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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Pretensão de Encarar o Sol







Poemas do livro Pretensão de Encarar o Sol, presente do amigo Marcelo Braga. Marcelo tem uma escrivaninha no Recanto das Letras (de onde anda ausente), e uma página no Facebook.




Com os Dias Contados 5


Quero meus livros numa estante rústica
Quero minhas roupas num velho baú
Meu cheiro sub indo às narinas invocadas
Cartas amarradas a um elástico
Meus bonés nos pregos da parede
Um dia eles vestiram uma cabeça
Fitas junto a um velho gravador
Quero tudo bem guardado
Deixe que o tempo venha dar seu fim
Continuo então assim mais um pouco por aqui
Não quero teu aviso, chegue de repente!





Anjo de Carne e Ossos

Chegastes criando forte mutação
Muita motivação
Teus gestos ainda desinformados
Membros tão frágeis
És minha vida!
És minhas lágrimas salubres
És mais perfeito que esperávamos
És loucura no ápice das horas
Fenômeno que rouba meu sono
Me fazes querer muito mais da vida
Santo, lindo, coisa mais pura que já vi
Puro, frágil, anjo deitado nessa cama
Anjo de carne e ossos
Digno de muita vida
Como é bom te ver tão próximo
Teu choro, teus braços
És santo!
És lindo!
És frágil!
És vida!

(a emoção de se pegar num hospital um rebento embrulhado)


Música na Casa




Acredito que a música é capaz de influenciar as pessoas e o ambiente por onde circulamos. Adoro música! Para mim, elas são a trilha sonora da vida. E gosto de todo tipo de música: rock, MPB, Pop, clássicas, New Age... mas no momento, ando mais inclinada pelo estilo New Age - Enya, Yanni, Corcciolli... estas músicas tem melodias suaves e calmantes, que quando tocam dentro da casa e espalham seu som pelo jardim, trazem muita paz e harmonia.

A cada situação, seu tipo adequado de música: há música para dançar, para fazer festa em família, para descansar e relaxar, para meditar e para colocar os bichos para fora (nada mais energizante, para mim, do que fazer uma faxina ao som de rock pesado e terminá-la com música clássica e uma varetinha de incenso...). Só não gosto daquelas festas onde a música toca tão alto, que fica impossível conversar com as pessoas. Ora, se é uma festa, um encontro, é para conversar! Música alta eu só gosto se eu estiver sozinha. E nem sempre.

Mas ninguém há de contestar o fato de que a música traz consigo uma energia, e que esta energia fica pela casa até mesmo após ela parar de tocar. apesar de apreciar rock pesado, não gosto daquelas bandas nas quais os cantores só rugem como animais endemoniados. Música tem que fazer sentido. Tem que ter uma letra bonita, ou bem-humorada. Tem que combinar com o nosso estado de espírito do momento. Por exemplo: amo música clássica, mas às vezes, não consigo escutar por muito tempo, pois ela pode me deixar triste.

Bem, mas seja qual for o seu estilo musical preferido, acho que a regra é lembrar que ele pode não ser o estilo preferido dos seus vizinhos ou membros familiares, e que o direito de um termina justamente aonde começa o direito dos outros...



Aos Poucos




Boa tarde a todos!

Imaginem vocês que de repente eu me lembrei que tenho um netbook antiguinho que comprei em 2010 que já não uso há muito tempo e que estava guardado em uma prateleira (achei que nem funcionasse mais), e  através dele,estou conseguindo acessar meus blogs sem problemas, por enquanto.... Por enquanto, vou 'me virando' com ele mesmo... se receberem emails ou indicações para leitura, estarei mandando dele - livre de vírus.


Assim, vou retomando minhas atividades aos poucos, e espero, possa visitar e comentar outros blogs. Longe do ideal - prefiro o desktop com meu telão gigante - mas é o que há no momento...


segunda-feira, 31 de março de 2014

Casa aos Domingos




Antigamente, a casa aos domingos ficava cheia. Era dia de macarronada com purê de batatas, molho de carne moída bem grosso e vermelho, refrigerante... enfim, tudo o que não se deve comer, mas eu não engordava. A gente às vezes colocava a mesa lá fora. Havia música. 

À noite, a melancolia daquela velha vinheta do Fantástico, que até hoje nos persegue.

