witch lady

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sábado, 1 de novembro de 2014

Em Branco




Eu não ia dizer nada.
Passaria em branco,
Como as nuvens brancas
Num céu de outubro.

Eu ia deixar que o silêncio 
Cobrisse tudo.
Mas existe uma força
Que reforça o luto.
Teria sido ontem,
E haveria bolo,
E haveria risos...

Feliz aniversário!



sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Em Qualquer Lugar





Seria possível sentir-se feliz em qualquer lugar? O que torna um lugar importante, especial? As condições de vida que oferece, como transporte de qualidade, boas escolas, empregos próximos? A beleza?

Acho que a resposta principal a esta pergunta, é: as pessoas! Mesmo que eu morasse em um lugar maravilhoso como o que acabei de descrever - belo, cheio de conveniências e facilidades - não conseguiria ficar muito tempo se tivesse vizinhos ruins. Não precisam ser daqueles vizinhos que se tornam amigos íntimos, desde que haja tolerância, respeito e camaradagem. Graças a Deus, nós temos muita sorte nesse sentido. Temos ótimos vizinhos.

Deve ser terrível chegar em casa cansado após um dia estafante no trabalho, e de repente, sentir os tímpanos sendo sacudidos por música alta ou escândalos na casa ao lado. Deve ser péssimo conviver com pessoas sem educação, que deixam lixo na nossa porta, por exemplo.

Para vivermos bem, é preciso respeitar regras, e sempre colocar-se no lugar do outro: quem gostaria de ser acordado no meio da noite, ou ser impedido de dormir por causa de uma festa barulhenta? É claro que há ocasiões certas, como véspera de domingo, nas quais uma festa barulhenta pode ser compensada na manhã seguinte... mas durante a semana, nunca!

Preservar bancos, árvores, lixeiras, prédios públicos ou particulares e outras coisas que fazem parte do espaço comum, também deve ser observado; afinal, se eu destruo alguma coisa na minha rua ou cidade, estarei prejudicando a mim mesma. E isso é tão básico, que eu não entendo como existem pessoas que ainda não perceberam...

O que faz os lugares serem bons ou ruins, são as pessoas. Somos eu e você.



Vandalismo




Derrubei os muros do teu coração,
E pichei de vermelho o que sobrou.
Nada ficou de pé,
Sequer uma simples ilusão.

Pisoteei palavras,
Rompi as aldravas,
Entrei de repente, sem medo ou vergonha,
Sob tuas narinas, sem qualquer cerimônia,
Pus um algodão embebido em amônia

Para que tu acordes,
Para que tu despertes.

Violei os lacres que ainda faltavam,
Rasguei teus cartazes de "Não perturbar"
Joguei-os no fundo viscoso de um lago
E bati os pés, para me veres passar.

Nada jamais será o mesmo,
Abaixo o teu comodismo!
Dedico-te a fúria 
Do meu vandalismo!


terça-feira, 28 de outubro de 2014

A Beleza e a Idade





O conceito do que é belo tem se modificado ao longo da História. Desde que a humanidade existe, as pessoas são guiadas através de um pequeno grupo representativo que define para elas o que é considerado belo e o que não é – e o que quer que esteja fora deste padrão pré-estabelecido, é descartado como feio.

Assim, grande parte das pessoas definem seu tipo físico, sua maneira de vestir e de comportar-se, de acordo com o que está “na moda” ou do que é feito pela maioria – e o curioso, é que quem define estes padrões é um pequeno grupo de pessoas consideradas “experts” de beleza e moda, e muitas vezes, eles mesmos estão totalmente fora das regras que pregam, mas mesmo assim, são considerados autoridades no assunto. Infelizmente, muitos que os seguem  nem sequer param para pensar se realmente seus gostos se encaixam no padrão geral; o que importa, é estar “por dentro” e “ser aceito.”

Antigamente, o artista plástico Fernando Botero (Medellin, 19 de abril de 1932) retratava pessoas gordas, o que era considerado uma crítica social no que diz respeito à ganância do ser humano. Talvez hoje isto possa ser considerado preconceito contra os mais cheinhos.

