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segunda-feira, 29 de maio de 2017

A Realidade





No último sábado, ao conversar com um de meus alunos sobre questões da vida, me veio à mente uma frase: "A vida é uma pergunta retórica."  Para explicar melhor, uma pergunta retórica é aquela que não tem como objetivo exigir uma resposta, mas apenas causar uma reflexão. Talvez porque, na verdade, não haja uma resposta que se adeque a todas as realidades, crenças e vontades. Quando se trata de vida, o que a maioria das pessoas deseja ao formular uma pergunta, é uma resposta que se adapte às suas próprias crenças: o religioso quer acreditar que existe uma vida espiritual, e o ateu, que ela não existe. O Budista acredita no Nirvana, o Cristão, no Paraíso, o espiritualista, no Nosso lar, e o ateu, em nada.

 E nós seguimos, afirmando isto e aquilo, sem termos certeza de absolutamente coisa alguma. 

Minha única certeza, é quando abro os olhos de manhã e sinto que ainda estou por aqui. É a água fria quando lavo a louça na pia da cozinha, o barulho da vassoura varrendo o chão, o preparo da comida que vai saciar a minha fome, os cheiros que me cercam, os momentos em que estou brincando com meus cães, ou sentada no jardim de olhos fechados, escutando o vento e as centenas de sons que me cercam, sentindo o sol, a chuva, olhando as plantas, os animais, as árvores, ou as pessoas na rua. 

Mesmo assim, gosto de criar uma realidade alternativa que me proteja. O meu Nirvana, o meu Paraíso, o Meu Nosso Lar, onde existe uma casinha pintada de azul, no meio de um pequeno jardim. Na varanda, me esperam todos os bichinhos de quem já cuidei até hoje, desde que eu era criança. Lá me aguardam também uma porção de gente que se foi antes e que eu gostaria de rever. Quando eu chegar lá, eles estarão pela casa, e me receberão. 

Mas noutras vezes, eu prefiro crer que fecharei os olhos um dia e todas as minhas lembranças serão imediatamente apagadas, juntamente com todos os sinais conscientes da minha existência. Talvez eu me transforme em uma força neutra, que será reabsorvida por alguma fonte que a re-utilizará para criar algo novo. E nada do que sou restará. Minha personalidade morrerá, desaparecendo para sempre. 

Mas também há dias em que preferiria simplesmente deixar de existir. Não ser, sequer, este material etéreo que será reutilizado na criação de algo novo. Fechar os olhos, e sumir para sempre. Não ouvir mais nada, não ver mais nada, não dizer mais nada, não pensar mais nada. Não mais ser. 

E eu caminho entre estas três respostas, não sabendo qual delas - ou se uma delas -   é a certa para a minha pergunta retórica; então eu ponho minha mão sob a água gelada, e deixo que ela escorra sobre minha pele. Vou varrer o chão, passar roupas, limpar a casa, trabalhar... e percebo que, na verdade, esta é a única realidade que eu tenho agora, a única da qual tenho certeza que faço parte, e se assim é, pode ser a única que realmente tem importância neste momento. 




quarta-feira, 24 de maio de 2017

A Minha Vida








Parada na esquina
De pé, 
Mas cansada,
A bolsa jogada nos ombros
Pronta para a viagem
Há tempos planejada.

Andando para lá e para cá,
Marcando o caminho
Ao longo da calçada,
Debaixo de chuva e de sol,
Olhar preso na esquina,
Atenta ao que chega pela estrada...

Assim estava a minha vida,
Contemplando um amanhã sem promessas,
Vazia dos olhos de Deus,
Às pressas,
A tomar conclusões
Sobre os desfechos,
Apertando todos os fechos
Sobre os quais estavam escritas
Mais de um milhão de formas
De "Adeus."





Inspiration





Because I keep many blogs, many people ask me: "Where does your inspiration come from?" Well, I really don't know. I haven't travelled a lot, so I cannot say that I get inspiration from the many things I've seen or from the many people I've met. In fact, I haven't met many people in my life. I have a very quiet life and work from home, and I don't have a lot of friends.

I read a lot, though. But the things I write have nothing to do with the things I read. I write when I feel inspiration... and here I go again: where does it come from? 

I believe that one day this eager to write will disappear. It will be gone mysteriously, just like it came to me one day. I don't think there's a way to control it: I just sit down and write when I think I need to. It's like a very delicate thread that I hold in the air, and someday a strong wind will blow and take it away. 

Some people think I'm a writer. I don't agree. Writers write professionally and make a living out of it. Writers take writing seriously; I don't. It's just fun. Although there are people who have told me I'm talented, I doubt if they were telling me the truth or just trying to make me happy. Whatever the truth is, I really don't mind. I write because it makes me feel good. It's something beyond other people's judgment or approval. 

I write because I write. Just because. 




segunda-feira, 22 de maio de 2017

Não vai Parar de Chover






A água cai das nuvens, 
E escorre pelos flancos
Tão escorregadios
Sinuosas correntes.

Aos poucos, ela ganha
Os vãos dos meios-fios,
Ornamentando poças
Que formam espelhos frios.

A chuva está em tudo
Que eu toco, vejo e sinto,
Nas superfícies lisas
Salpicadas de frio.

Ela transborda os rios,
Entorta os galhos fracos
Que tombam, encharcados
Perdendo o desafio.

A chuva está lá fora,
Batendo nas vidraças,
Pedindo para entrar,
E eu sinto um arrepio...

Porque ela extravasa
De um coração sombrio
 Furando meu telhado,
Entrando em minha casa...

















VOCÊ CHEGOU










Antes,
Eu estava em paz,
Estava feliz.

Você chegou,
Grudado às solas dos sapatos
De quem entrava.

Espalhou sua nódia no tapete,
Seus passos sorrateiros 
Cruzaram o chão da sala
Deixando pegadas.

De repente,
A voz não convidada,
Bafejou em meus ouvidos,
Psicografada.

Lá se foi minha paz,
Lá se foi a harmonia
Tão cuidadosamente
Conquistada!

De repente,
Tua presença de serpente,
Funesta e sinuosa,
Estava nas paredes
Da minha casa.

Terei cuidado,
Pedirei que limpem os pés na soleira
Ou que tirem os sapatos
Na próxima chegada.





Rita Hayworth - Nunca Houve Uma Mulher Como Gilda









 Rita Hayworth foi uma atriz norte-americana de ascendência hispano-irlandesa, que atingiu o auge na década de 1940 e tornou-se um mito eterno do cinema. 
Nascimento: 17 de outubro de 1918, Brooklyn, Nova Iorque, EUA
Falecimento: 14 de maio de 1987, Manhattan, Nova Iorque, EUA








Frases da atriz Rita Hayworth 






"Todos os homens que conheci dormiram com Gilda e acordaram comigo."




"O que me surpreende na vida não são os casamentos que falham, mas os casamentos que duram."




"Eu era certamente uma dançarina bem treinada. Na verdade sou uma boa atriz, tenho talento e sinto a personagem, mas infelizmente, tudo o que conseguem ver em mim é a minha imagem."





"Ninguém consegue ser Gilda 24 horas por dia."





“Se eu fosse uma fazenda, não teria cercas”.















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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...