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terça-feira, 26 de setembro de 2017

AH, OS ITALIANOS - ÚLTIMA PARTE

Ah, essas árvores da Toscana...








(continuação)

-LÍNGUAS – Antes de viajar, estudei um pouquinho de italiano em casa, sozinha. Utilizei um aplicativo e um livreto de italiano para viagem. Claro, não consegui aprender a falar, mas consegui aprender coisas bem básicas, como pedir água e informações, perguntar o preço, cumprimentar pessoas, etc. ninguém aprende a falar uma língua usando um aplicativo, muito menos, em poucos meses. Ao chegar lá, pude constatar, feliz, que a maioria das pessoas fala inglês em estabelecimentos comerciais, e até nas ruas. Pelo menos, o suficiente para se comunicarem. Portanto, não tive problemas. 

Foi muito interessante, em certos momentos, estar no meio de um grande grupo de pessoas e escutá-las falando línguas diferentes. Uma vez, após visitarmos o Castelo Sforzesco em Milão, uma tempestade repentina causou um acúmulo de pessoas na hora da saída. Um  funcionário do museu berrava em italiano, pedindo que as pessoas saíssem pois era hora de fechar, mas ninguém arredou pé. Naquela tarde, às portas do castelo, nosso grupo protegia-se da chuva entre uma multidão de indianos, alemães, americanos, ingleses, franceses, italianos, árabes, russos e pessoas de muitas outras nacionalidades cujas línguas não consegui sequer identificar. Foi uma sensação única, inexplicável. 

Meu marido, corajosamente, comunicava-se em italiano usando gestos e também algumas palavras em inglês. Era bem engraçado... mas ele conseguia se fazer entender. Logo aprendemos, através de tentativa, erro e muita observação, a pedir confiantemente coisas como sorvete, café, água, comida em um restaurante e até informações nas ruas. Lembro de mim mesma dizendo, na sorveteria: “Un cono piccolo di pistacchio, per favore!”  

Quando a gente tem coragem e um pouco de cara de pau, a comunicação se torna bem mais fácil. Basta ser observador e não ter medo de errar. Algumas vezes fomos corrigidos, e isso foi ótimo. 

Dia de comprinhas, em Como


-SORVETERIAS – Que saudades eu tenho do gelato italiano! Eu, que adoro sorvetes, não poderia deixar de aproveitar muito bem esta parte! Eles são cremosos, densos, deliciosos... e eu que pensei que os sorvetes daqui fossem bons!
Há gelaterias em toda parte, e a clientela é grande. Italianos realmente amam sorvetes. 
Quase toda noite, quando saímos do metrô e deixávamos o grupo, voltando dos passeios, meu marido e eu costumávamos frequentar uma sorveteria que ficava perto de casa. Por volta de dez e trinta da noite, nós nos sentávamos e pedíamos o nosso gelato. O movimento era grande àquela hora: muitos pedidos de entrega em domicílio, e muitos ‘motoboys’. Depois, íamos caminhando até o apartamento, andando pelas ruas quase desertas de Milão, cansados e felizes. Nunca vou me esquecer daqueles momentos!
Uma bola de sorvete é bem grande por lá, portanto, eu quase sempre pedia o “piccolo.” O “grande” era realmente muito grande.

Parte do nosso grupo; em alguns dias, éramos quinze!


- CAFÉ – Senti saudades do café do Brasil! O nosso é de longe, bem melhor! Gosto do espresso, mas nada substitui o cheirinho e o sabor do nosso café. Tentamos comprar café no supermercado, e conseguimos, mas não havia filtro de papel. Assim, optamos pelo café solúvel instantâneo. 
No começo, quando pedíamos café em bares e restaurantes, a quantidade na xícara vinha abaixo do meio. Fiquei surpresa com a quantidade ridícula de café que era servida, até que descobrimos que se quiséssemos um pouco mais, deveríamos pedir um espresso lungo. Bem, quando digo um pouco mais, é um pouco mais mesmo! Chegava até o meio da xícara. Dava para dois golinhos. Aprendemos sobre vários tipos de café, como o macchiato, favorito do meu marido. Nós nos acostumamos com o café italiano, mas chegar em casa e preparar um café brasileiro não teve preço...