Na arte da Antiguidade, as mulheres eram retratadas com e seios fartos e quadris largos, que eram o símbolo da fertilidade. Já houve épocas em que ser gordo era sinal de status, já que os magros eram pessoas que não tinham como alimentar-se adequadamente.

A musa da beleza Marilyn Monroe, dos anos cinquenta e sessenta, poderia ser considerada fora dos padrões de beleza atuais, e a modelo Twiggy (em inglês, esta palavra significa pequeno galho ou ramo), nos anos 60, foi o protótipo da mulher pálida, esquálida e sem curvas. Todos conhecemos a boneca Barbie, cujas formas passaram a ser doentiamente perseguidas pelas meninas que as possuíam.

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A primeira top model da história, a modelo Twiggy


Nos anos 90, Madonna introduziu a beleza do tipo “sarada”, e as mulheres passaram a ter músculos e pernas que mais parecem ser de jogadores de futebol ou lutadores.

 Nos dias de hoje, as pessoas mais cheinhas ou gordas são consideradas relaxadas, relapsas quanto à sua saúde e feias, segundo o padrão de beleza vigente, embora já haja um movimento para tentar mudar este conceito. Hoje em dia, já existem publicações que usam apenas as modelos mais cheinhas, ou  plus-size models, como a revista Just as Beautiful.


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Tentar adaptar-se ao que a minoria define como belo passou a ser obsessão. As mulheres vivem frustradas, entregando-se a dietas perigosas, tratamentos capilares usando produtos químicos que já seriam um risco enorme à saúde de qualquer um se fossem, simplesmente, inalados, e pesados programas de exercícios físicos que podem ser acompanhados de suplementos alimentares e anabolizantes, cujos riscos à saúde já foram cientificamente comprovados. A beleza tornou-se uma busca desesperada.

Tentar deter ou atrasar a passagem do tempo também tornou-se, para alguns, um negócio lucrativo. A todo momento, vemos anunciado nas mídias o produto que finalmente eliminará vinte anos de rugas em apenas sete dias. Enquanto pesquisava na internet a fim de escrever este artigo, fui bombardeada por eles! As pessoas não desejam envelhecer, pois envelhecer hoje em dia tornou-se sinal de fraqueza e também é considerado antinatural... pasmem! Ter uma aparência jovem é essencial para que possamos ser considerados saudáveis, “antenados” e dignos de respeito.

Eu mesma comecei a tingir os cabelos aos vinte e cinco anos de idade, quando começaram a surgir os primeiros fios brancos, e não parei até hoje. Nem pretendo parar, pois não gosto de cabelos brancos e ainda não parei para analisar os motivos reais para não gostar deles: seriam puramente estéticos ou um medo não admitido de envelhecer?

Na verdade, posso considerar-me uma pessoa vaidosa, pois gasto algum dinheiro com cremes e outros cosméticos, roupas, sapatos e acessórios, e procuro manter-me na melhor forma possível, embora não faça a menor questão ou o menor esforço para ter o mesmo corpo que tinha aos vinte anos, o que para mim seria sinal de doença física. Procuro adaptar meu corpo e rosto às transformações impostas pelo tempo, e passar por elas da maneira mais digna possível – sem exageros ou desejos de aparentar uma idade que nunca mais terei, pois não preciso de uma aparência absolutamente impecável e jovem para exercer minha profissão, já que não sou atriz ou modelo.

Também não acredito, como muitos dizem, que a juventude está dentro; ela também é arrastada para sempre na passagem do tempo. Ninguém tem a mesma jovialidade, alegria de viver, disposição ou inocência que tinha na juventude. Não é só o corpo que muda. A mente também amadurece. Não acredito nessa coisa de “mente jovem.” É apenas um eufemismo para a palavra “velhice.” Os pensamentos e atitudes mudam, os gostos mudam, e quando isso não acontece, surgem os eternos “playboys” ou as rainhas das plásticas, o que pode tornar alguém ridículo. A idade que temos é a idade que aparentamos ter, e não vejo nada de errado nisso. E por mais que alguém tente disfarçar a idade, tudo o que conseguirá de verdade, é ter a aparência de alguém bem cuidado, o que é muito positivo, ou de alguém que mais parece uma caricatura de adolescente, o que beira o ridículo. É tudo uma questão de bom senso.




