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sábado, 4 de janeiro de 2014

O Google Mandou Pra Mim - Algumas de minhas imagens


FHC - "ASSIM NÃO PODE! ASSIM NÃO DÁ..."




Adoro pessoas diretas, e sempre admirei Fernando Henrique Cardoso por esta qualidade, e também pela sua inteligência. Vai, finalmente, minha pequena homenagem a ele. Posto aqui alguns de seus pensamentos.



"Chega dessa república do nhem-nhem-nhem."



"Nem o presidente nem os ministros são acrobatas de circo para fazer piruetas, receber aplausos e desaparecer nos bastidores."





"Os brasileiros são caipiras, desconhecem o outro lado, e, quando conhecem, encantam-se."





"A angústia é parte da condição humana. Não se pode deixar que a angústia da morte nos paralise. A resposta está no convívio com os outros. Não se vive sem amizade, sem amor, sem adversidade."




"Ser realista implica também reconhecer o inexplicável. O que surge. O de repente. É preciso saber se adaptar a isso."




"Finalmente fez-se justiça no caso do mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas lutou com desprendimento. Estão presos ao lado de outros que se dedicaram a encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro público. Mais melancólico ainda é ver pessoas que outrora se jogavam por ideais – mesmo que controversos – erguerem os punhos como se vivessem uma situação revolucionária, no mesmo instante em que juram fidelidade à Constituição.
Onde está a Revolução? Gesticulam como se fossem Lenines que receberam dinheiro sujo, mas usaram – no para construir a “nova sociedade”. Nada disso: apenas ajudaram a cimentar um bloco de forças que vive da mercantilização da política e do uso do Estado para perpetuar-se no poder. De pouco serve a encenação farsesca, a não ser para confortar quem a faz e enganar a seus seguidores mais crédulos.
Basta de tanto engodo. A condenação pelos crimes do mensalão se deu em plena vigência do Estado de Direito, em um momento no qual o Executivo é exercido pelo Partido dos Trabalhadores, cujo governo indicou a maioria dos ministros do Supremo. Não houve desrespeito às garantias legais dos réus e ao devido processo legal.
Então por que a encenação? O significado é claro: eleições à vista. É preciso mentir, autoenganar-se e repetir o mantra. Não por acaso a direção do PT amplifica a encenação e Lula diz que a melhor resposta à condenação dos mensaleiros é reeleger Dilma Rousseff... Tem sido sempre assim, desde a apropriação das políticas de proteção social até a ideia esdrúxula de que a estabilização da economia se deveu ao governo do PT. Esqueceram as palavras iradas que disseram contra o que hoje gabam e as múltiplas ações que moveram no Supremo para derrubar as medidas saneadoras. O que conta é a manutenção do poder.
Em toada semelhante o mago do ilusionismo fez coro. Aliás, neste caso, quem sabe, um lapso verbal expressou sinceridade: estamos juntos, disse Lula. Assumiu meio de raspão sua fatia de responsabilidade, ao menos em relação a companheiros a quem deve muito. E ao país, o que dizer?
Reitero, escrevo tudo isso com melancolia, não só porque não me apraz ver gente na cadeia, embora reconheça a legalidade e a necessidade da decisão, mas principalmente porque tanto as ações que levaram a tão infeliz desfecho como a cortina de mentiras que alimenta a aura de heroicidade fazem parte de amplo processo de alienação que envolve a sociedade brasileira.
São muitos os responsáveis por ela, não só os petistas. Poucos têm tido a compreensão do alcance destruidor dos procedimentos que permitem reproduzir o bloco de poder hegemônico; são menos numerosos ainda os que têm tido a coragem de gritar contra essas práticas.
É enorme o arco de alianças políticas no Congresso cujos membros se beneficiam por pertencer à “base aliada” de apoio ao governo. Calam-se diante do mensalão e demais transgressões, como se o “hegemonismo petista” que os mantém seja compatível com a democracia.
Que dizer então da parte da elite empresarial que se serve dos empréstimos públicos e emudece diante dos malfeitos do petismo e de seus acólitos? Ou da outrora combativa liderança sindical, hoje acomodada nas benesses do poder?
Nada há de novo no que escrevo. Muitos sabem que o rei está nu e poucos bradam. Daí a descrença sobre a elite política reinante na opinião pública mais esclarecida. Quando alguém dá o nome aos bois, como, no caso, o ministro Joaquim Barbosa, que estruturou o processo e desnudou a corrupção, teme-se que ao deixar a presidência do STF a onda moralizante dê marcha a ré. É evidente, pois, a descrença nas instituições. A tal ponto que se crê mais nas pessoas, sem perceber que por esse caminho voltaremos aos salvadores da pátria. São sinais alarmantes.
Os seguidores do lulopetismo, por serem crédulos, talvez sejam menos responsáveis pela situação a que chegamos do que os cínicos, os medrosos, os oportunistas, as elites interesseiras que fingem não ver o que está à vista de todos. Que dizer então das práticas políticas? Não dá mais! Estamos a ver as manobras preparatórias para mais uma campanha eleitoral sob o signo do embuste.
A candidata oficial, pela posição que ocupa, tem cada ato multiplicado pelos meios de comunicação. Como o exercício do poder se confundiu, na prática, com a campanha eleitoral, entramos já em período de disputa. Disputa desigual, na qual só um lado fala e as oposições, mesmo que berrem, não encontram eco. E, sejamos francos: estamos berrando pouco.
É preciso dizer com coragem, simplicidade e de modo direto, como fizeram alguns ministros do Supremo, que a democracia não se compagina com a corrupção nem com as distorções que levam ao favorecimento dos amigos. Não estamos diante de um quadro eleitoral normal. A hegemonia de um partido que não consegue se deslindar de crenças salvacionistas e autoritárias, o acovardamento de outros e a impotência das oposições estão permitindo a montagem de um sistema de poder que, se duradouro, acarretará riscos de regressão irreversível.
Escudado nos cofres públicos, o governo do PT abusa do crédito fácil que agrada não só os consumidores, mas em volume muito maior, os audaciosos que montam suas estratégias empresariais nas facilidades dadas aos amigos do rei. A infiltração dos órgãos de Estado pela militância ávida e por oportunistas que querem se beneficiar do Estado distorce as práticas republicanas.
Tudo isso é arqui-sabido. Falta dar um basta aos desmandos, processo que, numa democracia, só tem um caminho: as urnas. É preciso desfazer na consciência popular, com sinceridade e clareza, o manto de ilusões com que o lulo-petismo vendeu seu peixe. Com a palavra as oposições e quem mais tenha consciência dos perigos que corremos."