Mas o tempo modifica as pessoas, afastando-as. As urgências que a vida impõe fazem com que hoje, a casa esteja silenciosa aos domingos. Mas há o jardim, a natureza, e o prazer de descobrir a beleza do silêncio e da quietude. Há as lembranças dos tempos felizes que vivemos - graças a Deus, temos muitos bons momentos a lembrar! E ainda superando tantas coisas que nos aconteceram nos últimos anos, respiramos fundo o ar da nova casa que hoje construímos em  nossas mentes e corações.



domingo, 30 de março de 2014

Mensagem aos Meus Leitores - Importante




Bom dia a todos os que me leem!

Como todos sabem, já comentei que venho tendo dificuldades muito grandes ao acessar meus blogs, tentar comentar outros blogs ou abrir meus emails no Google.  Na maioria das vezes, ao tentar, a conexão cai. O mais incrível, é que se eu tentar acessar qualquer outro endereço na internet, consigo fazê-lo prontamente, sem problema algum. As dificuldades referem-se apenas às minhas contas de Google (e-mails, Google+ e blogger)  ou Facebook.

Já pedi ajuda do Blogger diversas vezes, e não recebi nenhuma assistência que resolvesse o impasse.

No início, pensei ser problemas de conexão, mas após ter minha conexão reavaliada por um especialista e  também pelo meu provedor, que me asseguraram que não há nada de errado com ela, e após pedir à assistência remota de meu programa antivírus para fazer uma varredura total em meu computador-  sem que encontrassem qualquer problema não resolvido de vírus ou malware, concluo que o problema esteja no Google.

Há algumas semanas recebi notificações do Facebook e também do Google reportando tentativas de invasões às minhas contas, e por isso, sempre que desejo exercer atividades na internet, um código é enviado ao meu telefone celular particular, tanto pelo Facebook quanto pelo Google. Na sexta-feira passada, recebi o código. Detalhe: eu não estava tentando acessar a minha conta: o meu computador estava desligado!

Portanto, venho alertá-los que, caso recebam qualquer e-mail em meu nome, não o abram: podem conter vírus. Não faço envios de fotos, vídeos, músicas ou PPSs a ninguém. Também, a partir de hoje, deixarei de indicar postagens de blogs (meus e alheios) pois não sei o que posso estar enviando aos outros usuários ao fazê-lo. Assim que conseguir solucionar o problema, postarei um novo relato, e então poderei enviar, com confiança, indicações para minhas e outras postagens.

Na medida do possível, estarei postando e comentando quando meu computador estiver de bom-humor. Caso o problema não seja resolvido, encerrarei minha conta no Google e abrirei uma nova.

Abraços a todos.

Obs: estou desde 9:50 da manhã tentando fazer este post.


Vale estar Correndo




Allan F. Magrath, no livro Um Brinde à Vida - uma coletânea de pensamentos editados por Lídia Maria Riba - editora VR (Vergara & Riba Editores)


"A cada manhã, na África, uma gazela desperta. Sabe que deve correr mais rápido que o leão mais veloz. Caso contrário, será morta.

A cada manhã um leão desperta. Sabe que deve superar a gazela mais lenta; do contrário, morrerá de fome.

Não importa se somos uma gazela ou um leão: quando o sol sair, mais nos vale estar correndo."



sábado, 29 de março de 2014

Nanquim




Pintaram de negro as tuas memórias,
Encerraram-nas todas em caixas herméticas
Para que fosses esquecida.

As tuas flores,
Todas elas espalhadas pela vida,
Murcham, separadas,
Em jardins secos e mal cuidados.

Pintaram de negro as tuas obras,
Os teus sonhos são vidros de nanquim
-Nada mais resta de ti, é o fim,
Daqueles sorrisos nas fotografias.

Pois hoje, caminhas por uma estrada 
De uma só via, asfalto negro
Por onde nada volta!

O vento que sopra não traz teu perfume,
Apaga-se, aos poucos, o resto de lume
Que te animava.
As tuas feições, já quase esquecidas,
Somem das fotografias...

E os laços que ataste com todo carinho,
Desmancham-se, cortados por espinhos
Que o egoísmo fez crescer.

Pintaram de negro a tua história,
E nesse mar negro, afogam-se tuas palavras,
A voz calada, a garganta em borbulhos,
Teus olhos fechados, 

Tua vida?...