Imagens de Twiggy e da revista Just as Beautiful tiradas do Google images

domingo, 26 de outubro de 2014

André Breton - A União Livre




Poema enviado a mim pelo amigo Celso Panza, do Recanto das Letras



A união livre



Minha mulher com a cabeleira de fogo de lenha
Com pensamentos de relâmpagos de calor
Com a cintura de ampulheta
Minha mulher com a cintura de lontra entre os dentes de tigre
Minha mulher com a boca de emblema e de buquê de estrelas de primeira grandeza
Com dentes de rastros de rato branco sobre a terra branca
Com a língua de âmbar e vidro friccionado
Minha mulher com a língua de hóstia apunhalada
Com a língua de boneca que abre e fecha os olhos
Com a língua de pedra inacreditável
Minha mulher com cílios de lápis de cor para crianças
Com sobrancelhas de borda de ninho de andorinha
Minha mulher com têmporas de ardósia de teto de estufa
E de vapor nos vidros
Minha mulher com ombros de champanhe
E de fonte com cabeças de golfinhos sob o gelo
Minha mulher com pulsos de palitos de fósforo
Minha mulher com dedos de acaso e ás de copas
Com dedos de feno ceifado
Minha mulher com as axilas de marta e faia
De noite de São João
De ligustro e de ninho de carás
Com braços de espuma de mar e de eclusa
E mistura do trigo e do moinho
Minha mulher com pernas de foguete
Com movimentos de relojoaria e desespero
Minha mulher com panturrilhas de polpa de sabugueiro
Minha mulher com pés de iniciais
Com pés de molhos de chaves com pés de calafates que bebem
Minha mulher com pescoço de cevada perolada
Minha mulher com a garganta do Vale do Ouro
De encontro no próprio leito da correnteza
Com os seios de noite
Minha mulher com os seios de toupeira marinha
Minha mulher com os seios de crisol de rubis
Com os seios de espectro da rosa sob o orvalho
Minha mulher com o ventre a desdobrar-se no leque dos dias
Com ventre de garra gigante
Minha mulher com o dorso de pássaro que voa vertical
Com dorso de mercúrio
Com dorso de luz
Com a nuca de pedra rolada e giz molhado
E queda de um copo do qual se acaba de beber
Minha mulher com os quadris de escaler
Com os quadris de lustre e penas de flecha
E de caule de plumas de pavão branco
De balança insensível
Minha mulher com nádegas de arenito e amianto
Minha mulher com nádegas de dorso de cisne
Minha mulher com nádegas de primavera
Com sexo de lírio roxo
Minha mulher com o sexo de jazida de ouro e de ornitorrinco
Minha mulher com o sexo de algas e bombons antigos
Minha mulher com o sexo de espelho
Minha mulher com olhos cheios de lágrimas
Com olhos de panóplia violeta e agulha imantada
Minha mulher com olhos de savana
Minha mulher com olhos d’água para beber na prisão
Minha mulher com olhos de lenha sempre sob o machado
Com olhos de nível d’água de nível do ar de terra e de fogo.



sábado, 25 de outubro de 2014

SURREAL




Deito meus sonhos inertes
Sobre a esteira do dia
Para que eles despertem,
Sem perder a fantasia.

Um pássaro chega, e pousa,
Traz nas asas a magia
E os meus olhos sonolentos
Voam com ele em seu dorso.

Busco um sonho sem remorsos,
Ainda úmido e inocente
Recém-nascido, parido
Da boca aberta de um deus.

Teço as cobertas da noite
Com fibras dos sonhos meus...
E perfumo com incensos,
O meu taciturno silêncio.


FRANCIS BACON







Uma seleção de frases do site O Pensador. Importante ressaltar a sutileza das palavras, e sua eficácia e verdade.