Fernando Henrique Cardoso





FONTE: O PENSADOR

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Primeira Chuva do Ano






A primeira chuva do ano está acontecendo agora, e é claro, eu não poderia deixar de ficar debaixo dela! Nada melhor para lavar o corpo e a alma e começar com o pé direito...

Depois do calorão denso e pesado, a chuva caiu como uma luva!



Reflexão





Não tenho mais faces a oferecer. A única que sobrou-me inteira, é a que levarei para o resto da minha vida, e não desejo vê-la ferida pelas mesmas pessoas novamente.

 Às vezes, o silêncio contém todas as coisas das quais precisamos saber. Lançamos um argumento, e quando recebemos de volta o silêncio, é porque já sabemos a resposta: estamos certos! Aquilo que mais temíamos é a verdade. Não há mais lugar para dúvidas ou achismos.

Jamais imponho minha presença aonde não sou desejada, e jamais traio aqueles que um dia me estenderam a mão. Talvez estas sejam algumas das pouquíssimas virtudes que aprendi a cultivar e que carrego comigo. Sei que às vezes sou uma pessoa difícil - daquelas que não gosta de levar desaforos para casa e não baixa a cabeça com medo das guilhotinas embutidas nas línguas alheias. Prefiro tê-la decepada a curvar-me por medo de solidão ou por pura convenção. Mas mesmo sendo uma pessoa  difícil, sei que trago limpa a minha consciência, e esta certeza faz com que meu sono seja tranquilo.

