Essa dor que dói e passa,
Que passa e dói sem parar
Qual será a sua origem,
Para onde levará?...
Mil volteios, furacões,
Zangados redemoinhos...
Ventos que zumbem canções,
Flores que escondem espinhos...
Essa dor que me arremete,
Acariciando a alma
Quais luvas de leves espinhos
Arranhando a minha calma!...
Chega sempre de repente,
E de repente, se vai,
Sem saber o que a causa,
Sem saber o que a atrai.
Dor sentida, intermitente,
Estende-se sobre poemas,
Nem sabe bem o que sente,
Quando se vai, deixa tremas...
Dor que surge com a noite,
Enganchada em uma estrela
Corta a alma como foice
Dor cruel - hei de vencê-la!