Vasculho o entulho
Desse meu silêncio
Em busca de algo
Que eu tenha a dizer,
Uma inspiração,
Palavra parida
Do ventre da vida.
O vento fustiga,
Espalha os sentidos
Por sobre a calçada mal varrida,
Letras se confundem,
Se espalham, se afastam
Das frases não ditas.
Acho que me perco,
Penso que encontro
Um assento no olho
De um furacão.
Sou palha queimada,
Sou folha voando,
Eu sou o restolho
Após a colheita
Da desilusão.
Boa tarde Ana,
ResponderExcluirMuito obrigada pela sua visita ao meu cantinho.
O seu poema é maravilhoso!
O silêncio tem sempre tanto para nos dizer!
Há sempre algo a soprar-nos a esperança!
Beijinhos e bom fim de semana.
Emília
Quando procuramos o silêncio são as palavras que encontramos cheias da emoção que o coração guardou. Belíssimo poema.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Tenho para mim, Ana, que o silêncio sendo a "voz de Deus" como sói dizer-se, só pode ser a amálgama de pensamentos interditos às palavras ou questionáveis ou o sublime que se aninha em nós. Assim sendo, nasce esse vasculhar que vem iluminar outras consciências que procuram o que não acham. será?
ResponderExcluirBelo como o que já nos habituou e tão pertinente! Obrigada pela sua visita tão gentil! Um grande beijinho
Boa tarde Ana
ResponderExcluirUm poema triste, mas muito bem escrito o que o torna muito bom.
Gostei!
Bom fim de semana.
Um beijo
:)
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