Não tenho medo da solidão, e nem trocaria minha paz de espírito para estar na companhia de pessoas que nunca aprenderam a apreciar minhas qualidades. Demorou, mas aprendi, e sinto, cada vez mais, que esta é parte da minha missão nesta vida: seguir em frente, apreciar a minha própria companhia e procurar pela companhia apenas de pessoas que me respeitem e gostem de mim.

Se, a partir de hoje, eu tiver que tomar partido de alguém ou defender alguma causa, tomarei partido de mim mesma, e a causa defendida, será a minha. Jamais tentarei propor reconciliações entre pessoas cujo objetivo parece ser apenas o de demonizar os outros, causar rupturas e formar grupinhos, os 'do lado de cá' contra os 'do lado de lá.' Essa brincadeira cansa, desgasta, não leva a nada e é um desperdício de vida. Meu ouvido jamais voltará a ser o receptáculo de maledicências e vitimizações. E, no fim das contas, todo mundo fica "bem". Menos a gente.

A vida é curta por aqui, e mesmo que seja eterna e dure para sempre, não é uma desculpa para desperdiçá-la.

Muito tempo desperdiça-se com ingratidões de todos os tipos. Algumas pessoas, mesmo que alguém tire as próprias calças a fim de ajudá-las, no fim, não demonstrarão sequer um pingo de gratidão ou solidariedade. Na primeira oportunidade, jogarão no lixo o que receberam. E ainda reclamarão que a ajuda foi pouca. Porque não são felizes. Não sabem ser felizes. Ao serem ajudadas, sentem-se diminuídas. Como esperar despertar em pessoas assim coisas como união, amizade e solidariedade? E como decepcionar-se com elas, se é exatamente desta maneira que elas sempre agem?

Apenas uma reflexão de ano novo.



DESÍGNIOS






Sobre cada portão, um signo,
A fatalidade é um desígnio,
Arranca sementes da flor, prematuras.

Às vezes, folhas verdes tombam,
Da árvore da vida, os escombros
Secam no chão que os acolhe.

Mas todas as flores e folhas
São feitas dos mesmos goles
Dos sumos das mesmas seivas.

E às vezes, a vida colhe
As flores que enfeitam seus vasos
Bem antes que elas desfolhem.





segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

...E Ela Cantarolava...




E ela cantarolava
Enquanto arrumava a casa,
Guardando nos seus lugares
Cada coisa, cada caixa,
Limpando seu coração
E também o nosso chão...
Às vezes, ela gritava,
De pura insatisfação...

E ela cantarolava,
Wando, Iglesias, ou Roberto,
Cortava, assim, as cebolas
Que a faziam chorar...
Cozinhava outro jantar,
Lavava, mas não passava
A dor que ela trazia...
Mesmo assim, ela cantava!

E ela plantava flores
Canteiros que ela cuidava;
Escondia os dissabores
Da vida que ela levava
Por sob os panos de prato
Que no arbusto, ela coarava.
Cabeça cheia de sonhos
Distantes, que ela guardava...

E ela cantarolava,
E eu abria meus cadernos
Sobre a mesa de madeira
Enquanto eu só estudava;
Tanta coisa eu aprendia,
Outras, que eu só decorava...
E ela apontava o dedo
Na página mal-pintada.

E ela cantarolava
Tentando esquecer as perdas
Dos que a morte levava,
Enquanto espanava a sala.
Depois de pronta a comida,
A gente então se sentava
Em frente à Sessão da Tarde;
E assim, a vida passava...

Para Minha Mãe

Às vezes, a lembrança é como um passarinho que pousa na janela.




domingo, 29 de dezembro de 2013

HAIKAIS









Gota de orvalho
Um pequeno milagre
Brilha na folha.










Passa o riacho
Corta a noite ao meio
Levando a lua.










Zilhões de estrelas
Quais sinos cintilantes
Dobrando brilhos.










A joaninha
De um voo de bolinhas
Pousa em meu braço.










Sinos pendentes
Psicografam o vento
Aos meus ouvidos.










De manhãzinha
Um sol preguiçoso
Estica os raios.







Gotas pesadas
Saraivam poças d'água
Balas de chuva.



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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...