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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Amar a Chuva




Eu estava cansada, e com muito calor: tinha acabado de fazer várias coisinhas na casa - todo mundo sabe que quando se trata de casa, uma coisinha leva à outra, e quando a gente vê, já se passaram várias horas. O céu de repente ficou escuro, e começou a ventar.

A fim de me refrescar, fui para a varanda. E começou a chover forte.

Não hesitei: corri lá para o gramado, e fiquei debaixo da chuva!

E como foi bom! Senti a chuva me encharcando aos poucos, até que a camiseta colou na pele. Tirei os chinelos, ficando descalça, os fios de grama entre os dedos. Olhei para cima, e vi as gotas que caíam das folhinhas do cipreste. Há tempos não me sentia tão viva.

E foi então que uma coisa engraçada começou a acontecer: de repente, não era mais eu; éramos nós. Tudo era eu, eu era tudo. Não durou muito tempo, quem sabe, uns cinco ou dez minutos - perdi a noção do tempo. Mas eu tive um momento especial, e me lembrei quando algo semelhante me aconteceu quando eu ainda era uma adolescente, num final de tarde, após uma chuvarada de verão.

Nem preciso mencionar aqui o quanto eu me senti mais leve...

Recomendo a quem for: tire as sandálias e vá para a chuva! É grátis, refrescante e inexplicável. Só tentando para saber. 




Sobre Morte Recente









Quando alguém ouve a notícia da morte de outra pessoa, geralmente diz: "Mas como? Estive com ele há apenas alguns dias!" Como se a morte esperasse, ou seguisse qualquer tipo de cronômetro determinado por nós: se estivemos com alguém há apenas alguns minutos, significa que esta pessoa não vai morrer tão cedo.

Mas a morte é a coisa mais inesperada da vida. Até mesmo quando sabemos que alguém está muito doente e que vai morrer em breve, nunca é fácil aceitar quando recebemos a notícia. Porque após uma morte, as possibilidades de milagres se dissolvem no éter: é o fim.  Acabou.

Ao ler na internet sobre a morte de D. Marisa. Fiquei sabendo de coisas sobre a vida dela que eu não sabia: ela ficou viúva e grávida aos dezenove anos. Conheceu Lula quando estava tentando conseguir a pensão por viuvez. Os dois se casaram logo depois. Ela confeccionou a bandeira do PT, criando a tão famosa estrela, com cortes de tecido que tinha em casa. Fiquei sabendo de mais uma porção de coisas sobre ela.

Pensei : onde foi que a estrela deixou de brilhar? O que fez com que aqueles casal cheio de ideais e sonhos se desviasse do caminho? Será que aquela pessoa, que, há pouco tempo,  se referia ao povo brasileiro de maneira tão deseducada e desprezível naquela ligação telefônica gravada, era a mesma moça que criou a bandeira do partido? 

A alma humana é fraca e corrompível. Porém, acho que existe alguma coisa ruim na política que faz com que as pessoas que comecem a tomar parte nela, percam suas almas com muita rapidez. Elas se perdem delas mesmas e de seus sonhos e promessas. Acho que só quem for muito forte, e tiver uma estrutura muito boa, é capaz de resistir às enxurradas de proprinas que brotam do solo da política e se oferecem em cascatas tentadoras a quem quiser pegar. É só estender a mão. O preço, é que quem tocar nesse dinheiro, vende a alma ao diabo.

Lula está pagando o preço por esse negócio que ele fechou. Não gosto dele, não gostava de D. Marisa, assim como não gosto de Eike Batista, Renan Calheiros e muitos outros que estão nos afundando nesse imenso mar de lama. Não lamento pela morte física da ex-primeira dama, mas pela morte de sua alma, que aconteceu gradualmente, bem antes da morte física, pois antes, havia uma pessoa humilde que desejava mudar um país, e ela era cheia de sonhos. 

Acho um absurdo que a mídia e os partidários de esquerda estejam tentando usar este fato da morte de Dona Marisa para culpar pessoas que nada tem a ver com isso. Já vomitam nas redes sociais que ela morreu por 'culpa dos coxinhas.'  Que a culpa da morte dela é da 'mídia golpista' e das paneleiras. Que ela não aguentou a pressão de estar diante da possibilidade de ver a ela mesma e sua família inteira presa por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e outros. Bem, concordo com esta última afirmativa; talvez, para ela, a morte tenha sido um livramento.

Todo mundo já sabe que Dona Marisa não se cuidava bem; tinha pressão alta, um aneurisma que poderia explodir a qualquer momento e inclusive, já tinha sido avisada pelo médico desta possibilidade. Além disso, fumava demais e também consumia alimentos inadequados a alguém com o quadro dela. Mas acho que as pessoas às vezes se pensam imortais.

Não vou lamentar a morte dela; lamento sim, as centenas de milhares de outras mortes que acontecem diariamente em hospitais públicos, muitas vezes, sem que os pacientes sequer recebam atendimento médico. Tudo porque o dinheiro público é roubado descaradamente, por pessoas como ela e sua família, e também por pessoas públicas como Eike Batista. Jamais esquecerei o que ela disse que as donas de casa brasileiras - as paneleiras - deveriam fazer com suas panelas. 

Ninguém tem culpa pela morte dela. Pessoas morrem todos os dias de diferentes maneiras, e um dia, a morte chegará também para você e para mim. Que possamos agir de forma a não deixar este planeta com tanto peso nas costas e no coração.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

The Rain









The Rain


Little drops start a river.

They fall onto my dry roof
And leak to my thoughts. 

The rain has stories to tell,
Stories that reveal people`s secrets.

Little by little,
They dive
Into the river.








terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Um de Nós



Um de nós
Estará, antes, 
Fora do alcance
De qualquer abraço.

Um de nós
Andará por esta casa
Achando imensos
Todos os espaços.

Segura no ponta
Do meu casaco
Quando eu passo,
Pois eu olho
E não te vejo,
Procuro,
E não te acho.



domingo, 29 de janeiro de 2017

Correntes & Pragas Online







Há alguns dias recebi comentários em meu blog A Casa & a Alma através de cópias e colagens de uma corrente. A pessoa em questão copiou e colou várias vezes um texto enorme sob meus comentários, dizendo que, caso eu interrompesse a corrente, teria má sorte e doenças. 

Gentilmente pedi a ela que não colasse mais esse tipo de coisa em meus blogs, e ela voltou a fazê-lo. Copiei, fui até o blog da criatura e colei várias vezes para que ela tivesse um gostinho do próprio remédio. Em seguida, bloqueei-a. 

Que coisa feia essa, de ir aos blogs de outras pessoas para desejar-lhes má sorte e doenças, ameaçando-as, caso quebrem uma corrente! Abusam do mau gosto os que agem assim.

Meu santo é forte, não tenho medo de ameaças. E o que eu consegui na vida, não foi através de correntes, macumba ou qualquer meio artificial ou "mágico" de forçar pessoas a gostarem de mim ou fazerem o que eu quero. Se você depende de macumba, feitiço ou correntes a fim de conseguir o que deseja, saiba que está no caminho errado, e jamais vai conseguir nada tentando forçar alguém usando meios artificiais, a fazer o que você quer. Muito menos, desejando o mal e fazendo ameaças às pessoas. 

Criaturinha, vai examinar sua alma. Dá uma olhadinha em volta, e tente ver o que você fez que afastou a pessoa amada. Eu não sou o remédio para seus males, e tenho a estranha mania de quebrar TODAS as correntes ridículas que enviam para mim. E caso me deseje o mal por isso, saiba que tudo o que me deseja voltará para você três vezes mais forte.





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