witch lady

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segunda-feira, 21 de março de 2016

PAZ DAS ÁRVORES





Em Verde e Amarelo







Pintaram as caras,
As máscaras,
As escaras.
Palavras de ordem,
Os passos passando
Nas calçadas.

Não sabem se o sim é sim,
Se o não é não,
Ou talvez...
As fotos postadas,
Camisas suadas,
Crianças, cachorros,
E esperanças
Levadas às ruas.

Na cena, o sonho,
Desejo expresssado
De uma expressiva mudança
Que começa 
Sempre no outro,
Nunca em si ...





segunda-feira, 14 de março de 2016

DEBOCHE







Eu hoje me enfeito das flores
Que os outros jogam fora,
Construo buquês anêmicos
Com suas polêmicas
E com elas, 
Decoro a minha casa.

-Não levo a vida a sério!
Faço pouco de tudo aquilo
A que chamam de mistério,
Ergo o queixo com desdém
Enquanto o povo se debate
Entre os debates.

Eu hoje me divirto
Com o que mais irrita,
E fabrico meu açúcar
Do que lhes sobra de cica.




Casas que Viraram Lama








Um minuto de silêncio às casas que viraram lama. 

Desceram pelas ribanceiras, levando pessoas, sonhos e planos, e deixando pesadelos e saudades.

A chuva, tão tranquila e tão bonita quando estamos em segurança, é o som da ameaça para quem mora nestas casas no alto das colinas. 

Que um dia as montanhas só tenham árvores e plantas, e sejam refúgio dos passarinhos e animais silvestres, e não última solução para os homens que não tem onde morar e constroém lá as suas casas por falta de opção. 

Que um dia sonho deixe de ser sinônimo de utopia, pois todo mundo tem como maior sonho, uma casa segura para viver e estar protegido, uma casa de onde se ouça a chuva, e ao invés de sair correndo em desespero, se possa fechar os olhos e dormir em paz, curtindo o tamborilar das gotas no telhado.





RIVOTHRILL






One drop,
Two drops,
Three drops...

And sadness becomes something else!

One tablet,
Two tablets,
Three tablets...

And terror becomes just a thrill!

That's Rivothrill!






sábado, 12 de março de 2016

Mundo Sem magia







Matamos toda a magia
Que ainda havia no mundo!
Cortamos as asas das fadas,
Banimos todos os anjos,
Enterramos gnomos e faunos...
Já não nos resta mais nada!

A meia-noite é calada,
Não existem mais portais,
Não há mais círculos mágicos
Que possam nos proteger.

O azul aveludado
Do coração das florestas,
Antes, tão misterioso,
Não conta com vagalumes
Ou mágicas criaturas.

As crianças riem das lendas
Que nossos avós nos contavam,
Não há monstros nos armários
Ou fantasmas sob as tendas,
Ninguém mais as observa
Na escuridão do quarto.

Das copas das velhas árvores,
Só as corujas nos olham,
Não há mais céu nem inferno,
Não há demônios a temer
Ou santos que nos atendam.

As princesas não mais beijam
As faces feias dos sapos,
Preferem os príncipes prontos,
Bem vestidos e engomados,
Belos e desencantados.

Não há mistérios no ar,
Os corações são tão rasos!
E a magia do viver
Transformou-se em mero acaso.






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