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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

OBAMA



"A pessoa que convive com o medo da violência não se importa se está sendo ameaçada por um paramilitar de direita ou um terrorista de esquerda; ela não se importa se é ameaçada por um cartel de drogas ou por uma polícia corrupta. Ela se importa apenas com o fato de estar sendo ameaçada e de que sua família não pode viver e trabalhar em paz. É por isso que nunca haverá segurança verdadeira a não ser que foquemos nossos esforços no combate a todas as fontes de medo nas Américas. É isso o que farei como presidente dos Estados Unidos."



"A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou outros tempos. Nós somos aqueles por quem estávamos esperando. Nós somos a mudança que procuramos."



"Livre-se dos bajuladores. Mantenha perto de você pessoas que te avisem quando você erra."




"Podemos não ser capazes de deter todo o mal no mundo, mas eu sei que a forma como tratamos uns aos outros é inteiramente nossa. Eu acredito que apesar de todas as nossas imperfeições, estamos cheios de decência e bondade, e que as forças que nos separam não são tão fortes como aqueles que nos unem."





"O dinheiro não é a única resposta, mas ele faz a diferença."




"Todo homem está tentando viver à altura das expectativas do seu pai ou de compensar os erros do seu pai."




Lembrança de um Dia Feliz - e Outras Lembranças






Não sei por que eu fui me lembrar deste dia logo hoje, que está chovendo e faz frio. Mas de repente, ele me surgiu lá do baú das coisas perdidas, quem sabe, trazido à tona pelas gotas pesadas de chuva que caem umas sobre as outras, e que eu - enquanto esperava por meu aluno - olhava da janela. 

Era uma tarde de verão. Minha mãe tinha um irmão por parte de mãe que morava em São Paulo, de cuja existência ela só ficou sabendo depois de adulta. Ele às vezes costumava nos visitar, e quando vinha, dormia no sofá da sala, e trazia alguém com ele: uma das filhas ou sobrinhas. Eu gostava muito do Tio Eugênio. Ele fumava muito, e vivia tossindo. Toda vez que ele tossia, colocava a mão sobre o coração e respirava fundo, os olhinhos caídos, e dizia: "Meu coração vai falhar a qualquer momento..." Na verdade, ele viveu bastante, embora pudesse ter vivido bem mais se não fumasse tanto. 

Naquele dia, ele estava lá em casa. Estava sol e muito calor, e eu e minha irmã, que estávamos usando biquines, brincávamos de correr uma atrás da outra pelo quintal  levando baldes de água que jogávamos uma na outra de surpresa. Acho que eu tinha uns dez anos, se muito... não aconteceu nada de especial naquele dia. Não existe nada que eu gostaria de deixar registrado, algo que alguém tenha dito ou feito que justifique uma crônica como esta. Não existe nenhuma mensagem construtiva em nada disso. 

Minha mãe era viva, e jovem. Depois da correria e dos baldes d'água, houve um café da tarde à mesa da cozinha, preparado por ela. 

Eu me lembro dos meus pés descalços e da lama no quintal. Lembro-me do contato gelado da água em meu corpo e de minha mãe ralhando: "Vocês vão pegar um resfriado!" Lembro do Tio Eugênio encostado à parede, do lado de fora da casa, observando nossa brincadeira. Eu me lembro do sol brilhando, o céu azul, os cachorros (tínhamos muitos) correndo para tentar escapar das rebarbas da água. E minha mãe disse; "Aproveitem e reguem as plantas do canteiro para mim!" E a gente ficava na frente do canteiro, de modo que a água caísse nele quando a jogávamos uma na outra. 

Também me lembrei, enquanto escrevia, das guerras de lama, mamona e limão que fazíamos com os colegas na rua. Só bem mais tarde ficamos sabendo que mamonas eram plantas venenosas, e que os limões podem manchar a pele em contato com o sol. Mas no nosso tempo, isso não acontecia; Deus poupa as crianças, os bêbados e os loucos. Sobrevivemos ao Ki-suco - uma bebida feita de química, aromatizantes artificiais, corantes e conservantes. A língua ficava roxa ou rosa quando bebíamos, dependendo do sabor escolhido. Sobrevivemos ao açúcar, que era propagandeado na TV como sendo uma fonte de energia para as crianças. Nós comíamos doces que ficavam pegando poeira sobre o balcão do bar do 'seu' Manoel, e comíamos do pão que era embrulhado com folhas de papel de pão que ele cuspia no dedo para separar umas das outras. E nós sobrevivemos. 