"A verdade é filha do tempo, não da autoridade."

"Todas as cores concordam no escuro."

"A esperança é um bom almoço mas um mau jantar."

"As casas são construídas para que se viva nelas, não para serem olhadas."

"A sabedoria dos crocodilos consiste em verter lágrimas quando querem devorar."

"Todo o acesso a uma alta função se serve de uma escada tortuosa..."


"Todo o homem se descobre sete anos mais velho na manhã seguinte ao casamento."

"Um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas, porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho; coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento."



Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, político e ensaísta inglês. Recebeu os títulos de Visconde de Alban e Barão de Verulam. Foi importante na formulação de teorias que fundamentaram a ciência moderna. É considerado o pai do método experimental.

Francis Bacon (1561-1626) nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 22 de janeiro de 1561. Filho caçula de Sir Nicholas Bacon, Guardião do Selo Real, e de sua segunda esposa Ann. Em 1576 formou-se em Direito, pela Universidade de Cambridge. Nessa época já tinha fama e prestígio. Como diplomata, esteve na França como acompanhante do embaixador inglês, e só em 1579, com o falecimento do pai, regressou para Londres a fim de retomar a carreira jurídica e política.

Em 1584, Bacon toma assento na Câmara dos Comuns, como representante de um pequeno distrito. Nessa época escreve a "Carta de Conselhos" à rainha Elizabeth, que advoga várias medidas de tolerância religiosa e de supremacia estatal em relação à Igreja. Usou a influência do tesoureiro real, seu tio materno, até tornar-se seu conselheiro particular. Mas não conseguiu, sob seu reinado, ser nomeado procurador geral, como ambicionava.

Sob o reinado de Jaime I, foi nomeado cavalheiro, nomeado no posto de conselheiro, destacado como representante real dos debates parlamentares e agraciado, em 1607, com o cargo de solicitador real. Nesse período casou-se com Alice Barnham, filha de um conselheiro municipal londrino. Em 1605, dedicou ao rei, seu trabalho "O Avanço do Conhecimento". Escreveu sobre questões do estado e de relações entre a coroa e o parlamento. Foi nomeado procurador geral.

Com o patrocínio de George Villiers, futuro sucessor do trono e duque de Buckingham, torna-se Lorde Conselheiro (1616), Lorde Guardião (1617) e Lorde Chanceler (1618). Nesse cargo, em 1621, foi acusado de corrução.

Francis Bacon escreveu tratados filosóficos, obras literárias e jurídicas. Em 1620 publicou "Novum Organum", em que expõe sua filosofia da ciência, onde salienta a primazia dos fatos em relação à teorização e rejeita a especulação filosófica como cientificamente válida. Em 1624 publica "Nova Atlântida", onde descreve uma utopia, onde as possibilidades de experimentação científica seriam ilimitadas. Em 1622 publicou "História de Henrique VII" e em 1625, a terceira edição de seus "Ensaios", aumentados para 58, onde revela um pensamento elevado e um estilo
tão rico que foi citado ao lado de William Shakespeare como o consolidador da língua inglesa.

Bacon influenciou a psicologia ao argumentar que todas as ideias são o produto da sensação e da reflexão. Contestou a afirmação medieval de que a verdade poderia ser elucidada através de pouca observação e muito raciocínio. Seu método era a observação dos fatos através do raciocínio indutivo. A obra de Bacon influiu também na fundação, 1622, de uma "sociedade secreta" que se reunia para a experimentação científica.

Francis Bacon morreu de complicações respiratórias, em Londres, Inglaterra, no dia 9 de abril de 1626.



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Características

Imagem: casa Irlandesa construída entre pedras


Minha casa é uma antiga casa reformada, e o construtor do projeto inicial cometeu alguns erros que só percebemos depois que começamos a reforma - e que até hoje, não conseguimos consertar, por mais que tentemos. Por exemplo: na parede da sala que fica à direita da porta de entrada, cresce um mofo que se alastra pela parede dianteira, e que faz estourar a tinta com o tempo. Nesses onze anos que vivemos aqui, já tentamos vários recursos, mas o fato é que após um ou dois anos o mofo sempre volta a aparecer. E aí é recomeçar tudo de novo: quebrar o reboco, tentar algum produto mágico e milagroso que, segundo todos prometem, "desta vez resolverá o problema" e aguardar... até que o tal mofo volte a crescer.

