fosse como
Um pedaço de pão,
Uma jarra de água,
O apoio da mão,
A palavra escondida
Pelas entrelinhas
De um simples poema
Que alguém lê por pena
De um pobre escritor...

Se amar fosse simples,
Se amar fosse festa,
Ou se amar fosse dor...





MINHAS PERNAS







Minhas pernas já viram
Muitas coisas
Enquanto eu andava
De olhos fechados.

Minhas pernas me levaram
Por onde meu coração
Mais temia,
E na mais negra noite,
Minhas pernas correram
Em direção ao dia.

Se meu olhar cansado
Teima em não se abrir,
São elas que dão
O primeiro passo
Na direção
Que eu devo seguir.

Ah, o que seria
De mim, sem as lanternas
Que alguém prendeu
Às minhas pernas!





NÃO DEPENDA DE NADA





Não dependa de nada.
Caminhe
Sem ter uma estrada,
Amanheça
Mesmo sem um sol,
Adormeça
Mesmo sem luar.

Não dependa de nada.

Ame,
Sem ter um objeto,
Haja,
Sem nem saber se é o certo,
Escreva uma história
Mesmo sem palavras,
Mas nunca, jamais,
Dependa de nada.

Aprenda
A viver sozinho
Entre a multidão,
Não se envergonhe
De dançar sozinho
Sem que haja canção,
Encontre
Seu melhor amigo
No seu coração.

Mas nunca, jamais
Dependa de nada.

Aprenda
A fazer vinho sem uva,
A brotar sem chuva,
A crer, duvidar,
Sem ter argumentos;
Confia na voz
Da tua intuição
Que diz e repete
Incansavelmente
Para que tu sejas

Árvore e semente,
E flor, e claridade
E escuridão,
O ritmo, a letra
A voz e o arranjo
Da tua canção.

Mas não
Dependa de nada.




sábado, 8 de fevereiro de 2020

MANHÃ









Não levem embora os passarinhos,
Aqueles, que voam à noite
Para que eu me esqueça
Dos meus medos, penas  e sobressaltos,
Fazendo seus ninhos bem no alto
Da minha cabeça.

Deixem que eles voem em paz,
Pois me levam em sonhos sobre seus dorsos,
Me ascendendo das profundezas do meu poço,
Num looping por cima do fio da navalha
E da fétida genitália 
Desse obscuro mundo!

Não levem embora os passarinhos,
De manhã, ouço suas patinhas sobre a cumeeira,
Escorregando devagarinho pelas telhas...
Eles me despertam com todo desvelo
Piando baixinho, pousados nas calhas
Trazendo minha alma de volta das fornalhas
Dos meus pesadelos.

Não levem embora os passarinhos,
Que cantam baixinho nas manhãs chuvosas,
Por entre os pinheiros e as rosas,
Deixando cair, ao acaso,
Algumas penas de esperança
Sobre esse mundo quase sempre
 Tão 
Raso.








terça-feira, 21 de janeiro de 2020

CASAS ABANDONADAS








CASAS ABANDONADAS

Existem no YouTube vários canais que mostram casas abandonadas no Brasil e no mundo. Antes de assisti-los eu não fazia ideia da quantidade imensa de casas que estão nessa situação aqui no Brasil, principalmente no sul. Eu me pergunto o porquê de tal coisa acontecer. 

A grande maioria dessas casas foram abandonadas como se, de repente, a família inteira tivesse desaparecido e deixado tudo para trás: móveis, roupas, utensílios, os pratos na pia, sapatos, livros, retratos. Ainda há quadros nas paredes e colchas sobre as camas. As fotos espalhadas pelo chão e os armários e gavetas escancarados cujos objetos que ali eram guardados estão por todos os lados, mostrando que as casas foram invadidas, tiveram sua privacidade devastada por furacões de curiosos procurando por coisas de valor para roubar. 

Muitas vezes, ninguém sabe quem foram os donos daquelas casas. Ontem assisti a filmagem do interior de uma mansão ainda em construção, enorme, com pilares e escadarias de mármore e mais de dez quartos. De repente, a pessoa que a construía achou que seria melhor abandoná-la, e assim o fez. 
Quem serão essas pessoas que deixam para trás toda a sua história de vida? Estarão mortas? E se morreram, por que os seus herdeiros não tomaram posse de sua herança? 




Olhando aquelas casas sofridas e mal-amadas, penso sobre a transitoriedade de todas as coisas: famílias, relacionamentos, momentos felizes e tristes. A vida em si. Construímos coisas que não poderemos levar conosco. Sonhamos e trabalhamos para construir uma vida o mais confortável e  segura possível, mas... qual é o nosso medo? Por que temos essa necessidade tão grande de acumular coisas, como se elas nos trouxessem segurança em um mundo onde qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento a qualquer um de nós?

Somos criaturas estranhas. Sei de pessoas que não viajam porque têm medo de deixar suas casas e serem roubadas. E sei de pessoas que lutam durante anos para comprar uma casa da qual não cuidam e a qual não amam. 

Eu fico sempre um pouco melancólica quando vejo uma casa abandonada, pois ali estão histórias de vidas que foram abandonadas. 

Quando eu penso na minha própria casa, eu penso nela com amor e gratidão – lutamos para conquistá-la e deixá-la do jeitinho que ela está hoje, e ela vive sofrendo pequenas mutações junto conosco enquanto escrevemos nas paredes e pisos as nossas histórias de vida. Sei que um dia iremos deixá-la. Quero aproveitá-la o máximo que eu puder, e quando despedir-me dela, será com a mesma gratidão e a certeza de momentos bem vividos. Não deixarei louças sujas na pia, nem minhas coisas espalhadas pelo chão. Tomarei cuidado para que todos os papéis e documentos referentes a ela sejam adequadamente encaminhados a quem de direito. Deixarei minha casa vazia e limpa para que outras pessoas possam construir suas vidas dentro dela. Não abandonarei aquela que me acolheu, me guardou e me abrigou.

Isso não é apego. É amor, respeito e gratidão.




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