Quando chovia muito, nós andávamos pela enxurrada da rua, água pelos tornozelos, e costumávamos também tomar banho numa sobra de água da antiga CAEMPE que corria bem ao lado do portão da nossa casa, em um bueiro aberto e comprido. Nunca soubemos se aquela água era limpa. Imaginem, naqueles tempos tinha tanta água em Petrópolis, que sobrava e era jogada fora.

Eu abraçava cachorros e gatos que raramente tomavam banho. Tinha galinhas, porquinhos da índia e hamsters. Brincava com besouros, joaninhas, lagartas, formigas e borboletas. Fazia bolinhos de terra. Minha vida não era lá muito higiênica, se comparada à vida das crianças de hoje, mas eu era feliz. 

Por que eu fui lembrar de tudo isso? Sei lá. Acho que estou ficando velha mesmo.




Natal Com Crise






🌝



Todo ano é sempre a mesma coisa: fechamos nossos olhos, e quando os abrimos novamente, vemos uma loja com decoração de natal, e daí pensamos: "Nossa, como o ano passou rápido!"

Apesar da crise, não posso dizer que este ano tenha sido ruim para mim. Poderia ter sido melhor, mas dentro do contexto atual do país - e do mundo - até que não foi ruim. Porém, ele foi ruim para uma porção de gente que perdeu seus empregos, e eu sinto muito por todos eles. Deve ser horrível ter esse caminho longo em frente, quando não sabemos o que fazer para abastecer os tanques para poder seguir adiante. Há famílias passando necessidades. Há pais desempregados, se perguntando o que farão para sustentar seus filhos. 

Mas creio que as coisas vão melhorar no próximo ano. Precisamos dar um crédito ao novo governo ao invés de ficarmos torcendo para que dê tudo errado. 

Mas com crise ou sem crise, logo será natal. Todo mundo tem em casa a árvore de natal com os enfeites antigos, e não custa nada arrumá-la bem bonita e colocá-la em um lugar de destaque da casa. Acho que ela é um sinal de esperança e fé. Não podemos jamais perder a fé em nós mesmos. E se não houver dinheiro para os presentes, podemos escrever cartinhas, desenhar cartões, fazer uma fornada de biscoitos e decorá-los para dar de presente. E se não tivermos uma roupa nova para a noite de natal, podemos pegar as antigas e lavá-las e passá-las bem, acrescentando um lenço colorido, um cinto ou uma bijuteria. Quem tiver habilidades, poderá bordar alguma coisa, quem sabe...

No lugar do amigo oculto, podemos brincar de outra coisa, como um jogo que possa divertir a todos e tornar a noite mais alegre. Acho que a noite de natal não deve ser deixada de lado.

Em 2012, minha mãe estava em coma no hospital. Foi um natal muito triste para mim, sem comemorações - eu nem aceitei convites, pois minha tristeza poderia contaminar a alegria das outras pessoas. Fiquei em casa. Mas montei minha árvore de natal, e fiz minhas orações como sempre faço. Na noite de ano novo, eu estava mais triste do que nunca, e logo de manhã, recebi a notícia de que ela tinha morrido. Mesmo assim, não consigo pensar nas festas de final de ano como ocasiões tristes. 

Faltam algumas pessoas à mesa - minha mãe, meu pai, meu sobrinho. Amigos de infância. Mas eu ainda estou sentada à mesa, e também meu marido e todas as pessoas que ainda estão por aqui. E existem centenas de motivos pelos quais eu devo ser grata; para começar, agradeço porque há uma mesa. Porque há pessoas. Não estamos passando fome, nem frio. E estamos juntos.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Se Você me Deixar







Se você for embora,
Não vai levar consigo um pedaço meu,
Não me fará andar pela rua, entre o breu,
Nem ficarei cheirando a tua camisa usada.

Não, não vou ficar aqui, te esperando voltar,
A cama desfeita, a luz apagada,
A chorar, encharcando a fronha onde eu bordei
Teu nome com tanto zelo, no meu travesseiro.

Se você for embora,
O tempo vai passar, e eu vou te esquecer
(Mas escolha ir embora sem jamais morrer)
Pois o vento e a chuva levam tudo o que fica
E o teu nome vai embora na enxurrada, a escorrer...

Sei que o que sempre houve morrerá aqui,
Porque a vida seguirá, e o tempo não para
Para contarmos o tempo, nem ao sentirmos saudade...

Porém, há uma grande verdade que o futuro assiste,
Ao olhar para trás, lembrar você há de deixar-me
Mesmo que só às vezes, tremendamente triste...




No link abaixo, eu cantando Tim Maia








What a Mess!







I look around
And I find out
I'd rather not open my eyes.

For what I see, 
I think the world is ending,
And there's no way to disguise it.

What a damn mess!
It seems that chaos
Has come, at last!

I rest my head
Upon my hand
And watch what's left
Go down the drain...




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