Quando compramos a casa, as paredes da sala eram recobertas por lambris de madeira, que aparentemente estavam bons, mas que na verdade, estavam podres e cheios de formigas por trás. Ao retirá-los, deparamos com a realidade: as paredes em frangalhos. Desde então, lidamos com pedreiros, argamassa, isolantes e tintas a pelo menos cada dois anos.

Certa vez sugeri ao meu marido que simplesmente aceitássemos a casa como ela é; que deixássemos o mofo crescer e espalhar-se à vontade, ou que arrancássemos o reboco de vez e deixássemos os tijolos à mostra. Bem, ele não gostou da minha ideia... mas ainda vou tentar convencê-lo. Afinal, lutar contra o inevitável tem sido cansativo e dispendioso! Já pensei em colocar pedras cobrindo a parede, mas achei que ficaria escuro e pesado. A sala não é tão grande assim. Se voltássemos com os tais lambris, estaríamos apenas escondendo o problema e contribuindo para que as paredes mofassem mais rapidamente por trás deles. 

Acho que existem certas coisas nas nossas casas - e nas nossas vidas - às quais só nos resta rendermo-nos. Precisamos aprender a conviver com as coisas e aceitar que nem tudo funciona da maneira que queremos...


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ASAS QUEIMADAS







Caem as cinzas
Asas queimadas
De passarinhos
Por toda a casa...

Voam com os ventos
Pousam suaves
Sobre os telhados,
Sobre o gramado...

Cantos calados,
Voos perdidos
Ar ressequido
Amarelado...

Noite ferida
Folhas caídas
Carbonizadas
Na tarde cinza...

Sobre a montanha
Vermelho-sangue,
Caem no fogo
Os passarinhos
Agonizantes...

Triste destino,
Não voam mais!
Cruéis demônios,
Cruéis meninos,
Risos cortantes!



E aqui na região serrana, continuam as queimadas... A breve chuva dos últimos dias ajudou um pouco, mas os imbecis continuam existindo.

Acho que a punição mais adequada a essa gente que promove queimadas causando a morte de milhares de plantas e animais, deveria ser a seguinte: ajudar os bombeiros a apagar o fogo, entrando nas mata onde há um calor superior a 50 graus, arriscando suas vidas  para resgatar animais feridos e sepultar os mortos. Depois, deveriam ficar um ano dando palestras em escolas sobre a sua experiência, o que viram, o que sentiram, como foram punidos e o que aprenderam.



Ontem, enquanto passeava por Itaipava, vi vários helicópteros transportando água para apagar o fogo das florestas. Pensei nos milhões de reais que estão sendo gastos em tais operações, e nas pessoas que precisam arriscar suas vidas para levá-las adiante. Pensei nos animais e plantas mortos e feridos, e nas pessoas que perderam ou correm o risco de perder suas casas. Pensei no ar poluído que causa, principalmente nas crianças, problemas respiratórios. Também senti na pele o  calor infernal e a falta d'água, recurso  que está cada vez mais escasso. Vimos duas pessoas passando mal devido ao forte calor e umidade baixa do ar. 



Não consigo chegar à conclusão do porquê as pessoas ainda fazem essas queimadas, mesmo sabendo de todo o prejuízo que causam.



No Facebok, algumas pessoas mal esclarecidas postavam declarações contra o prefeito da cidade, como se fosse ele  o autor de tais atos ou o culpado por esses disparates. Será que ninguém vê que os culpados são do próprio povo? Neste caso, não vejo qualquer motivo para apontar políticos, sejam eles prefeitos ou vereadores. A culpa é de quem foi lá colocar fogo. A punição deveria ser espetacular.







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