Nossa casa na Toscana


-CASTELOS – Há vários. Estão em todos os lugares. Meu sonho de conhecer um castelo foi realizado. Entramos em castelos em Milão, na Toscana e em Verona. Conhecemos também a casa de Giulietta, que é quase um castelo. Não posso descrever a sensação de estar em um castelo! Pelo menos para mim, foi muito forte e cheia de magia! É como dar um mergulho profundo dentro do passado e da história das famílias que moraram neles. Mais do que isso, é deixar a imaginação correr solta ao deparar com uma cozinha medieval, uma passagem secreta, uma janela que dá para uma paisagem deslumbrante. Sem mencionar os quadros e obras de arte que permanecem nesses lugares, retratando seus moradores e seus hábitos de vida. Destaco o Castelo de Bolognini, em Sant’Angelo Lodigiano, onde fomos padrinhos de casamento de Isabela, sobrinha de meu marido. O acontecimento, em si, era um sonho: um casamento, uma recepção. Todos felizes e bem vestidos. Uma noite da qual ninguém se esquecerá jamais. 
Ainda hoje, quando me deito, fecho os olhos e as imagens dos lugares que visitamos imediatamente povoam meu pensamento. Até chego a sonhar que nós estamos lá novamente, de volta.

Chegando em Veneza...


Fim desta série de crônicas sobre os italianos. Mas ainda vou escrever muitas outras sobre esta viagem, pois ela foi o sonho de uma vida inteira...



Casal mais lindo! Uma honra sermos seus padrinhos!




10 comentários:

  1. Foi muito legal te acompanhar nessa série. Valeu e na certa terás muito a lembrar e contar! beijos,chica

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    Respostas
    1. Obrigada, Chica! Você nem faz ideia do quanto ainda tenho para contar aqui sobre esta viagem...

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  2. Haja deus que a crónica não findou, Ana !
    Descreves tudo com muita leveza e com graça !
    Mas castelos, verdadeiros CASTELOS, é em Portugal, Espanha e Alemanha...
    Em França, são mais Chateaux.
    E o café aqui em Portugal é uma delícia !
    Pede café cheio !!!

    Um beijo e obrigado.

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  3. Olá,querida amiga Ana!
    Meu sonho no futuro se Deus quiser!
    Fiz dois anos de italiano e a 'professoressa' nos deu pistas para não passarmos aperto na conversação do básico...
    Que delícia de viagem! Vou ver de novo tudo...
    Vale a pena sonhar e realizar!
    Seja feliz e abençoada!
    Bjm de paz e bem florido

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  4. Ana tenho lido a sua narrativa da viagem a Itália, com muito interesso e revejo-me em muitas das suas opiniões. É realmente um país magnífico que não se esgota numa visita.
    Nunca fiquei em apartamento, mas tenho vontade de experimentar para melhor entrar na pele dos habitantes.
    Aconselho vivamente que na sua próxima viagem visite Portugal. Neste momento multidões de brasileiros passeiam e vivem aqui.
    Se precisar de ajuda na planificação é só dizer.
    Beijo

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  5. Olá Ana, que belo relato e imagens. Muito bom poder viajar e ter muitas história pra contar. Delícia de viagem.
    Noite de paz!
    Bjss!

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  6. Olá, Ana, li agora sobre tua viagem; a 1ª parte, 2ª e última. Tenho enorme prazer em conhecer outros países, e também sonho com a bela Itália. Fui à Europa, mas fui na França e Alemanha. E faz tempo. O lance dos açougues foi impressionante, aqui é vergonha pura. Nunca será igual. Nunca seremos do 1º Mundo, falta muito, tudo. Adoro viajar e sentar nas praças ou cafeterias, também, para ver a cidade, alguns costumes básicos. Comovente tua história com a igreja, entrar num templo, com uma música de paz e do lado de fora temos um planeta conturbado. O legado da igreja católica é belíssimo, e se ficarmos nas artes... é show, nada que supere. Porém tem o outro lado, aquele que nos toca, que pode modificar algo, o lado da fé. O problema do café...rss, nada pode ser perfeito. Gostei de saber que elas assumem a idade com elegância e personalidade. Enfim, gostei muito de ler sobre tua viagem, contaste de uma maneira parecida com conversa de amigas num sofá.
    Parabéns, com certeza terás mais histórias interessantes.
    Beijo.

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