Ao menos tens o dom de ser esquecida,
A dor do viver já não te alcança...
És hoje uma longa e negra trança
Que pouco a pouco, se desmancha...






quinta-feira, 27 de março de 2014

Desafio!





Aceitando um convite para um desafio da colega blogueira Ingrid Flauzino, do blog A VIDA DA GUIDI: SENTE-SE, VAMOS CONVERSAR.


Como funciona o desafio?
Este é um desafio com objetivo de espalhar poesia por aí.
A ideia é publicar um poema e escolher mais 5 blogs para participar. Você deve avisar a cada blogueiro que ele foi indicado.
Pode ser qualquer tipo de poema, de autores conhecidos, desconhecidos, autoral, enfim, sendo poesia tá valendo!


Escolho um poema de Cecília Meireles, minha deusa.


Canto IV


Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.


Escolho os blogs de:

1- Lu Cavichiolli
2- Professora Lourdes
3-Ivone
4-Bell
5- Evanir


quarta-feira, 26 de março de 2014

SABEDORIA








Toda sabedoria
Afoga-se num mar de palavras,
E as letras se soltam, desconexas, 
E chegam à praia espalhadas.

Algumas poucas não naufragam
-Boiam e nadam (caladas).





terça-feira, 25 de março de 2014

Nesta Casa







Janelas abertas ao sol e à chuva,
O beijo do vento, o sumo das uvas
Maceradas pelo tempo...

A revoar pela casa,
Lembranças dos meus momentos,
Retratos pelas paredes,
As plumas das minhas asas...

Ecos pelos corredores,
(As vozes das minhas dores)
Elegia à minha vida,
Esta casa me contém,
Contém tudo o que eu amei...

E um dia, eu vou embora,
Deixando vazia de mim
Esta casa, e desintegram-se
Os sonhos entre as paredes,
Desmancha-se o balançar
Tranquilo da minha rede...

E eu ficarei nos quadros, 
Na roupa de cama, o cheiro,
Sobre a mesa, as indeléveis
Marcas dos meus cotovelos,
O meu rosto sobre as flores
De um jardim que morre aos poucos,
Na cadeira de balanço,
Meu fantasma sorrateiro...

Açúcar, Livros e Plantas





Quando eu era criança, todas as pessoas do meu bairro se conheciam, e algumas frequentavam as casas umas das outras - principalmente, os adolescentes e crianças. As portas estavam sempre destrancadas, pois não havia perigo de roubo ou assalto, e quando estava muito quente, dormia-se com as janelas e portas escancaradas. Era comum que minha mãe e as vizinhas chamassem umas às outras para pedir favores, como uma xícara de açúcar ou então fazer um pedido para que olhassem as crianças enquanto a outra saísse. Bem, eram tempos diferentes, em que confiar nas pessoas não era tão perigoso como hoje.

Ontem tive um daqueles velhos momentos de volta; minha vizinha pediu-me uma muda de flor, o que desencadeou uma conversa ao final da tarde; ela do seu lado do muro, e eu, do meu. Falamos de cães, plantas, perdas e jardins. Às vezes, nós trocamos livros, mas acho que estas ocasiões são também uma desculpa para uma boa conversa. Bem, esta é uma desvantagem dos livros eletrônicos: não se pode emprestá-los, e perdemos mais uma desculpa para um bom papo.

Percebi que dentro de nossas casas existem dramas bem parecidos. Todas as pessoas passam por, mais ou menos, as mesmas coisas. Temos medo de ficar sozinhos, de assaltos, de insetos e animais peçonhentos; lembramos do passado e sentimos saudades de pessoas e coisas que não estão mais conosco. Para ela, eu ainda sou muito jovem, apesar dos meus 48 anos (ela deve estar na casa dos 70), embora eu às vezes me sinta muito, muito velha... e talvez ela fique me olhando e pensando no tempo em que tinha a minha idade, e seus filhos eram adolescentes, a casa estava sempre cheia e o futuro era algo bem distante guardado em alguma prateleira empoeirada, no qual ninguém pensava muito.

A tarde morria em lindas cores, entre cantos de pássaros; o cheiro do meu gramado recém-cortado era carregado até nós pela brisa refrescante. Entre os dedos dela, a muda de flor roxa que eu colhera para ela, e as horas murchando aos poucos, como aquela muda de flor...



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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...