Morri sem morrer ao carregar tal peso,
Ao silenciar meu grito,
Ao pisar sem sapatos
Para não incomodar.
Morri sem morrer ao negar minha sede,
Ao fechar em meu peito
O rosto mais terrível,
O ardiloso olhar.
Morri sem morrer ao molhar minha fronha
Ao aguar pesadelos
Taciturnos, obscuros,
Ao negar, negar, negar...
Morri sem morrer; -Haverá ressurreição
Para minha triste alma
Cujo corpo insepulto
Se arrasta pelo chão?
Morri sem morrer - continuo morrendo,
Ao raiar dos meus dias
Ao entardecer soturno
Da palavra-cadeado
Que fechou meu coração...
(Poema baseado em um dos capítulos do livro MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS)
Boa tarde de paz, querida amiga Ana!
ResponderExcluirTantas mortes não morridas ao longo da vida...
Ausências... Demoras... tardanças... Omissões...
Ah! Muitos desfalecimentos e você enumerou alguns.
Muito bom!
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
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🏠😇🙏💐😘
Muito belo, Ana! Ao silenciarmos, ao agir para não incomodar, ao negar o que sentimos... vamos aos poucos morrendo. Bjs.
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